Índice de Capítulo

    Diante da insinuação, Kylo assentiu em vez de questioná-la.

    — Ah, e isso…

    Agnes estendeu a mão e deslizou algo ao redor do pescoço dele.

    Um colar que nunca tinha deixado seu corpo desde que o adquirira.

    Era a relíquia sagrada.

    — Não espero que esteja em perigo, mas apenas por precaução, isso irá te proteger.

    — Por que você quer me dar isso?

    — Porque estou preocupada, é claro.

    Agnes disse casualmente, como se fosse óbvio.

    Mas mesmo diante da resposta breve, as pupilas de Kylo se agitaram violentamente.

    — Cuide-se. Volte ileso.

    — …

    — Você pode pensar neste colar como sua proteção.

    — … Haha.

    Kylo soltou um pequeno suspiro.

    Boom.

    Seu coração começou a bater descompassado.

    Finalmente, finalmente, ele se acalmou…

    Com dificuldade, ele convenceu a si mesmo para parar de ser tão tolo, de parar de ser tão arrogante…

    Kylo estava ressentido com Agnes por ter se aproximado dele novamente.

    O colar ao redor de seu pescoço parecia tão pesado quanto uma corrente.

    Era um colar que a Princesa Agnes sempre usava há muito tempo.

    Ele sabia disso porque sempre a observava.

    Por que ela lhe daria um colar assim?

    Por quê?

    Ele estaria se enganando novamente.

    Kylo mordeu o lábio com força e virou-se. Os cavaleiros e soldados começaram a se dirigir para a floresta.

    Agnes os observou se dirigindo para a floresta, incapaz de desviar o olhar por um momento.

    Ele tem a relíquia sagrada, então estou certa de que ficará bem.

    A relíquia era uma forma de seguro.

    Ela pretendia usá-la para eliminar a fonte da fenda, mas…

    Era apenas para o bem de Kylo.

    Se Kylo morresse nesta missão, a relíquia não significaria nada.

    Então, ela a colocou ao redor do pescoço dele apenas por precaução.

    Estou certa de que ele a guardará, já que pedi a ele.

    Agnes voltou para o templo, sentindo-se um pouco mais tranquila.

    O tempo passava lentamente.

    A chuva se intensificava à medida que as horas passavam.

    O céu, que fora brilhante como o amanhecer, agora estava negro como a noite.

    BUMM

    O trovão era forte, como o grito de um monstro.

    Os aldeões se reuniram no auditório até transbordar.

    O trovão foi tão alto que as crianças começaram a chorar e até mesmo os adultos ficaram inquietos.

    Por um tempo, as pessoas acreditaram que a guerra com o diabo tinha acabado e que a paz tinha chegado.

    Agora, de repente, a fenda poderia se abrir novamente.

    As pessoas já haviam perdido familiares e amigos para demônios e monstros.

    Crianças e adultos tremiam de medo com a ideia de que o inferno pudesse se repetir.

    Lá fora, chovia muito.

    As janelas batiam e um vento cortante e áspero soprava.

    As pessoas tremiam, se agarravam, se encolhiam, tremendo com o frio que acompanhava o medo.

    Então aconteceu.

    Um brilho quente começou a emanar de um lado.

    Um pequeno brilho que logo os envolveu a todos, aquecendo seus corpos.

    Onde começava a luz, havia uma mulher.

    Eles a reconheceram como a princesa Agnes.

    Ela vestia um uniforme negro, mas era a única do império com cabelos prateados tingidos de malva.

    Um membro da família real com poderes mágicos especiais.

    A joia do Imperador.

    O povo começou a se sentir aliviado ao ver a famosa princesa entre eles.

    Os raios de luz de suas mãos aqueciam o auditório.

    As pessoas tremiam de medo, mas não tremiam mais de frio.

    Naquele momento, uma criança sentada em um canto, tremendo, levantou a mão e perguntou à Princesa.

    — Com licença, se a fenda realmente se abrir, o que acontecerá conosco?

    Diante desta pequena pergunta, a multidão começou a se agitar.

    Aqui e ali, as pessoas começaram a falar.

    — O que acontecerá então com nossa aldeia?

    — A vila não será fechada?

