Índice de Capítulo

    Observando todos diante de um inimigo comum, comecei a prestar atenção no ambiente ao redor, pois Azrael poderia ter preparado uma contra-medida no curto tempo que teve. Olhei para Belial, Zenith, Dian, Alice, Nain, Naara, Elara e Samael. Todos estavam preparados para o confronto iminente.

    Azrael então olhou para a mulher ao seu lado, Naamah, e com um leve aceno, ela desapareceu do local, deixando-o.

    “Belial, Lilith está esperando por você. Não deveria ir até ela?”, perguntou Azrael enquanto analisava cada movimento de seu pai. “Se deseja retomar o controle, deve derrotá-la. Esta é a sua melhor chance. O que você vai fazer?”

    Belial me olhou, como se buscasse permissão. Sem hesitar, concordei, entendendo o quanto Lilith era importante para ele.

    “Pai, vou lhe acompanhar”, disse Alice, preparando-se para sair com Belial. “As coisas podem ser resolvidas por todos aqui. Seria melhor estar ao seu lado para lidar com a mamãe.”

    Azrael observou enquanto Alice e Belial deixavam o local, sem fazer qualquer movimento. Seu olhar, então, voltou-se para o jovem de cabelos brancos ao seu lado.

    “Ei, Dian, pensei que você tinha morrido”, disse ela em tom de brincadeira. “Dian, Dian. Vamos brincar? Quero brincar com você um pouco.”

    Dian então olhou em minha direção e, quando assenti com a cabeça, ambos saíram rapidamente. Parecia que as duas crianças iriam resolver seus problemas, mas eu estava preocupada, já que a garota chamada Sien parecia mais infantil do que imaginei.

    “Temos seis pessoas, enquanto você está sozinho, Azrael”, eu disse, sendo interrompido por uma voz fria.

    “Eu sei, eu sei. Deveria dar mais alguma vantagem para vocês”, respondeu ele. Sua voz não era tão arrogante, mas como se ele realmente acreditasse que estávamos em desvantagem.

    “Não se preocupe, farei o possível para atender às expectativas”, replicai, sem intenção de recuar.

    “Sabe, mesmo falando dessa forma, estou um pouco assustada”, comentou Elara, seus olhos atentos fixos em Azrael. “Ele ainda é o Azrael que conheci. Sei o quão assustadora é sua técnica.”

    Foi então que notei a presença de uma pessoa que se aproximou para ficar ao lado de Azrael. A figura tinha longos cabelos castanhos, cuidadosamente presos para não atrapalhar na batalha, e olhos azuis refinados que analisavam a todos.

    Fiquei surpresa com a intimidade dessa pessoa e, quando nossos olhares se encontraram, ela desenhou um largo sorriso.

    “Oh? Minha criança cresceu e se tornou tão bela e jovem”, murmurou ela. “Contudo, você não parece jovem demais? Deveria aparentar ser bem mais velho… Bom, não importa.”

    Com minha magia do tempo, consegui fazer o tempo em meu corpo parar, preservando minha aparência e até mesmo rejuvenescendo, se necessário. Demorei um pouco para aprender, mas não era o momento para falar sobre isso.

    “E eu devo chamar-la de quê? Mãe? Júlia? Sabe, é um pouco difícil”, disse, tentando captar alguma mudança em sua expressão, mas recebi um sorriso amigável em troca, como se ela não se importasse.

    “Você pode escolher. Bom, faz anos que ninguém me chama de mãe, então acho que ficaria um pouco feliz ao ouvir isso da minha filha crescida.”

    Júlia demonstrou estar calma, mas eu realmente não sabia o que estava passando em sua mente.

    “Como faremos? devemos tirar na moeda? Ou talvez minha querida amiga queira continuar nossa última luta?”, disse Júlia, olhando animadamente para Naara.

    Júlia não era uma variável na estratégia de Eisheth, mas foi dito que eu não deveria lutar com ela até o momento certo. Com todas as informações em mente, existia apenas uma pessoa que poderia lidar com ela.

