Capítulo 12 – Calmaria antes da tempestade
Todo mundo ainda estava reunido perto do caixa do mercado. O silêncio lá fora era quase estranho, mas dentro, o clima era de conversa fiada e um pouco de preguiça. Alonso, do nada, mudou o rumo do papo:
— Aí, galera, cês repararam que lá fora tá mó silêncio? Tipo, eu tô fragando isso faz umas meia hora, fraga?
Reidner ergueu a cabeça, como se estivesse pensando naquilo pela primeira vez.
— Verdade, mano. Desde a madrugada não ouço nada. Será que tá deserto lá fora?
Camille, com aquele jeito de quem adorava alfinetar, olhou pra porta e jogou, com um sorrisinho:
— Sei lá, mas vocês são homens, né? Por que não vão dar uma olhada?
A galera riu baixo, mas Edvaldo, que estava meio encostado no balcão, balançou a cabeça, com um ar sério. Virou-se pra Daniel, que estava ao lado dele.
— Sei não, véi. Eu acho que ainda é cedo demais pra sair assim. Acho até melhor pedir o Mohammad pra dar uma olhada nas câmeras primeiro. Vai que tem algum infectado do lado de fora, ta ligado.
Gabriel Francisco, que estava largado na cadeira do caixa, suspirou alto, se levantando.
— Pô, vocês vão ficar nesse papo até amanhã? A gente precisa trazer uns colchões e umas cobertas pra cá. Não dá pra dormir mais uma noite no chão, não.
Ele olhou pro grupo, gesticulando com as mãos.
— Bora resolver isso agora, gente. Ainda tá cedo, tá tranquilo… acho.
Todo mundo trocou olhares, mas ninguém parecia com coragem o suficiente pra sugerir um “eu vou”.
Depois do que Gabriel disse, o silêncio tomou conta. O grupo inteiro ficou se encarando, como se estivessem em um jogo de “quem pisca primeiro”, enquanto cada um esperava o outro tomar coragem pra fazer alguma coisa.
Alicia, ouvindo tudo, cruzou os braços e pensou consigo mesma: “O Gabriel tá certo. Mas, sendo realista, ninguém aqui vai se mexer sozinho. Só tem marmanjo aqui, então acho que já sei como dar um empurrãozinho neles.”
Ela ajeitou o cabelo e soltou, em alto e bom tom, com um tom provocador:
— É isso aí, dormir no chão com esse frio foi horrível! Eu passei mó friaca e não quero repetir essa dose. Então, ó, quem não sair daqui agora pra resolver isso é gay!
O impacto foi imediato. Reidner foi o primeiro a se levantar, rindo enquanto já caminhava em direção à saída.
— Beleza, tô indo! Quem vai comigo?
A provocação funcionou. Um coro de “eu vou” ecoou no mercado, enquanto todo mundo levantava e começava a se mexer, rindo e reclamando ao mesmo tempo. Em poucos minutos, o mercado virou uma bagunça organizada, com cada um correndo de um lado pro outro, arrumando seus cantos e planejando onde montar as camas improvisadas.
Enquanto isso, João subia as escadas, equilibrando algumas garrafas na mão. Ele parou no topo por um instante, observando a movimentação do grupo lá embaixo. As idas e vindas não chamaram muito sua atenção. Ele deu de ombros e seguiu em frente, batendo na porta como tinha planejado.
***
Bruno acordou com o som de batidas na porta, os olhos pesados e o corpo ainda mais. Ao abrir os olhos, viu uma pequena poça de sangue no chão, como se fosse saliva misturada com lágrimas que tinham escorrido enquanto dormia. Ele percebeu que estava jogado no chão do escritório, sentindo uma tontura persistente.
Antes de atender à porta, instintivamente começou a procurar pelos dentes que lembrava ter cuspido. A memória parecia real demais. Quando não encontrou nada, foi até o banheiro. Encarando o espelho, seus olhos analisaram cada detalhe dos dentes que ainda estavam ali. Um suspiro de alívio escapou, mas foi interrompido por mais batidas na porta.
