Capítulo 25 — Aquele que o Mundo Rejeita [4]

Trrrrr—

Eu segurei meus joelhos e olhei para a roda que girava.

Esta era minha última tentativa de algo. Embora soubesse que isso era apenas uma tentativa inútil de salvar minha pele, não havia mais nada que eu pudesse fazer.

Eu tinha esgotado todas as minhas opções.

Esta… era minha única opção restante.

Era uma tentativa fútil de tentar fazer algo.

Mesmo que as vezes anteriores tivessem dado frutos e me ajudado em minhas situações, desta vez não era o mesmo caso.

Emoções.

Elas eram um poder suplementar.

…..Uma ferramenta usada para ajudar em certas situações.

Mas…

Era só isso.

Por si só, elas não podiam me ajudar nesta situação.

Eu estava perdido.

Eu sabia disso.

…E foi por isso que a sensação de frustração que eu sentia se intensificou ainda mais.

‘Droga. Se ao menos…!’

A roda parou.

Vermelho.

‘Raiva.’

O mundo ao meu redor mudou. Ficou branco.

“Hm…?”

Eu olhei ao redor e franzi a testa. Diferente das experiências anteriores, onde memórias ou ambientes apareciam, o mundo permaneceu assim.

Completamente branco.

“O que—”

Eu perdi o controle do meu corpo.

Não era uma experiência desconhecida, já que tinha acontecido comigo uma vez antes.

Eu não rejeitei.

Deixei que me guiasse e meu corpo lentamente se sentou no chão.

O que…

Minha mão se moveu para frente e uma corrente quente saiu do meu corpo, lentamente se acumulando na ponta dos meus dedos.

Um círculo e um conjunto de runas pairaram sobre meus dedos.

Aqueles que eu já estava acostumado a ver.

“Isso é…”

Uma runa.

Duas runas.

.

.

.

Cinco runas…

Tzzzz—!

O feitiço se desfez em cinco.

E foi nesse momento que recuperei o controle do meu corpo. Meu peito apertou um pouco, mas, além disso, não senti mais nada.

“…..O que está acontecendo?”

Eu olhei ao redor.

O mundo ainda estava completamente branco.

Não havia mudanças ao meu redor, e eu estava confuso.

No entanto, ao pensar em minhas ações depois que meu corpo foi tomado, uma ideia começou a se formar.

“Está me dizendo para praticar?”

Como isso representava raiva?

…..Ou era que meus poderes entendiam minha situação?

Que eu estava ferrado.

De qualquer forma…

“Hoooo….”

Aproveitei a situação e comecei a praticar novamente.

Uma após a outra, as runas começaram a se conectar.

Uma Runa—Duas Runas—Três Runas—Quatro Runas—Cinco Runas — Seis Runas — Sete Runas…

Tzzzz—!

“….Falha.”

Nada surpreendente.

Já tinha perdido a conta de quantas vezes havia falhado até agora.

Olhando ao redor e vendo que nada mudou, eu sabia que estava bem. O tempo parou lá fora.

Eu ainda podia praticar.

Embora não soubesse por quanto tempo ficaria aqui, sabia que precisava aproveitar a oportunidade.

“Hah, é… Está tudo bem.”

Embora eu dissesse isso, meus lábios estavam apertados.

Sim…

Eu consigo.

“…De novo.”

.

O tempo passou.

.

Tzzzz—!

“Haha, não é nada demais…”

Eu ri, mas minha mente não.

Meu peito apertou de repente.

Seis runas.

Meu progresso regrediu.

“…Vamos lá.”

.

Isso continuou a fluir.

.

Tzzzz—!

“….Outra falha.”

Quantas foram agora…?

Centésima vez? Ok… Razoável.

“H-huh.”

Meu peito tremeu e meus olhos se estreitaram.

Uma sensação estranha enroscou meu peito. Era leve. Nada que eu não pudesse controlar. Mas estava crescendo.

Constantemente.

O que era isso…?

Eu empurrei para baixo.

Não tinha tempo para refletir sobre tal assunto.

“De novo…”

Eu tinha que continuar praticando.

