Capítulo 23.1: Um mundo de ilusões

Pensando melhor, Kizimu conhecia esse teto. Era o primeiro teto que viu quando acordou a primeira vez, no dia em que escutou a voz de Minne, a luminária com adornos de estrela de davi continuavam a projetar uma sombra encantadora no teto, criando uma dança silenciosa de luz e escuridão.

Kizimu sentiu-se tonto, e sentiu uma presença. Com suas lembranças turvas, alguém deveria estar ao seu lado, mas quem… Olhou a silhueta ao seu lado.

Seus cabelos longos eram belíssimos, Kizimu segurou a roupa da garota como se não quisesse desprender dela.

— Kuzimu, o que aconteceu?

— Eu, não sei… Aisha.

Por que ele estava tão desesperado para ver Aisha? Sentiu saudades enquanto dormiu? A garota se levantou e se sentou na cama, abraçando o garoto.

— Pronto, passou, passou.

O calor de seu corpo, a delicada mão passando em seu cabelo o acalmando, seus membros delgados o envolvendo, e seu cheio tão perto que faria pensar que eram apenas um. Era tudo tão confortável, tudo tão perfeito, tudo tão familiar, como se ele sempre tivesse que voltar para aquele abraço.

— O que… foi?

— Não foi um pesadelo?

— Não…

Kuzimu estava confuso, por que sentia algo estranho? Não achava que tinha algo a se preocupar, então se levantou.

— Vamos Aisha, eu estou morrendo de fome.

— Tudo bem, Pandora e Esme deve ter feito uma bela comida para nós.

— O que será que teremos hoje?

Ambos conversavam até chegar na cozinha. Lá estava Kim e Amelaaniwa. Niwa correu até Kuzimu.

— Ei, ei, veja, veja, eu fui aceita na escola de artes. Eu posso seguir meu sonho de ser pintora.

— Que legal, Niwa, você finalmente vai fazer aquilo que sonha.

Kuzimu levantou a garota animada e girou-a, no fim colocou-a no chão. Kim chegou e se curvou.

— Kuzimu, quer jogar bola mais tarde? Meus amigos vêm aqui hoje.

— Seus amigos, Kim… Ah! Os cavaleiros e cavaleiras que treinaram com você? Que legal! Hoje o dia vai ser massa, mal posso esperar.

— Irmãozão, você vai também me dar um pouco do seu tempo, nééé? Quero te mostrar um anime muito legal.

Kuzimu passou a mão pela cabeça de sua amiga, Aisha, e assentiu.

— Claro que vamos, eu vou dar atenção a todos. Ah onde está Masha?

— Ah, a senhorita Masha está mostrando suas pesquisas na universidade da cidade. Ela volta a tarde.

— Então ela também conseguiu, estou tão orgulhoso por todos vocês.

Esme e Pandora saíram do portão duplo, com pratos de comidas nas mãos. Era um belo café da manhã, com pães, omeletes, ovos e café, e algumas frutas.

— Vamos comer?

— Tudo está uma delícia. 

Esme e Pandora estavam radiantes, e diante as duas, Kizimu orgulhoso, chamou seus amigos.

— Vamos comeer!

Todos se sentaram e começaram a comer.

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Kuzimu comia com seus amigos, todos se divertindo, contando como foi seu dia anterior e comendo o café da manhã preparado por Esme e Pandora.

A determinado momento Pandora entrou com uma parcela de pessoas, que cumprimentaram a todos na sala. Eles eram os amigos de infância de Kim.

— Kuzimu, vamos jogar bola.

— Sim, vamos.

O garoto foi para o jogo com os amigos de Kim, era uma quadra fora da residência que seu pai deixou na sua mão. O seu pai e sua mãe deixaram Kuzimu com a casa de presente, e foram para uma viagem de casal. Queria que chegasse logo domingo para poder ver outra carta dos seus pais.

— Certo, Kim, como faremos? — perguntou uma amiga de Kim.

— Eu e Kuzimu somos amigos desde crianças, não podemos estar no mesmo time, então, eu vou tirar o time contra ele. Tudo bem assim? – perguntou para Kizimu.

— Nada a dizer. Por mim tudo bem.

Kuzimu e Kim jogaram pedra, papel ou tesoura. Kim usou pedra e Kuzimu tesoura. O garoto de cabelos pretos sempre foi ruim em prever o que os outros jogavam, perdendo em jogos como esse. O garoto loiro começou escolhendo o time.

— Kim, eu não conheço nenhum deles. Não vou conseguir fazer um bom time.

