Capítulo 140 - Fazendo as pazes
Ao ver os dois delinquentes, Yoru rangeu os dentes e foi caminhando em direção deles, os dois haviam percebido que o Yoru tinha visto eles, então ambos correram o mais rápido possível para ligar a moto
— Se vocês saírem vai ser muito pior que imaginam — o Yoru disse com um tom ameaçador, mas eles não ligaram e subiram na moto
Ao darem a partida, o Yoru correu e os dois delinquentes aceleraram a moto com tudo, deixando o Yoru sozinho no meio da rua, olhando eles fugirem, logo, o Yoru puxou o seu telefone e ligou para o Hiroshi
— Fique atento ao seu redor, provavelmente pode ter alguém da escola 35 espionando cada um de nós, o Ryuji me avisou que eles estavam atrás de mim e realmente tinha gente aqui perto da minha casa me espionando, avise aos outros também
— No lugar que eu estou está de boa, só tem eu e mais outro alguém, mas vou avisar ao resto do pessoal, toma cuidado, você sabe muito bem que esses caras da escola 35 podem surpreender a qualquer momento.
— Aliás, quero te fazer uma pergunta, conhece os caras do alto escalão da escola 35? — o Hiroshi do outro lado da linha abriu um sorriso
— Você já quer atacar eles? Se não derrubarmos a base deles primeiro vamos só se fuder
— Relaxa, só queria saber como é o nível de força deles
— Entendi, mas infelizmente não sei de absolutamente nada, a única coisa que sei é que se quisermos saber o nível de força deles, primeiro temos que medir a força dos 5 grandes pois comparado a eles, os 5 grandes não são bosta alguma
— Ok, se cuida cara. — o Yoru desligou o celular e voltou para o salão, onde a Hina foi até ele com uma cara de preocupada
— Oque aconteceu Yoru? — Hina disse com um tom de preocupação, a Eyvina revirou os olhos, não gostando da atitude da Hina com o Yoru
— Não foi nada, não precisa se preocupar Hina, foi só uma pequena coisa que já está resolvida — a Hina deu um beliscão no Yoru
— Você é um péssimo mentiroso — a Eyvina foi até o Yoru e puxou ele pelo braço, a Hina ficou com um pouco de ciúmes estampado no rosto
— Qualquer coisa eu estou aqui — Disse Eyvina dando um sorriso malicioso, Hina sentiu a malícia vindo de Eyvina e logo fechou a cara, demonstrando que estava enciumada
“Garotinha oferecida, e o Yoru ainda fica dando corda pra ela” Hina pensou seriamente, ela foi subindo as escadas logo em seguida
Yoru permaneceu ali, no meio do salão, observando a Hina desaparecer escada acima. Ele soltou um suspiro pesado, sentindo o peso da preocupação crescer dentro dele. Ao seu lado, Eyvina ainda o segurava pelo braço, seu toque firme e determinado.
— Ei, qual foi? — Yoru disse, tentando afastar-se levemente, mas Eyvina apertou mais o braço dele, um sorriso travesso no rosto.
— Vem comigo
puxando-o o Yoru, Eyvina levou o mesmo em um bar, ao chegar lá, foi na direção a uma mesa afastada, longe dos outros clientes.
O bar estava relativamente movimentado naquela noite, com vozes se misturando no ar, o cheiro de bebida e cigarro preenchendo o ambiente. A luz amarelada dos lustres tornava tudo um pouco mais aconchegante, mas Yoru mal percebia esses detalhes. Sua mente ainda estava focada nos delinquentes da escola 35.
— Olha… — Eyvina começou, tamborilando os dedos na mesa. — Sei que não sou do seu grupinho, mas se precisar de ajuda com essa parada dos caras da 35… Bom, você sabe que posso ser útil.
Yoru estreitou os olhos para ela.
— E por que você se importaria com isso?
Eyvina deu uma risada curta, jogando os cabelos para o lado.
