Capítulo 47: Armadilha de dois gumes e brechas

<Capítulo 47. Armadilha de dois gumes e brechas>

Tradutor: Lily | Revisor: Lily

Depois que os três demônios de alto escalão terminaram sua discussão, Xeron e Rashka saíram do salão e imediatamente reuniram seu exército para se preparar para partir.

Um grande número de demônios de baixo nível saiu de seus ninhos e se reuniu. Xeron e Rashka os levaram para fora da cidade demoníaca. Depois que eles saíram, o exército rapidamente se dividiu em duas unidades. Uma foi a força que Rashka trouxe, enquanto a outra foi a que Xeron convocou.

As tropas de Rashka eram a combinação das tropas de Ignatius e as suas próprias, por isso era comparável às de Xeron em termos de número e força. Essas duas tropas viajaram separadamente, embora sua missão fosse basicamente a mesma – eliminando as equipes de reconhecimento restantes dos elfos AvLee e destruindo quaisquer aldeias humanas e élficas à vista para tentar cortar os suprimentos dos elfos AvLee.

Além disso, havia uma vantagem adicional dividindo-se em dois – dividindo a atenção da força principal dos elfos AvLee. Afinal, as tropas lideradas por Xeron e Rashka consistiam principalmente de demônios de baixo nível. E apesar do grande número que eles tinham, sua força militar não era alta. Em contraste, os elfos de AvLee tiveram a ajuda dos dragões de ouro e eram definitivamente mais fortes.

Os dois se fundiriam durante a batalha final e esperariam que Ignatius viesse com o exército demoníaco de alto nível da cidade demoníaca.

Roy naturalmente seguiu as tropas de Xeron.

A maioria desta tropa eram pequenos demônios, com mais de quinhentos deles. Como bucha de canhão, esses pequenos demônios estavam naturalmente na vanguarda do exército. De relance, as tropas tinham todos os tipos de pequenos demônios agrupados.

O segundo maior grupo era um tipo de demônio de baixo escalão conhecido como gogs. Esses demônios eram muito interessantes. Embora fossem diferentes individualmente, a maioria deles se assemelhava a macacos e eles receberam o nome do som ‘gog gog’ que faziam. Eles eram uma raridade entre os demônios de baixo escalão e podiam usar chamas para atacar remotamente. Essas chamas não eram mágicas, mas de um órgão especial em seu corpo que podia secretar um líquido inflamável como saliva. Quando um gog cuspiu a saliva na palma da mão e a jogou, ela interagiu com o ar para se tornar uma bola de chamas explosivas.

Ter tal método de ataque determinou que eles eram altamente considerados no exército. Esta bola de chamas explosivas era como uma granada e um pesadelo para um grande número de inimigos de baixo nível. No entanto, a deficiência óbvia era que também poderia prejudicar as forças amigas por engano.

O terceiro tipo de demônios eram os cães do inferno, com apenas cerca de 150 deles. No entanto, esses cães infernais eram muito diferentes do Tigre Gordo. Cães infernais comuns não conseguiam soprar os elementos como Tigre Gordo. Seu método de ataque era simples, isso era confiar em suas presas fortes para morder os outros! Esses cães infernais eram volumosos e tinham pelos e músculos sólidos. Independentemente de ser seu poder de investida ou sua força de mordida, eles estavam entre os melhores.

Tigre Gordo era naturalmente uma exceção entre os cães infernais. Tigre Gordo não só sabia como soprar os elementos, mas também tinha asas de demônio e podia voar curtas distâncias. Roy uma vez ficou preocupado que Xeron pudesse dizer que Tigre Gordo era diferente, mas inesperadamente, Xeron não se importou muito. Ele acabou de fazer Tigre Gordo se tornar o líder dos cães infernais, levando-os à ação.

Para Xeron, não importa o quão diferente Tigre Gordo fosse, ele era apenas mais um cão do inferno. Por milhões de anos no Abismo, demônios como cães infernais só conseguiram alcançar o topo da classificação intermediária na melhor das hipóteses e isso não era digno da atenção de Xeron.

