Índice de Capítulo

    Os dois retornaram à capital imperial exatamente quinze dias depois.

    No dia de sua partida, os servos e o mordomo do castelo Grant os despediram com um sorriso afetuoso.

    — Adeus.

    — Voltem quando quiserem, estaremos esperando por vocês.

    Todos disseram essas palavras, mas seus rostos pareciam dizer que não precisavam voltar.

    Os dois viajaram de volta à capital em segurança.

    Ao chegarem ao castelo imperial, foram recebidos com uma calorosa recepção e conduzidos aos seus aposentos.

    O Palácio da princesa, anteriormente ocupado por Agnes, havia sido completamente transformado para os recém-casados.

    Foram feitas expansões para criar o estúdio de Kylo ao lado do de Agnes.

    Embora, é claro, não o usassem muito.

    Assim como o Imperador e o príncipe herdeiro, o casal não tinha nada que os mantivesse ocupados.

    Brincar juntos e criar memórias era tudo o que faziam.

    Então, vagavam pelo palácio, como se tivessem um encontro diário.

    Inicialmente, cortesãos e nobres os olhavam com admiração.

    Um casal que superava adversidades e dificuldades poderia alegrar qualquer um.

    Parecia romântico e de conto de fadas, um amor que nem mesmo a morte poderia separar.

    Mas o olhar indulgente das pessoas não durou muito.

    Havia um pequeno inconveniente. Mesmo no Palácio Imperial, Kylo carregava Agnes nos braços…

    — Oh, não. Eu te pedi para me colocar no chão…

    — Não.

    — Ugh, isso faz cócegas…!

    A risada borbulhante da princesa ecoava por cada corredor por onde passavam.

    E assim foi…

    Os transeuntes estavam cada vez mais incomodados ao ver os dois fazendo cócegas toda vez que passavam.

    “Ugh, são um incômodo.”

    Eles se arrepiavam.

    — O que há de errado com eles?

    — Até quando vão continuar assim?

    No final, alguns burocratas imperiais ficaram tão indignados que escreveram para o Imperador.

    Mas para o Imperador, que quase havia perdido sua filha, a visão dos dois se dando bem só podia arrancar-lhe um sorriso de felicidade.

    — Ei, você não é um ousado?

    Mas o olhar do príncipe herdeiro não era tão indulgente quanto o do Imperador.

    Em uma ocasião, Damian se aproximou e desafiou Agnes.

    — O quê?

    Damian ficou atônito com sua rudeza.

    Desde que ela tinha voltado à vida, Agnes tinha sido dura com ele. Ela nem sequer o chamava de irmão.

    — Desavergonhada…!

    Agnes sabia.

    Ela sabia que, por mais mimado que ele fosse, ele não seria capaz de dizer nada…

    Ela não pôde deixar de perceber.

    Quando Agnes voltou à vida…

    — Só estou grato por você estar viva de novo. — disse Damian, abraçando-a e soluçando muito feio.

    — Agnes… obrigado, obrigado por voltar à vida… obrigado… Uwaa, obrigado…

    Um repentino influxo de vergonha a invadiu ao se lembrar dos soluços.

    Damian não emitia nenhum som, apenas inspirava e expirava, apertando os dentes.

    Era ridículo.

    Ele havia acabado de soltar um resmungo abominável na frente de Kylo…!

    — Você, você… Quero dizer você e seu marido. Acham certo ficarem por aí como um par de galinhas? Têm algum senso de moderação na frente dos outros? Sabem o quanto são observados pelos nobres que entram e saem do palácio? Quero me enfiar num buraco…!

    — Se você está com inveja, vá fazer isso com a Diana.

    — O quê? Inveja?! Que absurdo ter inveja disso!

    — Hah… Quero que vá embora, é a hora de Kylo.

    — Isso é…!

    Damian resmungou, mas não ousou dizer mais nada.

    Assim, o príncipe herdeiro foi rude e rapidamente escoltado para fora do palácio.

    — Maldição…

    Damian estava atônito. Ele não podia acreditar que como seu irmão tivesse que ser tratado dessa maneira…

    Ele cerrou os dentes e voltou para o palácio do príncipe herdeiro.

    Mas naquela noite, na cama, Damian tentou flertar com Diana como Agnes fazia com Kylo.

    Ela respondeu muito bem.

