Capítulo 41 - A missão de Wallace(parte 2)
Wallace se preparou mais uma vez para partir para cima do Bruns, que o observava cautelosamente. Ele avançou contra o grandalhão sem pensar muito, fingiu que iria dar um chute na perna dele e trocou rapidamente a pose, acertando um gancho certeiro na boca de Bruns.
Bruns sorriu e tentou segurar a cabeça de Wallace mais uma vez, mas ele foi rápido o suficiente para dar um passo para trás, escapando do “agarrão”. Em seguida, Wallace deu um chute alto na cabeça de Bruns, mas o careca já havia reagido e segurou a perna dele firmemente. Wallace suou frio e tentou se soltar, mas Bruns tinha uma força além do comum. Ele arremessou Wallace para longe, fazendo-o bater contra um contêiner. O impacto foi tão forte que Wallace cuspiu sangue e seus olhos ficaram brancos.
“Que força é essa… Ele está em outro nível, e nem mesmo meus golpes estão fazendo efeito. Não vou conseguir ganhar desse jeito, tenho que achar uma brecha,” pensou Wallace enquanto se levantava mais uma vez para lutar.
— Admiro sua persistência, mas aconselho que pare por aqui. Nunca vai derrotar o Bruns. Ele foi forjado para ser incapaz de ser derrotado. Um simples pirralho como você nunca conseguiria derrotá-lo, sua força é insuficiente — disse o companheiro de Bruns, olhando seriamente nos olhos de Wallace.
— Eu não ligo, vou superar esse grandalhão e depois acabar com você.
— Bruns, mata logo ele. Depois explicamos pro chefe o que aconteceu. Dá um fim nesse pirralho, e rápido — ordenou o companheiro. O grandalhão concordou e começou a estalar os dedos.
Wallace deu um sorriso sério e se preparou para mais um round. Bruns avançou contra Wallace com uma velocidade imensa e deu um soco super forte na barriga dele, seguido por outro no rosto e mais outro no mesmo lugar. Aqueles socos eram como pedras. Bruns pegou Wallace pela cabeça e bateu-a no chão com toda a força.
Para finalizar, Bruns deu um chute com toda a força na barriga de Wallace, lançando-o contra um contêiner novamente. Desta vez, ele não iria se levantar tão cedo.
“Merda… Como pode existir alguém tão forte assim?” pensou Wallace segundos antes de apagar completamente.
No outro dia, Wallace acordou com um homem barbado balançando seu corpo e falando algo que ele não conseguia ouvir. Alguns segundos depois, ele ouviu:
— Jovem, jovem, você está bem? O que aconteceu? Me diz, ei, ei, jovem — Wallace se levantou um pouco tonto e colocou a mão na cabeça.
— Que horas são? — perguntou Wallace ainda confuso.
— São seis horas da manhã, mas jovem, o que aconteceu aqui? Como veio parar aqui e quem te deixou assim? — perguntou o senhor a Wallace. Ele estava todo sujo e cheio de sangue, o que era esperado após a surra da noite anterior.
— Nada não, obrigado por me acordar — disse Wallace, levantando-se devagar, ainda meio tonto. De repente, seu celular começou a vibrar. Ele o puxou do bolso e atendeu.
— Bom dia, garoto! E aí, fez o que te pedi? — disse uma voz feminina do outro lado da linha. Wallace rangeu os dentes e respondeu com uma voz super alterada:
— Vá se foder, quase morri ontem por sua culpa. Aqueles caras eram muito fortes e quase me mataram. Por sorte, sobrevivi.
— Ah, que pena. Mas bem, sigo contando com você. Desta vez, não vai falhar, senão…
— Senão o quê?
— Você sabe… Bem, tchauzinho. Nos vemos daqui a dois dias no lugar onde te falei, e com minhas coisas. Se recupere logo — a mulher desligou o telefone. Wallace apertou o telefone de tanta raiva. Ele já estava farto de ser um mero peão da “mulher misteriosa”, mas tudo aquilo era para descobrir o paradeiro do seu irmão.
Wallace voltou a caminhar, querendo chegar logo em casa para descansar a mente e tentar se recuperar da última noite.
Enquanto isso, Yoru estava tomando café em uma cafeteria com seus amigos e mais alguns colegas de classe. Todos estavam conversando e rindo. De repente, Ryuji disse:
— Aliás, chefe, ouvi falar que aqui tem um forte contrabando de coisas ilegais. E sabia que uma parte desse contrabando vai para a escola 24? Ouvi alguns delinquentes da região falando isso. Pelo que ouvi, eles pegam muitos documentos falsificados e muita droga pesada, e até o pessoal da 27 está envolvido. Parece que com esses documentos falsificados, eles conseguiram um cassino e um karaokê, e estão ganhando muito dinheiro com isso.
— Ah! Então é isso. Sempre quis saber por que o Hiroshi ganhava tanto dinheiro. Agora faz sentido. Eu sabia da existência do karaokê, mas nunca soube que ele tinha um cassino — falou Ben, um pouco surpreso.
— Mas como ele está conseguindo manter isso? A polícia nunca foi lá dar uma olhadinha? Isso é estranho — perguntou Hayato, expressando dúvida.
— Eles pagam policiais corruptos todos os meses para cobri-los. É sempre fácil quando se tem dinheiro. Todos eles fazem isso. Inclusive, eu fazia isso para manter meu karaokê aberto — de repente, Sophie apareceu atrás de Hayato e colocou a mão no ombro dele.
— Ué, o que faz aqui? — perguntou Yoru. Sophie deu de ombros e disse:
— Estava passando por aqui, ouvi vocês falando sobre isso e decidi entrar na conversa — de repente, Hina veio correndo na direção de Yoru e seus amigos.
— Yoru! Vem ver uma coisa, rápido, é de extrema urgência — disse Hina, um pouco desesperada. Yoru logo se levantou da mesa.
— O que aconteceu, mulher? Por que está tão desesperada assim? — perguntou Yoru, um pouco preocupado. O jeito que Hina falava era desesperador.
— Sabe aquele garoto que nos ajudou? Encontramos ele desmaiado no chão e todo surrado. Parece que alguém bateu muito nele.
— Vamos lá ver! — Yoru e os outros que estavam ali seguiram Hina para ver o estado de Wallace.

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