Capítulo 11 – Equipe Resiliência
— Que tal explicar o que faz aqui, garoto?
— N-não sei como explicar isso…
Beatriz olha para ele com um olhar de tédio e um pouco de preguiça.
— Me disseram que… Gabriel passou por aqui e deixou você.
— I-isso! Gabriel disse que eu me juntaria aos B-Bellatoris…
Aquele olhar com indiferença começou a se tornar cada vez mais rígido e com uma leve expressão de desprezo.
— Então, por qual motivo toda a minha equipe foi neutralizada pelo Gabriel?
— Glub… ele ficou um pouco incomodado com as perguntas, talvez…
— Talvez?… Entendo, é a cara dele, de qualquer jeito.
— É… pois é…
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— Vamos lá então, novo membro da resiliência.
Com uma expressão de alegria, Askar a olha com mais entusiasmo, como uma criança recebendo um presente.
— ENTÃO, EU ESTOU DENTRO?
— Suspiro… É, está. Não tenho outra escolha de qualquer forma…
“Finalmente!…” Um suspiro de alegria sai pelas suas narinas.
Saindo do quarto fazendo um gesto com a mão, Askar entende que deve acompanhá-la.
Assim que saiu de seu quarto, o garoto começa a sair de entusiasmo e alegria para nervosismo e ansiedade. Lembranças do que aconteceu não muito tempo atrás o deixam levemente constrangido, mas agora não é possível voltar atrás.
Os sons dos passos ecoam pelo corredor, pelas escadas que lentamente vão descendo e, depois de poucos minutos que martelavam a cabeça de Askar, as pessoas que antes estavam desmaiadas estão em sua frente, sentadas na mesa enquanto tomam café e vestindo roupas mais casuais.
— Olha, se não é o moleque aí! — Grita Joe, enquanto sorri levemente.
Oliver segue Joe, e complementa: — Cara… Só de ver esse garoto, um arrepio forte passa por todo meu corpo, cruz credo!
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Risadas simpáticas ecoam pelo ambiente, e apesar de a fala dele não ter sido engraçada de fato, todos continuam um pouco tensos e talvez essa risada aliviasse tamanho nervosismo. No final das contas, essa criança, aparentemente indefesa, foi trazida por ninguém menos que Gabriel, o homem mais perigoso de Tephord.
E, além disso, ela foi inserida no grupo mesmo estando em sua pré-adolescência.
— Muito bem, pessoal! Vamos nos acalmar para eu fazer as formalidades e blá blá blá, sabem como é. Esse é Askar, o novo integrante da nossa equipe, a “Resiliência”. Muito bem, garoto, agora é sua vez! Se apresente para nós.
— É-é… hã?
O garoto trava, como se acabasse de ser petrificado. A apresentação repentina em meio de pessoas, depois de tanto tempo sem contato nenhum com pessoas, fez com que ele pensasse demais e não conseguisse fazer nada realmente.
— M-meu nome é… hã… é…
Suando muito, a situação piora quando Yuri decidiu fazer um comentário um tanto quanto pertinente.
— Por que ele está sem camisa? — Diz ela, sussurrando para Oliver, que não responde.
Olhando rapidamente para baixo, Askar se envergonha e fica ainda mais congelado, como se seu corpo não obedecesse seus comandos.
— M-MEU NOME É ASKAR! ASKAR NEVILLE! E-E-E-E-E TENHO TREZE ANOS DE VIDA.
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Afagando a cabeça do garoto nervoso, Beatriz solta um leve sorriso que se esconde com um suspiro.
— Muito bem, Askar Neville! Seja bem-vindo. — Ela puxa um maço de cigarros aberto, pegando um e acendendo com um isqueiro maçarico. — Agora é a vez de vocês! Se apresentem, cambada.
Um silêncio constrangedor se instaura no ambiente. O silêncio é tão grande que o som do fogo das velas dos lustres pode ser ouvidos, o cigarro sendo lentamente queimado e até mesmo as gotas de suor de Askar escorrendo pelo seu corpo.
— Muito bem! Já que ninguém tomou a iniciativa, eu tomarei. Meu nome é Beatriz… Beatriz Bianchi, tenho 27 anos e sou líder de três equipes diferentes e, apesar de cuidar de tantas equipes, essa com certeza é a mais simples de cuidar, não. Na verdade, essa é a melhor! Eu não tenho laços sanguíneos, mas vocês são como uma família para mim!
Com essa declaração surpresa, todos ficam um pouco chocados, mas realmente gratos pelo tamanho carinho de sua líder.