“Certo… Praticar.”

.

Isso nunca parou.

.

Tzzzz—!

Meu peito ficou mais apertado.

“Haaa… Haaa…”

Minha visão ficou mais estreita.

“Haaa… Haaa…”

Minha respiração acelerou.

O sentimento que eu tinha sentido antes…

.

.

Tzzzz—!

Começou a crescer.

.

.

Tzzzz—!

Com cada falha…

.

.

Tzzzz—!

O sentimento no meu peito começou a crescer.

E…

.

.

Tzzzz—!

Eu finalmente percebi o que era.

.

.

Tzzzz—!

“Argghhh….!!!!”

Eu cerrei meus punhos e gritei para o mundo.

Raiva.

…O sentimento que estava lentamente se acumulando no meu peito.

Era raiva.

“Por quê!! Por quê!!!!! Por que eu não consigo!!!!”

Eu soco o chão repetidamente em meu acesso de raiva.

“F-foda-se…!”

Bang!

“Foda-se!!!”

Bang!

“Por quê…!”

Bang!

“Eu não…”

Bang!

“…Consigo!!!”

Bang!

“Haaa… Haaa… Haa…”

Minha cabeça ficou leve.

Tudo o que eu podia sentir era um pulso estranho na minha cabeça enquanto meus pensamentos desapareciam, e tudo o que eu podia pensar era em minhas repetidas falhas.

“Quantas vezes foram agora?!?? Por que eu não consigo? O que há de errado comigo?!”

Eu continuei gritando para o céu enquanto sentia minhas veias saltarem no meu pescoço.

“Eu sou realmente tão ruim assim? É esse o caso…!”

Eu não podia aceitar.

“Foooooodaaaa-seee!!!”

Eu não queria aceitar.

Então…

Eu continuei.

.

.

Mas.

Tzzzz—!

Apesar de todas as minhas tentativas, continuei falhando.

E quanto mais eu falhava…

“Arghhhhh!!!”

Mais raiva eu sentia.

“D-droga…!!!!”

Eu destruí meus arredores, gritando para o céu com todas as minhas forças.

Bang…!

Dei um soco no meu rosto.

Parecia aliviar um pouco da frustração que eu sentia.

Então…

Bang…! Bang…!

Dei outro soco

“Kh!!”

Mais rápido.

Bang!

Mais forte..!

Bang!!

E mais rápido…!

Bang…! Bang…!

“M-merda…! Akkkh!”

Eu gritei de novo.

“Ahhhhhh!”

Eu deixei tudo sair.

Eu sabia que minha aparência atual era patética.

Que eu… era patético.

Mas.

Eu estava desesperado. Falhar significava morte.

Eu não tinha escolha a não ser ter sucesso.

Por que eu simplesmente não conseguia…?

“Ha Ha… Por quê…”

Meus olhos começaram a arder.

A raiva que tinha nublado minha mente lentamente começou a diminuir, e eu deitei no chão, vazio.

Meu corpo inteiro estava em pedaços e minhas reservas de mana estavam vazias.

Eu estava impotente.

“…..”

O tempo passou de novo.

Uma hora.

Duas horas.

Três horas…

E nesse tempo, eu permaneci imóvel no chão.

‘…Quando isso vai acabar?’

Em algum momento, eu comecei a me perguntar.

Quanto tempo essa imersão duraria?

Nunca tinha durado tanto antes…

Eu fechei os olhos e abracei a escuridão. Eu estava começando a ficar cansado do branco.

Quando abri os olhos novamente, um pouco mais de tempo havia passado.

Eu ainda estava preso no espaço branco.

“Haaa…”

Minha mente havia se recuperado, e minha mana também.

Sentando-me ereto, estendi a mão.

“De novo…”

E tentei de novo.

.

.

O tempo fluiu.

Uma semana passou assim.

Ou algo parecido. Eu tinha perdido a noção do tempo.

Nesse tempo, a única coisa que fiz foi praticar. Fome, sede e sono não eram um problema para mim. Eu podia praticar o quanto quisesse.

Mas…

Tzzzz—!

Mais uma vez.

Eu falhei.

