Capítulo 38

Ela tinha medo de morrer, apesar de que seu coração foi atravessado e ela morreu de imediato, estava assustada que, se os monstros e fantasmas a pegassem, desta vez não a matariam tão rapidamente.

Fidelis fechou os olhos depois de imaginar-se morrendo. Em sua testa lisa, formou-se um suor frio que encharcou sua franja.

Ainda assim, ela tinha que fazer isso. Não sabia que tipo de recompensa era, mas devia ser importante. Todas as emoções negativas estavam consumindo Fidelis, mas ela tinha que fazer isso.

— … eu farei.

No final, o rosto de Fidelis se distorceu como se estivesse chorando, mas desta vez não chorou.

— Não falamos sobre tempo!

Gritou Fidelis, mas a voz da máquina era indiferente.

Ting!

Com o som, os números transparentes na frente dela começaram a diminuir. Ao mesmo tempo, os arredores se distorceram e apareceu um espaço que lhe parecia familiar. Por um momento, quando ela olhou para o relógio, a cor no rosto de Fidelis desapareceu.

— Vamos, que tipo de joia estamos procurando?

Não havia nada além da voz de Fidelis preenchendo o corredor. Disse, como se estivesse suplicando.

— Diga-me que tipo de joia é!

[O quê? Humano?]

O corpo de Fidelis ficou rígido. Não ouviu a resposta que esperava, mas ouviu uma voz fraca não muito longe.

[Você é humano, um humano. Há um ser humano aqui.]

Tremendo terrivelmente, Fidelis abriu apressadamente a porta na sua frente com apenas o bumerangue que havia colocado no chão. Não havia necessidade de pegar a vela.

Enquanto isso, os números no relógio desciam a um ritmo constante. Fidelis se apressou a atravessar a sala e encontrou um lugar para se esconder.

Felizmente, não achava que fosse mais fraca que o monstro, mas não queria lutar. Era melhor evitar o maior número de lutas.

「Um fantasma com cabelo longo até o chão se aproxima rapidamente. O fantasma está prestes a arrombar a porta e me machucar. 」

— … o quê?

A repentina voz mecânica estava explicando sobre o que fazia o fantasma, com essa frase estranha parecia avisá-la.

“Quem é esse ‘eu’?”

Quando pensou nisso, a porta se abriu, como disse a voz mecânica. Fidelis, incapaz de se esconder, viu que o fantasma se encontrava na sua frente. Seu corpo ficou rígido. O fantasma estava na sua frente, exatamente como a voz da máquina estava explicando, tinha o cabelo longo estendido até o chão.

[Te encontrei, humano!]

— Vamos, espere um minuto!

[Espere um minuto! Hahaha!]

Quando o fantasma riu de Fidelis, imitando suas palavras desconcertadas, estava estranhamente irritada.

[Está irritada? Irritada?]

Fidelis balançou a cabeça suavemente quando viu o fantasma zombando dela abertamente.

— Não.

[O quê? Por quê? Por quê?]

Parece que distraí-lo poderia funcionar, ou talvez não…

Em um estado de ânimo um pouco confuso, Fidelis segurou o bumerangue com força nas mãos. O ambiente estava um pouco relaxado, mas descuido estava proibido. Era uma questão de nunca saber quando algo entraria e arrancaria brutalmente o pescoço de Fidelis.

— Não estou em uma situação em que estou irritada…

[Não estou em uma situação em que estou irritada. (Chorando)]

— …

“Estou ficando irritada!”

Esquecendo o medo, Fidelis estava se irritando. O fantasma na sua frente parecia querer que ela se irritasse. O fantasma sorriu e ela não percebeu.

[Você está irritada! Está irritada desta vez!]

Fidelis voltou a balançar a cabeça, sentindo-se estranha pelo fantasma que parecia instigá-la a se irritar.

— Não.

[…]

Diferente da primeira vez, o fantasma começou a franzir a testa diante de seu rosto sorridente.

[Está irritada?]

A voz grave era tão inquietante quanto antes. Fidelis recuou sem perceber.

[Está irritada?]

De novo. Fidelis, que estava mordendo os lábios, acenou suavemente com a cabeça desta vez.

[Sim! Estou te irritando!]

Deve ter se sentido melhor de novo, pois ele saltou para cima e para baixo com um grande sorriso e depois de repente correu para Fidelis. Fidelis conseguiu evitá-lo graças às suas habilidades de evasão automática. Surpresa, abriu os olhos de par em par e o fantasma virou o rosto de maneira estranha e olhou para Fidelis.

[Por que está me evitando? Está irritada, não é?]

A última palavra do fantasma parecia significar que estava irritada porque o evitava e não o atacava. Fidelis, entendendo o que quis dizer, se parabenizou.

— Por que, por que está me atacando?

O fantasma se sacudiu de um lado para o outro e não respondeu às palavras de Fidelis, mas imediatamente se apressou a voltar. Fidelis olhou para o relógio que tinha na frente e mordeu os lábios com força.

O tempo continuava, não podia perder tempo aqui discutindo com esse fantasma.

Fidelis apertou o punho e socou o rosto do fantasma que corria. O fantasma, atingido por um forte soco de Fidelis, bateu na parede e se transformou em cinzas.

