Capítulo 16
“Então você assinou um contrato antes disso? Aparentemente, a causa é Sahra.”
— Ah, ela está morta.
Ela estava perdida em pensamentos e foi trazida aos seus sentidos pela risada de Sahra. Como ela disse, o corpo de Rasna estava flácido e nem mesmo se movia. Ver seu corpo morto com os olhos abertos e lágrimas foi desastroso.
— Por que, por que você…?
Fidelis estava apavorada. A risada de Sahra encheu o espaço e gradualmente desapareceu. O espaço começou a se deformar e a escuridão a envolveu. Um lugar cheio de escuridão vazia, apenas a imagem de Fidelis e a imagem da morta Rasna eram claramente visíveis.
Fidelis sentou-se, abriu os olhos, levou a mão aos olhos do corpo sem vida de Rasna e estremeceu. A mão que estava esperando para transpassar seu corpo entrou em contato com os olhos de Rasna. Ela fechou os olhos de Rasna com a mão. No escuro, a respiração de Fidelis estava especialmente pesada.
[Sahra Merwin era uma grande senhorita aristocrática. O duque de Merwin amava muito sua filha mais nova, Sahra. Até mesmo seu terrível hobby.]
Uma voz soou no espaço. Ela soube de quem era a voz imediatamente. Era a voz de Pecua.
— Pecua?
Ele não atendeu ao chamado de Fidelis, mas falou calmamente como se estivesse lendo um livro.
[Uma filha inteligente e brilhante com uma bela aparência. Ela era a senhorita da grande família Merwin que eles não podiam deixar de amar. O Duque de Merwin teria querido dar o lugar da família para Sahra, a filha mais nova, em vez de seu primeiro filho?]
Sentada ao lado de Rasna, Fidelis ouviu a história de Pecua.
[A única falha era que, independentemente da idade, homem ou mulher, ela os atormentava e matava. Não havia razão para fazer isso. Você entenderia se ela sofresse bullying, mas ela realmente não tinha motivos.]
De alguma forma, o final do discurso parecia triste.
[Ela era uma assassina que ficava feliz em intimidar e matar. Ninguém podia parar Sahra. Por que não? Por quê? Ela era apenas uma senhorita com dinheiro e poder, quem poderia impedi-la?]
Fidelis mordeu o lábio inferior sem saber. O cheiro desagradável de sangue se espalhou.
[Mesmo se ela fosse pega, ela escaparia por seus contatos ou pagando.]
— …
A mesma coisa aconteceu na Coreia. Aconteceu tantas vezes, e ninguém lhes deu a punição adequada. Em vez disso, eles estavam ocupados reduzindo suas sentenças ou sentindo pena deles. Uma sociedade tão podre é vista em todos os lugares.
Olhando para Rasna, que morreu tão miseravelmente porque não tinha ninguém para protegê-la, ela sentiu como se visse inúmeros artigos de jornal onde viu vítimas morrendo em lugares desconhecidos. A lei era fraca, infinitamente fraca para os criminosos, não para as vítimas. Pelo contrário, ela era implacável e cruel com aqueles que deveriam ser protegidos.
[Rasna era um deles. Mas havia uma coisa que Sahra não esperava. Rasna era a única com quem o diabo se importava.]
— Você não sabia que Rasna passava por isso?
O silêncio os envolveu novamente. O silêncio pesado continuou, e em algum lugar a voz reprimida de Pecua foi ouvida novamente.
[Sim, não sabia. Eu tinha que trabalhar, não era livre.]
Fidelis sentiu que ele se culpava.
[Só descobri depois da morte miserável de Rasna. Mas era tarde demais, eu deveria ter vindo antes.]
Com a voz triste de Pecua, Fidelis fez uma pausa.
— Você só descobriu depois de sua morte?
Na descrição do jogo, a pessoa assinou um contrato com o diabo e a mansão foi amaldiçoada.
“Não foi isso?”
Fidelis baixou o rosto. O cabelo branco deslizou para baixo, cobrindo seu rosto indefeso.
“E se…”
— Rasna não assinou um contrato com você, certo? Isto aconteceu com a mansão por causa de sua raiva.
Pecua ficou em silêncio por um momento. Embora sua previsão estivesse errada, Pecua abriu a boca.
[Sim…]
— Por que Rasna…
[Ela não me chamou, embora pudesse me chamar. Ela era uma pessoa muito gentil e suave.]
O corpo de Rasna ao lado dela estava desmoronando e começou a desaparecer na poeira.
[Você é mais inteligente do que eu pensava. Mantenha um bom trabalho.]
Finalmente, o corpo de Fidelis começou a se dispersar.
O evento ‘Segredos Ocultos’ terminou. Voltando para o local original.
Olhando para o corpo desaparecido, Fidelis adivinhou vagamente. Não, era quase certo. O diabo estava triste e a raiva, que se acalmou ao ver Fidelis parecida com Sahra da cabeça aos pés, reacendeu-se. Fidelis era literalmente um bode expiatório.
Pecua estava bem ciente disso. No entanto, o diabo não parou. Tudo isso irá parar quando a maldição for quebrada. As habilidades e o jeito de jogar foi um presente cruel de Pecua, para evitar que Fidelis morra facilmente.
BOMM!
O monstro tentou colidir com a parede transparente. Fingindo não ver a raiva do monstro, Edu e Essie continuaram a vagar de canto em canto da sala em busca de Fidelis.
— Ela se perdeu aqui.
O monstro, batendo na parede transparente com uma voz loucamente baixa, virou o rosto e olhou para Hakan.
