Capítulo 13: O Gado Se Liberta
Era uma oferta impossível de recusar. Inala estava de fato conflituado. As 800 Parutes oferecidas lhe concederiam um aumento de oito Prana. Não exigia nenhum treinamento. No momento em que as consumisse e ativasse sua técnica de cultivo, ganharia oito Prana em questão de minutos.
Oito Prana não era algo digno de comentário no momento, pois seu objetivo era primeiro se acostumar com o processo de acumular e perder Prana. Era por isso que seu Prana estava apenas em 14 unidades. Toda vez que construía a 15ª unidade, ele a destruía para se habituar ao processo de um Recipiente Espiritual se romper.
Inala encarou Virala, rangendo os dentes ao ver o sorriso deste. O plano dele não poderia ser mais óbvio.
Ele pretendia sabotar Inala. Atualmente, graças a obter duas Habilidades de Resha, Inala estava à frente dos outros reencarnados. Portanto, algo precisava ser feito para derrubá-lo da liderança.
Quando Crônicas de Sumatra começou, iniciou com uma contagem regressiva de um ano. Um ano após o enredo, o Primeiro Grande Desastre ocorreria. E nele, a 44ª Presa Empírea perderia sua vida.
Desastres e oportunidades surgiam em massa naquele momento. E aqueles que falhassem em aproveitar quaisquer oportunidades estariam mortos. A oportunidade de Inala também estava lá. Se ele a perdesse, tudo o que planejara para o futuro seria em vão.
Menos de trinta pessoas da 44ª Presa Empírea sobreviveram ao Primeiro Grande Desastre. Só se tornando um elite haveria uma chance de sobrevivência. Sua vida e morte seriam deixadas ao acaso se ele permanecesse no Estágio Espiritual até lá.
Era do interesse de Inala acumular seu Prana logo quando o desastre começasse. Até então, ele só pretendia elevar sua experiência com os Recipientes Espirituais ao máximo absoluto. E a única maneira realista e segura de acumular Prana em um curto período era consumindo frutas Parute.
100 frutas Parute garantiam um aumento de uma unidade de Prana. Idealmente, economizar mais de 9000 era necessário. Era com esse esforço que ele estava criando a Trupe Cômica de Inala.
A oferta de Virala representava quase um décimo de seu objetivo. Recusá-la seria tolice, mesmo que fosse uma armadilha. A armadilha era muito tentadora para resistir. Virala também sabia disso, por isso estava confiantemente parado na entrada.
‘Mesmo que minha peça seja um sucesso amanhã, talvez eu não ganhe tanto.’ Inala suspirou, ‘Aproveitarei minhas chances quando uma oportunidade surgir. Só então sobreviverei neste mundo.’
“Tudo bem, eu aceito.” Dizendo isso, Inala recebeu tanto a cesta de frutas Parute quanto o balde de toxina de Víbora de Lama. Havia também um pequeno recipiente para armazenar o tônico.
“Antes do amanhecer, entendeu?” Virala colocou o braço em volta do ombro de Ruvva e assobiou ao sair, “Se não fizer, não receberá o restante.”
Fechando a porta, Inala desabou lentamente no chão. Ele criara o hábito de evitar qualquer forma de esforço, pois isso poderia fraturar seus ossos. “Cara, posso ficar morto de cansado no final disso.”
Ele poderia até perder o evento… após ponderar por um minuto, Inala se apoiou e pegou sua esfera rugosa, mergulhando-a no balde de toxina.
Ele a usara para refinar a Toxina de Víbora de Lama no último mês. E graças aos efeitos da Arte Óssea Mística, a esfera rugosa estava gradualmente mudando. Sua eficiência de refinamento com ela melhorava constantemente.
Inala agiu e sorriu alguns minutos depois. Ele terminaria bem antes do prazo. A razão era simples. Virala calculou mal.
Quando Resha criou a Habilidade de Refinamento de Toxina, seus efeitos eram muito limitados. Os resultados eram mínimos enquanto o processo levava muito tempo. E quando ele ganhou proficiência nela, já era poderoso.
Então, o tempo de refinamento declarado no romance não era confiável. A única outra instância foi quando Resha a usou durante a luta. Foi muito rápido.
Mas, quando Inala a usou, ele só conseguiu refinar dois mililitros. O tempo gasto foi longo demais para tal quantidade.
Virala calculou com base nisso, determinando uma quantidade de toxina que excedia levemente sua lacuna de habilidade, para que ele falhasse no prazo e fosse sub pago por seus esforços. Além disso, ele ficaria exausto demais para comparecer ao evento que aconteceria logo depois.
Ele também pode ter investigado o tempo de refinamento de Inala com Grehha. Assim, concluiu que vinte litros seriam a quantidade perfeita. Não muito para Inala recusar imediatamente e não pouco o suficiente para que ele pudesse terminar facilmente dentro do tempo dado e ainda ter energia sobrando.