— Porque você é o número 1 da escola 25, e se algo acontecer com você, nós ficamos vulneráveis. Acha que eu quero essa confusão no meu quintal?
— Sei… — Yoru se recostou na cadeira, cruzando os braços. — E o que você acha que pode fazer? Só vejo você brincando de flertar comigo e irritar a Hina.
— Ei! — Ela bateu de leve na mesa, o sorriso ainda no rosto. — Eu sei me virar. Aliás… — Ela inclinou-se um pouco para frente, fixando o olhar nos olhos de Yoru. — Se você não se importa tanto comigo, por que a Hina tem ciúmes?
— Ah, por favor… — Yoru passou a mão pelo rosto, frustrado. — Essa é a última coisa com que eu deveria me preocupar agora.
— Então não se preocupa. Eu cuido disso. — O sorriso dela se alargou, dessa vez mais sincero. — Vou conversar com a Hina e a gente se resolve.
— Só tenta não brigar com ela, ok? — Yoru disse, levantando-se. — Eu não quero problemas no meu lado pessoal enquanto esses caras da 35 estão na cola da gente.
[Casa do Yoru]
Mais tarde naquela noite, Eyvina foi atrás de Hina, que estava no andar de cima organizando algumas garrafas na prateleira. Ela não parecia nada feliz ao ver Eyvina se aproximar.
— O que você quer? — Hina perguntou, sem nem olhar diretamente para a outra garota.
— Relaxa, só vim conversar — Eyvina respondeu, cruzando os braços. — E também pra… tentar fazer as pazes.
Hina parou por um momento, virando-se para ela com uma sobrancelha arqueada.
— Pazes? Você não é a garota que vive tentando se jogar pra cima do Yoru?
— Óbvio que não — Eyvina riu, embora uma pontada de culpa a incomodasse. — Olha, eu só fico provocando porque você fica toda estressada com isso. Mas vou pegar leve, beleza? E… — Ela hesitou. — Se você quiser, posso ajudar aqui no bar. Como balconista ou algo assim.
Hina piscou algumas vezes, surpresa.
— Espera… você quer trabalhar aqui?
— Por que não? Alguém precisa manter esse lugar em ordem quando você e o Yoru estiverem ocupados brigando com os caras da 35, não acha?
Hina ainda parecia hesitante, mas então soltou um suspiro cansado.
— Certo… mas se você tentar algo com o Yoru, eu…
— Relaxa — Eyvina ergueu as mãos. — Eu sei o meu lugar.
Pela primeira vez em muito tempo, Hina abriu um pequeno sorriso.
— Vamos ver se você sabe mesmo.
Nos dias seguintes, Eyvina se mostrou surpreendentemente dedicada ao seu novo papel como balconista. Ela atendia clientes com eficiência, mantinha o balcão sempre limpo e, para a surpresa de Hina, ainda sabia lidar com os clientes que chegavam na barbearia como se fosse uma veterana no ramo. Aos poucos, a tensão entre as duas foi diminuindo.
Em uma noite particularmente movimentada, Eyvina estava limpando o chão cheio de cabelos enquanto Hina organizava todo o resto sozinho. Ambas trabalhavam em silêncio, mas a atmosfera não parecia mais carregada como antes.
— Ei, Hina… — Eyvina chamou, sua voz mais séria dessa vez. — Eu sei que provavelmente você ainda não confia em mim, mas…
Hina se virou, esperando que Eyvina continuasse.
— Se esses caras da 35 aparecerem aqui… Eu vou ajudar o Yoru e você.
Hina ficou surpresa com a firmeza no tom de Eyvina. Pela primeira vez, sentiu que as palavras dela eram genuínas.
— Vou cobrar isso — respondeu Hina, oferecendo um leve sorriso.
— Tudo bem, pode cobrar, eu vou manter isso para você — Eyvina deu um sorriso
Naquela noite, ambas sabiam que algo estava prestes a acontecer. E quando o perigo finalmente chegasse, Eyvina estaria pronta para provar seu valor.
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