Capítulo 5 - Ataque a Iserlohn - Parte II
Ataque a Iserlohn – Parte II
Em 27 de Abril de 796 da ES, o Contra-Almirante Yang Wen-li, comandante da Décima Terceira Frota da Aliança dos Planetas Livres se colocou a caminho para tomar Iserlohn.
Oficialmente, esta viagem era para ser a primeira manobra de larga escala a ser tomada em um sistema estelar atrasado na direção oposta à fronteira voltada para o império da aliança. Eles partiram de Heinessen usando um salto espacial 50-C, direcionado ao lado oposto a Iserlohn e depois continuando por três dias , recalculando a rota e executando seis saltos de longo alcance e onze de curto alcance, finalmente entrando no corredor de Iserlohn.
“Quatro mil anos-luz e vinte e quatro dias. Nada mal,” murmurou Yang. Mas isso foi apenas não mal; o fato dessa apressadamente reunida e mal-formada frota ter sido capaz de alcançar sua destinação sem perder uma única nave era algo digno de nota. É claro, que esse sucesso foi em virtude das experientes mãos do Vice-Comandante Comodoro Fischer, laureado por sua performance maestral na operação da frota.
“A Décima Terceira Frota tem um especialista nisso, então…” Yang iria dizer, deixar as questões relevantes inteiramente para Fischer. Quando Fischer disser algo, Yang só iria assentir em aprovação.
A mente de Yang iria se focar inteiramente em apenas uma coisa: como capturar a Fortaleza de Iserlohn.
Quando ele primeiro revelou seu plano para os três oficiais executivos da frota – Fischer, Murai e Patrichev – eles ficaram sem palavras.
Fischer, no final da meia-idade, com cabelos grisalhos e bigode; Murai, um homem magro e de aparência nervosa, quase da idade de Fischer; e Patrichev, com longas costeletas no rosto arredondado e um uniforme que parecia pronto para estourar devido ao esforço de segurar seu corpo — todos os três por um tempo simplesmente olharam de volta para seu jovem comandante.
O momento passou e então Murai perguntou a questão óbvia: “E se não funcionar, então o quê?”
“Então tudo o que podemos fazer é fugir com o rabo entre as pernas.”
“Mas se nós fizermos isso…”
“Então o quê? Não se preocupe com isso. Tomar Iserlohn com metade de uma frota é uma demanda irracional para começo de conversa. Aqueles que terminarão envergonhados na frente de todos serão o Diretor Sitolet e eu.”
Depois dele dispensar os três, Yang chamou a sua ajudante, a Sub-Tenente Frederica Greenhill.
Na posição dela como sua ajudante pessoal, Frederica descobriu sobre o plano de Yang antes dos três oficiais executivos, mas ela não levantou nenhuma objeção, nem mesmo deu mostras de qualquer ansiedade. Não, longe disso, ela previu o sucesso com uma certeza maior do que a do próprio Yang.
“O que a faz tão confiante?” Yang não pode deixar de perguntar, apesar dele estar alerta para ser algo estranho de se perguntar.
“Porque, Almirante, você também teve sucesso oito anos atrás em El Facil.”
“Esse é um motivo terrivelmente fraco, você não acha?”
“Talvez… mas naquela vez, Almirante, você teve sucesso em plantar absoluta confiança no coração de uma garotinha.”
Yang deu a ela um olhar interrogativo.
Para ela o olhar de dúvida de seu superior, a oficial de cabelos castanhos dourados disse, “Eu estava em El Facil com minha mãe naquela época. O lar ancestral de minha mãe era lá. Eu claramente me lembro do jovem sub-tenente que estava mordiscando um sanduíche enquanto comandava os procedimentos de evacuação; ele dificilmente tinha tempo vago para comer. Aquele sub-tenente, talvez, tenha provavelmente esquecido há muito tempo a menina de catorze anos que trouxe para ele um café em um copo de papel quando ele engasgou com aquele sanduíche, não é mesmo?” Yang não tinha resposta pronta para isso.
“E também o que ele disse depois que sua vida foi salva por beber aquele café?”
“O que ele disse?”
“‘Eu não suporto café. Seria melhor se você tivesse feito um chá.’”
Sentindo o início de uma risada, Yang limpou sua garganta sonoramente para afastá-la. “Eu disse tal coisa rude?”
“Sim, você certamente disse. Enquanto você estava destruindo o copo de papel em suas mãos.”
“É mesmo? Eu me desculpo. Você precisa achar um melhor uso para essa sua memória, no entanto.”
As palavras soaram razoáveis o suficiente, apesar delas serem nada mais que uvas amargas. Frederica logo descobriu seis slides de catorze mil tomados de Iserlohn nas quais as imagens pré e a pós-batalha não casavam; ela provou já o quão valiosos poderiam ser seus poderes de memorização.
“Chame o Capitão von Schönkopf para mim,” Yang disse.
Exatamente três minutos depois, o Capitão Walter von Schönkopf apareceu à frente de Yang. Ele era capitão dos “Rosen Ritter” ou do regimento dos “Cavaleiros da Rosa”, os quais eram afiliados com o departamento comissariado de batalha terrestre das Forças Armadas da Aliança. Ele era um homem no início dos seus trinta anos com aparência refinada, apesar daqueles de seu próprio gênero frequentemente o considerassem um “Filho da puta pretensioso”. Nascido de aristocratas imperiais, ele hodiernamente seria visto no campo de batalha em um uniforme de um almirante imperial. Os Rosen Ritten foram estabelecidos primariamente por filhos de aristocratas que desertaram do império para a aliança e tem uma história que remonta a meio século de história. Quatro deles tinham morrido em batalha lutando contra sua antiga terra de origem. Dois tinham se aposentado depois de se elevar ao nível do almirantado. Seis tinham fugido de volta para o império – alguns roubando quietamente e outros trocando de lado no meio do combate. Há aqueles que também já profetizaram, “Aquele sujeito é azarado. Desde que ele é o número treze, ele certamente será o traidor número sete.” Já por que o número treze era um número de azar, não há consenso a respeito. Uns teorizam que foi em razão de uma guerra termonuclear que quase erradicou a vida na Terra (e proveu o ímpeto aos sobreviventes para abolir o uso de armas de fissão nuclear) que tinha durado treze dias. Outros dizem que é por conta de um fundador de uma velha e há muito tempo extinta religião que foi traída por seu discípulo de número treze.
“Von Schönkopf reportando, senhor.”
Seu tom respeitoso se encaixava mal com sua expressão insolente. Enquanto Yang olhava para esse ex-cidadão imperial que eram seu sênior em 3 ou 4 anos, ele pensou, Tomar uma atitude artificial como essa pode ser sua maneira de sondar os outros. Embora, mesmo que seja, eu não consigo concordar com isso em todos os pontos…
“Há algo que eu preciso falar com você.”
“Algo importante?”
“Provavelmente. É sobre capturar Iserlohn,” Yang disse.
Lançamentos todas as segundas, quartas e sextas!
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