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    Apático, Kevyn pegou o corpo morto de Kelly em seus braços. Ele então ergueu sua cabeça para o céu e começou a chorar. “Esse vazio que sinto… isso é perder alguém?”, pensou, se virou e caminhou pelos destroços.

    Ao sair das pedras, o garoto se ajoelhou, olhou para o rosto da princesa, as gotas de sangue, o cerrar de seus dentes.

    — Kelly… — Através de cortes em seu braço, fogo azulado cobriu o corpo morto da princesa. Com as chamas lindas, todos puderam ver o luto do pequeno dragão, mas em segundos, cinzas o cadáver virou e, em um potinho ósseo, foram deixadas. — Eu vou te vingar… eu prometo — disse, enquanto lágrimas cobriam seus olhos.

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    — Você destruiu meu avião cargueiro, Gabriel, eu sei que está aí! — gritou um demônio monocromático.

    Ao longe, de passos lentos, aquele mesmo homem de enorme cachecol se aproximou e, de olhar semicerrado, disse: — E quem disse que eu me importo com você, Casy?

    O presidente de Ambik-B ajeitou sua gravata e respondeu: — A vadia da nossa irmã foi embora, ela não quis continuar na nossa reunião.

    Os olhos do mais velho de Kley se franziram e uma fúria eterna conduziu até o líder. — Se ousar chamá-la disso mais uma vez, eu vou matar você, já estou cansado.

    O demônio abaixou a cabeça. — Sinto muito. Contudo, nosso irmão mais novo, viu-o na festa? Soube que nosso pai o casou com aquela princesa.

    — A princesa que você matou?

    — Eu não matei ninguém! Foi apenas um acaso da bomba, ela poderia sobreviver se fosse mais… forte. — Enojado, Casy limpou suas roupas com as mãos. — Onde nosso pai está?

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    Ao liberar seu peteleco, Astéria então atirou seu poder, ao mesmo tempo que Kley fechou sua palma e então as sombras avançaram.

    O poder de desintegrar contra simples sombras? Duas massas imaginárias. Indo um em direção ao outro, tudo à volta começou a ser destruído, chão, árvores, folhas. A energia visível de tão densa e a escuridão tocável, um indo na direção do outro.

    Entretanto, quando enfim se encontraram, o mundo não comportou, então os dois foram simplesmente anulados.

    Choque, corte, meio, morto.

    Independente do que o mundo queira ou não, a batalha dos mais fortes começou, mesmo com o roxo na frente, antes de tudo ser anulado, mesmo com a escuridão iminente, um corte foi mortalmente efetuado.

    Astéria e Kley colidiram suas lâminas por cima de seus poderes e, independente do que o mundo queira, o chão abaixo foi simplesmente desconstruído, destruído, obliterado. Tudo num raio de 80 mil quilômetros virou nada além de uma cratera ao chão.

    Ainda no ar, sendo mais forte, a rainha arremessou o vampiro em direção ao céu e usando o azul, ela avançou com tudo. O homem defendeu a lâmina de sua inimiga e disse:

    — É só isso que tem, Astériazinha?!!!!

    Kley então forçou sua espada contra a mulher e a arremessou na cratera e seguiu seu trajeto pronto para estocar seu peito, mas em vão, o ataque do homem foi desviado e, quando tocou seus pés sobre o chão, a rainha deu um chute tão forte, que até o lado de fora o vampiro voou.

    Todavia, ele se recompôs rapidamente e olhou para baixo. Com toda sua velocidade, Astéria veio e tentou perfurar a cabeça de Kley, mas em vão, sua lâmina foi rebatida e até o céu ela foi arremessada.

    — Você é um lixo! — gritou a mulher.

    — Muitos disseram isso! — Sorriu.

    Em cima de uma plataforma sombria, o vampiro se preparou, assim como a rainha que, usando da sua manipulação de sangue, criou um apoio e então…

    Choque, balanço, terremoto.

    Usando a própria força para avançar com tudo, os dois vieram a se encontrar no meio do ar. Um colidir de lâminas tão intenso causou uma onda de choque forte o suficiente para os arremessar em direções opostas. Mesmo assim, eles voltaram a avançar e a colidir suas armas milhares, milhões, bilhões de vezes em sequência.

    No céu, o rastro das plataformas, dos cortes, das quebras e terremotos. Em meio a todos os ataques, Astéria então achou uma brecha e, ao invés de devolver o ataque, tocou o peito do homem.

    Surpreso, Kley tentou se afastar, mas uma luz vermelha se concentrou e então… 

    Vermelho o arremessou tão rápido que o som se quebrou e foi jogado contra uma montanha, a mais alta de Lycky. Afundado em pedra e destruição, o vampiro sentiu seu peito completamente aberto, mas os danos no mesmo momento se repararam, seu sobretudo foi danificado.

    Entretanto, antes de poder sair daquela cratera, sentiu seu corpo caindo. Em decadência, a montanha de 280 mil quilômetros foi cortada bem em sua base. Sem conseguir se mover, Kley quebrou as rochas com seus braços, saindo aos poucos daquela cratera. Mas, ao meio novamente cortada, Astéria partiu o Vampiro em dois, mesmo ao meio das rochas.

    A montanha partida como nada, outro terremoto balançou toda Lycky. Ela então esticou sua mão em direção à decadente…

    — Hoho! Ainda não!

    Na frente da rainha, Kley apareceu, totalmente recuperado. Com um soco, nada aconteceu, a mulher ao menos foi acertada, parece que o homem esqueceu daquele detalhe, afinal.

    — Eu sei que nosso filho puxou a abjuração, não precisa ficar se mostrando. — Astéria sorriu e partiu o vampiro em diagonal, logo em seguida, usou outro vermelho, de cima para baixo, o vampiro abriu uma enorme cratera ao encostar em terra.

    Sangue saiu de sua boca, mas, novamente recuperado, ele lentamente saiu do chão e encarou sua “parceira”.

    — Hohohhoho!!!!! NÃO VENHA COM BRINCADEIRAS TÃO INFANTIS!!!!!!!

    Astéria chegou ao chão com tudo, empalando-o com sua espada e arrastando seu corpo pelo chão até o arremessar em uma árvore que fora destruída instantemente.

    — Venha! Venha!!! VENHA!!!!! HAHAHAHAHA!!!! — gritou a mulher.

    Rastro de destruição.

    Kley cruzou a floresta inteira e chegou na planície gelada, mas em pé. Ele retirou outra espada da escuridão e guardou sua atual.

    — Sua fodida! Tá que nem sua mãe, aquela criatura vinda do inferno!!!!

    Logo atrás, a mulher veio e os dois então colidiram suas espadas, seus pés se arrastando pela neve, do chão às sombras dançando, o sentimento mútuo de matar.

    Agilidade absurda, cada golpe milimetricamente calculado e então 200 mil cortes foram feitos em 0,00002 segundos, os ataques se anulando, a energia cinética virando nada além do puro vazio.

    Azul.

    Vermelho.

    O chão quebrado, a neve, os flocos sendo cortados e mal encostando nos dois monarcas, tamanha velocidade jamais vista, em seus rostos, enormes sorrisos.

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