Índice de Capítulo

    Ouvindo as batidas na porta, Ken fechou as cortinas para não incomodar as mulheres dormindo e em silêncio andou até a porta.

    Quando abriu, encontrou uma jovem do outro lado que parecia ter uns quinze anos ou mais.

    “Olá, eu-Heek?”

    Mas assim que ela viu Ken na porta, grunhiu.

    Seu corpo enorme sobre a escuridão do quarto a parecia ter assustado, com cicatrizes por todo o lado e uma marca de shuriken de três lâminas em seu peito esquerdo, parecendo uma tatuagem.

    Mas ao invés de assustada, a jovem parecia mais envergonhada por ter visto seu peito nu. Vinland é um reino de guerreiros, então ser grande, ter algumas cicatrizes pelo corpo e tatuagens era considerado normal. Mas a sua pele extremamente branca estava fora da logica, hipnotizando-a.

    “Algum problema?”

    Perguntou Ken para a jovem que apenas ficava olhando para ele sem dizer nada, perdendo a paciência.

    “…Ah, sim! Desculpa!”

    Tendo recobrado a razão, ela se sentiu ainda mais envergonhada e se desculpou curvando seu corpo, depois estendeu algo para Ken.

    “E-enviaram isso da loja de roupas. Quantos aos equipamentos…disseram que você teria que passar lá para pega-los!”

    Embrulhados sobre as mãos da jovem estava um conjunto de roupas de cor preta.

    “Obrigado.”

    Agradecendo, Ken pegou as peças de roupa e se despediu dela fechando a porta. Andou até um comoda da altura até seu peito e pousou suas roupas, depois se olhou no espelho.

    Ele podia ver a marca dos pecados capitais gravado em seu peito esquerdo, refletido no espelho. Mesmo neste quarto escuro com o menor de luz que entrava, Ken conseguia ver seu reflexo.

    Uma marca que parecia uma shuriken de três laminas, que representavam os três pecados capitais dentro dele.

    Depois olhou para a palma da sua mão direita, onde se encontrava o emblema amaldiçoado que selava estes poderes.

    Agora com um dos selos desfeito, Ken podia exercer um grande poder e ter a experiência de sentir a mana circulando pelo seu interior, embora fosse por apenas um minuto.

    Mas era um poder descontrolado, porque quando Ken utilizava, acabava por perder o controle de suas emoções, sendo dominado por uma forte onda de fúria, preguiça e excitação, que obviamente eram as características dos pecados capitais.

    Uma mana que talvez seja mais terrível que a mana corrompida ou a própria energia demoníaca.

    “…”

    Decidindo deixar estes pensamentos de lado, Ken começou a vestir as roupas que a jovem trouxe para ele.

    Camisa preta, calça preta, uma bota e por último um manto escuro.

    Vendo um pente por cima do balcão, Ken o pegou e começou a pentear seu longo cabelo. Quando terminou, puxou para trás e o amarrou em um rabo de cavalo, colocou o tapa-olho esquerdo, e por último, calçou um par de luvas sem dedos.

    O verdadeiro objetivo das luvas era para esconder a maca do emblema.

    Tendo terminado de vestir, Ken voltou a se olhar no espelho. Ao contrário das roupas esfarrapadas que utilizava como juiz da morte, estas eram novas e se ajustaram perfeitamente em seu corpo.

    Depois de ficar um tempo se olhado, Ken andou na direção da porta e o abriu para sair. Parando no meio do caminho, deu uma última olhada nas mulheres ainda dormindo na cama, depois deixou o quarto e fechou a porta.

    Mesmo que tenham passado uma noite agradável não significava que uma ligação havia se criado entre eles. Cada um satisfez seus desejos e cada um seguiria seu próprio caminho.

    Ken andava pelo corredor da pousada deixando outros quartos no caminho até chegar em uma escadaria, onde começou a descer.

    (Autor: Decidi trocar pousada para estalagem.)

    A estalagem tinha dois andares, nos quais os dois andares é onde abrigavam os quartos dos hospedes, já o térreo era onde as refeições eram servidas junto com a área de receção.