“Ahhhhhh….!”

Eu estendi a mão para a cabeça para puxar meu cabelo, mas…

Não havia mais nada.

…..Eu já tinha arrancado todo o cabelo da minha cabeça.

“Drogaaaa!!!”

A raiva já tinha tomado conta de mim.

Mas até isso tinha seu limite.

“Haaa … Haa…”

Em outra semana, eu tinha perdido minha voz.

“…..”

Eu desmoronei no chão e olhei fixamente para o mundo branco.

Eu estava cansado agora.

Tão cansado que a raiva que tinha tomado conta de mim estava lentamente começando a diminuir.

Quando eu vou sair?

Já não era o suficiente…?

Por quanto tempo mais eu teria que ficar aqui?

Eu já tinha entendido a raiva.

Então…

Me deixe sair!

Me deixe sair, droga…!!!

Agora!!

Por favor…!

Eu….

Não consigo…

C-crak—!

Como se o mundo finalmente tivesse ouvido minhas orações, o espaço se quebrou e a escuridão tomou minha visão mais uma vez.

Uma que foi quebrada por uma notificação repentina.

“H-hah…”

Senti a textura áspera do chão embaixo de mim.

O vento frio no céu.

E o leve cheiro de terra do solo.

Eu estava de volta.

Finalmente…

“Hahahaha…”

Comecei a rir, sem querer. Uma certa emoção fervia no meu peito. Era um fogo ardente… Um vulcão prestes a entrar em erupção.

Ele ameaçava tomar conta do meu corpo.

Mas…

Tudo o que eu podia fazer era rir.

“Tosse… Haha…”

Mesmo enquanto tossia sangue, tudo o que eu podia fazer era rir.

Tanto tempo havia passado, e ainda assim…

Eu ainda não tinha conseguido alcançar o sucesso.

Como eu não poderia rir?

Era patético.

Eu era patético.

“Haha-Uekh!”

Então, algo me segurou pelo pescoço, e eu senti meu corpo se levantar do chão.

“….Você perdeu a cabeça?”

Era a figura encapuzada.

“Me disseram para não te matar, mas…”

Embora eu não pudesse ver, ele parecia estar franzindo a testa sob o capuz. Eu não me importei o suficiente para esperar suas próximas palavras.

Meu peito estava queimando.

Eu precisava deixar sair.

Minhas mãos lentamente se levantaram. Elas se aproximaram de seu braço. Desde que eu o tocasse, eu seria capaz de…

“O que você está fazendo…?”

Seus olhos se voltaram para olhar minhas mãos.

“….!!”

Bang—!

“Akhh…!”

Eu senti minhas costas quebrarem enquanto batia em algo duro. Minha mente zumbiu, e minha visão ficou embaçada.

O que aconteceu…?

Eu olhei ao redor e notei os pedaços de tronco ao meu redor.

“Ah.”

“Droga, eu não sei o que fazer.”

A voz da figura encapuzada chegou até mim de frente.

Mexendo na cabeça, ele resmungou:

“Eu devo apenas te matar? Minhas ordens eram para te manter vivo. Ugh, quando esse desgraçado vai chegar?”

Aquele desgraçado?

Havia mais alguém…?

Haha.

Eu queria rir de novo. Quão ferrada estava essa situação? Será que alguma vez tinha sido possível para mim escapar dessa situação?

“Tosse…! Tosse…!”

Sangue jorrou sobre minhas calças enquanto eu tossia.

Eu olhei para a figura encapuzada, tentando recuperar o fôlego.

“Fique quieto, está bem?”

Ele começou a levantar a mão, um círculo mágico roxo flutuando na frente dele.

Eu abri os olhos e me preparei para mover meu corpo, mas o círculo mágico nunca apontou para mim.

O chão tremeu.

Tuck!

E várias mãos esqueléticas surgiram do chão.

“O que…”

A visão me deixou atordoado.

Subindo do chão, elas lentamente se puxaram para cima, revelando as figuras de vários esqueletos.

“Necromante…?”

A figura encapuzada moveu a mão.

Os esqueletos se aproximaram de mim por todos os lados.

