Índice de Capítulo

    De repente, uma epifania o atingiu.

    Quando viu o soldado orgulhando-se de sua noiva no acampamento, seus olhos se abriram como se tivesse sido atingido por um raio.

    “Ah…! Estou apaixonado pela princesa Agnes.”

    Ele prometeu a si mesmo que confessaria seus sentimentos à princesa assim que voltasse.

    Mas o que descobriu depois foi que ela tinha sofrido um terrível acidente.

    Depois de um momento de choque, o que ouviu em seguida o horrorizou ainda mais.

    “Raymond Spencer foi apagado da memória de Agnes…!”

    Que Deus o ajudasse, pensou.

    Então ele foi ver a princesa assim que sua visita terminou.

    Bem, não tão logo… ele esperou até que seu tempo de recuperação acabasse.

    — Sim, sim, eu entendo.

    Agnes respondeu como se não fosse grande coisa.

    Pelo menos lidar com Sirius Melville não era difícil.

    Ao contrário de Hazel Devon, ele não chorava por qualquer coisa.

    Mas seus pensamentos foram interrompidos de repente.

    — Pegue isso.

    Sirius tirou a caixa que segurava em seus braços e a abriu.

    Era um anel enorme com uma pedra azul.

    Era grande e brilhante, bonito o suficiente para chamar a atenção de qualquer um.

    Sirius estava confiante.

    Se houvesse um homem neste império que nunca tivesse falhado em uma confissão, esse homem era ele.

    Agnes olhou a joia por um momento, depois levantou os olhos.

    Então viu um homem bonito que hoje parecia incomumente pálido.

    Sua voz tremia ao perceber o sutil engano.

    — O que, o que você está fazendo?

    — Princesa… acredite ou não, vim para entregá-la ao meu coração.

    — Não…

    — Por favor, aceite meu coração…

    — Espere!

    Agnes bloqueou o discurso dele.

    Sirius piscou surpreso com seus belos olhos cor de menta.

    — Eu não quero.

    — … o quê?

    Agnes o interrompeu, não permitindo que ele terminasse sua confissão.

    Sirius ficou atordoado. Por quê?

    Se ela tivesse apagado Raymond Spencer de sua memória, não deveria haver nenhum problema, certo?

    Ele pensou assim, mas sua expressão o denunciou, e Agnes explicou gentilmente.

    — Meu senhor, você não é do meu agrado.

    — … o quê?

    Ele gaguejou desta vez.

    Sirius sabia que, para ser honesto, ele não poderia competir com Raymond em beleza.

    Ele era suficientemente atraente para todas as mulheres da capital desmaiarem por ele.

    Mas por quê?

    Desta vez, a pergunta refletiu em seu rosto, e Agnes falou com voz severa.

    — Então… bem, você é um mulherengo, não é?

    — … não mais, só estive com a princesa…!

    — Isso não apaga seu passado, certo?

    — … mas.

    — Eu não gosto de homens que não são castos.

    — …!!

    Foi um golpe duro.

    Para Sirius Melville, aquelas palavras foram uma condenação.

    É claro, os nobres mais velhos ainda valorizavam a pureza… mas para os mais jovens, realmente não importava.

    O mesmo para Sirius. Ele tinha apenas 15 anos quando eliminou a palavra antiquada de sua vida.

    E assim, pela primeira vez em sua vida, Sirius Melville experimentou as dificuldades de ser diferente.

    “Não pode ser…”

    Quando saiu do palácio e chegou ao prédio dos Cavaleiros, já estava fora de si.

    Quando recuperou a consciência, estava sendo consolado por seus colegas em um bar no centro da capital.

    Ele já estava bêbado como um gambá.

    — Hmph, então ela quer… castidade… porque sou um mulherengo…

    Ao seu lado, Diana e Hazel assentiam e o consolavam.

    As duas mulheres, que hoje estavam fora de serviço, suspiravam e ouviam enquanto Sirius desabafava.

    Diana olhava Sirius com compaixão, enquanto Hazel Devon, estranhamente, estava de bom humor.

    — Vamos, Lady Devon. Acha engraçado que fui rejeitado, você, você, você… na verdade gostava?

    — …

    O rosto sorridente de Hazel se endureceu ao ouvir essas palavras.

