Índice de Capítulo

    — Eu vou precisar escutar todos os detalhes, do início ao fim! — Kieran solicitou enquanto olhava para a descrição simples da submissão.

    — Você não está procurando pela filha de Hunter? Esse cretino trata cada um de nossos oficiais como seus servos! — John expressou sua insatisfação com Hunter.

    Ele olhou para Kieran com desdém por um segundo, 

    Mas ele continuou revelando tudo que sabia sobre o caso para ele.

    — O corpo foi encontrado por um bêbado perto da estação de trem essa manhã. Foi deixado lá como lixo, largado em um canto. Eu conheci inúmeros caras crueis, mas nenhum deles teria tratado um corpo morto dessa forma!

    Enquanto ele falava sobre os caso de assassinato, John parecia frustrado. Ele mecanicamente acendeu um cigarro, oferecendo um para Kieran também.

    Kieran recusou.

    Ele disse a John que havia trazido seu próprio cachimbo.

    Não havia tabaco no cachimbo e Kieran não tinha fósforos com ele, mas ele permaneceu tentando convencer John.

    — Cachimbos são muito confusos para mim, cigarros são mais convenientes. Especialmente esse cigarro de marca. Você deveria dar uma chance.

    John acendeu o cigarro na sua mão e começou a soltar nuvens de fumaça.

    Depois de alguns suspiros, ele basicamente falou: — Certo, nós estamos sem pessoal atualmente, então se você tem vontade de ajudar, eu tenho que agradecer. Essa é uma carta com minha assinatura. Vai garantir seu acesso à escola de Altilly Hunter. Eu espero que você consiga achar alguma coisa lá.

    Enquanto ele estava falando com Kieran, John estava escrevendo alguma coisa em um pedaço de papel.

    Depois de alguns segundos, ele suspendeu o papel para Kieran.

    Isso é o que estava escrito no papel.

    Kieran, Consultor Oficial da Polícia, contratado pela delegacia.

    Chefe Policial: John

    Diretor da Delegacia: Patrick

    4.1.861

    Debaixo de todos os nomes estava o selo da delegacia.

    Quando viu a assinatura do diretor da delegacia, Kieran olhou para John com um rosto atordoado.

    — O bastardo foi para lua de mel duas semanas atrás. Eu estou no comando de tudo agora, então eu tenho que lidar com toda essa merda!

    Depois de seu desabafo sobre o diretor, John deu outro trago em seu cigarro.

    — Eu pensei que você fosse enviar alguém para me ajudar na busca. — Kieran balançou a carta em suas mão para John.

    — Como eu disse, nós estamos sem pessoal! — John discursou ainda mais sobre a situação atual.

    Kieran tremeu com sua resposta áspera.

    Sem dúvidas, essa era toda a ajuda que Kieran receberia do Chefe Policial. se Kieran quisesse mais ajuda, ele precisaria completar a submissão primeiro.

    Era um pouco menos do que ele esperava, mas ele continuava no caminho certo,

    “Mesmo que eu não tivesse acionado a submissão, a carta ainda seria entregue a mim. Se um jogador não tivesse acionado a submissão, no entanto, eles seriam encaminhados diretamente para a escola de Altilly. E se alguma coisa acontecesse lá? Eu preciso me apressar!

    Depois de pensar um pouco, Kieran se levantou.

    Ele precisava adiantar e visitar a estação de trem onde o corpo havia sido jogado.

    Então, não importava o que ele descobrisse na cena do crime, ele precisava ir rápido para a escola. Hunter havia mencionado que Altilly ia para escola todo dia de carruagem. Todo o tempo restante, incluindo seus fins de semana, ela passava com seus pais.

    Kieran pensou sobre a caixa descoberta debaixo da cama de Altilly Hunter. Ele assumiu que a escola seria um lugar muito importante.

    Podia não dar a ele nenhuma pista direta, mas ele seria pelo menos capaz de descobrir quem tinha ensinado Altilly a como desaparecer,

    Essa podia ser a pista que levaria para sua localização.

    — Até breve! — Kieran acenou para John rapidamente.

    Antes que John pudesse responder, Kieran já havia saído de seu escritório.

    Ele saiu da delegacia e sinalizou para uma carruagem.

    — Para a estação de trem, por favor. — ele disse ao motorista.


    A multidão era barulhenta e bagunçada, e havia um fedor horrível por todo o chão imundo.

    Kieran desceu da carruagem e testemunhou o outro lado da cidade.

    Não era glamouroso e era carente de paz e sorriso.

    Tudo que restava era miséria que as pessoas tinham de lutar contra

    Haviam homens jovens trabalhando pesado, mulheres de meia idade carregando mantimentos, crianças vendendo jornais por um sustento, e mendigos implorando por dinheiro.

    Haviam também pessoas que se misturavam com os arredores embora eles fossem ligeiramente diferentes dos outros.

    Eles estavam vestindo roupas velhas e esfarrapadas, mas suas mãos eram limpas e ágeis, e a maioria deles se agachava nos cantos procurando por viajantes. Uma vez que eles localizassem seu alvo, eles seguiriam ele quietamente e usariam suas mãos ágeis e limpas para roubá-los.

    Desde que Kieran tinha posto seus olhos neles, eles já tinham roubado um casal de viajantes.

    Suas identidades eram claras. Eles eram bandidos.

    Kieran não se importou em ficar mexendo com eles. Ele tinha coisas melhores para fazer.

    Ele observou seus arredores e rapidamente achou 9 que estava procurando. 

    Um policial completamente uniformizado continuava atraindo atenção na área, não importa onde ele ficasse.