    Com grandes mesas redondas de madeira rusticas e bancos simples, as pessoas bebiam suas cervejas em copos de madeira e comiam suas comidas em pratos também de madeira, e em uma das paredes, uma grande lareira aquecia o ambiente circundante.

    “Você soube?”

    “Sim, sim, como não poderia? Eles praticamente salvaram Appolonia.”

    Sendo pessoas do Norte, muitos deles eram grandes, com 1,80 metros de altura. Suas vestimentas eram pesadas com tecidos grossos para se protegerem do frio.

    O barulho das pessoas enchia o espaço animado.

    “Mas derrotar um mestre…?”

    Enquanto uma mulher falava com seu companheiro de mesa, sua atenção de repente foi atraída por algo, olhando ao longe.

    “O que foi? Porque você ficou quieto do nada?…?”

    Seu companheiro perguntou pelo seu comportamento estranho, mas assim que seguiu seu olhar, também ficou atraído.

    Um por um, os olhares das pessoas foram atraídos por algo na escadaria da estalagem e os curiosos seguiram, causando um silêncio ensurdecedor em pouco tempo.

    Um homem alto de dois metros de altura, pele branca como papel, um cabelo branco platinado e rosto selvagem descia pela escadaria. A aparência de Ken chamou a atenção de todos.

    Mas sem se importar com os olhares que caiam sobre ele, Ken continuou a descer até o térreo, e continuou seu caminho procurando por uma mesa vazia.

    “Esta pessoa é de verdade?”

    “Será realmente um humano?”

    Não demorou muito para as pessoas começarem a murmurar enquanto Ken passava por eles. Embora houvessem muitas pessoas de pele branca, e poucos de cabelo branco, Ken simplesmente desafiava a lógica, não parecendo que era normal.

    Chegando em uma mesa vazia que ficava em um canto da estalagem, Ken puxou uma cadeira e sentou-se.

    Mas os olhares curiosos das pessoas sobre ele não pararam e nem sequer tentavam esconder, enquanto os murmúrios tornavam-se mais abrangentes.

    Neste ponto, Ken decidiu lançar um olhar intenso sobre eles.

    “!”

    “!”

    Embora Vinland seja um reino de guerreiros, nem todos eram, assim como algumas pessoas na estalagem. Então, ao sentirem o olhar pesado de Ken, instintivamente desviaram o olhar. Era como se estivessem sendo observados por um lobo, e não um humano.

    Com as pessoas finalmente deixando de importuna-lo, Ken decidiu ignora-los, cruzou os braços e esperou quietamente em sua mesa fechando o olho.

    Depois de algum tempo, alguém grande se aproximou dele.

    “Você já sabe o que vai pedir?”

    Ken então abriu o olho e olhou para ele.

    Ele era um homem de meia idade, grande e musculado, careca, com uma longa barba ruivo com duas tranças, e em sua mão direita segurava um enorme facão.

    Sua presença era ameaçadora, e sua aparência era capaz de fazer alguém chorar. Mas depois de observa-lo por um segundo, Ken perguntou.

    “O cozinheiro que vai fazer o pedido?”

    Disse Ken.

    “Hm? Você soube que eu era o cozinheiro?”

    O homem grande perguntou parecendo surpreso por Ken ter descoberto que ele era o cozinheiro, que respondeu.

     “O cheiro de gordura impregnado em você, o facão de cozinha em suas mãos, e, por fim, o avental em seu corpo.”

    “?”

    Foi então que o homem grande olhou para seu avental parecendo surpreso, como se não tivesse percebido.

    “Ahahahaha, sim, você tem razão. Normalmente é minha filha quem serve os clientes, mas por alguma razão ela se sente envergonhada em servir você.”

    O homem soltou uma gargalhada animado ao perceber de sua tolice, e então apontou para o local da receção onde duas pessoas, uma mulher de meia idade e uma jovem se encontravam.

    Ken seguiu o olhar para onde o homem grande apontava e percebeu que a jovem era a garota que havia levado seu conjunto de roupas em seu quarto.

    Quando a jovem percebeu Ken olhando pra ela, desviou para o lado envergonhada.

    “Sou Bjorn, e você?”

    O homem então se apresentou como Bjorn, e perguntou sobre Ken. Embora ele parecesse amedrontador, parecia bastante sociável.