Tigre Gordo tornou-se o chefe dos cães infernais e Roy foi ajudante de Xeron. Demônios de baixo escalão geralmente não tinham muito intelecto, até mesmo marchar era uma bagunça total, apenas sabendo acompanhar. Portanto, uma das tarefas de Roy era ajudar Xeron a treinar esses demônios de baixo escalão durante a marcha, pelo menos para que eles pudessem manter a formação.

Essa tarefa não foi difícil nem fácil. Foi difícil porque Roy não sabia que tipo de formação o exército de demônios deveria usar; foi fácil porque Roy só precisou dar um tapa neles quando percebeu que a formação estava bagunçada durante a marcha. Era simples e violento.

Com Roy, Xeron tinha menos coisas com que se preocupar, razão pela qual insistia em manter Roy.

Este exército, além dos demônios caóticos, tinha muitas coisas únicas. Havia várias bestas enormes e maquinaria de cerco. Bestas de cama eram as balistas comumente conhecidas, e as maquinarias de cerco eram catapultas. Xeron preparou essas coisas para usar para atacar cidades. Dezenas de cães infernais as rebocavam, movendo-se junto com o exército. E foi por causa desses instrumentos que impediam o progresso do exército de Xeron de não se mover muito rapidamente.

Tendo passado mais de um mês neste mundo, Roy aprendeu gradualmente algumas informações. O exército de demônios estava atualmente na fronteira oeste do reino de Erathia, seu objetivo era viajar para o leste, penetrar em Erathia e destruir a capital de Erathia. Neste momento, não apenas o exército de demônios do Inferno estava se movendo, mas o exército do Necromante Sandro e o exército de Nighon das Masmorras também. Esses três grupos eram agora aliados e forças de coalizão.

Mesmo que Roy soubesse que este era o mundo de Heroes of Might and Magic, ele realmente não entendia sua história e antecedentes, então ele não sabia em qual guerra ele havia se juntado. No entanto, isso não importava. Tudo o que ele precisava saber era que o inimigo do exército demoníaco era a aliança dos humanos e elfos.

Após os dias de marcha, o exército estava a cerca de algumas centenas de quilômetros da cidade demoníaca. Os batedores enviados para explorar voltaram para relatar que haviam encontrado os elfos, finalmente vendo alguns sinais de vida.

Ao ouvir o relatório, Xeron imediatamente trouxe o exército para persegui-los.

Parecia ser uma aldeia élfica migrando. Talvez eles tenham ouvido sobre a erupção vulcânica e o aparecimento da cidade demoníaca e soubessem que este continente estava prestes a enfrentar o ataque dos demônios, então eles decidiram que toda a vila devesse sair para evitar o exército demoníaco. Mas agora os demônios os alcançaram.

Esses elfos migratórios não tinham o hábito de enviar batedores. Portanto, quando Xeron liderou o exército de demônios e apareceu atrás deles, esses elfos entraram em pânico. Os velhos e crianças entre eles foram escoltados para escapar rapidamente, enquanto os mais jovens e mais fortes ficaram para trás para ganhar tempo para eles.

Entre esses jovens estavam robustos anões de minas e esbeltos elfos da floresta, que eram bons arqueiros. Obviamente, eles tomaram a decisão errada. Apenas dezenas deles não eram páreo para o exército de demônios de Xeron, eles não resistiram por muito tempo. Quando eles morressem, o exército de demônios pegaria os velhos e os jovens que escaparam.

Demônios nunca tiveram misericórdia e Xeron não foi diferente. Ao ver que esses elfos e anões ousaram ficar para trás para lutar contra o exército de demônios, Xeron parecia enfurecido. Ele rugiu e ordenou que os pequenos demônios atacassem.

Este grupo de pequenos demônios estava acostumado a matar. Eles gritaram e correram para esses elfos e anões em uma bagunça. No entanto, o que os recebeu foram as flechas que os elfos da floresta atiraram!

Os pequenos demônios que atacavam bem na frente foram perfurados por essas flechas. E parado na retaguarda, Roy podia ver claramente que alguns pequenos demônios foram mortos pelas flechas. Eles gritaram enquanto morriam e seus corpos foram subitamente engolidos pela névoa negra dos Portões do Abismo antes de se transformarem em cinzas. O que restou foram bolas de luz que os Portões do Abismo puxaram de volta para o Abismo!