[Brinquedo novo.]
O monstro risonho correu rapidamente para Hakan sem vacilar. Sua boca estava bem aberta como se ele fosse comê-lo em uma mordida.
Hakan cerrou o punho, fazendo sobressair suas veias nas costas de sua mão. Com o punho, ele socou o rosto do monstro sem piedade. O monstro voou para longe, bateu na parede e tentou se levantar, mas seu corpo não o seguiu, só conseguiu se curvar frouxamente. Iseult, que estava correndo por trás, engasgou quando o alcançou.
— Fidelis?
A voz de Iseult ecoou nos ouvidos de Edu e Essie, que observavam a cena lá fora. O nome nos lábios de Iseult as fez virar a cabeça. Hakan perguntou ao monstro, que não suportava a dor no corpo.
— Onde está a mulher de cabelos brancos e olhos vermelhos?
A paciência estava chegando ao limite. Embora ele sentisse sua mana, ele não conseguia encontrá-la.
[N-Não…]
— …
[N-não me mate…]
— Ela deve ter ficado muito… assustada.
Quando Hakan, que tinha franzido a testa, cerrou o punho, o monstro que gritava ao mesmo tempo logo se transformou em cinzas e desapareceu.
— Onde está…
Hakan, normalmente inexpressivo, enlouqueceu.
[Não….!]
[Aqui!]
A estranha voz fez Hakan se virar, afastando o fino cabelo loiro que caía sobre sua testa. Dois rostos, presos em uma parede transparente e incapazes de sair, gritaram.
Imediatamente fechando a distância com suas longas pernas, Hakan franziu as sobrancelhas ao encontrar seu caminho bloqueado por uma parede enquanto tentava entrar no quarto.
— Desfaça isso.
Edu e Essie tremeram ao ouvir a voz assustadora e áspera.
[I-isso apareceu sozinho.]
[De repente.]
Iseult também correu em direção à parede transparente e ficou na frente dela.
— Vocês conhecem Fidelis?
[Uhum…]
— Onde ela está?
Os olhos azuis de Hakan as olharam, fazendo com que ambas tremessem e fechassem a boca. Iseult empurrou Hakan para o lado.
— Se estão com medo, digam apenas para mim.
[S-sim. Estamos com medo.]
— Os fantasmas têm medo?
Edu e Essie se afastaram de Hakan, que franzia a testa como se não entendesse. Assustadas, Edu e Essie olharam para Iseult que lhes deu um sorriso amigável.
— Vocês sabem algo sobre Fidelis, podem me dizer onde ela está?
[Luz, de-desapareceu.]
— Luz?
Edu e Essie começaram a explicar o que viram. Hakan, ouvindo-as, encostou as costas na parede. Se Fidelis desapareceu assim, era muito provável que ela aparecesse aqui. Iseult também estava ocupada arrumando apressadamente seu vestido e cabelo bagunçados.
Então por alguns minutos ficaram esperando sem dizer nada, Hakan e Iseult, sentindo a mana se deformar, caminharam até onde estava a parede transparente. Ao mesmo tempo, quando a cortina desapareceu, os dois entraram na sala sem demora.
A luz brilhante voltou e logo envolveu a sala e se foi. Quando Iseult e Hakan, que fecharam os olhos por causa da luz forte, os abriram novamente, uma aturdida Fidelis piscou lentamente. Sem vacilar, Hakan correu para Fidelis e a abraçou com força. Fidelis tropeçou em sua forte reação, mas o braço duro de Hakan a segurou.
— Hakan?
Ela disse com uma voz fina e fraca, Hakan a abraçou ainda mais forte. Um corpo adequado para seus braços. Hakan segurou seus ombros sem causar dor depois de sentir sua temperatura e calor corporal.
— Você se machucou?
Com cuidado, seus olhos examinaram constantemente o estado de Fidelis, acariciando sua pele cuidadosamente.
— Estou bem. Você estava preocupado?
— Por isso perguntei!
Ele parou e colocou as mãos suavemente ao redor de suas bochechas.
— Desculpe por gritar.
Fidelis sorriu para ele, de alguma forma havia um homem aqui que estava preocupado com ela. Não era um jogo, era real. Ela esfregou seu rosto contra as palmas de Hakan sem perceber.
As mãos de Hakan endureceram. Hakan cobriu finalmente a boca com a mão para a sorridente Fidelis, estreitando os olhos. Mas não podia cobrir suas orelhas vermelhas, rosto e pescoço.
O sorriso de Fidelis era tão mortal que as veias da mão de Hakan se apertaram, cobrindo sua própria boca como uma ação inevitável. Agarrando-se à razão que mal sustentava, Hakan respirou.
— Oh.
Aquele lindo sorriso tornou muito difícil controlar suas emoções. Hakan pensou que ia desmoronar. Foi apenas um sorriso, mas ele sentiu mais satisfação e felicidade do que qualquer riqueza e honra.
— Hakan?
A voz que o chamou era tão doce, e até mesmo aquela pequena mão que lentamente estendeu e agarrou seu pulso era encantadora.
— Onde você esteve? Me deixando para trás…
Fidelis voltou a rir alegremente da voz mal-humorada de Hakan. Uma voz tão agradável como o canto de um pássaro soou no ouvido de Hakan como se tivesse sido perfurado por um trovão. Só ela foi vista e sua voz ouvida.
— Desculpe, também não queria ficar longe de Hakan.
Ele finalmente cedeu e quando aquele desejo incontrolável estava prestes a sair, uma voz trêmula veio por trás.
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