    “Ken.”

    “Ken? Que nome estranho. Enfim, o que vai ser?”

    Bjorn achou o nome de Ken um pouco estranho, mas decidiu ignorar e perguntar o que ele queria comer.

    “O que me aconselhas?”

    “Hm…que tal a nossa carne de porco assado banhado em vinho tinto acompanhado com batatas assadas?”

    “Traz-me dez pratos.”

    “Quê? Dez!?”

    Bjorn exclamou surpreso, duvidando do que acabou de ouvir.

    “Sim.”

    Mas Ken simplesmente respondeu como se não fosse nada demais.

    Wow, agora entendo de onde vem todo este tamanho mesmo sendo tão jovem. Certo, espere alguns minutos que já chego com sua comida.”

    Tendo recebido seu pedido, Bjorn começou a voltar para a cozinha.

    “Jornal! Jornal!”

    No mesmo instante em que Bjorn saiu para cozinha, um menino carregando um amontoado de jornais em seu braço entrou na estalagem anunciando sua venda de jornais.

    Ele começou a andar de mesa em mesa tentando vende-las. Mas as pessoas simplesmente recusavam porque a esta hora todos já tinham lido as notícias de hoje, e o que o menino estava vendendo não era diferente. Então ele não estava tendo sucesso.

    “O sr. Quer um jornal?”

    O menino então chegou até a mesa de Ken e perguntou se queria um. Ken enfiou a mão no bolso, retirou uma moeda de cobre e entregou ao menino.

    “Wow, obrigado! Aqui.”

    O menino agradeceu animadamente pela sorte inesperada e entregou o jornal para Ken. Quando o menino foi embora, Ken pousou o jornal na mesa, apoiou seu queixo nas costas da mão esquerdo com o cotovelo sobre a mesa e começou a ler.

    Afinal, diferente de todos, ele ainda não sabia das notícias atuais, e era bom ler para passar o tempo enquanto esperava pela sua comida.

    [Discípulos divinos salvam Appolonia.]

    [Já fazem um mês desde que os discípulos divinos salvaram Appolonia junto de seus profetas e com a ajuda dos soldados de Celestine. A profecia sobre os discípulos divinos salvarem o mundo continua a se cumprir.]

    Este era a notícia na cabeçalha do jornal, escrita em letras grandes. Ken também podia ver as imagens dos discípulos divinos no jornal, seus antigos amigos, depois de cinco longos anos.

    Kim estava no meio com Leila e Eliza do lado esquerdo e direito, parecendo um time bastante unido. Eles pareciam diferentes do que sua memoria se lembrava, estavam mais maduros.

    “…”

    ‘Não sinto nada.’

    Talvez pelas suas emoções estarem confusas ou talvez por ter se tornado insensível, Ken não sentiu nada depois de vê-los. Ele mesmo esperava alguma reação sua, mas simplesmente nada saía.

    Então, decidindo ignorar as imagens, Ken continuou a ver as notícias.

    [Os discípulos divinos, heróis invocados de outro mundo avançaram corajosamente e salvaram o reino de Appolonia da destruição.]

    [O rei de Appolonia agradece pessoalmente os discípulos divinos.]

    [Os discípulos divinos recebem o apelido de os três imperadores. Imperador das chamas, imperatriz das águas e imperatriz da magia.]

    Não foi difícil perceber a quem pertencia cada apelido.

    Toda a notícia era praticamente sobre os discípulos divinos. Embora existissem outras, como:

    [Já faz três semanas que quatro guerreiros intermediários de aura e um iniciante continuam desaparecidos.]

    Esta notícia infelizmente estava sendo completamente abafada pelas notícias dos discípulos divinos.

    [Este mês, Kim Miyamoto, um cavaleiro especialista de aura de sete estrelas derrotou um cavaleiro mestre de aura de oito estrelas. Um evento chocante nunca tendo acontecido na história.]

    Não era surpresa que as pessoas ficassem chocados com estas notícias, níveis mestres de aura são praticamente transcendentes. A aura astral os protege de quaisquer danos físicos, do calor e do frio, não importava o quão intenso fossem, alguns até eram capazes de voar. Para Kim ter conseguido derrotar alguém assim sem ainda ter manifestado a aura astral, era algo de se admirar.

