Capítulo 232 – Divulgação (4)

“Su Alteza Francis descobriu que era veneno e colocou os avisos nas paredes para alertar as pessoas porque a situação era muito urgente”, disse o duque de Miguel, furioso, ao lado do duque de Dudley.

Killian retrucou em voz alta: “As pessoas poderiam ter ficado revoltadas e poderia ter causado um motim. Ele tem estudado as disciplinas da realeza desde criança, mas não sabe algo tão básico?”

O duque de Dudley estava prestes a abrir a boca para refutar o que foi dito, mas Killian não lhe deu tempo.

“Eu não consigo nem levantar a cabeça de vergonha por um homem que não sabe algo tão básico ser um príncipe. Ainda não sei quem envenenou as pessoas da capital, mas acredito que isso é uma conspiração de quem tentou culpar a família Kiellini. Por isso sequestraram a princesa de novo, para que as pessoas pensassem que o duque de Kiellini acolheu a princesa assim que foi declarado culpado.”

“Quem diabos fez isso?” gritou um dos nobres reunidos.

Killian deliberadamente olhou para o escritório de Sua Majestade e se voltou para o Duque Dudley.

“Bem, quem é? Quem se atreveu a fazer isso?! Quem tentou sequestrar a princesa duas vezes?!”

“Você está dizendo que sou eu?!”

“Você está dizendo que não é?!”

“Absolutamente não. Que tipo de calúnia você está cometendo contra mim? Não importa quem seja Sua Alteza, eu não posso aceitar ser injustamente questionado e empurrado.”

“O que você faria se eu dissesse que tenho uma testemunha daquela época?”

Era necessário continuar semeando dúvidas entre os nobres. Killian precisava adiar o máximo possível a hora da partida da equipe de investigação. Ele também tinha que desviar a atenção dos que questionavam o paradeiro de Julietta, ganhando tempo para as testemunhas.

Os cavaleiros designados por Killian haviam saído há pouco tempo para encontrar Lady Raviel, uma das damas de companhia de Christine. Eles tinham ordens de escoltá-la secretamente até lá, informando-a para agir de maneira discreta. Só então o duque de Dudley prestaria atenção em descobrir quem era a testemunha, sem questionar os dois amigos de sua neta, pensando que a testemunha estava próxima a Killian.

O duque de Dudley respondeu à pergunta de Killian com um sorriso, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

“Não faço ideia do que está falando. Isso não apaga os pecados da família Kiellini. É inútil tentar incriminar Sua Alteza Francis, que é inocente.”

Killian avisou o duque de Dudley sobre a sua postura relaxada: “Veremos até onde vai a sua confiança, duque. Desta vez, deve ser verdade que não fez nenhum mal à princesa.”

Killian terminou e foi até o escritório do Imperador. Não era o momento de revelar os pecados de Francis e Lady Anais, expondo a filha da família do barão Raviel.

Bastava plantar dúvidas entre as pessoas, se houvesse dúvidas na mente daqueles que pensavam que ela estava fugindo do crime que o duque de Kiellini havia cometido.

Se as palavras se espalhassem dessa maneira, o marquês Marius não poderia ir a Tilia. Ele temeria que Francis fosse encontrado envolvido no sequestro da princesa Kiellini e tentaria resolver a situação. Com esse propósito, mencionou o sequestro da princesa Kiellini sem revelar o testemunho.

Quando Killian deixou muitas pessoas com perguntas e entrou no escritório do Imperador, Julietta olhou para cima e se escondeu. Além do duque de Kiellini, os quatro grandes duques, os oito grandes marqueses e os nobres nas posições de destaque estavam divididos em facções e murmurando baixinho entre si

Momentos depois, a Primeira Rainha entrou no salão com sua irmã mais nova, a marquesa Anais. A marquesa Anais seguiu a Primeira Rainha, deixando para trás aqueles que a cumprimentaram com cortesia, e de repente se virou e voltou.

“Vossa Excelência Marquês Oswald, como tem passado?”

Anais cumprimentou Oswald, que estava ao lado de seu marido, sem olhar diretamente para ele.

“Bem, senhora. E você, como está?”

