Capítulo 450: O Castelo do Rei Demônio na Amazônia (6)
por NimsayEnquanto Isabella estava naquele estado confuso e raivoso, uma pessoa se aproximou dela e disse: — Isabella, temos que nos mover.
Foi uma mulher chamada Jisu quem disse isso. Ela era uma das mais fortes entre os humanos frágeis.
‘Mas ela não é nada comparada a mim’ Isabella pensou.
Jisu olhou para ela a três ou quatro passos de distância. Seus olhos estavam cheios de simpatia em vez de medo ou vigilância
Mas toda vez que Isabella olhava para ela, ela sentia vontade de matá-la.
‘Se eu conseguir balançar meus braços apenas uma vez, posso matá-la imediatamente.’
No entanto, Jisu segurava o controle remoto com a mão direita. Ela notou as pupilas de Isabella dilatando e recuou, colocando o pé direito para trás.
Ela colocou o polegar no botão do controle remoto.
Naquele momento Isabella soltou um suspiro e se aproximou dela.
— Eu sei. Estou indo. Você vai me matar se eu não fizer isso, não é? — ela perguntou.
Atrás do pescoço de Isabella havia três espadas presas ao ‘Carcereiro de Dragões’ penduradas de cabeça para baixo como uma capa.
Se Jisu apertasse o botão, as espadas esfaqueariam seu pescoço imediatamente.
— Não, eu não preciso matar você. E nem quero — respondeu Jisu.
A resposta dela foi surpreendente para Isabella, mas ela não se importou.
— Sério? Mas sou eu quem vai decidir — disse Isabella.
— Você decide? — Jisu perguntou
Isabella bufou como se considerasse isso óbvio.
— Quanto a esse botão, você não pode decidir pressioná-lo dependendo dos seus sentimentos, não é? Eu posso decidir quando eu irei morrer… controlando meus sentimentos
Afinal, era uma questão de orgulho para ela. Em termos de orgulho, foi seu instinto básico tomar a iniciativa nesta luta.
— Seus sentimentos?
— Sim, eu sempre faço o que quero de acordo com meu humor.
Isabella passou por ela e caminhou em direção ao corredor.
Porém, Jisu não se moveu como ela e perguntou: — Tem certeza?
Isabella parou.
— Isabella, você realmente faz o que você quer?
Isabella se virou e olhou para ela e perguntou: — E o que que tem?
Jisu respondeu: — Então, o que você quer fazer?
Isabella não respondeu. Ela ficou confusa, porque não sabia a resposta. E então ela percebeu que estava hesitando como uma idiota.
‘Mas…?’
O rosto de Isabella ficou vermelho.
‘Como eu, uma dragonesa, a criatura mais poderosa, pode ficar constrangida ou confusa?’
— … Isabela — Nesse momento, Jisu se aproximou dela. Mesmo sabendo que era perigoso, ela se aproximou e olhou para ela — Eu conheço alguém como você. Ele me contou sobre suas antigas memórias. Algumas memórias que ele não consegue lembrar, ou os sentimentos das memórias…
— Memórias?
Isabella franziu a testa para ela, ficando irritada e envergonhada. Curiosamente, ela não queria matar esta mulher desta vez.
Era um tipo diferente de raiva.
— Tudo está errado.
— …
— O monstro que precisamos combater não é você, mas esse sistema.
Isabella sentiu-se tonta e, ao mesmo tempo, chateada. Ela não sabia por que estava chateada, mas obviamente sua raiva era desencadeada por lembranças das quais ela não conseguia se lembrar.
— Porra… — ela murmurou.
Claro, suas emoções ainda estavam lá. Talvez um vestígio de outra coisa antes dela se tornar um dragão.
O Rei das Montanhas chegou ao meio da floresta amazônica. Ele tentou colocar habitualmente o cachimbo na boca como costumava fazer, mas não teve coragem de acendê-lo sob o calor sufocante.
— Droga! Este é um inferno diferente do Monte Baekdu! Merda!
Atrás dele estavam os dois jovens tigres ofegantes, carregando cestos de batatas nas costas.