    ‘Não é surpresa.’

    Mas Ken não estava surpreso. Os discípulos divinos recebem a proteção e ajuda dos deuses. Seus status físicos e mágicos aumentam a cada experiência obtida, possuem armas divinas e bençoes que ninguém poderia imaginar.

     Se as pessoas poderosas deste mundo são consideradas sobre-humanos, os discípulos divinos seriam semideuses.

    Ken continuou a leitura.

    [O Imperador das chamas e a imperatriz das águas tornaram-se mestres de aura de oito estrelas semanas atrás, e a imperatriz da magia tornou-se uma maga de 8º círculo. Tornaram-se nas primeiras pessoas a alcançarem tal nível um uma idade tão jovem.]

    Outra notícia que mais uma vez havia chocado o mundo, mas que para Ken era algo esperado.

    ‘E os outros discípulos divinos?’

    Ken percebeu que o jornal apenas falava dos discípulos divinos que Ken conhecia, mas obviamente haviam mais três, onde quer que estivessem. Mas até agora não havia nada sobre deles, apenas de seus antigos amigos.

    ‘Não importa.”

    Ken decidiu ignorar e passar para a próxima noticia.

    ‘!”

    Mas assim que passou para a próxima, onde mais uma imagem dos discípulos divinos apareceu, seu sangue começou a ferver ao perceber a pessoa ao lado deles.

    Ao lado dos discípulos divinos, estava um homem de uniforme branco e dourado, com cabelos loiros e olhos azuis.

    ‘Júlios…’

    Seu sangue ferveu de raiva no momento em que viu Júlios, trazendo-lhe memorias dolorosas. As acusações de assédio sexual que sofreu na mansão, que manchou terrivelmente sua reputação que já não era bem vista por causa do emblema amaldiçoado.

    Acusado e julgado de ter matado não diretamente o sr. Bertolt e a sr. Hannah, pessoas que Ken passou a considerar como pais. Graças a aquilo passou a ser visto como um viciado em sexo, mentiroso, manipulador e um hipócrita com pessoa.

    Tudo isso porque eles não queriam ter um portador do emblema amaldiçoado ao lado deles, com receio de manchar a reputação do reino e dos próprios discípulos divinos.

    *Clang!*

    “?”

    Foi então que um vaso sobre a mesa se quebrou, chamando a atenção de Ken. Ela havia se quebrado ao sentir a forte vibração emanada de sua fúria.

    “Huu…”

    ‘Não vamos perder a cabeça.’

    Ken soltou um suspiro e decidiu acalmar sua raiva.

    ‘Tudo deve ser feito no seu devido tempo.’

    Ken nuca esqueceu daquele dia, sempre ansiando pelo dia em que faria justiça com suas próprias mãos. Mas tudo tinha seu tempo, e Ken sabia que ainda não havia chegado.

    ‘O reino é protegido por inúmeros cavaleiros intermediários de aura, diversos avançados, alguns especialistas e cinco mestres. Sem esquecer que os discípulos divinos estarão os apoiando.’

    Ken apertou seu punho com força, mas então o frouxou e olhou para a palma de sua mão.

    ‘Ainda não sou forte o suficiente para enfrentar eles. Mas, assim como aconteceu com Fenrir, devo encontrar outras bestas divinas ou os portadores do emblema-espiritual para desfazer o selo do emblema amaldiçoado, seja de modo simples ou a força.’

    Ken então cerrou seu punho.

    ‘Cada selo desfeito liberará os poderes dos pecados capitais, e inevitavelmente chegará a dia em que terei que enfrentar todos os discípulos divinos se quiser liberar todos os selos do emblema. Aí então, e só então poderei realizar a minha vingança contra Celestine.’

    Se livrar dos selos do emblema era seu destino, e para isso, ele estava disposto a utilizar quaisquer meios necessários ou sacrifícios ao longo do caminho, não importa se for considerado um vilão por todos, ele fara de tudo para alcançar sus objetivos.

    “?”

    Foi então que uma notícia no jornal chamou sua atenção.

    [Os três discípulos divinos criaram sua própria guilda. A ‘Imperial Hero’.]