    Seria arrogante pensar em enfrentar Júlia sozinha, afinal, ela havia transcendido os limites de sua raça, tornando-se uma deusa. Então, quem melhor para lutar com uma divindade do que—

    “Desculpe acabar com sua alegria, mas eu serei seu oponente.”

    Ao ouvir a voz, tanto Júlia quanto Azrael olharam para Samael, que deu um passo à frente.

    “Ei, ei… Vou ter que enfrentar alguém tão importante. Sinto-me honrado, mas não acha que é um pouco brutal colocar uma pessoa tão simples contra você, Samael?”

    Samael sorriu. “Simples, você disse… Bom, estou realmente animada.” Foram suas palavras antes de desaparecer do meu campo de visão com Júlia.

    Restavam apenas Elara, Zenith, Nain, Naara e eu.

    “Posso simplesmente esquecer que estava aqui… Deem meia volta e nunca mais cruzarem meu caminho. Talvez assim tenha alguma chance”, disse Azrael em um tom arrogante.

    Apesar das palavras duras, não temos a intenção de recuar. Estávamos decididos a trazer Azrael de volta, mesmo que isso significasse sacrificar nossas vidas. Havia algo que não foi revelado aos meus aliados: nossa missão não era exatamente vencer, mas ganhar tempo. Tempo suficiente para quê? Nem eu sabia ao certo.

    “Parece que não atenderá ao meu pedido…” comentou Azrael com um suspiro desanimado antes de desaparecer da minha visão.

    No instante seguinte, uma lâmina dourada estava a centímetros do meu pescoço, mas o golpe foi interrompido por Nain, que empunhava sua enorme espada com destreza. “Não na minha vez, chefinho.”

    Azrael recuou com um salto, tentando criar distância, mas Naara o acompanhou de perto. Sua foice negra dançava no ar, produzindo um som metálico ao se chocar contra a espada de Azrael. Zenith preparou seu arco e começou a disparar flechas em rápida sucessão, usando os movimentos de seus companheiros para criar pontos cegos. Azrael parecia ter dificuldades em prever de onde viria na próxima flecha.

    Elara avançou, sua florete prateada brilhando intensamente à luz do sol. Seus movimentos eram refinados e precisos, sincronizados com os de Naara. Todos atacavam Azrael incessantemente, forçando-o a se defender sem trégua. Nossos pensamentos e ações eram rápidos, coordenados para não dar tempo a Azrael de se recompor.

    “Parece que somos a sua fraqueza, chefinho”, disse Nain com um largo sorriso. “Quem precisa de vantagem agora, Azrael?” Elara estava visivelmente irritada.

    {Paradoxo}

    Chamei minha espada branca do espaço dimensional. Como na maioria das vezes, não pude ouvir sua voz, mas senti que a alma na espada estava atenta. Paradoxo começou a absorver minha mana, e o poder fluir por meu corpo. A sensação era estranha, mas familiar. Com minha mana limitada, eu precisava agir rápido. Minha missão era usar uma parte da minha mana e, no momento certo, usar até a última gota para entoar uma magia cujo efeito poderia virar o jogo.

    Avancei. Nain ocultou minha presença com seu corpo, bloqueando a visão de Azrael. Mirei no coração de Nain e ataquei sem medo de feri-lo. Com um movimento rápido, Nain saiu da frente de minha lâmina, e o golpe passou raspando pelo rosto de Azrael, deixando um pequeno corte que o surpreendeu por um breve momento.

    Sem dar tempo de reação, uma série de magias elementais foram lançadas. Raios e chamas envolveram Azrael, que usou uma barreira negra para se defender. Naara aproveitou a oportunidade e desferiu um golpe poderoso, mas Azrael posicionou sua espada para bloquear o ataque.

    Nain então atacou frontalmente com um movimento rápido, desferindo um golpe vertical com sua grande espada. Azrael, sem saída, pareceu ter recebido o dano; o corte profundo atravessou seu corpo, e ele caiu no chão.

    “Conseguimos?” Disse Nain, surpreso com a facilidade. “Merda!” Naara ao perceber que aquele não era o verdadeiro Azrael.

