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    Azrael caminhava pelo shopping ao lado de Eriel, ambos imersos na busca pelos materiais necessários para a viagem. A ampla estrutura do shopping era iluminada por luzes artificiais brilhantes, enquanto sons de passos, conversas e risos ecoavam ao redor. O ambiente tinha uma energia vibrante, repleta de famílias, casais e grupos de amigos explorando vitrines e lojas. Azrael, no entanto, estava focado em sua companhia.

    Eriel parou em frente a uma loja de roupas e, hesitante, sugeriu que entrassem. Azrael assentiu, notando como ela parecia um pouco perdida enquanto olhava as vitrines. Ele se lembrou de como Alice e Noir sempre eram especialistas nessas tarefas, mas, naquele momento, as duas estavam ausentes. Azrael não se importava; na verdade, preferia aproveitar essa oportunidade para observar Eriel mais de perto. Sua curiosidade sobre ela crescia a cada dia, e momentos como aquele o permitiam ver suas nuances – os pequenos gestos, as expressões suaves e os momentos em que sua determinação surgia.

    Ao entrarem na loja, o cheiro suave de tecidos novos misturava-se ao som de música ambiente. Azrael acompanhava Eriel, observando-a enquanto ela examinava algumas camisas coloridas. Seu olhar atento analisava cada peça, mas também se perdia ocasionalmente em Eriel, admirando sua expressão concentrada. Quando ela lhe pediu uma opinião, ele inclinou a cabeça, avaliando as opções antes de responder:

    “Acho que elas são um pouco chamativas. Talvez algo mais discreto seja melhor para a viagem.”

    Eriel acenou com a cabeça, confiando no julgamento dele. Azrael se sentia confortável, sendo o ponto de apoio dela em momentos como aquele. Enquanto continuavam explorando a loja, ele sugeriu algumas combinações, aproveitando para guiá-la em suas escolhas. O ambiente ao redor parecia se dissolver, e tudo o que importava era aquela interação tranquila entre os dois.

    Depois de um tempo, Eriel encontrou um conjunto que a deixou animada: uma calça leve e uma blusa confortável. Ela olhou para Azrael com um sorriso radiante, e ele não pôde deixar de retribuir, satisfeito por vê-la tão entusiasmada.

    “Essas são ótimas!”, disse ela. “E são perfeitas para o clima quente que enfrentaremos.”

    Azrael concordou, acompanhando-a até o provador e, mais tarde, ao caixa. Havia algo simples e, ao mesmo tempo, especial naquele momento. Ele sabia que a viagem seria repleta de desafios, mas pequenos instantes como aquele eram preciosos.

    Após saírem da loja de roupas, Eriel sugeriu que procurassem mais itens no shopping. Azrael a seguiu até uma loja de equipamentos esportivos. O ar ali era mais funcional, com prateleiras organizadas cheias de mochilas, cantis e outros utensílios. Eriel experimentou uma mochila resistente e, ao girar para mostrar como ela se ajustava, Azrael sorriu levemente.

    “Essa mochila é perfeita!”, disse ela, ajustando as alças.

    Ele poderia ter mencionado seu espaço dimensional, mas decidiu guardar esse detalhe. Algumas experiências valiam o esforço manual, pensou. Sugeriu que ela pegasse um cantil de água e, mais tarde, um boné para se proteger do sol.

    Quando ela colocou o boné com uma estampa divertida, Azrael riu baixo.

    “Agora você está parecendo um verdadeiro aventureiro”, comentou, com um leve tom de brincadeira.

    Eriel riu também, lhe dando um empurrão de leve. “Pelo menos vou estar protegida do sol!”

    Enquanto saíam da loja, Azrael percebeu como ela parecia mais relaxada, quase como se estivesse aproveitando cada instante ao lado dele. Ele, por sua vez, absorvia aqueles momentos com cuidado, observando as expressões dela, tentando decifrar os pensamentos por trás de cada sorriso.

    Mais tarde, entraram em uma loja de souvenirs. O aroma doce de velas aromáticas preenchia o ambiente, misturando-se ao som de risos vindos de outros clientes. Eriel escolheu alguns ímãs de geladeira e cartões, enquanto Azrael optava por itens simples. Ele não se importava muito com lembranças, mas gostava de ver como Eriel parecia animada com cada escolha.

    “Essas miniaturas são tão fofas!”, disse ela, admirando os itens que ele segurava. 

    Azrael apenas sorriu, sem dizer nada, mas sentindo um calor inesperado ao ouvir aquelas palavras.

    Enquanto caminhavam pelo shopping, Eriel notou uma nova atração: um cinema com filmes em 3D. Seus olhos brilharam com entusiasmo ao sugerir que assistissem a um filme. Azrael, capturado pelo entusiasmo dela, concordou prontamente.

    As luzes da sala de cinema diminuíram, e as imagens começaram a saltar da tela, enchendo o ambiente com um realismo surpreendente. Azrael, normalmente atento aos mínimos detalhes, percebeu como Eriel estava fascinada, seus olhos arregalados e um sorriso genuíno em seus lábios.

    “Isso é incrível!”, exclamou ela, quase em um sussurro.

    Azrael observou-a por um instante antes de responder, sentindo-se contente apenas por vê-la tão animada. “Sim, estou gostando muito também.”