— Marca aí, corno, que eu já tô indo! — gritou Bruno, passando a mão no rosto para tentar afastar a sensação estranha.
Ele voltou para o escritório, andando devagar por causa da tontura e da dor nos olhos. Abriu a porta e viu João com uma garrafa de Askov na mão, que ele entregou direto para Bruno antes de se jogar na cadeira ao lado, exausto.
Bruno, ainda meio perdido entre o que tinha sonhado e o fato de não lembrar como tinha desmaiado, pegou a garrafa e agradeceu:
— Nó, viado, valeu. Eu tava precisando disso, sério.
João Paulo parecia estar no limite. Os olhos vermelhos e quase fechando denunciavam a falta de sono. Ele passou as mãos no rosto e desabafou, sem rodeios:
— Mano, tô pregado… Não consegui dormir nada essa noite. Hadassa tá morta, e eu nem sei se a Ayme ainda tá viva. Cara, eu tô mal, muito mal.
Bruno abriu a garrafa, deu um gole longo e arrastou uma cadeira próxima para se sentar de frente para João. Mesmo sem sentir a profundidade do que o amigo dizia, tentou parecer preocupado. Com um tom que beirava a apatia, perguntou:
— Ainda tá assustado com tudo isso?
João Paulo segurou a garrafa com firmeza, deu três goles seguidos, e respirou fundo antes de responder:
— Antes fosse… O que me arrebenta é não saber se a Hadassa tava infectada quando… quando eu fiz aquilo. Esse pensamento tá me matando, velho.
O silêncio entre eles era pesado, cortado apenas pelo som de um longo suspiro de João. Bruno olhou para a bebida em sua mão, mais uma vez perdido entre sua própria confusão e a dor visível do amigo à sua frente.
***
Bruno, mesmo sem se importar de verdade, decidiu aliviar o peso que João Paulo carregava. Achava que era o certo a se fazer, então tentou puxar o assunto de forma mais direta:
— Como assim tu não sabe se ela tava ou não infectada? O que rolou na hora em que tu acertou ela?
João desviou o olhar, e Bruno notou como os olhos dele rapidamente se encheram de lágrimas. A voz saiu fraca e trêmula, carregada de dor:
— Cara… Minha irmã tava atrás de mim… Eu fiquei cercado, assustado pra caralho. Comecei a me debater, batendo pra tudo quanto era lado, tentando sair dali. Só que, no meio disso, joguei meu braço pra trás… Quando olhei, tinha cravado a faca no peito dela. E eu acho… acho que ela não tava infectada nessa hora.
Bruno ficou em silêncio por um momento, processando o que o amigo tinha acabado de dizer. Na cabeça dele, parecia óbvio que João deveria ter checado o corpo, mas no calor do momento, quem pensaria nisso? Tentando aliviar a culpa que consumia o amigo, respondeu:
— Porra, mano… às vezes ela tava infectada, sim. Sei lá, pensa comigo: como é que ela ia aparecer no meio de um monte de infectados que tavam te cercando sem ser atacada? Não fica se martirizando com isso, é demais pra carregar. Se precisar chorar, tá tranquilo. Tô aqui, fraga? Pode botar pra fora, porque daqui a pouco nem tempo pra isso a gente vai ter.
João Paulo começou a chorar, o corpo retraído, como se quisesse se esconder da dor. As lágrimas caíam sem parar enquanto ele murmurava:
— Eu não consigo, mano… Toda vez que fecho os olhos é como se eu visse tudo de novo. A cena não sai da minha cabeça.
Bruno deu um gole generoso na garrafa, soltou um arroto escandaloso e olhou para João. Com um sorriso de canto, soltou:
— Parça, se tu tá muito cansado, nem precisa ir lá fora comigo, demorô? Mas ó, se não tá conseguindo dormir, eu posso resolver isso rapidinho. É só falar que eu meto um murrão e tu apaga na hora, querendo ou não. Dois palitos.
