Capítulo 2.1 - O Dragão Aprende o Que é Bondade de Verdade (Parte 1)

Capítulo 2.1 – O Dragão Aprende o Que é Bondade de Verdade (Parte 1)

Tradutor: Otakinho

Deves comer para viver; não viver para comer. (Sócrates)

A criatura chamada dragão era igual a Deus neste mundo.

Garras que dividem a terra, asas que rasgam o céu, sabedoria que cobre as estrelas.

A vida em qualquer besta demoníaca e fantasma foi espalhada como as flores de cerejeira em uma tempestade na frente do dragão e seres humanos imprudentes, buscando o conhecimento e os tesouros do dragão, desaparecem e se tornam ossos.

As escamas mais sagradas do mundo não podiam ser penetradas pelas presas das bestas demoníacas ou pela inteligência dos humanos.

No entanto, mesmo com o poder do grande dragão, havia um inimigo que ele nunca poderia lutar.

Podia até matar um Dragão, era chamado de arqui-inimigo de todos os seres vivos, o nome dele é [Fome]

Era normal, mas um Dragão era carnívoro.

Para ser mais preciso, era onívoro, mas não dava para viver de nozes e frutas com o corpo enorme de um dragão.

Quando eu era pequena cigarra, bastava agarrar-se a uma árvore e tirar um pouco da seiva que se distribuía, mas não ia bem com o corpo de um dragão.

Se eu pretendesse obter seiva para satisfazer meu estômago, uma floresta desapareceria em um instante.

Em primeiro lugar, não iria gostar de tomar um gole de seiva agora.

Eu sou um Dragão.

Nem minha língua nem meu estômago queriam mais seiva.

Só o jorro de sangue e a carne espasmando me trariam a melodia da alegria.

Quanto ao Dragão branco que me deu à luz, ocasionalmente comia os sacrifícios carregados nos barcos pelos humanos que vinham, também parecia ter vivido caçando bestas demoníacas e bestas fantasmas.

Eu havia herdado a memória de onde estava as presas e já tinha os conhecimentos de caça.

Não, [Caça] pode não ser a palavra apropriada para isso.

Basicamente, caçar animais selvagens era um ato de vida ou morte e nem o sucesso era garantido nem a segurança prometida.

Os herbívoros geralmente são excelentes em resistência e corrida, então a captura não foi fácil.

Além disso, mesmo que você encurrale a presa, por exemplo, frequentemente ocorre que você receberá retaliação severa de uma presa que estava em uma posição desesperadora.

Durante a caça, era possível que uma mantícora perdesse a vida ao ser penetrada pelo chifre de um unicórnio.

No entanto, a história era diferente para a caça de um Dragão. Um Dragão era uma existência em um nível diferente dos outros seres vivos.

Mesmo se eu pudesse ser comparado a um recém-nascido. Era impossível para mim, que era um Dragão, ficar atrás de qualquer outro ser vivo.

A criatura que poderia escapar do meu grande voo não existia neste mundo.

Mesmo se eles escapassem ao ouvir o som de minhas asas batendo se aproximando, sua consciência seria tirada com meu rugido. Isso era um dragão caçando.

Nem a vigilância nem as precauções são significativas para as presas lamentáveis. A única coisa que podiam fazer era rezar para que eu não os escolhesse.

Em outras palavras, a ilha habitada por um Dragão era como um enorme aquário, a caça de um dragão, era apenas o ato de criar e escolher a presa do aquário ao seu gosto.

No entanto, também foi a primeira vez que realmente cacei.

Então, antes de sair para caçar, decidi tentar a coisa chamada rugido de dragão primeiro. O rugido de dragão era uma técnica que comia a mente dos seres vivos. Sem agredir o corpo da presa e apenas tomando a consciência.

Eu respirei fundo, marquei a montanha de pedra ao lado e lancei um rugido que incluía magia.

“Miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiin!”

(Tradução – Waaaaaaaaaaaaa!)

… Resultado? A montanha de pedra havia desaparecido.

O ruim era que, pelo conhecimento herdado, o rugido de um dragão não deveria ter poder de ataque físico…

Depois de pensar um pouco, finalmente pensei na causa com a sabedoria de dragão. Aparentemente, esse fenômeno pode ter sido causado por minha vida anterior como uma cigarra.

A cigarra era um inseto relativamente grande, mas se julgada por todos os seres vivos era de uma categoria muito pequena. Porém o grito não foi inferior ao uivo de um cachorro com o volume centenas de vezes de uma cigarra.

Apesar do corpo pequeno, a cigarra tinha um segredo do porque gritava tão alto. Na verdade, o estômago de uma cigarra era quase todo oco.

A cigarra emitia sons com um órgão no peito e o grito se amplificava dezenas de vezes na cavidade do estômago.

Embora eu tenha renascido como dragão, a alma se lembraria da vocalização como uma cigarra da vida anterior.

O resultado, magia e onda sonora foram incluídos no rugido do dragão e também foi amplificado dezenas de vezes pela vocalização da cigarra, parecia ter se tornado uma arma poderosa que poderia até explodir uma montanha.

De qualquer forma, foi bom experimentar. Se a presa desaparecesse, seria apenas um ato de levar uma vida em vão.

Um grito alto certamente deveria acalmar o estômago que se tornou como a barriga de uma cigarra, então antes de tudo decidi praticar o rugido.

Depois de me sair bem, eu avançaria.

Originalmente, o dragão era incomparável no manuseio da magia.

No mesmo dia consegui usar totalmente o rugido para ataque físico, para ataque mental e para flerte e resolvi já descansar por hoje.

Os preparativos estavam todos prontos. Amanhã eu caçaria pela primeira vez após renascer e deixar minha vida anterior para trás.