    Azrael surgiu atrás de Naara e desistiu de um golpe. Naara tentou defender-se com sua foice, mas o impacto violento do choque entre as armas a lançadas na direção de Zenith. Zenith soltou seu arco para tentar pegar Naara ainda no ar, mas Azrael apareceu diante das duas.

    {Soco do Deus do Vento}

    O punho de Azrael foi envolvido por um turbilhão de ar, e seu golpe atingiu Zenith, que não teve tempo de se defender. O impacto criou um pequeno furacão ao redor de Naara e Zenith.

    {Mil Cortes Divinos}

    Azrael iniciou uma série de golpes com uma velocidade impressionante em direção às suas antigas companheiras. Zenith, ainda fraca, saltou para receber todo o impacto e proteger Naara. O corpo de Zenith sofreu diversos cortes, e ela caiu ao chão.

    Nain avançou novamente, mas não teve tempo dedesviar do soco de Azrael. Usando toda sua força, Nain segurou o punho de Azrael com esforço. “Parece que você cometeu um erro, chefinho.”

    Elara saltou em direção a Azrael, usando sua florete para refletir a luz do sol nos olhos dele. Com uma visão ofuscada, Azrael não conseguiu se defender dos golpes e recuou, observando nossos próximos movimentos.

    {Retroceder}

    Usei minha habilidade nos aliados, curando as feridas e parte da fadiga dos que caíram. Todos estavam de volta ao estado original, mas meu movimento pareceu ter me colocado na mira de Azrael, que avançou sem hesitar em minha direção.

    {Aceleração de Pensamento}

    Com minha magia ativa, observei o avanço de Azrael com precisão. Mesmo com sua velocidade superior, consegui defender seu ataque, mas senti uma onda de choque que pareceu quebrar um dos meus braços enquanto meu corpo era jogado para o lado.

    Com meu corpo arremessado para o lado, senti a dor aguda no braço quebrado, mas não havia tempo para lamentar. Azrael estava determinado a acabar conosco. A batalha precisava continuar.

    Azrael avançou novamente, suas mãos envoltas em uma aura negra pulsante.

    {Explosão de Sombras}

    Ele lançou uma onda de energia negra que se expandiu rapidamente. Zenith, mal teve tempo de erguer um escudo mágico antes de ser arremessada para trás. Elara e Naara foram engolfadas pela explosão, mas conseguiram se proteger parcialmente com suas armas. Nain avançou, usando seu corpo como escudo para me proteger da maior parte do impacto.

    “Isso foi só um aperitivo,” disse Azrael com um sorriso cruel. “Vamos ver como vocês lidam com isto.”

    {Chama Infernal}

    Azrael levantou a mão e uma coluna de fogo negro ergueu-se ao redor dele. O calor era sufocante, e a intensidade das chamas ameaçava consumir tudo ao redor. Ele lançou a coluna de fogo em nossa direção, e todos nós tivemos que agir rapidamente para não sermos queimados vivos.

    “Elara, agora!” gritei.

    Elara, com sua agilidade inigualável, correu em um arco, evitando as chamas e se posicionando para um ataque surpresa.

    {Lâmina Lunar}

    Ela invocou o poder da lua, fazendo com que seu florete brilhasse com uma luz prateada. Ela avançou, desferindo um golpe em alta velocidade que parecia cortar até a própria escuridão. Azrael mal teve tempo de reagir e foi forçado a bloquear com sua espada, a energia lunar explodindo em um clarão ofuscante.

    Naara, aproveitando a distração, invocou sua própria magia.

    {Correntes de Gelo}

    Correntes surgiram do chão, enredando-se ao redor de Azrael e restringindo seus movimentos. Ele lutou contra as amarras, mas Naara canalizou toda sua força mágica para mantê-lo preso.

    “Agora, Nain!” Naara gritou.

    Nain, com sua grande espada brilhando com uma aura dourada, avançou com tudo.

