Grande Chefe, Grande Idiota

Josh estava prestes a conhecer o chefe. Quão estressante foi isso?! Nem um pouco, pois obviamente seria um macaco como os outros. Ainda assim, ele estava curioso se este seria tão chamativo.

O líder o trouxe até outro Andar com o caminho se abrindo automaticamente para ele. A parede literalmente cedeu quando se abriu para revelar uma escada. Este sistema de IA foi muito bom! Mas, não fazia sentido.

Com essa tecnologia, por que eles estavam forçando os macacos a digitar o dia todo?! Seria muito mais fácil perguntar à IA. Mas, Josh manteve suas dúvidas para si mesmo quando chegaram a um escritório particular. A primeira coisa que Josh notou ao entrar foram as estátuas de banana dourada. Sim, bananas douradas!

O lugar parecia um vasto museu para os ricos e insanos. Também era o oposto completo de seu piso de trabalho. Em vez da iluminação de merda, havia um brilho suave e quente. Em vez do tique-taque áspero do relógio, havia uma suave música jazz tocando ao fundo.

Josh podia ver uma mesa enorme com um macaco sentado atrás dela em uma confortável cadeira de couro marrom, diferente das merdas que eles tinham. O macaco usava um enorme colar de banana dourado, usava óculos e cabelos dourados coloridos.

“Oh? Ele é o único?” Ele julgou Josh com um olhar arrogante.

“Sim senhor!” O líder respondeu educadamente.

“Bom. Você pode esperar na porta.” Alguns segundos depois, eram apenas os dois na sala.

“Sabe, as pessoas costumavam dizer que os macacos não são capazes de escrever nada de bom. Mas então eu apareci e criei uma técnica de escrita revolucionária que esmagou todos esses equívocos.” Ele se gabou antes de continuar.

“Agora, devo dizer que estou muito impressionado com a sua sorte! Você se saiu bem desta vez. A Associação Literária adorou! Agora, eles querem ainda mais! Hehe. Quão bom é isso?!”

“Muito bom.” Josh jogou junto.

“Amanhã vou lá para receber meu prêmio literário por isso. Quanto a você, como estou de bom humor, você será recompensado com sabor de banana para suas refeições a partir de agora.”

“Senhor, há algo que eu estou querendo saber.” Josh perguntou cautelosamente.

“Sim?”

“Eles vão me dar um prêmio também por escrever?” Ele fez parecer o mais inocente possível, não chamando o homem de trapaceiro diretamente.

“Como você se atreve! Seu macaquinho! Não fique arrogante, isso foi sorte! Fui eu que inventei a técnica de escrita! É isso, sem sabor de banana para você, você estragou tudo! Minhas vistas!” o chefe gritou com raiva.

Josh estava quase tentando matá-lo aqui e agora, mas não tinha certeza do que isso provocaria, então se absteve. O líder lentamente o escoltou de volta ao seu cubículo, lembrando-o de manter sua própria posição em mente.

Josh só pôde suspirar. Este chefe era evidentemente insano e um idiota, um com algum poder. Mas, Josh sabia que havia uma entidade lá fora que ele tinha que respeitar: a Associação Literária.

Às vezes, ele se perguntava se largar o emprego de imediato resolveria a missão. Mas ele também achava que conseguir um bom manuscrito para a Associação Literária resolveria o problema. O único problema era que o chefe estaria lá para reivindicar o crédito por seu trabalho.

Depois, havia seus dois lacaios: o supervisor e o líder. Ele teria que tomar cuidado para não levantar suspeitas. Foi assim que Josh trabalhou secretamente na sequência de seu manuscrito enquanto conversava com o velho.

Esse pequeno buraco na parede do cubículo logo se tornou o que o velho chamou de sua fonte de alegria. Ele adorava compartilhar, isso o fazia se sentir menos como uma máquina e mais como um macaco. Isso o fez lembrar dos bons velhos tempos.

Eles conversaram sobre esse lugar, sobre a própria vida e até sobre sua comida favorita. O velho às vezes se gabava de que uma vez provou uma banana de verdade! Mas, com o passar do tempo, o velho macaco começou a tossir.

Toda vez, ele assegurava a Josh que tudo estava bem, mas ele obviamente estava ficando velho. Então, um dia, o supervisor chegou gritando: “Inspeção de rotina do cubículo!” Mas, não havia nada rotineiramente sobre isso.

Ele estava procurando uma desculpa para demitir o velho. Quanto mais velho ele ficava e maiores as possíveis consequências legais. E se ele morresse por excesso de trabalho? Ele não era tão resiliente quanto os jovens.

Eles tentaram se livrar dele por incompetência, mas quando o único requisito era digitar bobagens rapidamente, até um velho meio morto poderia fazê-lo.

O supervisor logo encontrou o buraco e então veio a rescisão. Mais tarde, Josh soube que a gerência havia ameaçado demitir os dois por causa disso. O velho confessou e assumiu toda a culpa. Ele estava preocupado com Josh…

Isso era injusto, tão malditamente injusto! Josh foi quem fez o buraco. Ele sabia que era tudo apenas uma simulação, mas ainda assim o deixou se sentindo torcido de raiva. Mas nesse ponto, ele já sabia como acabar com tudo.

Ele já tinha o segundo volume da série Tower Climb. ¹ O único problema era chegar ao seu alvo, a Associação Literária. Ele também teve que explicar e provar que o roubo de propriedade intelectual estava acontecendo.

Com a saída do velho, Josh reduziu seu CPM ao mínimo que não o faria ser demitido. Era preciso saber que ele tinha ido do mais rápido de todo o Andar para o mais lento. Isso naturalmente não passou despercebido, pois o líder logo apareceu.

“Eu não sei o que você está jogando, mas se isso é um protesto, não é a maneira de fazer isso. Olha, eu sei que você gostou do velho, mas ele já se foi. Supere isso. Você perder seu emprego não vai realizar qualquer coisa.” Ele advertiu severamente.

“Líder, não é isso. O tom de sua voz ajudou a me colocar na zona. Sempre que estou nesse estado, posso escrever extremamente rápido. É tão repentino que é muito difícil. Eu deveria ser capaz de me recuperar, mas pode demorar muito.” Josh lamentou.

O líder não esperava isso. Parecia estranho, mas também era verdade que a velocidade de Josh era muito assustadora. Não era tão difícil acreditar, então ele assentiu e saiu.

No dia seguinte havia um gravador na mesa de Josh. Passo um feito….

1. Deixei em inglês pois achei mais bonito[↩]