Esta foi a primeira vez que Roy viu demônios morrerem em outro mundo. Tal cena não teria acontecido no Abismo. Quando um demônio era morto no Abismo, ele estava morto. Mas aqui, por causa da Marca de Ouroborus, o momento da morte marcou a expulsão do mundo, suas almas foram puxadas de volta para o Abismo. Embora seus ferimentos permanecessem, seu corpo foi reconstruído.

Embora suas almas tenham sido puxadas de volta, essas almas provavelmente foram severamente danificadas, causando um declínio na força e possível perda de memória. E o mais importante, se houvesse demônios com más intenções à espreita por perto, era muito provável que eles fossem mortos e tivessem suas almas levadas imediatamente após o retorno.

Assim, em geral, os demônios não estavam dispostos a serem mortos e expulsos, a menos que fosse o último recurso.

Embora os elfos da floresta tivessem habilidades afiadas de arco e flecha, seu número era muito pequeno. Enquanto os pequenos demônios estavam atacando eles, eles tiveram apenas tempo para atirar duas ou três rodadas de flechas, havia um limite de quantos pequenos demônios eles poderiam matar.

Quando os pequenos demônios se aproximaram, os anões segurando martelos assumiram a responsabilidade de proteger os arqueiros élficos. Esses anões armados eram muitas vezes tão poderosos que matavam os pequenos demônios com um golpe durante a luta.

Mas eles também não conseguiram aguentar por muito tempo. Havia muitos pequenos demônios. Em pouco tempo, os anões e elfos da floresta se viram cercados e espancados até a morte por aqueles pequenos demônios…

A batalha terminou rapidamente. Quando chegou a hora de limpar o campo de batalha, os pequenos demônios que morreram foram expulsos do mundo, então não sobraram almas. Mas os anões e elfos eram diferentes, suas almas definitivamente apareceriam. Os pequenos demônios coletaram as almas e, embora estivessem salivando sobre elas, não ousaram engoli-las, mas obedientemente as entregaram a Xeron.

Depois de receber essas almas, Xeron ficou muito satisfeito. Embora houvesse poucos inimigos desta vez e ele não tivesse gostado da emoção da batalha, foi o suficiente para colher essas almas.

Depois de escolher, Xeron deu algumas pequenas almas a Roy e devorou ​​o resto. Essas dezenas de almas só podiam contar como um lanche para Xeron.

Roy pegou essas almas patéticas, sabendo que este era seu bônus de Xeron. Ao mesmo tempo, ele sabia qual era a primeira armadilha de Xeron no contrato. Xeron realmente havia prometido dar a Roy dez por cento das almas após uma vitória, mas ele não havia especificado a qualidade das almas e apenas calculado de acordo com a quantidade.

Embora fosse uma armadilha, Roy não se incomodava com isso. Os humanos tinham tantas leis, mas ainda tinham brechas, para não mencionar os contratos de demônios. O contrato era apenas do tamanho de um pedaço de pele de carneiro, mas quão detalhado poderia ser? Além disso, Roy já havia pensado na segunda armadilha que Xeron havia preparado. Xeron poderia participar das batalhas e devorar as almas enquanto matava. O contrato apenas dizia que Roy tinha direito a dez por cento das almas colhidas após a vitória, então antes que as batalhas terminassem, as almas que Xeron devorava não contavam como as colheitas da vitória. Portanto, Xeron não violou o contrato…

Apesar de saber que Xeron estava fazendo seus próprios cálculos, Roy não ficou chateado. Porque ele sabia que, como Xeron poderia fazer uso das brechas do contrato, ele também poderia fazer o mesmo. Contanto que Roy participasse das batalhas, ele também poderia devorar almas no campo de batalha. Além disso, ele poderia usar o sistema para armazenar as almas, incluindo as do campo de batalha. Enquanto a batalha continuasse, aquelas almas não eram consideradas espólios de guerra!

Claramente, as brechas e armadilhas nos contratos dos demônios às vezes eram facas de dois gumes…