Capítulo 24.5 – Especial: Calendário de Eldoria
A demônio de cabelo rosa encontra-se deitada sobre uma cama de solteiro dentro de um quarto. Dentro do cômodo, há outra cama na parede oposta, uma mesa de cabeceira ao lado de cada cama, um grande baú de madeira e um guarda-roupa com as portas abertas.
Há um suporte com espadas e lanças na parede, onde também está pendurado o casaco escuro da demônio.
A luz do sol passa pela janela e ilumina o quarto que está em silêncio.
Rubi, estirada sobre a cama, olha para o teto de madeira com um semblante triste. Suas mãos, com os dedos cruzados, repousam sobre a barriga enquanto sua cauda balança de um lado para o outro de forma ritmada, como se ela contasse os segundos.
Então… é hoje, ela pensa, suspirando.
Enquanto isso, na cozinha ao lado, Jenny, Helga e Arielle estão sentadas ao redor de uma mesa, conversando em tom baixo.
O cômodo é simples, um armário grande de madeira marrom, um balcão de pedra com uma pia e um fogão robusto de metal com uma chaminé que atravessa a parede.
Sobre a mesa no centro estão algumas frutas variadas e coloridas, dispostas sobre uma tigela amarela, contrastando com o ambiente rústico.
A meia-elfa de pele pálida, vestindo um vestido branco como a neve, exibe um olhar preocupado. Seu cabelo loiro, preso em um rabo de cavalo, balança suavemente enquanto ela observa as outras.
Ao seu lado, a líder de cabelos negros soltos e pele morena está pensativa, vestindo uma camisa vermelha que contrasta com seu semblante sério.
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Por fim, a garota mais alta, de cabelos castanhos e pele clara, veste uma camisa de couro marrom e parece descontraída, mordendo uma maçã com desinteresse.
“O que será que deu nela?”, Arielle pergunta.
“E eu sei lá”, Helga responde. “Foi você que passou a noite toda com ela.”
“O que ela te disse?”, Jenny pergunta.
A meia-elfa olha para baixo, antes de responder. “Quando amanheceu o dia, ela pareceu se lembrar de algo e perguntou há quantos dias ela havia chegado”, diz ela. “Ela ficou um pouco abalada e disse que ia se deitar um pouco.”
“Isso é estranho”, a líder pontua, intrigada.
“Não vale a pena se preocupar”, Helga ressalta, mastigando uma maçã despreocupadamente. “Deve ser só coisa de demônio. Vai ver, ela só acordou de mau humor.”
“Isso não faz sentido”, Jenny comenta. “Ela não dormiu, como vai acordar?”
“Quer colocar sentido num demônio?”, a grande garota retruca.
De repente, elas escutam a porta do quarto ao lado de abrir e se calam.
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Da cozinha, elas veem a demônio de cabelo rosa saindo cabisbaixa do quarto. Ela anda com passos lentos e a cauda arrastando no chão e se deita no sofá da sala, com a cara virada para baixo.
“Acho que é melhor perguntar diretamente”, Jenny murmura às outras duas.
“Sim”, a meia-elfa responde, enquanto Helga apenas observa, revirando os olhos.
As três se levantam e se encaminham para a sala.
Jenny e Arielle se aproximam do sofá, enquanto Helga permanece na entrada, escorada.
“Rubi?”, Jenny diz.
“… Oi”, ela responde, com a voz abafada.
“Aconteceu alguma coisa?”, Arielle pergunta.
“Você parece meio…”, Jenny começa a falar, buscando o adjetivo correto.
“Triste”, Helga completa. “As duas aí estão… preocupadas.”
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Jenny joga imediatamente um olhar surpreso para a grande garota na porta.
“… Não é nada”, Rubi começa a falar, o que chama de volta a atenção de Jenny. “ É que… no meu mundo, hoje é um dia especial.”
“Especial?”, Arielle pergunta. “Tipo… seu aniversário?”
“… Ou tipo uma festividade?”, Jenny completa.