    ‘Imperial Hero?’

    Ken percebeu que era um nome feito em inglês, que significava Herói imperial.

    ‘Acho que eles finalmente se aperceberam do quão limitados estavam sendo.’

    Ao depender apenas do reino, os discípulos divinos estavam destinados a dançar na palma da mão de Celestine. Eles ouviriam e agiriam de acordo com suas próprias vontades. Mas com uma própria guilda, eles poderiam abrir suas próprias asas.

    “Leila.”

    Conhecendo eles, Ken deduziu que o plano de criar uma guilda tenha vindo da Leila, porque os outros eram demasiados ingénuos, acreditando na fantasia de que Celestine era um lugar onde apenas os santos habitavam.

    “Funciona melhor para mim.”

    Disse Ken com um leve sorriso.

    Embora terem se separando de Celestine não mudava o fato de que teriam que se enfrentar um dia, foi perfeito para Ken porque assim eles não se intrometeriam na sua vingança contra Celestine, pelo menos não muito direitamente.

    “Aqui estão~.”

    Foi neste momento que duas jovens vieram servir sua mesa trazendo cinco pratos de carne, uma delas era a garota que o entregou as roupas. Embora uma parecesse animada, a outra ainda permanecia desconfortável colocando os pratos na mesa sem olhar para Ken. Então, quando terminou de servir a mesa, saiu imediatamente sem olhar para trás.

    “O que aconteceu com o vaso?”

    Perguntou a jovem que ainda permaneceu, percebendo o vaso quebrado por cima da mesa.

    “Pagarei por ela.”

    “Hm…certo, aproveite enquanto trago os outros pratos.”

    Disse a jovem, se despedindo para pegar os outros pratos.

    Cinco pratos de carne de porco assadas mergulhadas em vinho tinto com batatas assadas ao redor da carne, estava por cima de sua mesa.

    “Obrigado pela comida.”

    Não esquecendo de seus hábitos do japão, Ken juntou as palmas da mão e agradeceu pela comida. Depois pegou o garfo e a faca e começou a comer.

    Espetando a carne com o garfo e cortando um pedaço enorme de carne com a faca, Ken o enfiou na boca.

    O molho de vinho tinto foi exprimido da carne com uma mordida, espalhando um rico saber pela sua boca, e a carne derretia facilmente com algumas mastigadas e deslizava por sua garganta, e as batatas eram crocantes por fora, mas macios por dentro.

    Satisfeito, Ken não parava de devorar toda refeição que lhe foi servida. Ele era rápido, mas também delicado. Mais cinco pratos vieram em sua mesa para totalizar os dez, que também os começou a devorar.

    Depois de um tempo, a mesa antes repleta com iguarias de carne, suficiente para alimentar uma família, agora estava vazia. Outros clientes estavam boquiabertos.

    Uma única pessoa havia devorado dez pratos de carnes com batatas em pouco tempo.  

    “Obrigado pela comida.”

    Agradecendo novamente pela comida, Ken se levantou sem esperar fazer a digestão e andou até o balcão, onde a rececionista, provavelmente esposa de Bjorn, atendia.

    Ken retirou uma sacola de couro com moedas e os pousou no balcão.

    “Como estava a comida?”

    Foi então que Bjorn apareceu, surgindo pela entrada da cozinha e perguntou ao Ken o que achava da comida.

    “Estava bom.”

    “Ahaha, bom saber.”

    “…”

    Vendo este casal, por alguma razão o fez lembrar do sr. Bertolt e da sr. Hannah. Não sabia o porque, mas estranhamente o transmitiam esta sensação.

    “Você voltará?”

    Perguntou Bjorn.

    “…Improvável.”

    “Entendo, minha filha ficará desapontada.”

    “…”

    “Espero que você fique bem.”

    Disse a esposa do Bjorn, desejando uma boa vida para o Ken.

    “…Até mais.”

    Tendo se despedido, Ken puxou o capuz sobre a cabeça para esconder seu rosto e deixou a pousada.

    Agora Ken sabia o porque o faziam lembrar deles. Era por uma razão bastante simples que tinham em comum, mas que dificilmente você conseguiria encontrar neste mundo cruel.

    Eles eram estranhamente gentis.

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