Índice de Capítulo

    De baixo de uma arma nuclear protegida de metal, um demônio monocromático encarou sua mão e, através de suas sombras, olhou para além de suas costas enquanto dizia:

    — Isso vai ser suficiente?

    Atrás dele, uma mulher totalmente inexpressiva pôs suas mãos nos bolsos de sua calça social e, de terno negro, ela disse:

    — Tem noção de quanto isso pode matar? Está tudo de acordo.

    Risos vieram do homem preto e branco. Depois de um instante, ele fitou a moça de cabelo azul-escuro e franja perfeitamente alinhada e falou:

    — Às, o que você acha de mostrar quem é a potência mundial?

    — E o que seu pai vai achar disso?

    — Owh… entendo — pensou e pensou, mas o demônio logo riu e respondeu: — Não vamos nos meter com o caçula, mas esse braço de escuridão me dá um tesão tão intenso que só de pensar em lutar me dá ansiedade!

    — Não importa Casy.

    Ao ouvir o próprio nome, o homem olhou-a e suspirou.

    Os dois fizeram contato visual e, mais uma vez, a mulher perguntou:

    — Impel-sister tem ficado muito quieta, o que sua irmã tem feito?

    Mais uma vez, Casy encarou a própria mão. — Minha irmã… aquela vadia não sabe de nada. — Ele virou a cara.

    — Ela quer o mais novo?

    — Aquela maldita incestuosa… nossa família deveria ser mais normal, por que eles não são como eu?! Não conseguem entender que o povo é apenas escravos sobre nosso poder que devem obedecer!

    — Você disse incestuosa?

    — A Kelly é uma rainha sem rei, posso estar muito errado, mas eu não duvidaria que ela faria o mais novo se tornar seu escravo.

    — Escravo… sexual?

    — Não.

    — Então não faz sentido o incestuoso.

    O demônio monocromático encarou-a nos olhos e aquilo foi o bastante para entender o que aconteceu.

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    Os dois saíram da sala e foram até uma mesa em meio a uma enorme sala de reunião.

    — Gabriel sumiu do mapa também, algo a dizer? — perguntou a mulher.

    — Aquela gazela não me interessa, o nosso povo realmente importante está bem e isso é o importante.

    — Entendo.

    — Ouvi que o caçula está treinando com aquele antigo lorde, não é?

    — Sim, exato.

    — Daniel… Daniel… isso parece interessante, acredito que quando ele tomar o reino dragão, teremos uma boa guerra entre irmãos.

    Às ergueu uma de suas sobrancelhas, mostrando um sinal de emoção. Casy olhou-a e sorriu.

    Os dois então foram para a sala do trono e lá, da mulher, foi dito:

    — Uma guerra entre irmãos não é muito infantil?

    — A Kelly não vai querer perder seu possível brinquedinho, se ele herdar os dragões, ela vai atrás dele pessoalmente só para tomá-lo.

    — Por que toda essa obsessão?

    O demônio começou a subir pelas escadas de seu trono. — Ela quer um guerreiro perfeito, alguém forte o bastante para devastar exércitos, e submisso o bastante para não a contestar sobre quaisquer ordens.

    A mulher então tirou as mãos dos bolsos e retirou um cigarro e uma pistola deles, ela pôs a nicotina na boca e, com um tiro, acendeu seu vício. — Mas logo um Calamith? Não acha imprudência demais dela?

    — Gabriel, não é? Ele realmente não deixaria, mas eu descobri algo de extrema importância… ele está afiliado com aquela vadia. — Fechou a cara.

    — Perigoso.

    — Muito.

    Às também começou a subir em direção ao trono e os dois continuaram a conversar.

    — Ela não é fraca, posso falar que, atualmente, ela está no nível de meu pai em sua restrição. — disse o demônio.

    De uma leve nuvem de fumaça, a mulher continuou: — Se ela está nesse nível…

    — Ela consegue derrotar Gabriel.

    Assustada, o cigarro de sua boca levemente caiu, mas ainda no ar ela pegou e botou de volta. — Como ela conseguiu alcançar o terceiro lorde nolysse mais forte?!

    Em meio às escadas, Casy parou, olhou para ela e então respondeu: — Eu me pergunto o mesmo. Ela não tem manipulação de escuridão, ela não tem a abjuração, ela sequer tem tempo para ficar mais forte e treinar… é assustador.

    — Isso não faz…

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    Na sala de cinema, o filme já tinha dado início. Entretanto, uns minutos antes, os três ficaram conversando.

    Kevyn sentou-se no meio enquanto ambas estavam ao seu lado. O garoto nunca viu um filme e era sua primeira vez em um cinema.

    Como as idas para ver filmes se tornaram incomuns, não tinha ninguém na sala além dos três.

    Ao ligar do projetor, o grupo ficou quieto e esperou o filme começar enquanto comiam a pipoca com cobertura de manteiga.

    “Wow!!! Isso é ótimo!!!”, pensou o garoto que nunca provou nada igual, ele formou uma mão óssea por cima da sua própria para pegar mais pipoca que ambas.

    Entretanto, antes do príncipe conseguir, Night desfez os ossos e sorriu. “Não, não… vamos aproveitar todos juntos”, ela disse e pegou mais pipoca.

    Surpreso, Kevyn desistiu por um momento e apenas bebeu seu refrigerante.

    As mãos da demônio se encostaram, assim recuaram rapidamente.

    Chegamos atualmente e a garota com pupilas de caveira encarou a patética menina enquanto dizia por telepatia: “Ei! Eu disse para esperar!”, reclamou.

    “Arh! Não era para isso acontecer!!!”, ela coçou a mão.

    Ainda bem no começo do filme, o garoto apontou, olhou para Aya e então disse:

    — Ela parece você — falou da personagem do filme.

    — Sim… mas não se preocupe, eu não mordo. — Sorriu.

    Sem entender, o príncipe inclinou a cabeça e pensou: “Quê?”.

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    No final do filme, Kevyn sentiu um vazio imensurável. “Essa foi a pior melhor experiência que eu tive, por que ela morreu no final? Eles podiam ter terminado juntos”, em sua cabeça, ele não soube o que pensar.

    Eles saíram da sala e o garoto pareceu sentir um vazio em seu peito. Aycity percebeu e pegou na mão dele.

    — Você está bem?

    Retomando a consciência, o príncipe lacrimejou e disse: — Aquilo não foi justo! Ele deveria ter ficado com ela no final!

    Night começou a rir e então bateu nas costas do menino: — Você leu a história do rei Humbra, você sabe que as histórias não tem sempre finais felizes! Kukukukukuku

    — Não! É diferente! Só durou 2 horas! — gritou Kevyn.

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