Capítulo 150 de 01 – Foda-se, eu vou gozar!
Volume 6 – Rumo à Verdade
A fortaleza avançava lentamente pelo sul, mais precisamente em direção ao sudoeste, seguindo o curso traçado até o próximo destino. Segundo o destemido — ou melhor, segundo Léo, reconhecido como uma das energias negativas mais poderosas —, o alvo encontrava-se além de um vasto conjunto de montanhas.
Enquanto isso, Idalme vagava pelos aposentos, inquieta. Percorria cada quarto em silêncio e observava os estragos do tempo. Tudo ali parecia abandonado, corroído pela ruína. Os ambientes, em sua maioria, não apresentavam condições seguras. Com a noite já caída, a apreensão crescia em seu íntimo.
— Esse não serve… ou será que serve? — disse ela, hesitando ao olhar o cômodo.
Colocou a mão sobre a cama e a remexeu levemente. Apesar do rangido incômodo, a estrutura parecia firme o suficiente. Ainda assim, foi a melhor que encontrou até então. O guarda-roupa jazia em pedaços, e o ambiente mergulhava numa escuridão maior que a dos outros cômodos, onde ao menos a luz do sol ainda alcançava.
— As pessoas vão descobrir o que estamos planejando… — disse ela, a timidez pesando na voz.
Logo depois, recorreu ao seu espaço dimensional e retirou um balde junto de um bidão de água. Derramou parte do conteúdo com cuidado. Em seguida, puxou um lençol rígido, desgastado pelo tempo, e o lançou dentro da água.
— Minhas roupas… — disse, com o olhar preso nos tecidos rasgados.
Tirou um vestido curto, sem mangas, que descia até próximo dos joelhos, e o vestiu com naturalidade. Em seguida, começou a limpar o cômodo. Durante a tarefa, não conseguia afastar os pensamentos sobre o que faria após concluir tudo ali.
Algum tempo se passou, e o ambiente já se encontrava razoavelmente limpo. Então, fechou a porta, mas esta se abriu logo em seguida. Sentiu um incômodo frustrante. Empurrou o armário em ruínas até a entrada e o posicionou ali, improvisando uma barreira.
— Certo. Hora do banho.
Idalme havia despejado a água suja a partir do corredor, onde se descortinava a paisagem ao longe. O líquido voou e caiu sobre o chão de barro, encharcando a terra.
De volta ao quarto, encheu novamente o balde. Retirou o vestido curto que vestia e, com calma, começou a lavar o próprio corpo, parte por parte, até se sentir completamente limpa.
Alguns minutos depois, vestiu um traje vermelho de botões, que se estendia do pescoço até os joelhos e envolveu o busto com firmeza. Por fim, sentou-se e penteou os cabelos negros até que estivessem lisos e alinhados.
— Pronta! — declarou.
Após empurrar o armário, Idalme partiu em busca de seu amado, mas não o encontrou em parte alguma. Questionou Ui, que também nada sabia. Relutante, dirigiu a palavra a Dam, mas ele permaneceu em silêncio, isolado em seus pensamentos.
Determinada, subiu até o topo da fortaleza. Vagueou por entre antigas plantações e um jardim onde flores desabrochavam sem cuidado algum, resistindo sozinhas ao abandono. Mais adiante, cruzou um altar, mas não lhe prestou atenção — sua mente estava tomada por um único propósito: encontrar Max.
À medida que avançava, o chão tornava-se cada vez mais úmido. A cada passo, a terra ficava mais encharcada, até que, de súbito, seus pés estacaram. Os olhos, arregalados, recusavam-se a acreditar no que viam.
Ali, deitado no barro, Max abraçava outra mulher, que se erguia sobre ele.
— Quê?!
Ambos se levantaram, mas, para Idalme, suas vozes eram apenas ecos distantes. Nada do que diziam alcançava sua consciência — tudo parecia abafado, como se o mundo ao redor tivesse sido engolido.
Foi então que Max a viu. Caminhou até ela com expressão confusa, talvez preocupado, talvez apenas surpreso. Parou diante de seus olhos fixos e perguntou, com a voz baixa:
— Seu cafajeste! — disse ela, a mão explodindo contra o rosto dele.
Logo em seguida, Idalme virou as costas e correu, tomada por uma decepção amarga — não apenas com Max, mas consigo mesma, por ter acreditado que ele fosse diferente de seu pai. No fim, pareciam feitos da mesma matéria. Farinha do mesmo saco.
Max, enfim compreendendo o que havia acontecido, lançou-se atrás dela. Tentou alcançá-la, mas foi detido por uma porta fechada, que se recusava a ceder. Algo pesado a travava do outro lado, impedindo qualquer avanço. E, mais uma vez, ele se viu impotente diante do afastamento de quem mais queria manter por perto.
— Idalme, escuta — falou ele, a voz tensa. — Aquilo de antes não é o que pensas. Foi um mal-entendido.
Do outro lado da porta, Idalme não disse nada. Sentou-se atrás do guarda-roupa, abatida por tudo ter saído diferente do que esperava.
— O chão estava escorregadio — explicou ele. — Loi escorregou, eu tentei segurar, mas acabei caindo junto. Foi assim que aconteceu.
Naquele momento, ela compreendeu que provavelmente se tratava de um mal-entendido. Ainda assim, uma parte de si resistia à frustração. Olhou ao redor do quarto, lembrando-se do que havia planejado para o dia, e decidiu não desperdiçar o tempo perdido.
— Idalme?
— Eu sei, mas… eu… não gostei de ver aquilo.
— Sim, me desculpa. Faço qualquer coisa…
— Qualquer coisa? — ela perguntou, curiosa.
— Sim, qualquer coisa… — hesitou, como se buscasse coragem.
