Capítulo 34 — Encontro para Jantar
— Tudo bem se você não quiser falar… — A senhorita Aimee acrescentou com um olhar de compreensão.
— Eu planejo ser independente! — Gustav afirmou depois de alguns segundos de silêncio.
A senhorita Aimee virou-se para encará-lo.
— Independência? — Ela questionou.
— Sim, senhorita Aimee, não quero continuar em um lugar onde não sou bem-vindo — Gustav respondeu.
— Hmm — A senhorita Aimee tinha um olhar contemplativo no rosto depois de ouvir a resposta de Gustav.
— Então para onde você planeja ir? — A senhorita Aimee perguntou.
— Eu fiz minha pesquisa e agora que venci este duelo, tenho dinheiro suficiente para alugar um apartamento — Gustav respondeu com um olhar de antecipação.
— Essa não é uma má ideia, já que você já atingiu a maioridade, mas também pode ser um desperdício alugar um apartamento agora — A senhorita Aimee disse enquanto eles paravam na frente do dojô deles.
Nesta época, a idade legal para humanos, Slarkovs e mestiços era de dezesseis anos.
Aos dezesseis anos, uma pessoa seria considerada adulta, e agora Gustav já tinha dezessete.
— O que você quer dizer, senhorita Aimee? — Gustav questionou com um olhar confuso.
— Nos próximos quatro meses, o teste de entrada da MBO será realizado. Se você conseguir passar e for escolhido para entrar no campo de treinamento da MBO, não precisará de acomodação ou alimentação, já que o governo irá providenciar isso para você — A senhorita Aimee explicou.
Ela conseguia entender de onde Gustav vinha com a decisão dele, mas ela sentiu que poderia ser um desperdício para ele alugar um apartamento, apenas para deixá-lo depois de quatro meses.
Os aluguéis eram caros por aqui e geralmente só funcionavam com pagamentos anuais.
— Você deveria estar economizando para outras coisas, como suprimentos que você possa precisar durante seus dias no campo da MBO… Posso lhe dizer que não será fácil sobreviver lá sem ter suprimentos que diferem das provisões militares — A senhorita Aimee disse com um olhar ligeiramente preocupado.
“A senhorita Aimee parece ter certeza do que está dizendo… Se for esse o caso, terei apenas que receber mais compensações,” Gustav pensou.
— Obrigado, senhorita Aimee, mas seria melhor se eu me mudasse agora, sobre a questão de economizar, pretendo fazer isso pegando… ahem, quero dizer, ganhando ainda mais dinheiro — Gustav curvou-se ligeiramente para a senhorita Aimee com um sorriso.
— Hmm, certo, apenas certifique-se de planejar bem o suficiente, porque posso dizer que ter apenas poder pode não ser o bastante… riqueza também é um atributo! — A senhorita Aimee acrescentou antes de subir os três degraus posicionados em frente ao dojô deles.
Ela de repente parou e virou-se para encarar Gustav.
— Já que você venceu o desafio hoje, você e eu iremos a esse encontro, em vez disso — A senhorita Aimee afirmou e virou-se para entrar.
— Eh? Encontro? — Gustav tinha um olhar confuso no rosto depois de ouvir aquilo.
— Entre e troque para sua roupa casual — A senhorita Aimee gritou de dentro do dojô.
Gustav ainda estava confuso com a declaração repentina da senhorita Aimee, mas mesmo assim prosseguiu para entrar no dojô.
Vinte minutos depois, a senhorita Aimee e Gustav estavam sentados dentro de um grande restaurante.
Uma tonelada de comida estava colocada na mesa na frente deles.
Peru de carne, camarões gigantes mutantes, peixe-tigre frito, arroz preto, caranguejos fritos no palito, etc.
A mesa estava repleta de comidas exóticas de diferentes tipos.
Os olhos de Gustav brilhavam de excitação e ele engoliu saliva enquanto encarava o banquete diante deles.
“Quem diria que a senhorita Aimee também era uma gulosa?” Gustav ficou surpreso depois que a senhorita Aimee pediu tudo isso.
Eles estavam atualmente em um restaurante bem conhecido no sexcentésimo trigésimo quarto andar do edifício.
A senhorita Aimee decidiu levar Gustav para um agrado para recompensá-lo por seu desempenho hoje.
Ela calculou que, já que teria que sair com John Brown se Gustav perdesse, então ela deveria dar essa recompensa a Gustav, já que ele venceu.
Isso deveria ser um encontro, em vez disso, era mais como um agrado de comida.
Gustav foi o primeiro a pedir quando eles chegaram ao restaurante. A senhorita Aimee havia dito a ele na época para não ser modesto e pedir o que quisesse, mas ainda assim, ele decidiu não pedir muito. Ele ficou surpreso ao ver a quantidade de comida que a senhorita Aimee pediu.
A mesa inteira estava empilhada com diferentes tipos de pratos agora.
