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    Gustav seguiu para a estação de ônibus mais próxima e viajou de volta para a casa de seus pais.

    Como esperado, levou apenas cerca de cinco minutos antes que ele chegasse à parada mais próxima da casa de seus pais.

    Gustav caminhou pela trigésima quarta rua em direção à área residencial.

    Em poucos minutos, ele chegou a uma casa que era a sétima na fila de casas nesta área.

    A diferença entre esta rua e a nova onde seu apartamento estava localizado era que este lugar era construído melhor, mesmo que apenas casas tipo bangalô pudessem ser vistas. Era óbvio que esta parte da cidade era mais do lado urbano.

    Gustav não perdeu tempo, caminhando em direção à casa. Ele olhou os arredores e notou que o carro de sua mãe não estava estacionado na frente, o que significava que ela ainda não estava em casa.

    Gustav, que sabia onde a chave estava guardada, foi pegá-la.

    Ele abriu as portas e foi direto para o quarto em que passou dez anos enfiado.

    Ele não perdeu tempo pegando suas roupas do armário colocado atrás de sua banheira.

    Ele tirou um dispositivo de armazenamento que era um pouco semelhante ao que ele tirou de Hung Jo.

    Um tipo botão. Ele havia se livrado do dispositivo de armazenamento de Hung Jo há muito tempo. Ele não queria que ninguém o rastreasse até ele.

    Gustav colocou as roupas no dispositivo de armazenamento depois de ativá-lo.

    Ele se virou para sair do quarto, mas parou quando chegou à porta.

    Ele virou-se novamente e observou o quarto.

    Ele voltou para a banheira em que dormia há anos e colocou a mão nela.

    Ele esfregou a borda levemente: — Não sentirei sua falta.

    Ele virou-se depois de murmurar aquelas palavras e saiu do quarto.

    Gustav caminhou pela pequena passagem e seguia em direção à porta quando sentiu algo.

    Tum! Tum!

    Ele podia ouvir o som de passos vindo de fora.

    — Parece que eles chegaram — Gustav murmurou enquanto a porta era empurrada.

    Duas pessoas entraram.

    Não eram outros senão a mãe de Gustav e seu irmão mais novo, Endric.

    Eles olharam para Gustav, que acabava de sair da passagem do outro lado, por um momento antes de seguir para o sofá para se sentar.

    Eles ignoraram Gustav, que continuou caminhando em direção à porta.

    — Esse lixo! Você sabe que seu irmão não tem voltado para casa a tempo, e você nunca demonstrou qualquer preocupação! — A mãe de Gustav gritou com um olhar distorcido.

    — Mãe, por que você se incomoda em iniciar uma conversa com ele? — Endric cruzou as pernas com um ar de arrogância enquanto falava com uma voz fria.

    Gustav havia pausado seus passos ao ouvi-los falar.

    — O lixo tem que ser útil para alguma coisa, pelo menos… deixe-o mostrar preocupação! — A mãe de Gustav expressou mais uma vez.

    — Ei, inútil, meu único filho recebeu uma bolsa de estudos para frequentar a academia MBO para jovens mestiços e agora está recebendo treinamento pessoal de um mestiço patente Echo! — A mãe de Gustav acrescentou com um olhar de orgulho.

    “Oh, é por isso que eles têm chegado tarde o tempo todo?” Gustav ligou os pontos.

    — Você deveria vir e parabenizá-lo! Seja bom para uma coisa, mesmo que todos saibamos que você é inútil! — A mãe de Gustav continuou falando sem parar enquanto elogiava Endric.

    Gustav estava a poucos metros deles. Ele ficou ali por vários segundos com um olhar sombrio no rosto antes de finalmente dizer algo.

    — Bom para ele.

    Gustav voltou a caminhar em direção à porta.

    Ele passou por trás de onde estavam sentados no sofá.

    Um sorriso pairava em seu rosto enquanto ele falava novamente: — Parabéns.

    O olhar no rosto de Gustav quando ele cumprimentou Endric era de indiferença. O sorriso tinha um tipo de elemento de zombaria.

    Passo! Passo! Passo! Passo!

    Gustav voltou a caminhar para a frente depois de dizer aquilo.

    — Ei, você deveria estar de joelhos quando me disser isso! — Endric afirmou com uma expressão de nojo.

    Ele sentiu nojo pelo fato de que Gustav não tinha o mesmo olhar ciumento que ele costumava ter sempre que ele o encarava. Aquele olhar de reverência não estava mais lá.

    Gustav não parou de andar, ele se comportou como se não tivesse ouvido uma palavra do que Endric acabara de exigir.

    — Ei, lixo, você me ouviu! Ajoelhe-se e me parabenize! — Endric parecia irritado enquanto se levantava para encarar Gustav, que ainda seguia em direção à porta.

    — Me faça — Gustav murmurou em silêncio enquanto ele virava a cabeça para encarar Endric.