Por um instante, João Paulo deu um leve sorriso, meio sem querer, como se aquela tentativa ridícula de piada tivesse funcionado um pouco. Mas logo ele desviou o olhar para a porta e viu algo que o desconcertou: uma pequena poça de sangue. Ele apontou o dedo para o chão e perguntou:
— Não, mano, eu tô de boa… Daqui a pouco a gente sai pra buscar as coisas, certo? Mas agora me explica uma coisa: qual é desse sangue aí perto da porta?
Bruno seguiu o olhar do amigo, viu a poça e suspirou. Sem pressa, arrastou a cadeira até o computador, onde um monitor exibia as imagens das câmeras de segurança do mercado. Ele olhou para João Paulo, tentando parecer tranquilo, mas sua voz saiu carregada de um tom que beirava uma inquietação contida:
— Parça, tem alguma coisa errada comigo.
João Paulo franziu a sobrancelha, intrigado, e perguntou:
— Como assim?
Bruno hesitou. Ele não sabia como explicar a sensação estranha que o consumia desde que acordou, nem como descrever a outra versão de si mesmo que tinha visto no espelho. Era algo tão absurdo que ele sequer conseguia organizar os pensamentos para falar sobre isso. Decidiu começar pelo mais simples, pelo que estava mais claro em sua cabeça:
— Cara, desde ontem, quando subimos aqui… Quando fiquei sozinho, comecei a surtar. Tipo, surtei de verdade. Passei a noite inteira assim, e conforme foi amanhecendo, sei lá, alguma coisa mudou em mim. E eu tô sentindo isso até agora…
João inclinou o corpo para frente, tentando captar o que Bruno estava dizendo. Ele piscou algumas vezes, confuso, e questionou:
— Mano, tu vai ter que explicar isso direito. Não tô entendendo nada, fraga!
Bruno respirou fundo, tentando colocar em palavras o que nem ele compreendia direito. Olhou para João, os olhos fixos e carregados, antes de confessar:
— O bagulho é que eu não tô sentindo mais nada por ninguém, velho… É como se eu nem estivesse vivo. A única coisa que ainda sinto, de verdade, é raiva. Lembra ontem, quando a Camille começou a me provocar? Eu senti que queria matar ela, mano. Tipo, de verdade. Me vi esmagando a cabeça dela contra a parede, arrancando a carne do pescoço com os dentes, só pra ver ela morrer lentamente bem na minha frente.
Enquanto falava, Bruno parecia visualizar cada detalhe do que dizia, como se as palavras desenterrassem memórias que ele não sabia que tinha. Ele passou a mão pelo rosto, tentando afastar aquela imagem, mas a intensidade da cena continuava vívida em sua mente.
João Paulo, ao invés de responder, ficou quieto, observando o amigo. Foi então que reparou no corte no rosto de Bruno. A ferida parecia estranha, com bordas escuras, quase negras, como se algo estivesse errado. Ignorando por um momento o que Bruno acabara de confessar, ele apontou para o rosto do amigo e perguntou:
— E esse corte aí? Sei que fui eu quem fiz, mas… cê já lavou isso?
Bruno franziu a testa, como se só naquele instante lembrasse da ferida. Machucados já eram comuns para ele, e com tudo que estava acontecendo, tinha simplesmente ignorado. Passando os dedos ao redor do corte, sentiu um leve ardor e respondeu:
— Verdade, velho. Essa porra não quer cicatrizar.
Ele se levantou, olhando para o banheiro. Sabia que precisava fazer algo antes que saíssem. Apontando para João, deu uma ordem simples:
— Vou lavar essa merda ali no banheiro. Tu vai atrás de uma garrafa de álcool 70, demorô? E traz também uma gaze pra tampar o corte depois. A gente termina essa conversa mais tarde, falou?