— Oh, Majestade, estamos lutando contra o calor porque estamos cobertos de pelos.
— Por que deveríamos vir até aqui para ajudar esses jogadores?
Talvez porque os dois jovens tigres não nasceram há muito tempo, ainda não sabiam como funcionava a mente e as vontades de seu Rei.
— Eu não sei muito sobre isso.
No entanto, mesmo o próprio Rei das Montanhas não sabia claramente o motivo.
— Como? Você não sabe?
— Que irresponsável!
O Rei suspirou profundamente com a voz frustrada e ressentida.
Ele estalou os lábios, olhando para o cachimbo fumegante, mas colocou-o de volta no bolso, balançando a cabeça.
— Bem, algumas vozes em minha cabeça continuam me dizendo para matar vocês e outras pessoas nas montanhas, mas estou fazendo o oposto.
Eles pareciam chocados com sua resposta inesperadamente estranha.
— … Por que eu sinto que essa é a única maneira de fazer o que eu quero.
Os dois tigres fizeram uma expressão confusa, como se não conseguissem entender do que ele estava falando. Então o Rei tirou algumas batatas cozidas dos cestos que carregavam nas costas.
— Bem, estou farto dessas batatas sem gosto, mas sempre que como coisas deliciosas, acabo sendo atraído por aquela voz. É por isso que estou me contendo.
O Rei mordeu uma batata meio cozida.
Bam!
Explosões soaram no céu ao longe e vários dirigíveis foram vistos flutuando por todo lado.
— A batalha parece ter começado e devemos ir ajudar.
Ele se moveu contra seu instinto forçado.
Sungwoo olhou para os dois gigantes, que lançavam uma sombra infinitamente enorme sobre o anfiteatro destruído.
Gooooooooooh…
Seus corpos negros não pareciam ser um ser vivo. Eram ásperos e duros como uma rocha, com desenhos geométricos esculpidos, emitindo um brilho roxo.
As correntes que envolviam seus braços e pernas também brilhavam intensamente, e o calor que saía quando respiravam preenchia a área ao redor de seus rostos e teto. E até mesmo seus olhos roxos brilhando no calor estavam longe de ser comuns.
‘Gigantes…’
Na mitologia grega, era o nome da raça que foi aprisionada no ‘Tártaro’, o abismo mais profundo do submundo, após perder a guerra contra os deuses.
Dois deles foram convocados e controlados por Sungwoo.
— Uuuuuuuuuh…
Naquele momento, Petros levantou-se dos destroços.
Depois que a cabeça de Golias foi esmagada, ele convocou outro guerreiro duas vezes, mas eles não conseguiram enfrentar os Gigantes.
— Deixe-me pegar os ossos dos seus guerreiros — falou Sungwoo.
Track! Track!
— …
O espírito de luta de Petros estava obviamente quebrado. Ele não podia negar que foi derrotado.
O Necromante, que já lutou contra o Rei Demônio, desferiu um golpe fatal nele. Como servo do Rei Demônio, que administrava seu castelo, Petros não era capaz de enfrentá-lo desde o início.
‘Esse cara está apenas ganhando tempo para o Rei Demônio.’
Este labirinto nada mais era do que uma espécie de sistema de segurança no qual poderiam manter os intrusos como o Necromante afastados até que seu dono, Kangsok, retornasse.
‘Ele vai chegar aqui em breve.’
Mesmo que Kangsok tenha perdido Fada, tinha magos com habilidades sofisticadas e outros meios de ataque disponíveis.
Ele definitivamente chegaria mais devagar sem o portal da Fada, mas não demoraria muito para voltar ao seu castelo.
‘Irei destruir a Semente Mundial antes que ele retorne. Se não conseguir, devo desferir-lhe um golpe maior do que antes.’
Sungwoo levou a Ceifadora ao pescoço de Petros.
— Se eu te matar, o próximo portão se abrirá, certo?
— Ora, espere um pouco…
Mas Sungwoo não parou. Ele não queria perder tempo conversando com ele.
A cabeça de Petros foi decepada e rolou pelo chão.
Você passou pelo Portão 4 do Labirinto (2/7)