    Olhar!

    Endric recuou um pouco ao ver o olhar frio no rosto de Gustav. Ele nunca pensou que um dia Gustav o encararia daquele jeito. O olhar fez um calafrio percorrer sua espinha, “Por que ele parece tão feroz de repente!” Endric não conseguia entender a mudança repentina.

    Gustav virou-se novamente para a porta ao chegar diante dela e esticou a mão para abri-la.

    De repente, uma força estranha desceu sobre Gustav, fazendo-o pausar seus movimentos.

    — Eu disse ajoelhe-se! — Endric gritou novamente.

    Ele parecia ter recuperado a postura. Ele estava xingando-se internamente por ter se assustado com Gustav.

    “Como posso ter medo de lixo!” A mão direita de Endric estava esticada em direção a Gustav.

    Gustav sentiu a mesma força estranha envolvendo seus ombros e empurrando-o para baixo à força.

    Ele reconheceu esse poder, era de Endric.

    Os joelhos de Gustav se dobraram ligeiramente devido à força repentina, mas em um segundo ele se endireitou novamente, usando os ombros para empurrar a força invisível para cima.

    Endric ficou surpreso ao ver que Gustav não estava caindo de joelhos como ele esperava.

    “O que está acontecendo? Endric não está usando seus poderes agora? Como Gustav ainda está de pé?” A mãe deles podia ver Endric esticando a mão, o que significava que ele estava usando seus poderes, mas ela não entendia por que ainda via a mesma expressão casual no rosto de Gustav, como se ele não fosse afetado.

    “Como ele consegue resistir à minha telecinese?” Endric começou a caminhar em direção a Gustav enquanto aumentava a força de sua telecinese.

    Gustav sentiu a força pressionando seu ombro aumentar. O chão abaixo estava começando a ranger devido ao aumento de peso.

    “Isso deve ser cerca de mil quilogramas de força…” Gustav calculou enquanto virava e começava a caminhar em direção a Endric.

    Se fosse o antigo Gustav, essa quantidade de força exercida sobre seus ombros o esmagaria.

    Passo! Passo! Passo! Passo!

    A cada passo que Gustav dava, o choque nos rostos de Endric e de sua mãe aumentava.

    “Como?” Endric canalizou sua linhagem ainda mais, aumentando a força além do que era antes.

    Gustav parou por um instante, olhando para baixo, enquanto seu rosto escurecia. Ele levantou o pé direito e o colocou na frente do esquerdo antes de fazer o mesmo com o esquerdo.

    — Eu tolerei suas atitudes como meu irmãozinho por muito tempo! — Gustav falou com um tom de ressentimento.

    — Deixei você fazer o que quisesse comigo, já que eu não conseguia revidar!

    — Eu era um irmão mais velho patético, não era?

    — Bem, isso acaba hoje! — Ele expressou enquanto chegava na frente de Endric, que ainda tinha o braço esticado.

    — Como seu irmão mais velho, eu lhe darei o que você merecidamente merece quando desrespeitar uma pessoa mais velha! — Gustav acrescentou enquanto encarava Endric nos olhos.

    Os olhos de Endric se arregalaram de choque, mas antes que ele pudesse abrir a boca para falar, ele notou a palma de Gustav balançando em direção à sua bochecha esquerda.

    Era rápido demais para ele acompanhar e, antes que ele pudesse reagir à velocidade, o contato foi feito.

    Pah!

    Um tapa alto ressoou na sala de estar enquanto Endric era mandado voando em direção à extremidade da sala.

    Bang!

    As costas dele colidiram com a parede do outro lado enquanto a boca dele se abria com as costas arqueadas.

    Seu corpo permaneceu naquela posição por um tempo, enquanto seu rosto mostrava dor e confusão, antes que seu corpo deslizasse em direção ao chão.

    — Já que você quer tanto esses pais inúteis, pode tê-los para você! — Gustav expressou enquanto virava.

    Sua mãe ainda estava sentada no sofá com a boca aberta. Era como se um filme estivesse se desenrolando diante dela.

    “Ele consegue resistir à telecinese de Endric? Onde ele conseguiu força para realizar tais feitos?”

    A mente dela não conseguia compreender o que acabara de acontecer. Ela sentiu que havia visto a coisa mais inacreditável acontecer diante dela.

    “Como isso é possível? Esse não é o mesmo lixo que dei à luz?” Ela não conseguia reagir adequadamente ao incidente e continuava olhando para Gustav, perguntando-se se ele era outra pessoa disfarçada.

    Gustav começou a caminhar em direção à porta novamente: — A partir de hoje, não somos família! Se algum dia nos cruzarmos no futuro, eu os tratarei como trato qualquer outra pessoa! — Gustav disse ao chegar à porta.

    — Não compartilhamos laços ou relacionamentos, e assim permanecerá!

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