Capitulo 2 — O Homem Desconhecido

— Hã? Eu não estou morto?

Gustav acordou e se viu deitado no meio da floresta.

Ele se levantou lentamente e limpou a poeira de suas roupas. Ele ainda estava com seu uniforme escolar.

— Eu estou nem um pouco ferido — Ele notou depois de verificar seu corpo.

O sol estava nascendo lentamente do leste enquanto raios de luz penetravam pelos espaços entre as folhas da árvore à sua frente.

— Uma noite inteira se passou? — Os olhos de Gustav se arregalaram em choque depois de perceber isso, mas no segundo seguinte, voltaram ao normal — Não é como se alguém fosse notar que eu tinha ido embora de qualquer maneira — murmurou desanimado.

Ele se virou para olhar para a montanha de onde caiu quando notou algo piscando em sua visão posicionado no canto esquerdo.

Seus olhos se concentraram na luz retangular azul piscando, e algo inesperado aconteceu.

Caracteres apareceram de repente em sua vista.

— Hã, o que é isso? — disse Gustav com um olhar de espanto.

Ele balançou para esquerda e à direita, mas ainda não conseguia tirar os caracteres de sua vista.

Pensando que estava sonhando, Gustav fechou os olhos.

— Provavelmente bati minha cabeça quando caí.

Depois de alguns segundos, ele abriu os olhos apenas para ver mais caracteres aparecerem em visão.

— Anfitrião idiota? Esses caracteres acabaram de me insultar? — questionou Gustav — Espere, anfitrião? — perguntou em confusão.

— Poder? Que poder? O que está acontecendo? Por que estou respondendo a alguns caracteres estranhos? Eu estou morto? Isso é retribuição por cometer suicídio? Loucura na vida após a morte? — Gustav lançou uma série de perguntas em um ritmo rápido enquanto duvidava de sua existência e sanidade atual.

Como se estivesse respondendo à sua pergunta, os caracteres mudaram novamente,

Gustav segurou o queixo depois de ver esses caracteres mudarem novamente e pensou em voz alta: — Então, eu estou vivo, mas o preço por isso é essa loucura. Espere, isso acabou de ameaçar me matar?

— Quê? Acabou de começar uma contagem regressiva — Gustav notou os caracteres mudando a cada segundo que a contagem diminuía.

— Eu realmente vou morrer se eu não der uma resposta ou recusar? — Gustav estava um pouco com medo de enfrentar a morte novamente depois do que aconteceu na noite anterior.¹

Os caracteres responderam com franqueza.

Gustav: — …²

Gustav podia sentir sua frequência cardíaca diminuindo à medida que a contagem regressiva se aproximava de zero.

Tum-tum! Tum-tum!

— Eu aceito! — Gustav gritou.

A contagem regressiva parou imediatamente depois que ele disse isso.

— Arf! Arf! Arf! Essa coisa ia realmente me matar? — Gustav respirou pesadamente depois que a contagem regressiva parou.

Ele colocou a mão direita no peito para sentir o batimento cardíaco. Ele suspirou de alívio depois de sentir seu coração partido lentamente voltando ao normal.

Os caracteres mudaram novamente.

— Hmm? A que poder isso está se referindo? — Ele olhou para os caracteres com um olhar confuso.

Uááá³

Gustav notou que seus olhos estavam ficando pesados depois de ver a última mensagem que os caracteres formaram.

— O que vo… — Antes que Gustav pudesse completar sua pergunta, ele notou uma silhueta escura passar, movendo-se de árvore em árvore a cerca de trinta metros de distância em seu oeste.

Tzum! Swish! Tzum!

A velocidade era rápida, e continuava passando de árvore em árvore ao redor de Gustav.

Era como uma sombra escura.

— Quem está aí? — Ele reconheceu que era uma pessoa imediatamente.

Como se para responder à sua pergunta, um homem musculoso de dois metros de altura vestido com uma roupa justa preta apareceu a seis metros de distância dele.

Ele tinha uma máscara verde cobrindo metade do rosto.

— Você vem comigo, garoto! — A voz soou um pouco rouca.

— Quem é você e o que você quer? — Gustav questionou com um olhar de medo enquanto dava vários passos para trás inconscientemente.

— Eu só preciso que você venha comigo! Sem perguntas! — O homem desconhecido afirmou com um tom de autoridade.

— O que você planeja fazer comigo?! — Gustav questionou enquanto seu coração começava a bater mais rápido.