    Quando Kylo resgatou sua filha, o Imperador já começara a considerá-lo como seu filho mais novo.

    Sempre que comiam juntos, certificava-se de que Kylo estivesse bem alimentado.

    — Você é um bom comedor, hahaha. Tome, me traga mais deste prato, o nosso Grão Duque adora. Rápido!

    — Sim, Majestade.

    Agnes sorriu, pensando no Imperador como um avô tentando engordar seus netos.

    Claro, nem sempre foi tão harmonioso.

    Ao contrário do Imperador, o príncipe Damian frequentemente cutucava Kylo para ver se ainda havia maldade nele.

    Quando Diana pedia para ele parar, ele dizia: O que foi?, e agia como se fosse um rapaz orgulhoso.

    Mas quando chegava um presente bonito, Damian o escondia secretamente.

    — Aqui… pegue isso. Não é grande coisa… é só um presente… peguei… você pode usar… e depois jogar fora.

    O que ele lhe dava para usar ou jogar fora era uma bela espada com incrustações de pedras preciosas, que tinha chegado como presente de um país vizinho.

    Agnes sorria orgulhosamente para Damian, que agia como bode expiatório diante de Kylo.

    “De qualquer forma…”

    Todos amavam seu favorito.

    Agnes podia sentir como Kylo se acomodava à atenção e ao carinho.

    No abraço caloroso de sua família, ele continuaria recebendo o afeto que nunca tivera quando criança.

    E conforme Agnes esperava, Kylo estava se adaptando, dia após dia.

    Ele dizia: — É incrível agora ter um grupo de pessoas que realmente posso chamar de família.

    Ele não se sentia mais sozinho.

    Cada dia era um dia feliz, mas também uma ladeira escorregadia.

    Kylo queria que cada momento fosse uma confirmação do amor de Agnes.

    Cada vez que via Diana, ou qualquer uma de suas criadas, fazendo amizade com ela, ele era tomado por uma inveja intensa.

    Às vezes, essa inveja se dirigia até mesmo ao bicho de pelúcia que o representava, e ele o escondia secretamente.

    — Ei! Meu bichinho de pelúcia…! Kylo, você viu meu bichinho de pelúcia?

    — Não vi.

    — Não! Onde está, meu bichinho de pelúcia?

    Era adorável ver sua aflição pela perda do bichinho de pelúcia.

    Claro, também o fazia sentir um pouco mal pelo bichinho.

    Agnes ouvia tudo o que ele dizia, embora sua crescente ganância devesse ser irritante.

    Os dias felizes passavam como um sonho.

    Uma tarde quente e ensolarada.

    Com Kylo, Agnes foi fazer um piquenique tranquilamente.

    Era o mesmo lugar onde tinham ido juntos um dia.

    Eles se dirigiram à sombra de uma grande árvore com uma brisa fresca.

    Agnes olhou para o rosto adormecido de seu favorito, deitado em seu colo.

    Por enquanto, ele fingia estar dormindo.

    Assim como ela fingira uma vez enquanto deitada com a perna de Kylo cortada.

    Agnes sorriu ao ver seus olhos fechados.

    Foi então que um raio de sol se abriu entre as folhas sombrias.

    Os raios pálidos caíram sobre o rosto de Kylo.

    Agnes levantou a pequena palma da mão para fazer sombra do sol.

    Sob a sombra que ela fez, Kylo tinha os olhos fechados. Ao ver essa cena, algo quente se espalhou por seu peito.

    Afinal, os fãs são invencíveis.

    Além disso, o amor dos fãs por seu favorito é infinito.

    Agnes sorriu ao ver o rosto tranquilo da pessoa que amava.

    Agora, ela não podia se comunicar com as pessoas da comunidade que tinha em sua vida anterior, mas…

    Se fosse possível, ela gostaria de lhes dizer.

    A todos os fãs do mundo que amam alguém.

    Que nunca estavam errados.

    Que o tempo, as emoções, o amor e tudo o que derramaram têm um significado precioso que não pode ser trocado por nada.

    Ao mesmo tempo, um desejo.

    Que você e seu favorito sejam felizes para sempre, onde quer que estejam.

    Assim como ela era feliz com seu favorito.

    <A princesa finge ser normal (ela é uma otaku) – Fim>

    Com isso se encerra a história principal – Bia

    Ajude-me a comprar os caps - Soy pobre

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