Capítulo 116
— Hum…
Vendo o cheque, Clerivan gemeu e agarrou sua cabeça.
— Como pode ser tão idêntico?
Violet arregalou os olhos e os esfregou várias vezes.
Eu concordo com isso cem vezes.
À primeira vista, era impossível dizer qual era real.
Na minha vida anterior, quando ocorreu o caso do cheque falsificado, eu estava sozinha no meu escritório escuro e tendo dificuldades.
Mais tarde, eu só soube que isso tinha acontecido nesta época do ano, quando eu estava analisando a história passada de Lombardi enquanto ajudava no trabalho do meu avô.
Portanto, esta foi a primeira vez que vi um cheque falsificado com meus próprios olhos.
— Eu não sei qual é, mas parece o mesmo.
Murmurei, olhando para o cheque.
Eu não posso dizer nada.
Aquele que fez o cheque falso obviamente roubou de Lombardi.
Além disso, os ativos do banco são créditos.
Para explodir o dinheiro e o crédito da Lombardi assim.
Cara mau.
Fiquei olhando para o cheque na mesa, virei a cabeça e perguntei a Bate, que estava sentado confortavelmente encostado no sofá.
— Mas como você conseguiu o cheque falsificado? Não teria sido fácil porque ainda não foi resolvido.
Provavelmente não existem poucas coisas que o banco de Lombardi descobriu.
Mas Bate salvou um deles.
— … é um segredo comercial.
Respondendo assim, Bate desviou o olhar.
— Eu suponho que sim.
Eu recuei ordenadamente.
Não posso pedir detalhes a um informante.
— Com licença.
Mas Bate me encara.
— O que há de errado, Bate?
— Você não quer perguntar mais?
— Mas você já me disse. É um segredo comercial. O que mais posso perguntar?
— Mas de qualquer maneira, você é um investidor da nossa Avenida Carmelo…
Ele queria dizer: ‘Se você quiser, pode pegar o dinheiro, pode usá-lo para me fazer vomitar uma resposta’.
— Quero que meu relacionamento com a Avenida Caramelo seja longo e saudável
Ameaçar Bate pelo detalhe é como cortar a barriga da galinha dos ovos de ouro.
Além disso, para me trair nesta situação, Bate tem muito a perder.
Bate precisava de uma base estável para aumentar a guilda de informações, e não uma pequena quantia de dinheiro que você pode obter de falsificadores.
— … obrigado.
Os cantos da boca de Bate se afrouxaram quando ele acenou com a cabeça.
— É incrível!
Enquanto eu falava com Bate, Violet, que olhava o cheque com mais atenção, disse meio admirável.
Então ela olhou nos meus olhos para ver se eu queria e rapidamente acrescentou.
— Bem, quero dizer, o falsificador, ele é bom nisso…
— Eu sei, eu tenho noção do que você está falando.
— Você está bem, Lady Florentia?
Lamento que Violet seja o alvo do meu mau-humor, mas não pude evitar.
— Estou um pouco chateada.
— Nós seremos capazes de pegar o falsificador de alguma forma.
— Um falsificador é um falsificador, mas…
No final, Vieze não conseguiu evitar que a situação piorasse novamente, desta vez.
Na minha vida anterior, cheques falsificados eventualmente saíram de controle.
A quantidade de danos foi astronômica.
Já era tarde quando Vieze tentou entender a situação e resolvê-la, e meu avô, que estava na cama, teve que tomar medidas especiais.
‘Faça imediatamente um cheque com um novo desenho e substitua o antigo, Lombardi arcará com todos os danos causados por cheques falsificados.’
Era inevitável porque era praticamente impossível distinguir cheques falsificados no local.
— Seu idiota…
Está além da autoridade de Grodic Bray parar de emitir cheques, dar forma a novos designs e decidir como lidar com cheques falsificados.
Eu quis dizer que era um trabalho para o chefe de família intensificar.
Naquela época, Bate acrescentou.