    Sirius se sentiu ferido novamente por sua expressão subitamente séria.

    — Anime-se, Lorde Melville.

    Diana deu tapinhas em suas costas.

    Para Diana, que secretamente estava apaixonada pelo príncipe, o sofrimento de Sirius não importava.

    Entre os dois, Hazel Devon sorria como se tivesse encontrado uma oportunidade.

    No dia seguinte, Agnes se levantou cedo, esperando a chegada de Kylo.

    Não demorou muito para que Kylo chegasse ao palácio como guarda-costas.

    Quando o viu com seu novo uniforme, seus olhos brilharam.

    Uau…

    Era um design diferente de seu uniforme preto habitual.

    O uniforme de um cavaleiro encarregado de escoltar a família real era uma combinação de branco e preto, com uma capa preta que era vermelha por dentro.

    Os símbolos e insígnias douradas em seu peito eram deslumbrantes.

    Era uma insígnia de honra para um cavaleiro, além de um símbolo de proteção real.

    — Desejo-lhe tudo de bom em suas futuras empreitadas, Lorde Gray.

    Kylo ficou paralisado quando Agnes sorriu amplamente e fez uma reverência.

    Ele estava nervoso o tempo todo, e o sorriso repentino o pegou de surpresa.

    Se não fossem os criados ao seu lado, ele teria estado olhando para ela como um bobo o tempo todo.

    Recuperando o senso, ele se apressou para se ajoelhar.

    Recitando um breve juramento de honra, ele estava prestes a beijar o dorso da mão da princesa Agnes…

    De repente, ele lembrou de um beijo que havia guardado no fundo de sua mente.

    Lembrando a sensação de seus lábios macios, Kylo beijou o dorso de sua mão.

    Lentamente, seus lábios se separaram, e Kylo se afastou, temendo que a princesa se ofendesse.

    Mas quando seus olhos se encontraram novamente.

    — …

    O coração de Kylo disparou.

    Agnes sorria amplamente para ele, satisfeita.

    Ele se sentiu aliviado por ela não estar chateada.

    Rapidamente ele tentou encontrar uma razão para o seu coração acelerado.

    Ele disse a si mesmo que o batimento cardíaco devia ser apenas uma reação de alívio para acalmar sua mente caótica.

    Mas antes que ele pudesse se acalmar, Agnes o arrastou como uma tempestade.

    — Precisamos ir para algum lugar, vamos!

    Ela o agarrou pelo braço e o puxou.

    Ela não se importava se os criados a seguiam ou não, ela estava tão animada quanto uma criança em um dia de piquenique.

    Chegaram de carruagem a uma colina perto do Palácio Imperial.

    Ao pé da colina havia um grande lago e uma bela floresta.

    Era uma visão natural incomum na capital e um lugar favorito dos artistas.

    No entanto, como fazia parte dos terrenos do castelo imperial, só estava aberto em alguns dias.

    Hoje não era um desses dias e estava deserto.

    Enquanto subiam a colina com a brisa quente, a vista era espetacular.

    Árvores em flor cercavam um grande lago e, junto com a vista panorâmica do castelo imperial, criavam uma paisagem impressionante.

    Agnes se sentou em um banco no topo da colina, de frente para a maior árvore em flor.

    — Venha e sente-se.

    Kylo, que tinha ficado para trás, parou e se aproximou dela.

    Os criados já haviam se retirado.

    Kylo os olhou e se sentou ao lado de Agnes.

    Agnes fechou os olhos e aproveitou a brisa fresca.

    Kylo prendeu a respiração enquanto observava as pétalas das flores flutuando sobre seus cílios.

    Então, os olhos de Agnes se abriram.

    Como se ela o tivesse surpreendido espiando, Kylo rapidamente desviou o olhar.

    — É estranho dizer isso, mas é bom sentir calor quando o vento é tão fresco.

    Agnes sorriu.

    Kylo apertou os lábios em resposta.

    As pétalas em seu cabelo o incomodavam.

    — Nunca vi nada tão bonito. — murmurou Agnes misteriosamente.

    Era, de fato, uma novidade. Quando ela havia contemplado uma paisagem tão relaxada?

    Ele nunca se sentira tão relaxado em toda a sua vida, nem nesta nem em qualquer outra.

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