João assentiu, ainda meio desconfiado com o que estava acontecendo com Bruno. Ele se levantou, mas antes de sair, olhou de novo para o corte e murmurou para si mesmo:
— Isso não tá normal…
***
Andando pelos corredores movimentados do mercado, Alicia percebeu uma silhueta no fundo da entrada do armazém. O som da bagunça ao seu redor — risadas, vozes altas e o barulho dos calçados dos meninos ressoando pelo chão — parecia distante quando ela viu Samira, encolhida em um canto escuro. Os outros, em sua distração, não notavam a jovem ali, e Alicia sentiu um impulso de ir até ela. A garota estava de cabeça baixa, seus ombros balançando com o choro contido. O som do mercado parecia não alcançá-la, e o silêncio que havia se formado ao redor de Samira só intensificava a solidão dela.
Alicia caminhou até ela já pensando em como poderia anima-la. Quando chegou mais perto, Samira ergueu os olhos, e Alicia se agachou ao seu lado. A respiração da jovem era pesada, como se ela estivesse tentando segurar algo muito maior do que as palavras que a sufocavam. Alicia falou suavemente, mas em meio ao barulho das conversas e risos dos meninos, sua voz parecia flutuar até Samira.
— O que houve, Samira? Por que tá aqui sozinha?
Samira olhou para o chão à sua frente, onde manchas de sangue ainda marcavam o piso, vestígios dos infectados que Bruno havia matado antes. O olhar da garota se perdeu nessas manchas, e sua mente começou a criar imagens sombrias. O som da conversa dos meninos ao fundo parecia se misturar com seus próprios pensamentos, e as palavras de Alicia, por mais suaves que fossem, não conseguiam silenciar o que passava dentro dela.
— Meu irmão mentiu pra mim… ele disse que não encontrou elas. Mas eu sei que ele estava mentindo só de olhar pra cara dele. E agora… agora, olhando essas manchas de sangue, fico me perguntando… será que eles não estão mais aqui? Não seria mais fácil ele ter dito a verdade… que chegou lá e não encontrou elas vivas?
Alicia sentiu o peso das palavras de Samira. O barulho à sua volta — os meninos brincando, falando alto — parecia um contraste cruel com a dor de Samira. Ela desviou o olhar para as manchas de sangue e, por um momento, a imagem do irmão de Samira, sozinho, talvez tendo que enfrentar uma situação inominável, invadiu sua mente. A lembrança do que Camille havia dito sobre o que ocorreu na casa da amiga dela a fez refletir sobre o possível pesadelo que ele deve ter vivido quando saiu. Alicia pensou, suspirou e então falou:
— Você já pensou que, talvez, ele não tenha conseguido falar a verdade… por medo de como você ia se sentir?
Samira franziu o rosto, quase irritada, e, sem hesitar, respondeu:
— Meu irmão não é assim… Ele não se importa com como eu vou me sentir. Lembra como ele simplesmente saiu andando ontem sem nem se preocupar comigo?
Alicia, com um suspiro profundo, olhou para o movimento ao redor, tentando bloquear o barulho e a confusão do mercado para focar na garota à sua frente. Ela não podia deixar que Samira continuasse tão perdida na raiva misturada com tristeza que ela estava sentindo do irmão.
— Eu não acho que seja assim. Ontem, ele estava lutando com unhas e dentes pra te proteger, Samira. Durante todo aquele tempo, ele deixou bem claro que você era a maior prioridade dele.
Samira olhou para o lado, sem palavras. O beicinho no rosto dela mostrava uma mistura de vergonha e frustração. Alicia deu um pequeno sorriso, tentando suavizar a tensão.
— Olha, ele está sobrecarregado, entende? E você já parou pra pensar no que ele deve ter enfrentado até chegar aqui? Ou melhor… no inferno que ele deve ter vivido quando saiu daqui?
Samira ficou em silêncio por um momento, o som ao redor parecendo distorcido agora, enquanto ela refletia sobre as palavras de Alicia. Então, finalmente, olhou nos olhos da amiga e, com um suspiro, falou, com sua voz mais calma:
— Acho que você tem razão… Talvez eu tenha sido injusta com ele.