— Kuzimu, né? Não tem problema em um time ficar melhor que o outro, é só um jogo divertido entre amigos, não vamos levar a sério. — um garoto com porte pequeno assim disse. Ele não era uma criança e sim pequeno em estatura.

— Kuzimu, Jhoshua está certo. Escolhe qualquer um.

Kuzimu assim fez, escolheu seu time, com base no instinto. Infelizmente teve uma derrota esmagadora em qualquer time que criou. Kim era muito bom nós esportes, então, mesmo com um time ruim, conseguia equilibrar o time com ótima qualidade.

Kuzimu não tinha nenhuma habilidade especial, inteligencia ou nenhum porte de atleta. Mesmo assim se esforçou o máximo que podia. E assim o dia se passou.

Todos voltaram para a mansão enquanto conversavam, todos cansados e com sorrisos nos rostos. Kuzimu se divertiu muito, brincar com tantas pessoas da sua idade, era sempre muito divertido.

Chegando na mansão, foram recebidos por Esme. Aisha correu de trás da garota de cabelo turquesa e pulou em Kuzimu, que a segurou no colo e girou.

— Você demorou demais, irmãozão.

— Desculpa, queria trazer boas notícias, mas perdi todos os jogos.

— Já sei! Que tal assistirmos animes de esportes, assim você aprende a jogar bola. AAhh!! Tem um muito legal. Png Boll. É muito bom!

Kuzimu ficou feliz com a animação de sua amiga.

— Sim, vamos, mas antes deixa eu tomar banho, estou todo suado.

— Eu não me importo. Vamos mesmo assim.

— Mas eu me importo, não quero ficar todo grudento enquanto assistimos.

— Mas eu adoraria ficar toda grudada em você. Hehe.

Esme dirigiu todos ao banheiro público. Onde todos tomaram banho, separando apenas por gênero.

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Cassian venceu o jovem de cabelos para trás e limpou sua espada. Enquanto andava para sair do corredor, desceu as escadas. Estava em um corredor que não conhecia e avançou até o final, onde tinha uma porta, essa porta era convidativa e entrou nela.

Lá dentro tinha uma existência que ele mesmo não conhecia e uma conhecida. Em uma maca tinha Aisha. E em pé, segurando um machado, estava ele com seu corpo corpulento e face sem expressão, com sua barba negra mal feita e seus cabelos um pouco grande que escondiam em sua touca laranja. Era John Bento.

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Kim enfrentava 22 homens e mulheres armadas, cada um com sua arma. Eram muito habilidosos, mas irritado, sua maldição foi o suficiente, corpos definharam.

Seria uma vitória fácil e assim poderia lutar contra Tarotian. 

Uma kusarigami por trás mudou seu pensamento. Eles continuavam a andar mesmo praticamente sem vidas.

Esse era o imperador, controlava a vida de seres humanos, como marionetes piores que as de Samuel, eles não parariam até perder completamente a possibilidade de avançar.

— Sabe, meu exercito era maior, porém, usei todo para enfrentar Samuel. A nossa luta foi épica, resultando na minha morte. Mas eu consegui matar todos os Bispos dele na época. Ficamos ambos sem nenhuma carta na mangá. — em introspecção Tarotian ria.

— Cala boca, eu não quero saber. Me diga o que você fez com o senhor Kizimu?

— Ele com certeza está muito mais feliz agora. Ele está em um mundo de ilusões com as maiores felicidades que ele pode pedir.

Kim olhou para seu amigo que estava com a carta presa na cabeça. Se ele retirasse a carta, o efeito passaria?

Irritado, continuou a tentar matar as pessoas a sua volta. Não paravam mesmo com cabeças cortadas. As armas eram um problema pior que uma simples marionete. Não iriam parar até matar.

Estava com mais uma desvantagem, sua lamina estava quebrada pela metade, mesmo assim, Kim, não pararia.

O garoto loiro estava começando a cansar, lutar sequencialmente cansava qualquer guerreiro. Estava usando o ambiente ao seu favor. Era uma sala de experimentos, então usava balcões, portas e diversas coisas para conseguir desviar das diversas armas que se sobressaiam a matá-lo.

Tarotian que estava cansado, apenas observava. Ele não poderia usar mais do que duas cartas, e sentia cansaço sempre que usava uma carta. Cada carta tinha um nível de esgotamento maior e ele usou uma sequência que usou cansou ele mais que ele imaginava, por isso descansava.

Kim não tinha essa vantagem, não poderia ajudar seu amigo que estava no mundo dos sonhos e não conseguia se desvencilhar dos corpos. Ao menos venceu 6 deles, deveria no mínimo arrancar as pernas e os braços, assim nada poderiam fazer.

A luta estava em apenas seu começo.