— Oh, e há mais uma coisa. Grodic Bray disse ter visitado Shananet.
— Como esperado.
Os pensamentos das pessoas eram todos semelhantes.
Ele deve ter julgado que Shananet era a única que poderia deter Vieze.
Foi uma mudança que ocorreu quando Shananet, que estivera no resort após o divórcio, voltou orgulhosa e começou a cuidar dos assuntos de sua família.
Clerivan murmurou, olhando novamente para o cheque falsificado.
— Seria ótimo se pudéssemos descobrir uma maneira de diferenciar as falsificações. E se eu pudesse dizer a Shananet como fazer isso…
— Vamos tentar brilhar ao sol?
Violet pegou dois cheques e olhou um por um.
Mas não houve diferença alguma.
— Deve haver uma diferença…
O mesmo aconteceu com Clerivan, que franziu a testa e ficou agoniado.
Então, de repente, ele me perguntou em voz baixa.
— Será que pode ser alguém de dentro do banco? Se for assim mesmo, acho que eles estão apenas sugando cheques feitos no mesmo lugar.
Foi uma dedução razoável.
— Essa é uma possibilidade.
Nem Violet, nem Bate assentiram.
A traição de iniciados na Lombardi.
Na verdade, era a hipótese mais provável para encontrar o culpado neste caso de cheque falsificado.
Mas não foi.
O criminoso era apenas um homem com excelentes habilidades para falsificação.
— E se for realmente assim?
Vendo Violet confusa, achei que deveria dar a ela a resposta.
— Bate, você tem um fósforo?
— Sim, eu tenho.
— Tire-o.
Ao ouvir minhas palavras, Bate inclinou a cabeça e tirou um maço de fósforos do bolso.
— Tente queimar o cheque com ele.
— O quê?
— Vamos.
A meu pedido absurdo, Bate olhou para Clerivan e Violet.
No entanto, não houve tremor nos olhos dos dois.
Eles acreditam em meu julgamento.
— … certo.
Bate engoliu em seco com força, puxou um fósforo com cuidado e acendeu um cheque.
— Huh? Uh…?
O cheque aparentemente idêntico queimava com uma chama vermelha e outra azul.
— Uau, estranho?
Bate, que apagou o fogo rapidamente, riscou um fósforo mais uma vez e o acendeu.
Novamente, o resultado foi o mesmo.
— Essa é a maneira de saber a diferença entre o real e o falso.
Foi apenas no processo de destruição de cheques falsificados coletados por funcionários do Banco Lombardi, que por fim não conseguiram encontrar uma maneira de distingui-los em minhas vidas anteriores.
Bem, era tarde demais quando descobri.
— Como, como você sabia?
Bate me perguntou com grandes olhos desbotados.
Os olhos âmbar bem abertos estavam cheios de alegria.
Olhei diretamente para Bate e disse isso com um sorriso no rosto.
— É um segredo comercial.
— … perdão?
— Segredo Comercial.
— Ah…
O rosto de Bate ficou pálido e suas orelhas estavam quase caindo.
É um segredo comercial que nunca poderei lhe contar.
Deixei tal Bate sozinho e olhei para Clerivan.
— Clerivan.
— Diga-me, Lady Florentia.
Seus olhos brilharam para mim.
— Diga a tia Shananet como eu te mostrei há pouco tempo.
— Sim, eu vou.
— Você tem que ir o mais rápido que puder, então Violet, não se esqueça de tirar ‘aquilo’ do cofre do banco de Lombardi e dar a Clerivan.
— Sim, Lady Florentia. Volto logo após a reunião.
— E, Bate, tenho um favor a lhe pedir.
Bate, que ficara atordoado com minhas palavras, acordou surpreso.
— Por favor, olhe para uma pessoa.
Bate inclinou a cabeça para o nome de alguém. De repente, pedi que ele desse uma olhada em alguém.
— Não é tão difícil. Mas…
Mas Bate, que estava prestes a dizer algo, de repente parou de falar e olhou para Clerivan e Violet.