“É um dia especial. Uma festividade mesmo”, diz a demônio. “Eu ia estar com a minha família hoje…”
A meia-elfa e a líder trocam olhares, com um ar de compreensão.
Meu irmão e a minha mãe, Rubi pensa. Não sei se eles sabem o que aconteceu… mas pelo menos eles devem estar bem.
“Não sabia que demônios tinham esse tipo de relação”, diz a meia-elfa, espantada.
“Me preocupa é o motivo deles terem datas comemorativas, não que eles tenham família”, Helga ressalta, espantada.
A demônio rapidamente se ergue no sofá e se senta. “Não sei que tipo de coisa você pensa que eu faço, mas não é nada demais. É um momento de paz com a família e as pessoas importantes”, ela explica.
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“Até que… não parece ruim”, diz Helga, convencida.
“Soa bem”, diz Arielle, com um sorriso.
A meia-elfa se senta ao lado da demônio e, em sequência, Jenny faz o mesmo.
“E o que vocês fazem juntos?”, pergunta a líder.
“Nós trocamos presentes e comemos um montão de comida”, Rubi responde, com um certo entusiasmo. “É bem legal.”
“É uma boa festa”, Jenny comenta.
“Tem um dia comemorativo como esse nesse país também”, Arielle pontua, contagiada pela demônio.
“É sério?”, Rubi pergunta.
“Sim, chamam de Dia da Ascensão”, responde a meia-elfa. “Mas não é por agora.”
Jenny, ao ouvir o nome, arregala os olhos, em alarde. Ela se volta na direção da meia-elfa e, atrás de Rubi, começa a fazer um gesto com a mão para cortar o assunto. Helga vê aquilo e, assim como a líder, começa a fazer o mesmo gesto.
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Sem perceber, a meia-elfa continua. “É o dia em que se comemora a morte do último Lorde Demônio e a derrota do Senhor do Abismo”, ela fala, com naturalidade.
Rubi trava por um segundo, o entusiasmo em sua face se quebra e volta a ficar cabisbaixa.
Arielle percebe a gafe. “Não são todos os países que comemoram”, ela diz, tentando minimizar suas palavras.
“Eu entendo o motivo da comemoração… mas não tem como eu me animar com um dia assim”, diz a demônio.
“Não fique assim”, diz Jenny, tentando reconfortá-la. “Sei que você tem passado por muita coisa nessas duas semanas, mas daqui a poucos dias é a reunião e as coisas podem melhorar.”
“Sim”, diz a meia-elfa, concordando.
Rubi fica um pouco confusa com aquelas palavras. “Duas semanas?”, ela pergunta. “Eu contei três.”
“Quantos dias você disse que ela estava aqui mesmo?”, Helga pergunta, voltada a Arielle.
“Vinte dois dias”, ela responde.
“Isso são duas semanas e dois dias”, afirma Helga, direcionada á demônio. “Que conta você fez?”
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“Espera. A semana aqui tem dez dias?!”, Rubi pergunta, espantada.
“Sim”, Jenny responde. “Não é assim no seu mundo?”
A demônio nega, balançando a cabeça para os lados. “Como funciona mês e ano aqui?”, ela questiona.
“Aqui cada mês tem quatro semanas “, Jenny explica. “E o ano tem 10 meses.”
Rubi coloca a mão na testa. Isso vai ficar um pouco confuso de lembrar, ela pensa, absorvendo a informação.
“Eu sei que não é muito… mas podíamos fazer algo especial no jantar de hoje”, Jenny sugere. “Só para não passar em branco.”
O semblante de Rubi se renova. “Fariam isso?”, ela pergunta, surpreendida.
“É claro”, Jenny afirma. “Podíamos comer alguma carne assada.”
“Parece bem divertido”, Arielle comenta, animada.
“Até eu gosto dessa ideia”, diz Helga. “Sair um pouco da carne seca.”
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A cauda da demônio volta a balançar e um sorriso surge em seu rosto enquanto ela vê empolgação nas outras garotas. Pode não ser como era antes…, ela pensa. Mas esse ainda pode ser um dia especial.
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