— Meu nome é Julian Oliveira. Sou o mais velho da equipe, mas o último a entrar, até agora. Suspiro… Enfim, não tenho muito o que falar, na verdade… tenho 33 anos e tenho uma filha, sou pai solteiro. Não faça perguntas.
Um pouco nervoso, o garoto fica com um sorriso sem graça em seu rosto.
— Meu nome é Joe Evans, tenho 19 anos. Prazer em te conhecer, Askar. Pra ser sincero, eu ainda não entendo o motivo daquele alvoroço daquele Vetus para te colocar na equipe… suspiro… mas vamos tentar uma boa relação, ok?
— S-sim. — Askar fica um pouco mais aliviado, a tensão aos poucos sai de seu corpo.
— Meu nome é… — antes de conseguir falar, Yuri é interrompida.
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— Meu nome é Julia. Tenho 16 anos e estou ansiosa para trabalhar com você, Askar.
— Por que me interrompeu, queridinha? — com um tom de leve incômodo, Yuri olha penetrantemente para Julia.
— Por nada, amada irmã.
— Tsk… Enfim. Meu nome é Yuri, Yuri Bernardi. Tenho 23 anos e sou a primeira a entrar na equipe Resiliência. Perdoe pela minha irmã, ela está na fase de rebeldia.
Com um tom fraco e meio sem graça, Askar responde: — C-claro, sem problemas. Eu acho.
— Cof cof… Pelo visto, sou o último ein. — Se levantando, Oliver continua: — Meu nome é Oliver Martinez! Sinta-se livre para me chamar apenas de Martinez! Eu tenho meus humildes 20 anos! Seja bem-vindo para nossa equipe, Askar!
O clima tenso e de nervosismo é quebrado completamente, um alívio para todos pode ser sentido por todo o ambiente.
— Obrigado, Oliver!
— Muito bem, rapazes. Sua linda e jovial líder apresenta a todos o novo membro dessa grande família. Sabendo disso, cuidem bem dele! Hoje todos vocês estão liberados, mas amanhã bem cedinho quero todos vocês acordados. Amanhã é segunda novamente, dia de começar nosso treinamento intensivo até sexta.
Todos os membros, exceto Askar, expressam suas preguiças e tédio em relação a isso, como se não aguentassem mais, mesmo que o treinamento nem sequer tenha começado.
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— Gabriel nos convocou. Aparentemente, tem alguma suspeita sobre o paradeiro de Aurora, e nós, a Resiliência, seremos os responsáveis por essa busca. Peço desculpas por isso, a designação para nossa equipe se deve por conta de um erro meu na BC. Enfim, agora é tarde demais, certo? HAHAHAHAHA!
— É sério isso?… — Oliver expressa sua frustração com um sussurro quase inaudível.
— Liberados, pessoal. Vão descansar, que amanhã estarei aqui novamente.
Beatriz desce as escadas e vai em direção à porta de entrada, saindo do prédio e sumindo em meio à multidão.
— Suspiro… vamos nessa então, pessoal. — Diz Oliver, enquanto sobe para seu quarto.
— Você deveria ir também, garoto.
— Ok! Eu irei. — Askar sente uma ansiedade em seu peito, mas logo a controla com pensamentos otimistas e positivos. — Boa noite, pessoal!
Oliver foi o único que subiu em seu quarto, todos os outros continuaram sentados com dúvidas sobre Askar. Mas, com a fala do garoto, talvez aquela incerteza com ele tenha diminuído consideravelmente, apesar de o sentimento não ter sumido.
— Boa noite, pequeno. E veste sua camisa.— Diz Julian, enquanto toma seu café.
Sorrindo, ele responde: — Ok!
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Subindo para seu quarto, a pequena criança tem pensamentos alegres sobre essa semana.
— Espere. — Diz Yuri, enquanto encara Askar.
— Hum?…
— Obrigada… por ter carregado a gente para os quartos, não deve ter sido fácil.
Os olhos do garoto, ao ouvirem essas palavras, se enchem de brilho
— Por nada, haha. — ele volta a subir as escadas até o seu quarto.
A cada passo, Askar fica mais alegre e determinado e ao deitar-se sobre a cama, a mãe do garoto aparece em sua mente. Ela ainda é seu ponto de conforto, como se, apesar de estar sem ela, ele ainda continua a usar como um apoio emocional para situações onde não consegue lidar.
“Mãe… Eu estou em um novo lar… Estou bem, eu fiquei com um pouco de medo do Gabriel, mas parece que tudo vai continuar indo legal… eles parecem ser gentis comigo, tá tudo bem… Boa noite para você, eu te amo muito. Ainda lembro de seu rosto gentil… mãe.”
Lágrimas saem de seus olhos que carregam o sono… e a saudade.
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