— … graças a Deus…

Fidelis exalou um suspiro de alívio e rapidamente começou a olhar ao redor da sala, o fantasma desapareceu sem deixar cair uma única gota de sangue ou ferida no corpo.

O tempo passou, mas a mansão era grande demais. Sem saber o que procurar, a melhor maneira era fazer com que a voz mecânica fosse ouvida.

— Espere.

Fidelis fez uma pausa enquanto segurava os escombros de árvores espalhados na mão. Agora que pensava, não era uma caça ao tesouro, era uma busca por joias.

Estava dizendo “joia” tanto na boca quanto na mente, e agora não podia acreditar que estava consciente disso!

Fidelis, que percebeu tarde, bateu a cabeça e saiu da sala sem hesitar. A voz disse “joia”, então só precisava segurá-la na mão. Fidelis suspirou muito porque sentiu que havia perdido tempo por nada.

— Boba, Fidelis.

Fidelis se culpou e se apressou a sair. Isso não era uma caça ao tesouro. Fidelis, franzindo a testa no meio da testa, murmurou mais uma vez:

— Boba, boba.

Fidelis se apressou a sair do quarto do fantasma. Depois de matá-lo, houve um barulho alto, então não sabia quais outros fantasmas ou monstros viriam depois de ouvir isso.

Embora soubesse que era uma joia, não era fácil encontrá-la nessa área vasta. O jogo poderia terminar sem encontrar o tesouro e antes dela morrer nas mãos de fantasmas e monstros.

Fidelis não parou nenhum momento de procurar aqui e ali, pensando apenas nas joias em sua cabeça. Graças à sensibilidade, conseguiu evitar bem os fantasmas e monstros.

「Era um homem, mas não era um homem. Saiu do chão e subiu me devorando de uma vez. 」

“Outra vez!”

Fidelis estremeceu com a repentina voz mecânica. Fidelis olhou ao redor com pressa e correu para o chão.

Isso porque uma sensação arrepiante na sola do pé fluiu por todo o corpo. Então algo com grandes dentes saiu do lugar onde Fidelis estava.

Se tivesse continuado de pé lá, Fidelis certamente teria sido devorada por aquele fantasma com uma grande boca. Um suor frio percorreu suas costas.

Quando o monstro apareceu com a boca aberta, com inúmeras faces em sua boca. Talvez ao que se referia a voz da máquina, estivesse na boca daquele monstro.

Parecia um ser humano, mas não era um ser humano. Depois, pensou que a voz da máquina estava certa.

“Está me ajudando essa voz?”

Ela pensou que não haveria nenhuma ajuda, mas a voz costumava dar pistas dos fantasmas quando ela estava em perigo.

— … de jeito nenhum.

Esta mansão foi construída por Pecua, apenas para levá-la à ruína. Não fazia sentido que em um lugar assim recebesse ajuda. Rapidamente apagou a suposição de sua cabeça. Enquanto fugia do monstro, notou um pequeno quarto aberto.

Fidelis abriu a porta, entrou no quarto e a fechou. O quarto estava cheio de vestidos. Viu algumas pantufas pequenas, mas Fidelis não as usou.

As pantufas eram apenas um obstáculo para correr, a menos que fossem botas ou sapatos justos. O vestido estava decorado com pequenas joias brilhantes.

Fidelis estava preocupada ao ver as joias. Porque parecia que levaria tempo para tocá-las todas. Fidelis, que mordia as unhas nervosamente, olhou de repente para o relógio.

Não restava mais do que um pouco menos da metade. Não era tempo suficiente.

Acima de tudo, havia muitas joias. Em vez de tocar nas joias uma por uma, Fidelis percorreu o quarto e saiu mais rápido. Então revirou os olhos e girou o corpo na direção oposta.

— Vamos para um lugar onde se concentram monstros e fantasmas.

Quando alguém tenta esconder algo em algum lugar, ali você encontrará mais armadilhas. Estava certa de que era o mesmo neste jogo.

Essa era sua última aposta.

Durante cerca de 20 minutos, teve que procurar em todos os lugares perto dos monstros ou fantasmas para encontrar a joia.

Para ser honesta, era impossível que uma pessoa covarde e fraca como Fidelis entrasse em uma toca cheia de fantasmas e monstros. Mas ela tentaria. Também poderia ser que encontrasse itens para curar alguém se se machucasse.

Ao pensar em Hakan e Iseult, se sentiu aterrorizada e comovida. Fidelis se moveu apesar de seu coração bater forte de medo. Sabia que não deveria parar ali.

Não deveria parar em nome de Hakan e Iseult, e também não queria fazer o que Pecua tinha planejado para ela. Nessas circunstâncias, Fidelis ficou cada vez mais determinada.

Fidelis continuou procurando, mesmo se dissesse a si mesma para não se aproximar, ou mesmo se o medo começasse a crescer mais nela. Então ela viu estranhos monstros e fantasmas vagando por um lugar.

“Lá está!”

Diferente de seu rosto brilhante, as pernas de Fidelis só tremiam. Todo seu corpo estava molhado de suor. Ela se animou centenas de vezes, mas não teve coragem de entrar lá.

Alguns deles pareciam mais fortes que Fidelis.