    Kieran se aproximou.

    — Para trás, esse lugar está temporariamente fora dos limites! — o policial avisou Kieran assim que o avistou.

    Ele parecia um policial obediente com senso de justiça.

    Kieran avaliou o policial e o entregou a carta.

    O jovem policial inspecionou a carta de Kieran e o cumprimentou com um sorriso. — Oh, você é o senhor Kieran! Eu ouvi sobre você. Prazer em conhecer, eu me chamo Carl.

     A identidade que o jogo deu a Kieran se provou útil em mais uma ocasião.

    É claro, foi a carta que havia garantido seu acesso no final.

    Kieran pegou a carta e disse. — Bom dia, policial. Posso dar uma olhada dentro?

    — Sim, com certeza! — o policial respondeu enquanto abria caminho para Kieran.

    Kieran passou pelo oficial e entrou no beco.

    Era mais sujo e mais fedido que os que ele já havia visto.

    Não era grande, podia até ser considerado estreito, e havia um muro alto no final do caminho.

    Ninguém iria até lá se eles tivessem algum senso.

    Se não fossem pela descoberta acidental do homem bêbado, o corpo teria apodrecido antes que alguém pudesse achá-lo.

    Kieran inspecionou o chão cuidadosamente.

    Ele entrou no beco e ativou [Rastreio].

    Ele podia ver claramente uma série de pegadas e rastros de sangue.

    Não era de muita utilidade, no entanto. As pegadas desalinhadas se sobrepuseram muitas vezes, então ele era incapaz de diferenciá-las.

    Os rastros de sangue revelaram a localização do corpo, mas também não ajudava muito.

    Ele não pode evitar franzir o cenho.

    Isso não era o que ele estava buscando.

    Ele observou ambos os lados do beco. Havia uma trilha vermelha na parede do seu lado esquerdo.

    Uma trilha de sangue.

    Kieran se aproximou e inspecionou.

    Seu cérebro começou a funcionar enquanto ele especulava sobre a situação.

    “Não há marcas de arrastamento no chão. O assassino devia ter carregado o assassino até a cena. O sangue do corpo devia ter vazado um pouco, por isso o sangue na parede. Porém não deveria ser esse tanto, ou deveria ter respingos de sangue no chão. Isso significa que o lugar onde o assassino matou a mulher não é longe daqui! O assassino deve ter propositalmente destruído o rosto da mulher além do reconhecimento para esconder sua identidade.

    Kieran mediu o tamanho das marcas de sangue.

    “O homem não é muito alto, mas ele deve ser muito forte. Do contrário, ele não seria capaz de carregar o corpo todo o caminho até aqui. Por outro lado, ele arranhou o lado esquerdo da parede, o que significava que ele estava carregando o corpo com seu ombro esquerdo, então ele deve ser canhoto! Ele também destroçou a mulher, então ele devia odiá-la e ser familiarizado com esses métodos crueis de assassinato. Por que ele não havia escolhido queimar ou enterrar o corpo, se não fosse para aparecer?” Kieran perguntou a si mesmo. 

    O corpo havia sido descartado ali, mesmo que o beco fosse isolado.

    Teria sido muito mais seguro apenas queimar ou enterrar.

    A não ser que…

    A não ser que fosse mais conveniente para o assassino.

    Isso nunca havia levantado qualquer questão.

    Kieran voltou seus olhos para fora do beco. Mesmo com a profundidade do beco, ele podia ver claramente um carregador movendo bens.

    Pareciam pessoas fazendo seu sustento, o que apenas confirmava sua especulação.

    — Carl, eu acho que eu descobri alguma coisa aqui! — Kieran contou ao jovem policial.

    — O que você encontrou?

    O jovem oficial parecia surpreso. Apesar dos rumores sobre as habilidades de Kieran, ainda parecia inacreditável que ele tivesse descoberto algo tão rápido.

    — O assassino tem que ser menor que você, mas bem forte, e canhoto também. Vá perguntar por aí quem estava se associando com uma ruiva. Ele também pode ter sido um açougueiro ou alguma coisa dentro dessa linha. Você pode achar alguma coisa! — Kieran apontou para o carregador um pouco longe dele.

    Como um policial, Carl teria mais chances se ele fizesse perguntas por aí.

    Muito melhor com um senso de autoridade. Era o que Kieran queria.

    Se o assassino realmente fosse um carregador, seria o suficiente para assustá-lo e fazê-lo soltar algumas pistas.

    — Oh… okay. — o jovem policial estava um pouco hesitante, mas ele ainda cumpriu seu pedido.

    Maia uma vez, a identidade de Kieran provou sua utilidade.

    Tudo estava indo de acordo com suas especulações.

    Depois de um tempo, ele ouviu uma comoção do lugar onde os carregadores se reuniam.

    Um homem de altura mediana e aparência forte havia sacado uma adaga e estava segurando um refém magro.

    A multidão logo se dispersou.

    O jovem policial estava tentando lidar com a situação, mas ele não tinha controle sobre isso.

    Quase o oposto, quando o homem se tornou mais agitado, ele usou a adaga em sua mão para cortar o pescoço do seu refém.

    Uma linha de sangue fresco espirrou para fora, chocando a multidão.

    Kieran tinha que fazer alguma coisa.

    Usar a identidade de Carl como chamariz para o assassino se revelar havia funcionado, mas ele não queria causar mais vítimas.

    De repente, Kieran percebeu uma coisa e franziu a testa um pouco.

    Uma mão havia se movido lentamente em direção ao bolso de Kieran durante o confronto.

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