Índice de Capítulo

    As sobrancelhas de Agnes se levantaram ao ouvir essas palavras.

    Raymond Spencer de repente?

    Não, ela tinha estado dizendo o tempo todo que não gostava mais de Raymond Spencer…!

    Parecia que as pessoas ainda pensavam que ela era uma fanática por Raymond.

    Não é fácil mudar preconceitos.

    “Ugh, isso é péssimo.”

    Eh? Mas, espere um momento.

    Talvez…

    Sua mente começou a se agitar.

    Ela acabara de morrer em um acidente de carro.

    Aconteceu à luz do dia em uma rua movimentada, então haveria muitas testemunhas.

    Ela até parou de respirar e milagrosamente acordou…!

    Os serviçais, criadas e os muitos médicos presentes.

    Todos eram testemunhas.

    Se ela agora fingisse amnésia, todos acreditariam.

    Claro, seria muito complicado dizer que perdeu todas as suas memórias.

    Mas se você der uma enrolada, pode usá-lo a seu favor…

    “Poderia haver um momento mais perfeito para desertar?” pensou Agnes, era a oportunidade perfeita para se livrar de sua imagem de “Fã de Raymond Spencer”.

    Talvez fosse seguro dizer que a partir deste momento ela poderia declarar: Sou fã de Kylo Gray.

    Se alguém que acabou de acordar dos mortos pudesse dizer isso, como alguém poderia impedi-la?

    Disse Agnes, com os olhos brilhando.

    — Papai.

    — Hmph, sim. Agnes, minha filha… me conte qualquer coisa, querida, o que você disser…!

    — Quem é Raymond Spencer, e por que você quer que o tragam aqui?

    — Eh, eh…?

    Diante do tom curioso de Agnes, os homens começaram a se olhar.

    Damian, sentindo que algo estava errado, a segurou pelo ombro e perguntou.

    — Quem é Raymond Spencer? Eu pensei que você estava ansiosa para se casar com ele…

    — Eu? Quando?

    Com um tom distraído, Damian olhou friamente para o médico.

    — Você não disse que não tinha problema?

    — Bem, é que… ele teve uma lesão na cabeça, então pode ter alguns problemas temporários.

    — Acho que há algo errado com a memória de Agnes… — disse Damian com voz séria.

    Agnes o olhou como se perguntasse do que diabos ele estava falando.

    — Do que você está falando, irmão? Minha memória está bem, mas não sei quem ele é.

    — …

    A voz animada de Agnes silenciou a sala.

    Na atmosfera gelada, o médico rapidamente fez algumas perguntas a Agnes.

    — Princesa, lembra onde está?

    Todos os olhos se voltaram para Agnes quando as perguntas começaram.

    Agnes respondeu com segurança.

    — Sim, este é meu quarto.

    — Então a princesa é…

    — Agnes. É um nome bonito que minha mãe me deu.

    — E a data de hoje é…

    — Lembro corretamente, 2 de agosto de 332 Imperial, certo? Foi até esta manhã…

    É o aniversário do seu Favorito, como ela não se lembraria?

    — Isso mesmo, e por acaso, meu nome é…

    — Harry Beaubert. Você é o chefe da terceira geração da corte, e no ano passado teve seus netos.

    — … sou eu exatamente!

    Por um momento, Harry Beaubert se sentiu sobrecarregado, alheio à situação. Como ele não ficaria encantado por a princesa se lembrar do nascimento de seu neto?

    Agnes respondeu corretamente a todas as perguntas.

    Damian balançou a cabeça para o médico com um olhar perspicaz. Ele queria fazer a próxima pergunta.

    O médico nervosamente formulou sua próxima pergunta.

    — Então, você sabe quem é o líder dos Cavaleiros Brancos?

    — Um… quem era, Diana Lennox?

    — …

    A tez de todos empalideceu. O médico rapidamente fez a próxima pergunta.

    — Então… ah, você se lembra da amiga de brincadeiras de Sua Alteza, o Príncipe Herdeiro, que costumava ver com tanta frequência quando era mais jovem?

    — Sirius Melville e Diana Lennox, certo?

    — … bem, então, Sir Raymond Spencer é…

    — Não me lembro dele.