    {Golpe do Titã}

    Ele desferiu um golpe vertical com toda sua força, a lâmina de sua espada crescendo em tamanho e intensidade. O impacto foi devastador; a espada de Nain desceu sobre Azrael com um poder esmagador. O chão tremeu e rachou sob a força do ataque.

    Azrael gritou de dor e raiva, suas defesas quebradas. Mas ele não estava acabado.

    {Aura da Destruição}

    Azrael soltou um rugido, e uma onda de energia negra emanou de seu corpo, quebrando as correntes de Naara e empurrando todos nós para trás. Ele se ergueu, sua presença dominadora agora ainda mais intensa.

    “Vocês são patéticos,” disse Azrael, sua voz cheia de desprezo. “Acham que podem me derrotar com esses truques infantis?”

    Ele estendeu as mãos e começou a entoar uma nova magia.

    {Cataclisma Sombrio}

    O céu acima de nós escureceu, e uma tempestade de escuridão começou a se formar. Relâmpagos negros cortavam o ar, e pedras cobertas por chamas negras caíam do céu. Tínhamos que nos mover rapidamente para evitar a destruição.

    “Isso é ruim…” murmurei, sentindo o desespero crescer. “Precisamos ganhar mais tempo!”

    Elara, Zenith, Naara e Nain se reagruparam, cada um invocando suas habilidades mais poderosas para combater o cataclismo.

    {Escudo da Luz}

    Zenith criou um enorme escudo de luz, protegendo-nos das pedras flamejantes.

    {Dança das Sombras}

    Naara se movia rapidamente entre as sombras, desviando dos ataques de Azrael e procurando uma abertura.

    {Golpe da Fênix}

    Elara concentrou todo o poder do sol em seu florete, desferindo um golpe que lançou uma ave de fogo em direção a Azrael.

    O cenário era de caos absoluto. As pedras negras caíam como uma chuva infernal, os relâmpagos rasgavam o céu com fúria, e o calor das chamas ameaçava nos consumir. 

    Nain invocou o poder de um dragão, lançando uma onda de energia flamejante que colidiu com a aura negra de Azrael.

    {Grito do Dragão}

    Azrael, no entanto, parecia implacável. Com um movimento de suas mãos, ele dissipou nossos ataques combinados e contra-atacou com uma precisão mortal.

    {Impacto Celestial}

    Ele canalizou uma energia negra imensa em um único ponto, disparando um feixe de destruição que atingiu diretamente nossos escudos e defesas. O impacto foi devastador, e todos nós fomos arremessados ao chão, gravemente feridos.

    “Isso é o fim para vocês,” disse Azrael, sua voz carregada de certeza.

    Ele começou a andar em nossa direção, suas mãos brilhando com energia negra. Eu sabia que não podíamos permitir que ele nos derrotasse. Com minha mana quase no limite, reuni todas as minhas forças para um último esforço.

    {Espada da Justiça}

    Minha espada, Paradoxo, brilhou intensamente enquanto eu canalizava toda a minha energia restante em um ataque final. Corri em direção a Azrael, determinado a não falhar. No entanto, ele simplesmente levantou a mão e bloqueou meu ataque com facilidade, sua força esmagadora me paralisando.

    “Você não entende, não é?” ele disse, olhando diretamente em meus olhos. “Não é o suficiente.”

    Nesse momento, um símbolo começou a brilhar em seus olhos. Um Ouroboros, a serpente que engole a própria cauda, apareceu nos olhos de Azrael, irradiando uma aura avassaladora.

    {Olho de Deus}

    Azrael ativou seu poder, e a sensação de inevitabilidade encheu o ar. Todos nós sentimos a pressão esmagadora de sua presença, e uma sensação de desespero tomou conta de nossos corações.

    “Isso não pode estar acontecendo…” murmurei, enquanto sentia minhas forças se esvaírem.

    Com o poder do Olho de Deus, Azrael estava em um nível completamente diferente, e sabíamos que nossa última esperança era resistir o suficiente para encontrar uma fraqueza que pudesse ser explorada. A verdadeira batalha estava apenas começando. Agora, Azrael podia não apenas copiar, mas utilizar todas as técnicas que visse com maestria.

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