KubKubKubKub.

“Isso deve te impedir de se mover. Nem pense em usar seus poderes neles, ao contrário de mim, eles não têm sentimentos.”

“Isso…”

Eu cerrei os dentes e olhei para os esqueletos que se aproximavam.

A dor que invadia meu peito estava crescendo a cada segundo, e estava ficando difícil de suportar. Mas como ele disse… Esqueletos não têm sentimentos, e a menos que eu o tocasse, não havia como eu afetá-lo.

‘O que eu faço…?’

Eu agarrei o tronco da árvore e me forcei a levantar.

Minhas pernas estavam trêmulas e meu único apoio era a árvore atrás de mim.

Sem ela, eu ainda estaria no chão.

KubKubKubKub.

Os esqueletos agora estavam a alguns metros de mim.

Está acabado.

‘…Eu não quero que acabe.’

Mais uma vez.

Eu movi minha mão atrás das costas.

Uma corrente quente fluiu da área abdominal.

Era um processo familiar.

Um que eu tinha feito inúmeras vezes.

Cada vez terminando em falha.

Mais!

Minha mana drenou.

Eu comecei a perceber a dor ainda mais vividamente. A dor das minhas costas quebradas, a dor na minha boca e o gosto do meu sangue, o fogo queimando nos meus pulmões e os sentimentos fervilhantes que estavam saindo do meu peito…

Eu percebi tudo.

Vividamente.

E isso estava rasgando minha mente.

Mas…

‘Vem…!’

Eu aguentei aquela dor e adicionei mais.

Se isso significasse sucesso…!

Uma Runa — Duas Runas — Três Runas —Quatro Runas —Cinco Runas — Seis Runas — Sete Runas —Oito Runas — Nove Runas — Dez Runas — Onze Runas.

As runas estavam se conectando.

Este era um passo que eu tinha alcançado milhares de vezes antes.

Eu sempre falhava aqui.

Uma parte de mim já esperava minha falha inevitável.

Eu pensei que seria assim mesmo agora.

Eu realmente pensei.

Mas então…

Click—

“Ah.”

Como se alguma corrente tivesse se quebrado, minha mente clareou.

A mana fluiu sem interrupção. Não parou e se quebrou como costumava fazer. Como se um caminho tivesse se formado, a mana no meu corpo fluía para um fim.

Isso é…

Eu podia sentir a mana se dobrar e torcer na ponta dos meus dedos.

Pontos roxos se espalharam pela minha visão.

Eles estavam espalhados.

Mas parecia que eu podia fazer algo.

Como se estivesse em transe, levantei minha mão, que tinha ficado completamente roxa, e apontei na direção deles.

Mãos tangíveis roxas brotaram daquele ponto.

“Uh?”

Elas agarraram as roupas da figura encapuzada.

Mas se quebraram quase imediatamente.

Ainda assim.

“Ukh.”

Foi o suficiente.

“O que…”

A figura encapuzada caiu de joelhos.

“O que está acontecendo…”

“Kh..!”

Meu corpo se moveu para frente.

Eu tropecei para frente.

Levantando minha mão, olhei ao redor e toquei em três outros pontos ao meu redor.

As mãos brotaram novamente.

Elas se prenderam aos esqueletos, parando seus movimentos por um breve momento.

Mas isso foi o suficiente.

Eu tropecei para frente.

Em direção à figura encapuzada, que tinha ficado pálida.

[Mãos da Enfermidade] — Não era um feitiço poderoso. No entanto, quando pego, alguém experimentaria alucinações, náusea e vertigem por um breve momento. Quanto mais forte alguém fosse, menos eficaz isso seria.

Foi por isso que eu tive que continuar me movendo.

Como se estivesse enfeitiçado, meus passos se apressaram.

Mas assim que me aproximei dele…

Baque!

Minhas pernas falharam e eu tropecei para frente.

“Ukh…!”

‘Não, ainda não… Tão perto…’

Estendi minha mão para frente e agarrei o solo.

Puramente por desespero, me arrastei para frente.

O tempo parecia fluir lentamente, mas tudo isso aconteceu em questão de segundos.