    Depois do filme, eles foram a um restaurante de fast food. O cheiro de hambúrgueres recém-preparados e batatas fritas enchia o ar enquanto eles escolhiam uma mesa perto da janela. Azrael assistia ao movimento lá fora, mas sua atenção frequentemente voltava para Eriel, que parecia relaxada enquanto mordia seu hambúrguer.

    Azrael e Eriel estavam terminando suas refeições na praça de alimentação do shopping. O ambiente ao redor ainda era movimentado, mas para eles, parecia que o mundo desacelerava. Eriel sorriu, os olhos brilhando com satisfação.

    “Estou feliz por termos decidido assistir ao filme”, disse ela, inclinando-se levemente para frente. Havia um entusiasmo natural em sua voz.

    Azrael inclinou a cabeça, contemplando-a por um momento antes de responder. “Eu também. Foi uma boa escolha.”

    Terminaram a refeição e continuaram a explorar o shopping, passeando pelas vitrines e observando as pessoas ao redor. O dia seguia leve, mas repleto de pequenos momentos que Azrael apreciava. Em uma loja de calçados, Eriel encontrou um par de sapatos novos que julgou perfeitos para a viagem. Azrael, por sua vez, passou alguns minutos em uma livraria, escolhendo um livro que chamou sua atenção.

    Ao saírem do shopping, carregados com sacolas e satisfeitos com suas compras, o sol já começava a se pôr. O céu estava pintado em tons de laranja e rosa, criando uma atmosfera tranquila e acolhedora. Azrael sugeriu, com um sorriso discreto: “Que tal irmos até o parque da cidade? É um ótimo lugar para relaxar e apreciar a vista.”

    Eriel concordou com entusiasmo. “Boa ideia. Adoro aquele lugar.”

    Azrael dirigiu até o parque. O trajeto foi marcado por uma conversa descontraída, pontuada por risos ocasionais. Ao chegarem, estacionaram o carro e saíram para explorar o local. O parque estava calmo, com poucas pessoas ocupando bancos ou caminhando pelas trilhas. O ar fresco misturava-se ao perfume das flores e ao som suave de folhas balouçando ao vento.

    Eriel parou por um momento para admirar as árvores ao redor, um sorriso sereno em seu rosto. “Este lugar é tão lindo”, disse, com a voz baixa, como se não quisesse perturbar a paz do ambiente.

    “Sim”, respondeu Azrael, observando-a mais do que as árvores. “É um dos meus lugares favoritos na cidade.”

    Eles caminharam juntos, tirando fotos e conversando sobre o dia. Eriel compartilhou como havia se divertido escolhendo roupas novas, mas revelou que o ponto alto do dia foi o filme em 3D. “Hoje foi muito divertido”, disse ela, com um brilho nos olhos. “Eu nunca imaginei que um filme pudesse ser tão realista.”

    Azrael sorriu. “Realmente foi uma experiência única. Fico feliz por compartilhar isso com você.”

    Mais tarde, Eriel sugeriu que fossem a um café próximo. Azrael concordou e dirigiu até lá. O café era pequeno e aconchegante, com uma decoração vintage que tornava o ambiente acolhedor. Sentaram-se perto de uma janela, observando o movimento tranquilo das ruas enquanto saboreavam suas bebidas.

    A conversa fluiu naturalmente. Falaram sobre trabalhos, passatempos e sonhos. Eriel mencionou que gostava de pintar e que havia criado algumas telas recentemente. Azrael ficou impressionado e pediu para ver suas obras. Eriel pegou o celular e mostrou fotos de suas pinturas. As cores vivas e as formas expressivas capturaram sua atenção.

    “Você tem muito talento”, comentou Azrael, admirado. “Gostaria de ver uma dessas pessoalmente.”

    Eriel sorriu timidamente. “Quem sabe um dia?”

    Depois de terminarem seus cafés, decidiram dar uma volta pelo bairro. As ruas estavam iluminadas pelas vitrines das lojas e pelos postes de luz, criando um clima acolhedor. Conversaram sobre o que poderiam fazer no fim de semana antes da grande viagem.

    “Talvez possamos fazer algo parecido com hoje”, sugeriu Eriel. “Foi muito divertido.”

    Azrael concordou, gostando da ideia de mais um dia tranquilo ao lado dela. Quando voltaram para casa, Eriel agradeceu novamente. “Foi um dia incrível”, disse, sorrindo. “Muito obrigada por ter me acompanhado.”

    “O prazer foi todo meu”, respondeu Azrael, retribuindo o sorriso.

    Azrael estava em seu quarto com a mente cheia de reflexões. Eriel havia se tornado uma presença importante em sua vida, e ele sabia que momentos como aquele eram preciosos. Enquanto se acomodava na cana, ouviu seu celular vibrar. Era uma mensagem de Eriel, convidando-o para uma sessão de treinamento de artes marciais no dia seguinte. Ele sorriu, achando curioso que ela tivesse enviado uma mensagem mesmo estando no quarto ao lado.

    “Estarei lá”, respondeu. Havia algo de especial na maneira como Eriel se dedicava a tudo o que fazia, e Azrael sabia que o futuro reservava muitas aventuras ao lado dela.

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