Era possível ouvir o rangido de algo sendo empurrado, e a porta se abriu lentamente, sem convite. Max permaneceu parado na entrada, sem avançar. Então, pelo canto da porta, Idalme encontrou seu olhar, tímida, e disse:
— Tome banho. Eu espero lá fora.
— Hum… sim.
Max hesitou por um instante, mas ao ver o vestido que ela usava, um sentimento positivo tomou conta dele. Em sua mente, imaginou rasgar aquela peça de uma só vez.
Já fazia tempo desde a última vez que estiveram juntos, e a possibilidade de reviver aquele momento o animava.
Sem perder tempo, entrou no quarto e encontrou a cama preparada com panos limpos e volumosos, pronta para recebê-lo. Várias chamas suaves iluminavam o ambiente ao redor. Ao lado, um balde com água e um pano esperavam, assim como algumas roupas cuidadosamente dobradas sobre a cama.
Será que…
A possibilidade crescia a cada instante na mente dele. Ele começava a perder o controle sobre sua própria impulsividade, como uma arma prestes a explodir.
Acalme-se Max, Acalme-se Dinamite Explosivo.
Depois de se lavar, sentou-se no canto da cama, respirou fundo e refletiu:
Vamos lá dinamite explosivo, acalme-se… acalme-se… ainda não é o momento da explosão.
Sua arma interior se acalmava lentamente, acompanhando a respiração profunda e tranquila. Quando finalmente se sentiu preparado, falou:
— Estou pronto.
Idalme segurou a maçaneta e começou a abrir a porta. Esta se abriu lentamente, como se sorrisse macabramente.
Porta idiota! pensou Max.
Ela fechou a porta e empurrou o guarda-roupa para garantir mais segurança. Aproximou-se do amado, ativou seu espaço dimensional e retirou pedaços de tecido, incendiando-os.
As chamas dançavam ao redor dela e tingiu sua pele de um vermelho intenso. Enquanto o fogo circulava, fixava o olhar no homem à sua frente, desfazendo lentamente os botões do vestido, de baixo para cima.
— Me observe…
Naquele instante, engoliu seco, enquanto seu Dinamite Explosivo se agitava ao vislumbrar os contornos do decote de Idalme. Ela desabotoava com calma e agachou-se até que seus seios semiexpostos ficassem perto do rosto dele.
Incapaz de conter-se, Max deslizou a mão entre as pernas, tentando disfarçar o quanto estava excitado. Idalme, ao perceber a timidez dele, sorriu suavemente. Aquele lado dele, até então desconhecido, a instigava ainda mais.
Logo depois, ela desabotoou os botões lateralmente e revelou as pernas enquanto girava suavemente, como em uma dança para seu amado. Max sentia-se como uma fera prestes a devorar a presa.
Quando Idalme se preparava para abrir outro botão e revelar seus seios, interrompeu o gesto, balançou o dedo em sinal de negação e disse:
— Ainda não.
O Dinamite Explosivo crescia a cada instante, até que, ao ser negado o seu paraíso, alcançou seu limite máximo, pulsando com força incontrolável.
— Idalme… eu não aguento mais…
Um sorriso surgiu no canto da boca dela. Com calma, tocou seu espaço dimensional e retirou um elástico.
Não me diga… pensou Max.
Idalme colocou as mãos lentamente atrás do pescoço enquanto observava seu amado. Max, por sua vez, parecia vislumbrar o futuro; sabia que, se o que imaginava acontecesse, sua energia explosiva não resistiria nem por um minuto.
Com os dedos ainda no pescoço, ela os deslizou até o cabelo e começou a juntar o cabelo com cuidado. O elástico deslizou entre suas mãos e, em poucos movimentos, prendeu-os firmemente.
Idalme fixava o olhar nos olhos do amado, mas deslizou gradualmente o foco para baixo. Max seguiu o movimento e sorriu ao compreender onde ela mirava. Ela se agachou lentamente, pousou as mãos sobre os calções e, com delicadeza, girou os dedos até tocar a cabeça do Dinamite Explosivo.
Tão boooommmmm!!! declarou.
Quando o dedo dela tocou o tecido, uma chama surgiu e se espalhou, fazendo os calções se transformarem em fogo que dançava no ar antes de desaparecer. Ela sorriu ao ver que a arma do seu amado havia liberado um pouco de seu líquido.
Ao olhar para cima, percebeu que ele estava no limite. Com um leve movimento da mão, mais líquido escorria. Max, vendo-a aproximar a boca da arma e passar a língua, sentiu sua mente alterar-se, buscando forças para controlar aquela crise.
🎵Nenene! Neneneeeee!🎵 Eu sou o mais foda, o mais imbatível, o mais bruto do pedaço! Consigo contar todos os impossíveis do mundo, todos os limites que ninguém ultrapassa! Eu sou o caralho, o dono do caralho, o rei dos caralhos! Ninguém chega perto! eu sou caralho!
Max, tentando se concentrar, desviou o olhar para Idalme. Antes ela apenas lambia a arma; agora, a engoliu por completo. Naquele instante, ele sentiu-se no paraíso e não pôde deixar de dizer:
— Foda-se, eu vou gozar!
Ele jorrou seu líquido branco na boca dela sem cessar. Ela tentou não consumir, caísse, mas ele segurou sua cabeça e deixou o fluxo seguir. Naquele momento, Max sentiu-se o homem mais realizado do mundo.
Porém, assim que ele a soltou, Idalme começou a cuspir desesperadamente, mas ela havia engolido quase tudo. O rosto tomado pelo pânico, como se repudiasse o que acabou de acontecer. Olhou para Max, não com raiva, mas grávida por um sentimento de culpa.
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