Alicia sorriu, satisfeita com a mudança de perspectiva, e a tensionada expressão de Samira suavizou um pouco. Mas, apesar de sua raiva começar a diminuir, Samira ainda parecia relutante em se aproximar de seu irmão. Ela fez um beicinho, olhando para o chão.
— Mas ainda assim… Não quero ver a cara dele agora.
***
João Paulo passou pelas meninas com uma garrafa de álcool na mão, apressado, e voltou correndo para o escritório. Do outro lado do mercado, Pedro e Guilherme estavam sentados, escorados na parede, mascando chiclete com ar sonolento. Eles observaram João Paulo passar carregando a garrafa, antes de desaparecer no escritório onde estava Bruno.
Guilherme deu uma olhada para o irmão, Pedro, enquanto Anael se aproximava deles. Com um sorriso preguiçoso, ele perguntou: — Ô PH, cê trouxe o beck? Tô com uma vontade do caralho de fumar um.
Pedro, de olhos quase fechados, vasculhou o bolso da bermuda e respondeu: — Tô sim, mano. Mas bora chamar o Bruno pra ver se ele quer também.
Anael, mastigando um biscoito, cruzou os braços e comentou com desdém: — Cês não cansam não? Uma hora isso vai acabar com vocês, tô falando sério.
Pedro revirou os olhos e rebateu no tom de sempre, meio rude: — Ô, não viaja na minha, zé! Sai fora daqui.
Balançando a cabeça em negação, Anael virou as costas e foi até seu primo Arthur, que estava junto ao irmão mais novo. Mesmo com o biscoito na mão, ele não conseguia disfarçar o quanto se sentia deslocado ali.
Depois de vê-lo ir embora, Guilherme e Pedro se levantaram e foram até o escritório. Assim que chegaram, viram Bruno pegando a garrafa de álcool da mão de João. Ele derramou um pouco do líquido na mão e o esfregou direto na ferida. Sua expressão se contorceu de dor enquanto apertava os dentes e segurava firme, terminando de limpar o machucado.
Pedro se aproximou, franzindo a testa: — Nó, zé, cê é doido de jogar isso assim.
Guilherme também deu uns passos para frente e perguntou, meio na brincadeira: — E aí, cês querem fumar um? O PH tá com um chá do bom aqui.
João Paulo abriu um sorrisão: — Nó, zé, cê salvou!
Bruno olhou para a maconha e, no mesmo instante, pensou em como poderiam plantar as sementes antes de fumá-las. Antes que Guilherme começasse a preparar o baseado, ele levantou a mão e falou: — Ô, Gui, não dichava essa merda agora não, zé!
Pedro não entendeu: — Por quê?
Bruno deu um meio sorriso: — Mano, daqui pra frente, a gente vai ter que plantar o nosso próprio baseado, tá ligado?
João Paulo, já sentado numa cadeira, assentiu: — Nó, de rocha. A gente não tem mais onde comprar, fraguei a sua visão, meu nobre.
Animado com a ideia, Guilherme sugeriu: — Bora procurar onde os caras escondiam os bagulhos, tá ligado? Devem ter deixado algo por aí.
Bruno colocou o braço no ombro de Pedro e, animado, complementou: — Bom, a gente pode ir agora mesmo. Aproveita que a gente já pega uns colchões e cobertores, porque essa madrugada fez um frio da porra.
João Paulo olhou para as próprias roupas, sujas de sangue seco, e lembrou: — Mano, a gente precisa trocar essas roupas. Tá tudo nojento de ontem.
Bruno deu uma olhada no próprio estado e concordou: — Palavra, tô precisando mesmo de um banho. Enquanto ainda dá pra tomar um quente.
Guilherme, cheio de energia e ignorando os perigos lá fora, deu um passo à frente e chamou todos: — Então bora! Chega de enrolar, vambora!
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.