‘Se ao menos Grehha soubesse que eu estava segurando um pouco o tempo todo enquanto refinava para ele.’ Ele sempre foi cuidadoso ao interagir com os reencarnados. E isso de fato o salvou.
Em intervalos regulares, Inala refinava a toxina. Antes de fazer uma pausa, ele ingeria um pouco do Tônico de Víbora de Lama usando a Habilidade de Condensação de Elixir. E enquanto descansava, ele se concentrava em aperfeiçoar sua peça. Isso permitia que ele gastasse menos Prana do que o habitual ao usar a Habilidade de Refinamento de Toxina.
Afinal, com a Habilidade de Condensação de Elixir, os efeitos do Tônico de Víbora de Lama foram aprimorados ao limite, suprimindo grandemente sua Doença do Fragmento. Isso significava que ele podia se esforçar melhor, menos Prana era usado para proteger seu corpo, e ele não ficaria tão cansado como de costume.
Como resultado, duas horas antes do amanhecer, ele terminou a tarefa, sorrindo com arrogância, “Obrigado pelo presente, Virala.”
Seria o suficiente esperar Virala voltar. Mas, por que ele se comportaria passivamente quando uma chance perfeita bateu à sua porta? Isso oficialmente lhe deu uma razão para se encontrar com o personagem mais importante durante a fase inicial da história.
Inala saiu do dormitório e caminhou em direção a uma casa luxuosa além da academia. Chegando à porta, ele bateu nela, prostrando-se no chão em respeito assim que a porta se abriu, “Eu saúdo a Vovó Oyo.”
“Já terminou?” Disse a mulher dentro. Ela era chamada de vovó, mas não parecia diferente de uma mulher em seus vinte anos. Originalmente, ela era uma senhora idosa, à beira da morte, incapaz de cultivar devido à Doença do Fragmento que a afligia.
Mas quando sua pesquisa sobre a doença atingiu um ponto de virada, ela conseguiu suprimir a doença em grande medida e cultivou como uma louca. Ela alcançou o Estágio Corporal e ganhou o poder da Besta Prânica de Grau Prata Intermediário, a Salamandra-jarro.
Uma Salamandra-jarro vivia por 380 anos. Assim que ganhou essa expectativa de vida, Vovó Oyo rejuvenesceu. Atualmente, ela tinha 127 anos e já havia entrado no Estágio Vital, tornando-se uma mestra que governava os elites do Clã. Ela era o ativo estratégico do Assentamento da 44ª Presa Empírea, graças a ser a única pessoa no assentamento que podia refinar um Elixir.
Vovó Oyo tinha uma ideia dos planos de Virala. Ela não sabia o motivo, mas atribuía a algum rancor entre os dois. Então, quando Inala chegou duas horas antes do prazo, ela ficou agradavelmente surpresa.
“Sim, Vovó Oyo,” Inala respondeu prontamente. Seu coração batia forte enquanto ele não ousava olhar para ela. O motivo não era apenas a necessidade de mostrar respeito a uma mestra, mas outro, maior.
Seus hormônios adolescentes estavam enlouquecendo.
Pouco antes do Primeiro Grande Desastre começar, Crônicas de Sumatra lançou a arte oficial dos personagens importantes até aquele ponto. Entre eles estava a aparência de Vovó Oyo, recebendo muitos elogios dos leitores.
Muitas pessoas até gadavam ela, incluindo Inala. Ele até fez fanarts lascivas dela, vendeu para leitores pervertidos e ganhou muito dinheiro. Ele também as usou para… fins de pesquisa.
Inala também era um dos pervertidos.
E agora, finalmente conhecendo tal pessoa em carne e osso, especialmente com o suave cenário criado pelos mundos celestiais no céu, o gado pervertido reprimido e selado dentro dele estava lutando para se libertar.
“Então, cadê?” Vovó Oyo sorriu, levemente irritada por não ver o balde por perto. A batida na porta a acordou. Nem era manhã ainda. Então, seu temperamento estava à flor da pele.
“Isso… não posso carregar devido à minha doença.” Inala se controlou desesperadamente, socando mentalmente o gado dentro dele.
“Traga!” Vovó Oyo esticou o dedo indicador e deu um peteleco em sua testa.
Uma rajada de vento envolveu Inala enquanto ele era lançado a centenas de metros até pousar na entrada de seu quarto, parando após bater na porta. Surpreendentemente, nenhum de seus ossos quebrou com o impacto, mas não foi isso que ele notou primeiro.
“Algo está se levantando…” Ele murmurou com o rosto vermelho, “E não é meu Prana.”1
“Droga, ela despertou algo em mim.”
- Puberdade é fogo né Azulão kkkkk qualquer vento e a barraca fica armada[↩]
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