As pessoas em outras mesas estavam olhando para eles com um olhar estranho, mas ambos não se incomodavam nem um pouco.
O restaurante era luxuoso. Isso era óbvio pelos designs internos. As mesas e cadeiras eram tão escuras, brilhantes e suaves que poderiam ser confundidas com um espelho pelas reflexões visíveis em suas superfícies.
O piso inteiro era revestido com um tipo de material de construção tecnológico que brilhava nuvens.
Andar no chão fazia parecer que você estava andando nas nuvens.
O ar cheirava tão delicioso que você podia provar.
— O que você está esperando, um convite? — A senhorita Aimee, que estava segurando um camarão vermelho, chamou Gustav depois de notar que ele não tinha começado a comer.
— Vá em frente e coma — A senhorita Aimee acrescentou antes de abrir a boca e enfiar uma parte do camarão na boca.
Gustav sorriu, pois estava apenas pensando em qual prato experimentar primeiro.
“Vamos começar com os camarões mutantes,” Gustav pensou e prosseguiu para pegar um camarão vermelho na mesa. Ele podia dizer que o camarão já estava mergulhado em molho picante, e era por isso que estava inteiramente vermelho.
Havia cerca de cinco deles na mesa, e cada um era três vezes o tamanho de uma palma.
Gustav quebrou um deles em duas metades e rapidamente o enfiou na boca.
Metade ainda era maior que uma palma humana, mas Gustav conseguiu colocar a coisa toda na boca.
As bochechas dele incharam enquanto ele sorria com deleite: — É de-li-cio-so — Devido à boca cheia, ele não conseguia falar direito.
Croc! Croc! Croc!
Enquanto Gustav mastigava o camarão mutante, havia uma mistura de sabores que ele conseguia detectar. O sal na primeira mordida tinha um gosto um pouco forte, mas depois disso, ele conseguia detectar especiarias misturadas. Um pouco apimentado com um tom de sabor de frango, misturado com pequenos gostos suculentos como cranberry e um sabor floral semelhante à lavanda. Cheiro de mar também estava presente, transmitindo uma sensação incrível.
Tudo se uniu para criar um sabor agradável em sua boca, que era ao mesmo tempo acentuado e suave.
Gustav não perdeu tempo em pegar a segunda metade antes de engolir tudo de uma vez.
As mãos e a boca de Gustav não pararam de se mover até que não restasse nada na mesa.
Em poucos minutos, tudo havia sido devorado por ele e pela senhorita Aimee.
Gustav recostou-se na cadeira após o banquete e suspirou de alívio.
“Ah, parece que ficarei “grávido” por um tempo,” Gustav pensou enquanto olhava para sua barriga inchada.1
Ele olhou para a senhorita Aimee, que também tinha um olhar de satisfação.
Gustav olhou para a região da barriga da senhorita Aimee e ficou chocado.
“Para onde foi toda aquela comida?” Ele podia ver que não havia nenhuma protuberância. Nem o menor sinal de que ela havia acabado de ter um banquete enorme.
Ele calculou em sua mente que a senhorita Aimee comeu pelo menos sessenta por cento da comida na mesa.
“Quem diria que a senhorita Aimee era um monstro,” Vendo como sua barriga estava tão lisa como sempre, ele não conseguia imaginar ter uma competição de comida com a senhorita Aimee.
— A propósito, Gustav, por que você não aceitou a amizade de Masuba? — A senhorita Aimee decidiu perguntar isso, pois estava incomodando ela por um tempo.
— Hmm — Gustav sentou-se ao ouvir isso e olhou para o nada por alguns segundos antes de responder: — Senhorita Aimee, neste ponto da minha vida, decidi não aceitar amizades que não serão nada além de falsas! Aquele Masuba foi um deles que me chamou de lixo, mas depois de chutar o traseiro dele, ele decidiu fazer amizade… Eu nunca seria capaz de confiar em pessoas assim para me apoiar quando estou em um estado vulnerável… o que acontece se um dia eu não conseguir usar minha força ou me tornar um lixo novamente, uma pessoa assim continuaria sendo minha amiga? Se o poder é a única razão para o laço que compartilhamos, então pode não haver laço algum em primeiro lugar! Já que a amizade será baseada no poder, então é falsa e eu não a quero! Eu não sei se serei capaz de estabelecer laços reais com as pessoas, mas vou tentar, e quando o fizer, não será baseada em poder ou interesses egoístas… — Gustav explicou longamente.2
A senhorita Aimee o encarou por alguns segundos antes de responder: — Entendo seu ponto de vista, mas também é idiota pensar dessa forma.
— Uh? — Gustav ficou surpreso com a resposta da senhorita Aimee. “Se ela entende, então por que ela ainda diz que é idiota?” Gustav se perguntou.
— É idiota porque você pode não saber quando precisará usar essas pessoas para propósitos específicos — A senhorita Aimee afirmou.
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.