    — Eu vou te dizer quem ele é…

    As pessoas trocaram olhares, atônitas.

    Ela realmente não se lembrava de Raymond Spencer. Agnes piscou inocentemente, se perguntando o que estava acontecendo com todos.

    Damian apressou-se a fazer mais algumas perguntas. Elas se referiam a Raymond Spencer.

    Agnes disse que não tinha ideia.

    Finalmente, o médico concluído se curvou diante do Imperador e do príncipe herdeiro e disse.

    — Peço-lhes desculpas, Majestades. À princesa… parece que a memória de lord Spencer foi apagada.

    — Como… como pode ser isso?

    Perguntou o Imperador, incrédulo, e o médico assentiu.

    — Sim… Às vezes, em alguns pacientes… depois de um trauma craniano… é comum que algumas lembranças dolorosas sejam apagadas.

    — Memórias dolorosas, o que…!

    A expressão do Imperador Alejandro mudou sutilmente.

    A expressão do príncipe herdeiro fez o mesmo.

    Um homem que não queria Raymond Spencer como genro, nem mesmo morto.

    E ele queria que Raymond Spencer fosse o parceiro de Agnes.

    Foi um momento de conflito intenso.

    — Oh, querida, querida, querida, como minha Agnes deve ter sido machucada por ele! — murmurou o Imperador Alejandro consigo mesmo, como se o assunto fosse a única coisa importante.

    Se não fossem as circunstâncias, ele teria rido alto.

    No entanto, o estado de espírito quase jubiloso do Imperador desabou com as seguintes palavras de Agnes.

    — Papai. Em vez de um cavaleiro chamado Raymond Spencer, eu gostaria que chamasse Sir Kylo Gray, e eu gostaria de vê-lo agora mesmo!

    Todos na sala olharam de um para o outro, duvidando de seus ouvidos.

    O Imperador Alexander e Damian fizeram o mesmo.

    A quem ela estava chamando agora?

    Enquanto os rostos de todos se endureciam, apenas Agnes, que não tinha intenção de deixar escapar sua sorte, sorriu.

    Com um sorriso que não podia ser mais amplo, ela falou novamente.

    — Kylo Gray, eu quero vê-lo agora!

    Era um pedido simples, mas deixou o ouvinte atônito.

    Kylo Gray foi a primeira pessoa que ela procurou quando acordou dos mortos? Kylo Gray, o homem que ela tanto desprezava e detestava?

    Mas houve alguém que as palavras deixaram mais perplexo.

    Foi Raymond Spencer, que se apressou em chegar à porta do salão ao saber do despertar de Agnes.

    Ele ficou chocado.

    Ela perdeu a memória? Como isso poderia acontecer?

    Por que…?

    Raymond não conseguia se recompor. A confusão girava em sua cabeça.

    Pouco depois de Agnes ser atropelada pelo carruagem.

    Raymond imediatamente chamou alguém para levá-la ao Palácio Imperial.

    Enquanto a via receber os primeiros socorros na carruagem, segurava sua mão fria e murmurava para si mesmo.

    Não morra, não morra, não morra.

    Embora ele tivesse se convencido de que ela não poderia morrer, o fluxo constante de sangue o impedia de pensar racionalmente.

    Sua roupa e o chão da carruagem continuavam a se sujar com o sangue de Agnes.

    Quanto maior a área vermelha, mais ele se desmoronava.

    Se ele permitisse que Agnes morresse assim, sabia que… se desmoronaria com um sentimento sufocante de culpa.

    Naquele momento, ele percebeu o quanto havia sido vaidoso e estreito de visão ao culpar Agnes pela morte de sua mãe.

    Uma vez ele pensou que não se importaria se ela morresse.

    Era um pensamento estúpido e absurdo.

    Ela não poderia significar nada para ele.

    — Agnes, Agnes…

    Não havia um momento em todas as memórias de infância de Raymond em que ela não estivesse lá.

    Por mais que quisesse negar, ela era uma das pessoas mais próximas em sua vida.

    — Por aqui!

    — Mova a princesa agora!

    Assim que chegaram ao palácio, os médicos, que já tinham ouvido a notícia antecipadamente, correram para encontrá-la.

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