Eu tinha que ser rápido.

‘Quase.’

Seu pé estava perto.

Tão perto de mim…

Desde que eu conseguisse tocá-lo…

Estava a apenas alguns centímetros de distância…

Eu estava o mais perto possível, e ainda assim… parecia o mais longe que eu já estive.

Isso me lembrou de um pensamento anterior.

‘O mundo me rejeita.’

Minha própria existência não pertencia a este mundo.

Eu não deveria estar aqui.

…Mas era realmente esse o caso?

O mundo realmente me rejeitava?

Não.

Eu era quem rejeitava o mundo.

A existência que era conhecida como Julien.

E tudo o que vinha com isso.

Não era o mundo que me rejeitava.

Era eu quem rejeitava o mundo.

E isso me fez entender… Se eu quisesse sobreviver neste mundo, precisava aceitar quem eu era.

Aceitar que eu não estava mais na Terra, mas em um lugar diferente. Um com regras diferentes e um conjunto de morais.

Eu não era mais Emmet Rowe.

Eu era agora Julien Dacre Evenus.

Embora eu não devesse esquecer meu passado, também não devia esquecer meu presente.

E com esses pensamentos.

Minha mão…

Ah—

Finalmente alcançou seu pé.

E eu deixei tudo sair.

‘Raiva.’

“Ahhhhhhh….!”

Um grito ressoou. Ecoou alto no céu enquanto atravessava tudo.

Era avassalador.

Baque!

Ele caiu de costas e segurou a cabeça com as duas mãos.

“Ahhh! Ahhhhhh!”

Eu podia entender.

Afinal… Ele estava experimentando toda a raiva que eu tinha sentido no estado imersivo. Tudo isso em um pacote concentrado.

Tudo de uma vez.

“Ahhhh! Ahhhhh!”

Ele se debateu no chão, puxando o cabelo com força.

“….Ukh.”

Eu me agarrei ao chão e me levantei.

Ainda não tinha acabado.

Pegando a pedra mais próxima, tropecei para frente, parando a alguns metros dele.

“Ahhhh! Ahhhhh!!!”

Meus lábios tremeram, e eu respirei fundo.

Eu…

“Kh.”

Meus olhos se fecharam e minha mão se levantou.

Pfttt—

“Ueht!”

Sangue respingou sobre mim enquanto eu batia com a pedra.

Meu estômago inteiro se revirou com a sensação e, sem querer, minha boca se abriu enquanto algo saía da minha garganta.

“Bleergh!”

Era vômito.

Mas…

“Ukh… Haaa…”

Respirando fundo, eu bati com a pedra novamente.

Pfttt—

A visão perturbou ainda mais meu estômago enquanto tudo saía do meu estômago.

“Bleergh!”

Em minha mente…

O pensamento de matar alguém… e testemunhar uma visão tão horripilante…

‘Não, ele ia me matar…’

Eu não tinha escolha.

Sim.

Eu tinha que fazer isso.

Pfttt—

“Bleergh!”

Mas mesmo assim…

Meu estômago continuou a trair meus pensamentos enquanto eu continuava a bater na cabeça com minha mão.

Sangue continuou a jorrar sobre mim enquanto eu levantava minha mão e batia.

De novo.

E de novo.

E de novo.

Baque.

“Haaa… Haaa… Haaa…”

Eu só parei quando meu corpo não conseguia mais se mover.

Deitado no chão…

Eu olhei para minhas mãos.

“…..”

Mesmo enquanto sangrava, e meus ossos estavam quebrados…

“E-eu consegui…”

A única coisa em que pensei foi no fato de que eu tinha conseguido.

Que eu… não tinha falhado.

Depois de tanto esforço. Eu tinha conseguido.

E isso…

Foi tão libertador.

Isso arrancou todos os outros pensamentos que estavam nublando minha mente.

“Huuu…”

Gradualmente meus olhos se fecharam e a escuridão tomou minha visão.

Eu estava cansado, e ainda não sabia o que estava acontecendo.

Mas…

Pela primeira vez em muito tempo.

Eu…

Senti alegria.