Capítulo 128
Quando Leon chegou em Nova Iorque, tudo parecia normal. Dito isso, era meia-noite, então não podia dizer com certeza que nada de suspeito ocorreu nos últimos dias. Ele entrou no edifício onde seu apartamento estava com facilidade. Não havia guardas e como poucos soldados viviam ali, ele não encontrou ninguém.
Quando abriu a porta e ligou as luzes, viu Sarah segurando uma das duas facas que Leon fez para Gisela treinar.
“Ah… é você… não me assuste desse jeito.” Sarah suspirou.
“Há um pelo qual você está tão nervosa?” Leon perguntou.
“Não, depois que você saiu, nada de estranho aconteceu.” Sarah explicou: “Dois dias atrás, Tom foi eleito aquele que representaria os soldados enquanto eu fui eleita a representante dos sobreviventes comuns. Estamos trabalhando para tornar as coisas decentes… mas tenho o sentimento que algumas pessoas não gostarão de como farei as coisas.”
“Talvez eu possa ajudar com isso.” Leon disse.
“Como? Você não pretende ficar aqui, certo?” Sarah perguntou.
“É simples; só tenho que criar uma espada enorme do lado do edifício principal.” Leon disse: “Isso deve manter os encrenqueiros sob controle.”
“Acho que é uma boa ideia…” Sarah disse e então caminhou na direção da cama em que Gisela estava dormindo. Ela tinha bandagens cobrindo a ferida em seu rosto: “Ela perdeu muito sangue, não vai morrer, mas precisa descansar.”
“Como ela reagiu depois daquilo?” Leon perguntou.
“… Ela tem pouco apetite e não fala muito.” Sarah explicou: “Ela não parece deprimida, mas não tem energia para fazer nada. Venho aqui toda noite para cuidar dela, mas não vejo nenhum sinal dela saindo da cama durante o dia. Talvez ela se anime um pouco com você aqui.”
“Vou curar os olhos dela; encontrarei uma maneira…” Leon disse: “Você conhece alguém que pode curar feridas?”
“Não, nunca ouvi falar de alguém capaz de curar feridas.” Sarah respondeu: “Há itens que aumentam a taxa de recuperação, mas não é a mesma coisa, certo? A melhor coisa que vi que poderia curar as feridas foi aquele par de luvas.”
“Mas como já sabe, não é o bastante.” Leon disse: “Contudo, podem me dar uma pista sobre como aprender a skill necessária. Estudarei elas.”
“Bem, se alguém é capaz de aprender esse tipo de magia, acho que esse alguém é você.” Sarah disse: “Tenho que acordar cedo amanhã, então irei para casa.”
“Sarah, você tem acesso à informação que o William e os outros obtiveram?” Leon perguntou: “Estou interessado em como eles criaram itens mágicos e aqueles helicópteros que usam mana.”
“Sim, encontramos esses documentos.” Sarah disse: “Vou trazer para você amanhã. Duvido que alguém diga algo contra.”
“Hahaha, não estou pedindo de graça.” Leon riu: “Só as cópias devem bastar; se precisar de ajuda com algo, posso ajudar amanhã o dia todo. Porém, sairei da cidade depois de amanhã.”
“Tudo bem.” Sarah disse.
Depois disso, Sarah saiu do quarto, e Leon levou a cadeira de braço para o lado da cama. Ele colocou as luvas e agarrou a faca de aço, até agora, Leon se recusou a ideia de se ferir, mas agora para ajudar uma amiga, teve que fazer isso. Suas luvas só podiam curar férias e para entender o processo, tinha que ver com os próprios olhos.
Lentamente, Leon fez a ponta da faca tocar na sua pele. Embora a lâmina fosse bem afiada, não sentiu nada, então entendeu o porquê. As luvas aumentaram sua resistência e como as facas não eram armas mágicas, teria dificuldades em cortar a carne. Leon teve que cortar sem hesitação, e assim o fez… porque queria ajudar uma amiga.
Sangue começou a pingar da pequena ferida, mas parou depois de alguns segundos. Para não sujar o chão, ele criou um balde de terra e encheu com água. Enquanto fazia isso, observou a ferida fechando em uma velocidade assustadora. Nem mesmo deixou uma cicatriz.
“Entendo… a ferida só cura muito mais rápido que deveria. Não há luzes brilhantes fazendo um milagre… a mana só acelera o processo de cura natural. Me pergunto se isso é perigoso para o corpo.”
Embora fosse difícil ter certeza, Leon tinha certeza que a mana não era nociva mesmo quando acelera a cura natural da carne humana. Ele sabia disso porque usou mana como um louco pelos últimos quatro anos e até agora, não sentiu nada de estranho com o corpo. Era como se… a mana fosse a fonte de energia mais pura e inofensiva no universo.
“Então, devo só usar minha mana para fazer as células curarem mais rápido?”
Para manipular os elementos básicos, Leon tinha que infundir sua mana nelas, para fortalecê-las, tinha que fazer isso duas vezes, e criá-las, tinha que mudar as propriedades de sua mana. No entanto, não conseguia imaginar um daqueles passos fazendo feridas curarem mais rápido.
“Acho que tenho que fazer de novo.”
Leon tirou as luvas e desta vez a faca perfurou sua pele com facilidade. Ele tentou infundir sua mana na ferida, mas falhou de novo e de novo. Por quê? Porque a ferida estava em seu corpo e sua mana estava em seu corpo. Ele não tem que infundir sua mana… ele tinha que fazer sua mana dentro de seu corpo curar a ferida antes que a recuperação acontecesse.
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