Então ele acenou com a cabeça com firmeza para ver o que lhe veio à mente.
A aparência de Bate lembrava Clerivan e Violet, em algum lugar.
Aquela noite.
Shananet visitou o escritório principal com uma expressão rígida.
— Vieze, posso entrar um momento?
Ela pediu ao mordomo que marcasse o horário em que a programação terminasse.
Então, depois de um tempo, veio a resposta de Vieze.
— … entre.
Era uma resposta vaga em algum lugar, mas Shananet não fazia ideia.
Até que viu Seral sentado no sofá do escritório.
— Você está aqui.
Talvez eles estivessem desfrutando de um lanche juntos no escritório.
O rosto de Seral estava rígido porque seu tempo de lazer foi perturbado.
— Sinto muito. Há algo que quero discutir com Vieze.
— … uma discussão?
Em vez de Seral, Vieze perguntou de volta de uma forma espinhosa.
— O que você tem a discutir comigo, irmã, o representante do Senhor?
— … por que não temos uma conversa particular?
Shananet respondeu calmamente às palavras duras de Vieze, que pareceram ferir seu orgulho.
Mas Vieze deu uma olhada em Seral e falou com uma voz mal-humorada.
— Não há conversa que eu não possa ter na frente da minha esposa. Qual é o ponto?
Era o tom de Vieze, que mudou muito desde que ele se tornou um chefe de família interino.
— … sim, ouvi que cheques falsos estão circulando atualmente. Você está ciente do assunto?
— Cheque falso?
Vieze causou uma grande impressão.
— O chefe do banco veio ver você, irmã?
— Não é desse jeito…
— Como ele ousa me deixar como o representante do Senhor?
Vieze deu um pulo de onde estava sentado e gritou.
— … Vieze. Acalme-se e me escute.
— Por que eu deveria ouvir você, irmã, que ousa ignorar a autoridade dos representantes do Senhor que meu pai me deu?
— … ousa?
A voz de Shananet também começou a borrar com uma raiva sutil.
— A atribuição temporária de nosso pai a você não significa que você deva exercer sua autoridade conforme sua conveniência e imitar Lombardi, Vieze.
— Imitar Lombardi? Estou fazendo meu trabalho constantemente! Você não está em posição de me dizer o que fazer!
— Não sei em que posição você está na sua cabeça, mas posso ver uma coisa. Você não entende a gravidade desse cheque falsificado. Que incompetência.
— Cuidado com a sua língua! Não importa o quão rude minha irmã seja, você não pode agir assim comigo, o representante do Senhor! Eu estou aqui no lugar de nosso pai!
Shananet sentiu-se tonta como se estivesse falando com uma parede.
Tudo com o que Vieze se importava era sua autoridade e direitos como o representante do Patriarca.
A conversa continuou a pairar no lugar mesmo quando os cheques falsificados foram levantados.
— O que há de tão importante em alguns cheques falsificados? Você não é obcecada demais por coisas triviais para distinguir entre assuntos públicos e privados?
Vieze disse com um bufo.
— Você está com tanto ciúme de eu ser o Patriarca Interino? Então é óbvio que você está tentando se controlar e se intrometer nos meus negócios!
Shananet riu em vão.
Vieze acreditava sinceramente que um cheque falsificado era trivial.
E para esse Vieze, Shananet nada mais é do que um obstáculo malévolo.
— … sim, Vieze. Minhas expectativas para você eram muito altas.
Shananet se virou, deixando apenas essa palavra.
Nas costas, ela ouviu as risadas de Vieze e Seral, mas Shananet não olhou para trás.
Ela iria visitar seu pai imediatamente amanhã de manhã.
De volta a casa com o coração frio, Shananet encontrou alguém esperando por ela na porta.
— Madame Shananet, está tarde, mas posso falar com você um momento?
Foi Clerivan Pellet quem o cumprimentou educadamente com um rosto bonito e um sorriso.
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