“Estou bem, obrigada. A propósito, Sua Alteza Killian deve estar com uma baita dor de cabeça por causa da sobrinha do meu marido. Como ele se envolveu com uma família dessas e entrou nesse tipo de problema?”

Robert se irritou com o comportamento de Ivana, que revirou os olhos e balançou a cabeça.

“Ivana!”

Ivana continuou sem dar atenção ao grito do marido.

“Ouvi dizer que você não sabe onde está a princesa. Ela foi bem rápida também. Como soube disso antes de se esconder? Ah! Ouvi dizer que uma dona de teatro humilde chamada Maribel Grayson entra e sai da mansão Kiellini, e acho que deveríamos investigá-la.”

“Maribel Grayson?”

Quando Oswald perguntou, como se não soubesse o motivo, Ivana zombou dele.

“Talvez você não a conheça tão bem. Ela é muito boa em esconder pessoas. Se ela está escondendo a princesa, ninguém vai encontrá-la. Então eu sugeriria que a chamassem e investigassem imediatamente.”

Ivana esboçou um sorriso maldoso e murmurou, passando por Oswald e seu marido.

“Claro, isso não inclui ‘ninguém’.”

Suas palavras não foram ouvidas por Oswald e Robert, mas sim por Julietta, que permaneceu imóvel ao final da festa. Julietta olhou para as costas da senhora Anais que passava.

Se Maribel tivesse escondido alguém, ninguém a teria encontrado, mas ela disse que era uma exceção.

O que isso quer dizer? Será que ela acha que Maribel escondeu a princesa Kiellini? Aliás, por que acha que Maribel a escondeu? Como chegou a essa conclusão? E por que diz que consegue descobrir o que ninguém mais pode encontrar? Ela disse isso com tanta confiança…

Com certa preocupação, Julietta continuou olhando para as costas da senhora Anais caminhando em direção ao duque de Dudley.

Depois de um bom tempo, a porta do escritório do Imperador se abriu. Quando o Imperador saiu após um grito do Grande Camareiro, todos se ajoelharam e o saudaram.

“Tenho certeza de que todos viram os avisos nas paredes das ruas da capital hoje.”

O Imperador olhou para os nobres reunidos e finalmente para o duque de Dudley.

“O príncipe Francisco descobriu e provou que a epidemia da ‘Doença do Sangue Azul’ na verdade é um veneno da família Kiellini.”

O duque de Dudley se adiantou entre os nobres que murmuravam.

“Majestade, nunca poderemos perdoar a família Kiellini por causar tal tumulto. Pessoas inocentes morreram. Nunca deveríamos deixá-los impunes, mesmo que o duque de Kiellini tenha se suicidado. É especialmente estranho que a princesa Kiellini tenha desaparecido. O duque Kiellini deve ter descoberto que foi descoberto, escondido a princesa e se suicidado.”

Aos seus comentários, seus apoiadores concordaram e apoiaram a punição à família Kiellini.

“Majestade, não há motivo para o duque de Kiellini ter feito tal coisa. Isso é muito estranho. Acho que não devemos precipitar uma conclusão e investigar a fundo.”

O duque de Martin se opôs às palavras do duque Dudley.

“Isso é correto, Majestade. A princesa Kiellini estava noiva do príncipe Killian, e o duque de Kiellini não poderia sentir a falta de nada. Portanto, não havia necessidade de ele fazer tal coisa. Acho que alguém planejou isso para difamar o duque.”

O duque de Haint adiantou-se e expressou sua opinião.

“Digam o que quiserem sobre calúnia. É óbvio que o duque de Kiellini está tentando estabelecer a posição de seu genro. A desconfiança das pessoas em relação ao príncipe Killian, que os enganou até agora, era grande. Para eliminar essa desconfiança, ele deve ter espalhado o veneno como se fosse uma doença infecciosa e depois liberado o antídoto. Ele deve ter usado a cabeça para ganhar prestígio!” prosseguiu o duque de Miguel com confiança.

“Duque Miguel, parece que você estava lá para ver tudo. Se isso não for verdade, você está disposto a renunciar ao seu posto de duque, certo?”

Perante a fria reprimenda de Killian, o duque de Miguel olhou de lado. O chefe do duque Dudley, com rosto firme, assentiu uma vez sem olhar para ele. Com o sinal de apoio, o duque de Miguel continuou a falar.