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    — Oh, isso é algo que vai te ajudar a dizer a verdade! — Edan empurrou o capacete em direção à cabeça de Gustav e tentou colocá-lo para ele.

    — Não vou deixar você — Gustav virou a cabeça para o lado, fazendo o capacete ser colocado em seu pescoço.

    — Comporte-se… Não tenho tempo para brincadeiras! — Edan gritou e moveu o capacete em direção a Gustav, que ainda estava movendo a cabeça, tentando desviar.

    Agarra!

    Edan agarrou o queixo de Gustav com a mão esquerda e segurou a cabeça dele com força antes de colocar o capacete na cabeça.

    Nh… Nhhaau… Grhh! — Gustav murmurou algumas palavras incoerentes enquanto tentava mover a cabeça, mas foi em vão.

    O aperto era tão poderoso que ele mal conseguia fazer barulho.

    Ele já podia dizer qual era a função do capacete, mas era impotente para tentar impedi-lo.

    “Não! Não! Não! Não! Não! Não!” Gustav continuou gritando interiormente. Ele não queria que o segredo do sistema fosse exposto, mas ele não era forte o suficiente. Este era o dispositivo de ajuste cerebral, e uma de suas funções era forçar uma pessoa a responder a quaisquer perguntas feitas com a verdade.

    Mesmo se ele decidisse se transformar, ele não conseguiria romper os laços que o prendiam.

    Mesmo que ele pudesse romper, o homem à sua frente era mais poderoso do que ele, e isso também revelaria sua habilidade.

    — Ative-o! — Edan disse ao homem ao lado dele.

    O homem assentiu e clicou em um botão atrás do capacete.

    Estalo! Estalo! Estalo!

    As faíscas elétricas no capacete aumentaram em número e tamanho, fazendo os olhos de Gustav se arregalarem de dor.

    Em poucos segundos, seus olhos ficaram sem vida.

    Edan olhou para a expressão de Gustav, que parecia estar acordado, mas também dormindo.

    — O dispositivo de ajuste cerebral está atualmente funcionando — O homem ao lado dele afirmou.

    — Qual é o seu nome? — Edan perguntou.

    — Eu sou Gustav Oslov — Gustav respondeu como um robô.1

    Ele parecia um fantoche nesse momento.

    — Bom, funciona sem problemas, esse é o nome completo do pirralho — O homem ao lado dele confirmou.

    — Agora me diga o que aconteceu naquela montanha há três meses… Me diga o que aconteceu desde a sua chegada naquela floresta — Edan comandou.

    Gustav, cujos olhos ainda pareciam os de um fantoche sem vida, começou a falar.

    — Naquele dia, fui à floresta para cometer suicídio…


    No bairro, mais de trinta minutos se passaram e as pessoas ainda falavam sobre o que aconteceu.

    Angy caminhava por aquela rua específica tentando rastrear Gustav.

    Ela estava esperando Gustav chegar desde que o viu sair do apartamento antes.

    Como ele disse que iria buscar algumas coisas na barraca que ficava a apenas três ruas de distância, ela esperava que ele já tivesse chegado.

    Ela notou as pessoas do lado de fora de suas casas conversando com alguns policiais.

    “Por que a polícia está aqui?” Ela se perguntou enquanto se aproximava para verificar o que estava acontecendo.

    — Então você não consegue descrever o rosto dessa pessoa?

    — Oficial, não só estávamos distantes da cena, mas eles também estavam se movendo muito rápido para vermos suas figuras direito, e quando pararam de se mover, um carro chegou instantaneamente para pegar o sequestrador e o garoto.

    Angy conseguia ouvir a discussão entre o policial e uma das pessoas do bairro que testemunhou o crime.

    “Sequestrador?” Angy se aproximou para ouvir direito.

    — Então, pela figura dele, você podia dizer que era uma criança.

    — Sim, oficial, o garoto que foi levado era certamente um adolescente.

    — E pelos movimentos deles, incluindo o garoto, eles são mestiços?

    — Eles são definitivamente mestiços, o garoto também apareceu de repente, assim como o homem, então é muito óbvio que ambos são mestiços.