    — Então o que vai acontecer conosco…? Perdi meus pais para os monstros há muito tempo, e agora tenho que perder minha família de novo?

    — De jeito nenhum… Os cavaleiros estão aqui, então tudo deveria ficar bem.

    — Mas não é como se os Cavaleiros Brancos estivessem aqui de qualquer maneira…

    — Sim, mas…

    Agnes tossiu forte enquanto a conversa se tornava mais alta.

    Todos os olhares estavam fixos na Princesa, já que ela era a única que podia responder.

    Agnes esboçou o sorriso mais caloroso que pôde reunir.

    Então, como se estivesse esperando por aquele momento, ela falou.

    — Vocês não sabem nada sobre os Cavaleiros Negros, nada sobre o Lorde Kylo Gray.

    — …

    As palavras de Agnes tinham o poder de capturar as pessoas.

    Enquanto ela falava com firmeza, seus olhos mostravam curiosidade, não medo.

    Ela divagava, mas seu significado era claro.

    Como Kylo Gray se saiu na última grande guerra. Como é um cavaleiro forte.

    Eles deveriam ouvir… mesmo que ele pareça um monstro.

    As pessoas foram atraídas pelas palavras estranhamente brilhantes de Agnes.

    À primeira vista, dada a situação, parecia o líder de uma seita e seus seguidores.

    Mas, felizmente, nunca chegou a parecer isso para os presentes.

    Incluindo o olhar de Hazel Devon enquanto observava.

    Hazel queria apertar a mão sobre o coração palpitante se pudesse.

    De repente, o lugar se encheu de calor.

    As pessoas que estavam chorando de medo agora estavam absortas nas palavras da Princesa, até mesmo rindo suavemente com suas piadas.

    Aos olhos de Hazel Devon, a Princesa Agnes fazia milagres.

    Foi assim desde que se conheceram.

    Embora não se lembrasse, Hazel conheceu a Princesa quando era muito jovem.

    Foi no dia em que o jovem príncipe e a princesa visitaram o território Devon.

    Hazel tinha sido trancada no laboratório do jardim por seus irmãos, que eram ajudados pelos servos da família.

    O jardim do labirinto era o orgulho do castelo Devon.

    Hazel era muito pequena e jovem para sua idade.

    Ela não conseguia ver seus irmãos, que a haviam deixado no meio do labirinto, e tudo o que podia fazer era chorar.

    Então, milagrosamente, apareceu a princesa Agnes.

    Agnes olhou para Hazel como se estivesse perguntando: Por que você está aqui?

    Você é uma estranha em território estranho.

    Reconhecendo-a como a Princesa, Hazel gaguejou uma explicação.

    — Hmph, meus irmãos, hmph, me deixaram, erm, aqui, ermph.

    — Eles te abandonaram?

    — Sim, heh, heh, heh…!

    — …

    A Princesa Agnes não falou, apenas olhou para Hazel com uma expressão neutra.

    Foi então que o lamento de uma criança foi ouvido de um lado.

    Foi seguido pelo som de passos apressados, e então alguém apareceu na frente deles.

    Era o príncipe Damian.

    — Ei! Agnes, você quer morrer? Como ousa fugir e deixar seu irmão no meio de um labirinto! Você não pensou que eu iria encontrá-la, não é?

    — …

    Naquele momento, Hazel olhou para Agnes como se tivesse sido traída.

    O que seus irmãos tinham feito, a Princesa Agnes tinha feito o mesmo…

    Mas ela não sentia o mesmo por eles. Pelo menos o Príncipe Damian não era jovem e fraco como ela.

    — Quem diabos é você, e a quem está intimidando?!

    Damian espetou Agnes ao ver Hazel.

    Agnes deu de ombros.

    — Não. Seus parentes do mundo a deixaram aqui.

    — O quê? Ela está na mesma situação que eu.

    Diante das palavras de Damian, Agnes começou a falar com uma expressão irritada no rosto.

    — São uns idiotas, deixando uma garotinha sozinha e ela nem sequer sabe falar!

    — Eu… falo… bem… mas…

    Hazel soluçou, mas Agnes não a ouviu.

    — Vou dar uma bronca neles. Vou garantir que saibam que irão para a prisão por serem tão travessos.

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