— Ei, irmãozinho! O que você está fazendo acordado a essa hora? — perguntou Slezzy, enquanto Rainn se aproximava.

       Rainn estava com um pijama longo e azulado; bochechando após fixar seus olhares em Sanches.

       — Então… esse é o cara que te protege todos os dias? — perguntou com uma voz preguiçosa.

       — O que? — replicou Sanches, rindo disfarçadamente. — Ah! É exatamente isso, garoto! Eu sou como um anjo da guarda!

       Slezzy ficou envergonhado.

       Eles escutaram mais passos vindos daquelas escadas.

       Desta vez era Emmeline.

       Ela usava uma camiseta listrada com um casaco de tom preto por cima. A cor daquelas listras variava entre tonalidades de rosa.

       — Ei, garotinho! — dizia ela, rindo, enquanto se aproximava daqueles três.

       Rainn se virou para a garota logo depois.

       — Bom dia, senhorita! — falou Sanches, com um grande sorriso estampado em seu rosto.

       — Ah… você deve ser o Agente Sanches… de quem Slezzy tanto fala — disse Emmeline, alegre.

       — Parece que o meu parceiro aqui… me deixou famoso, não é mesmo? — falou Sanches, passando a mão sobre o cabelo de Slezzy.

       Rainn riu daquilo.

       — E quanto a você, pequeno garoto… — Sanches se aproximou de Rainn e se agachou, logo em seguida, de frente para o menino. — Você pode ter certeza de que seu irmão estará totalmente seguro, enquanto ele estiver ao meu lado!

       Emmeline ficou lado a lado com Rainn. Os dois sorriram.

       — Muito obrigada, Agente Sanches!

       Sanches se levantou.

       Rainn correu para as escadas. E logo, a garota o seguiu, se despedindo:

       — Tenha um bom dia, querido!

       — Você também, Emmy… — respondeu o garoto, sorridente e tímido.

       Depois que eles subiram, Sanches indagou Slezzy:

       — Então… eu te protejo todos os dias, garoto?

       Slezzy, envergonhado, o respondeu:

       — Ah… você sabe… eu tenho que passar alguma sensação de segurança pra ele.

       Em seguida, ainda parados, Sanches confrontou o jovem, seriamente:

       — Falando em crianças… você chegou a decifrar a penúltima parte do Contrato Preambular?

       — “Vínculos familiares descendentes”… — citou o garoto.

       — Então os Irmãos Sam te contaram!?

       — Já faz tempo, na verdade. E não… não precisei da ajuda desses imprestáveis… para chegar à conclusão de que… caso eu venha a ter um filho… ele estará fadado a assinar o Preambulare… após a minha morte.

       — E você está de acordo com isso? — retrucou o Agente, preocupado.

       — A esse ponto… não há nada que possa mudar isso, não é?

       O celular de Sanches vibrou. Logo, o Agente checou tal aparelho:

       — É uma mensagem… do Capitão Roy — comentou, surpreso. — Parece que… eles descobriram a localização… da base principal da Sociedade Nobre!

       Slezzy se empolgou.

       — E agora… estão nos convocando para uma reunião, no prédio da FMA, que será realizada aqui a três horas…

       Antes de Sanches, que ainda encarava a tela do celular, poder levantar seu rosto, o jovem correu em sua direção, abraçando-o com uma tremenda força.

       — Que bom que nada disso foi em vão! — desabafou o jovem, emocionado.

       Sanches removeu o braço de Slezzy de suas costas, e logo depois, se pôs cara a cara com o garoto.    — Nada de comemorar por agora! — Sanches sorriu. — Porquê a parte mais divertida… só está começando!

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