Índice de Capítulo

    O nome da Emoção (2)


     ‘… O que é isso?’

    Elena olhou com questionamento para o rosto finamente esculpido de Carlisle. Sua mão desceu lentamente enquanto ele arrumou o cabelo dela, depois seus dedos traçaram a linha da mandíbula dela. Foi uma ação onde ela mal podia sentir o toque dele, mas mesmo assim, uma pequena oscilação pulsava em sua mente.

     “Sinto muito, mas não acho que vou perder minha ansiedade por você.”

     “…!”

     “Não suporto que a Imperatriz tente prejudicá-la na minha frente…”

     “… Caril.”

    Apesar da voz suave de Elena, Carlisle avançou.

     “Não entendo o que você está pensando neste momento. Mas há uma coisa que você está esquecendo.”

     “… E o que seria?”

     “Sua Segurança.”

     “Eu me preocupo com isso—”

     “Não, em todos os momentos que lhe vi até agora, você parece não ter nenhuma consideração por si mesma. Não vou perguntar mais do por que você quer se tornar imperatriz, mas lembre-se desta única coisa.”

    Havia uma emoção profunda nos olhos de Carlisle que ela não conseguia identificar.

      “Sem você nada mais importa.”

    Badump, badump, badump.

    A pequena oscilação na mente de Elena tornou-se uma onda enorme, e seus olhos vermelhos se arregalaram. Ela nunca pensou que ele lhe diria tais palavras. Elena estava pronta para pular em um incêndio segurando uma lata de óleo, mas era como se Carlisle estivesse dizendo a ela para se valorizar primeiro.

     “…”

    Ela achou difícil imaginar algo para dizer. Depois do que ela ouviu até agora, será que ela deveria estar zangada com ele? Será que ela deveria tentar impedi-lo de se preocupar desnecessariamente? Ou talvez…

    E se ela disser obrigada?

    Os pensamentos de Elena emaranharam-se em sua cabeça, e sua expressão endureceu como se tivesse sido mergulhada em água fria. Carlisle parecia ter confundido sua expressão, e baixou a mão com um sorriso amargo.

     “Vejo você no jantar mais tarde.”

    Fazia parte do contrato deles comer uma refeição juntos todos os dias. Carlisle se separou primeiro, com a promessa de uma próxima reunião.

    – Passos, passos.

    Ela ficou congelada no local, olhando para as costas de Carlisle até que ele desapareceu.

     ‘… Por que ele soou assim?’

    Não foi a primeira vez que Carlisle se preocupou com Elena. Desta vez, porém, parecia diferente. Ele havia dito que não havia nada sem ela, e aos seus ouvidos parecia: “Você é mais importante do que qualquer coisa”.

    Talvez isso tenha sido uma interpretação muito generosa. Mas o que quer que isso significase… Comoveu o coração de Elena.

    Badump, badump, badump, badump.

    Seu coração batia forte em seu peito. Ela não sabia o nome da emoção quando Carlisle tocou seu cabelo, mas agora ela sabia.

    Era “animada”.

    * * * * *

    Após o casamento de Elena, a mansão Blaise era uma colmeia de atividades. O que se viu mais ocupado de todos foi o mordomo Michael.

     “Você está pronta para ir para o palácio amanhã?”

    Mary respondeu com um vigoroso aceno de cabeça.

     “Sim.”

    O casamento foi concluído, alguns dos criados se prepararam para chegar ao Palácio Imperial para atender a Elena. Muitas vezes, quando um nobre se casava, eles levavam servos de suas próprias famílias, e Elena, como princesa herdeira, precisaria de pessoas para cuidar confortavelmente dela.

     ‘As empregadas estão quase prontas…’

    A lista das criadas que vão ao Palácio Imperial já havia sido cuidada por Elena. Alguns outros criados, no entanto, não estavam bem familiarizados com Elena, e ela deixou para Michael a escolha daqueles em quem se podia confiar. Michael não pensou muito nisso e disse à família Blaise que eles precisavam de mais ajuda no Palácio Imperial…

    Kuhn, que tinha sido empregado há algum tempo, voluntariou-se. Michael lembrou-se de como o rosto de Mirabelle era como a morte quando ela descobriu. Ele pressionou seus dedos contra sua têmpora.

     “O que diabos vai acontecer…?”

    Mary, que estava em frente a Michael, arregalou os olhos.

     “Hm? O que você disse?”

     “N-nada…”

    Michael confirmou que Mary tinha terminado de arrumar suas coisas. Depois se moveu para verificar o quarto de outra empregada.

     “Descanse bem, Mary.”

     “Sim, obrigada.”

    Michael finalmente deixou a pequena sala.

    – Kkiig, tak!

    A porta fechou-se com um clique alto, e Mary virou-se para a mala de viagem que tinha organizado. Uma expressão complicada em seu rosto. Ela não tinha muito, pois a família a quem ela servia lhe dava suas necessidades diárias.

     “… Bem.”

    Mary deu um suspiro, e depois puxou o item que ela havia escondido secretamente na mala de viagem. Era uma carta de Tilda que havia chegado inesperadamente ontem à noite. Tilda era amiga de Sophie, e estava atualmente como empregada de Lady Shelby. Ela também já havia trabalhado para a família Blaise por um longo tempo.

     “Por que ela está me enviando uma carta agora?”

    Ela ainda não havia aberto o envelope, e se perguntava o que havia dentro. Quando Sophie recebeu uma carta repentina de Tilda, Sophie tinha rasgado o vestido de Elena em pedaços e fugiu.

    Agora, uma carta foi enviada a Mary. Ela estava hesitante em ler o conteúdo, mas descartar a carta parecia ignorar a amizade que elas tinham construído. Mary pensou em contar para Elena, mas estava preocupada que isso poderia ser um erro.

     ‘Muito bem. Vou só dar uma olhada, e lhe direi se é algo estranho.’

    Totalmente resolvida, Mary finalmente abriu o envelope selado.


    Tradução: Nevasca

    Revisão: Sa-chan

    Obrigada pela leitura. ^-^, Junte-se a nós e outras pessoas que acompanham as obras da scan no discord:

    https://discord.gg/VADVVqbvec

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (2 votos)

    Nota