— Apenas venha comigo de bom grado! Não tente nada engraçado, ou terei que machucá-lo! — O homem desconhecido ameaçou com os olhos franzidos.

Tum-tum! Tum-tum! Tum-tum!

A cada segundo que passava, Gustav se sentia mais sonolento, mas estava determinado a não ser pego por aquele homem desconhecido. “Um sequestrador? Um traficante de mestiços? E se ele me vender? Me torturar? Cortar meus órgãos e vendê-los?” pensou Gustav.

Para alguém que queria cometer suicídio, ele estava realmente com medo dos horrores pelos quais poderia passar se fosse pego por essa pessoa desconhecida, então ele não percebeu a contagem regressiva.

“Corra!”

Imediatamente depois desse pensamento ir a sua mente, Gustav virou os calcanhares e correu na direção oposta.

— Tolo! — O homem bufou enquanto corria de árvore em árvore, fazendo um risco circular ao redor de Gustav, que continuava correndo.

O homem de repente desceu do meio de árvores de cento e oitenta metros de altura em direção a Gustav.

Gustav, que já sabia que o homem era um mestiço e calculou seus movimentos, decidiu deixar seu corpo cair no chão imediatamente quando o homem saiu correndo.

No processo de descida de seu corpo, o homem também estava no ar, movimentando em sua direção com velocidade.

Gustav percebeu que seus cálculos não eram precisos, pois a mão do homem estava a apenas alguns centímetros de tocar seu ombro enquanto seu corpo estava em processo de descida.

Era como se o tempo tivesse parado quando a palma do homem desconhecido estava prestes a fazer contato com Gustav…

Gustav imediatamente sentiu sua visão escurecer quando a notificação apareceu em sua visão.

Um flash de luz brilhante apareceu de repente e cercou Gustav, e no segundo seguinte…

Zing!

Gustav desapareceu no ar quando a mão do homem desconhecido atravessou partículas de luz.

Tum!

Seus pés pousaram de volta no chão e deslizaram alguns pés para frente devido à sua imensa velocidade anterior.

Ele se virou para olhar para a esquerda e para a direita repetidamente.

— Ele se foi? — O homem perguntou com uma expressão incrédula — Uma linhagem de sangue espacial? Que raro — ele falou em voz baixa.

— Mas, no máximo, aquele garoto será um mestiço de classificação Zulu! Suas habilidades ainda não teriam amadurecido, o que significa que ele não pode ir longe com aquele teletransporte… Ele ainda deve estar nas proximidades desta floresta — Imediatamente após completar essas palavras, o homem saiu correndo como um fantasma, pulando de árvores em árvores com uma velocidade inimaginável.

Ele decidiu procurar a floresta do norte para o caso de encontrar Gustav novamente. No entanto, foi inútil porque, neste momento, Gustav havia sido transportado para seu quarto.

Os ventos dentro da floresta continuam soprando suavemente como se não soubessem o que acabou de acontecer. Gustav não percebeu que a alta montanha da qual ele queria pular agora era metade do que costumava ser antes.

-Trinta minutos atrás

O dia havia começado a clarear conforme o sol nascia, declarando o fim da noite anterior.

A noite era para dormir, mas parecia que era o contrário para um grupo de pessoas reunidas em torno de uma montanha específica na floresta na beira de Plankton City.

O grupo reunido aqui estava vestido com roupas de aparência médica.

Um grande dispositivo de aparência tecnológica em forma de pires flutuava acima da montanha. Raios de luz azul brilhavam dele, examinando a montanha centímetro a centímetro.

Um homem de cabelos castanhos-escuros vestido com um terno azul-celeste estava parado em frente à montanha com quatro guarda-costas vestidos com roupas escuras e justas posicionadas à sua esquerda e direita.

Os funcionários vestidos com roupas médicas continuavam se movendo de um lado para o outro. Eles pareciam estar investigando o estranho fenômeno da montanha ser dividida ao meio em uma noite.

1. N/T: Mano… Tu literalmente estava convicto pra fazer aquilo, ficou com medinho agora que tem um Light Yagami com Death Note na tua frente? Pô, deve ser pelo menos muito menos doloroso do que tentar aquilo[↩]
2. NDT: Não gosto desse formato de botar que um personagem falou nada com “…” após afirmá-lo, principalmente porque fica feio. Mas não posso inventar parágrafo[↩]
3. NDT: Bocejo, ele bocejou. E sim, também achei estranho, quem também achou estranho essa ser a onomatopeia[↩]