    Nesse ponto, Angy já estava começando a ter uma sensação ruim em seu coração.

    Ela continuou ouvindo, sentindo que alguma informação importante estava por vir.

    — Então não há como identificar esse garoto?

    — Oficial, se você estivesse aqui quando aconteceu, entenderia o que quero dizer… As figuras deles estavam praticamente embaçadas devido à velocidade.

    — Hmm, com a situação atual, talvez não consigamos fazer nada, já que não conseguimos uma única descrição.

    — Oficial, se bem me lembro… Embora eles se movessem bastante rápido, tenho certeza de que o garoto tinha cabelo loiro… Sim, cabelo loiro. Eles se moviam bastante rápido, mas eu conseguia pelo menos apontar aquela cor!

    Imediatamente depois que Angy ouviu aquilo, a mente dela congelou.

    “Cabelo loiro?”

    Embora pudesse ser outra pessoa, já que ter cabelo loiro não era exclusivo de uma única pessoa, Angy sabia que apenas uma pessoa nesse bairro tinha cabelo loiro e também era mestiço que a superava na velocidade de que ela sempre se orgulhava.

    Ela começou a entrar em pânico: — Oh meu Deus… O que eu faço?

    Ela não tentou ir encontrar a polícia porque sabia que nessa situação eles não seriam capazes de fazer muito ou fazer nada.

    Os policiais por ali eram mais fracos que Gustav, então para ele ser levado significava que havia forças mais fortes agindo ali.

    Ela continuou pensando em quem ela poderia ir encontrar.

    Ela de repente se lembrou de algo.

    “Ele sempre seguia para o Dojô Gami depois da escola para treinar com o professor dele… Ela é a única que eu posso ir encontrar,”

    Angy lembrou-se de ter perguntado a Gustav por que ele nunca voltava para casa com ela. No começo, ele não queria contar a ela, mas depois que ela o incomodou repetidamente por uma resposta, ele finalmente cedeu e contou a ela sobre o dojô.

    Angy rapidamente correu em direção ao ponto de ônibus mais próximo para pegar uma carona.

    Essa era a primeira vez que ela se sentia tão tensa. Ela não sabia se teria permissão para entrar no dojô, mas não tinha escolha a não ser tentar.


    Cinco minutos depois, Angy desceu do ônibus e, à sua frente, havia um enorme prédio de setecentos andares.

    Ela rapidamente correu em direção a ele.

    Os quatro homens musculosos na frente da entrada a notaram e a chamaram para parar de correr.

    Angy parou diante deles e pediu educadamente permissão para entrar.

    — Jovem, não sei quem você é nem de onde veio, então vou lhe explicar… Este é o edifício de negócios do Grupo Octavia, sem identificação adequada, você não pode entrar!

    — Por favor, é uma emergência, só preciso informar uma professora daqui sobre o aluno dela! — Angy implorou.

    — Me desculpe, mas não posso deixá-la entrar, ligue para essa professora em seu dispositivo de comunicação!

    — Eu não tenho nenhum meio de contatá-la, por favor, deixe-me entrar! É urgente! — Angy continuou implorando, mas os guardas não a ouviam.

    Eles pediram para ela ir embora, mas ela não obedeceu, ela continuou implorando e gritando.

    A voz dela até atraiu as pessoas nas proximidades.

    Alguns que saíam do prédio tinham olhares de nojo e sugeriam que ela fosse jogada para longe das instalações.

    Mesmo com os olhares de desprezo e nojo, Angy continuou implorando.

    Os guardas não aguentaram mais. Um deles avançou para agarrá-la quando uma voz foi ouvida por trás.

    — Falco, o que está acontecendo? — Uma voz feminina suave o fez pausar.

    Os guardas viraram e notaram a dama de vermelho saindo do prédio.

    — Jovem senhorita — Os guardas se curvaram ligeiramente para ela enquanto ela se aproximava.

    1. N/T: !?!?!? Ele ainda se acha como parte da família Oslov? A qual ele “cortou” laços completamente?[]

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