Capítulo 122 — Desbloqueando os Olhos de Deus

— Diga-me, Angy, você acha que alguém vai querer ser companheiro de uma pessoa que pode causar sua morte? — perguntou Gustav.

— Eu… Bem… Eu… — Angy gaguejou repetidamente. Não havia como alguém querer isso, e ela sabia.

— Se você não puder mudar, pessoas morrerão e você não será capaz de salvar ninguém no final.

Gustav voltou para seu quarto após sua discussão com Angy.

Embora a discussão deles tenha tornado a atmosfera um pouco amarga, Gustav não se arrependeu de ter dito tudo aquilo a Angy.

Nesse momento, ele estava interessado em verificar as recompensas que recebeu ao completar três missões de uma vez.

Gustav sentou-se em sua cama e abriu a barra de notificações na interface do sistema.

Gustav olhou para as três recompensas que vieram de completar as missões.

Ele ficou satisfeito com as recompensas que o sistema distribuiu.

— Olhos de Deus, hmm… parece interessante — A recompensa que realmente chamou sua atenção foi a nova habilidade que foi desbloqueada.

Ele decidiu verificar suas habilidades na interface do sistema.

Gustav ficou maravilhado ao ver o que a nova habilidade podia fazer.

Ele podia ampliar sua visão agora com isso e também ver no escuro. Embora ele pudesse praticamente ver no escuro sem essa habilidade quando estava escaneando tudo com sua percepção, ele ainda gostou que essa fosse uma nova habilidade.

A única habilidade dos Olhos de Deus que ele não entendeu foi a última.

— Sinais vitais? O que são isso? Sinais de vida? — Embora parecesse simples, Gustav sentiu que não era.

Ele nunca tinha ouvido falar nada sobre sinais vitais antes, então ele não tinha a menor ideia do que deveria ser.

Gustav decidiu experimentar a nova habilidade, já que não exigia que ele fizesse nada absurdo primeiro.

As íris de Gustav brilharam em uma combinação de escarlate e verde ao ativar os Olhos de Deus.

“Uau,” Gustav ficou maravilhado quando um mundo totalmente novo apareceu em sua visão.

O quarto se transformou em um mundo de cores diferentes que representavam coisas diferentes.

Objetos inanimados ao seu redor eram azuis e todos tinham diferentes leituras numéricas sobre eles. Alguns brilhavam mais intensamente que outros e tinham mais números, enquanto outros eram um pouco mais fracos em comparação com o resto, com menos números.

Seus olhos viajaram em direção à varanda, onde algumas flores estavam plantadas e usadas para decorar o local.

Em sua visão, as plantas eram de um amarelo brilhante. Podiam até ser confundidas com ouro. As plantas também tinham números nelas e também alguns estranhos microssímbolos que Gustav não conseguia entender.

Esses microssímbolos não estavam presentes nas paredes e em outras coisas inanimadas quando ele as olhava.

Nesse momento, havia mais de dois colegas de quarto aqui, então Gustav decidiu verificá-los com os Olhos de Deus.

Ele ficou novamente espantado ao ver que dois de seus colegas de quarto tinham cores diferentes das das plantas e dos objetos inanimados.

Seus corpos eram feitos de cores brilhantes carmesim, azul e amarelo. Gustav também podia ver que essas cores ocasionalmente brilhavam mais e depois ficavam um pouco mais fracas. Então ele notou que os microssímbolos que estavam presentes nas plantas também estavam presentes neles.

A diferença era que estava localizado apenas em suas testas. Ele ainda não entendia o que eles significavam.

O que estava ao lado de sua cama tinha um ‘°¶°’ em sua testa, enquanto o do outro lado tinha um ‘∆∆’. Gustav continuou olhando para esses símbolos, tentando ver se conseguia descobrir algo sobre eles.

Gustav olhou para as notificações do sistema com um olhar de confusão misturado com intriga.

“Então esses são sinais vitais,” Gustav agora entendia um pouco, mas isso só lhe trouxe mais perguntas, “O que são sinais vitais e para que são usados?” Ele se perguntou, mas por mais que tentasse, não conseguia chegar a nenhuma conclusão.

Ele também tentou usá-lo como uma habilidade e o chamou repetidamente apenas para descobrir seu propósito, mas foi inútil.

Depois de tentar e falhar em descobrir qualquer coisa, Gustav decidiu tentar ver até onde sua visão poderia viajar.

Ele se levantou e caminhou até a varanda.

Ele parou diante da varanda, onde um pequeno aquário de peixes podia ser visto dentro do vidro que servia de grade para impedir que as pessoas caíssem.

Gustav olhou para baixo. O chão estava a mais de oitocentos metros de distância.

Gustav podia ver as pessoas lá embaixo parecerem formigas devido à distância, mas elas também pareciam emitir cores.

Ele podia ver a combinação de vermelho e azul em alguns, enquanto via vermelho e amarelo em outros.

É claro, ele não conseguia vê-los direito devido à distância, então decidiu ampliar sua visão para ver até onde ela o levaria.

A visão de Gustav viajou para baixo, ampliando tudo o que estava localizado no chão.

As pessoas andando no chão, que pareciam formigas à distância, começaram lentamente a ficar maiores e maiores.

Os olhos de Gustav não pararam de ampliar até atingir cerca de duzentos metros de comprimento.

Ele conseguiu calcular o comprimento do zoom com base no número de andares que sua visão passou ao ampliar.

Gustav recordou sua visão ampliada com um olhar de espanto.

“Isso realmente pode ser útil,” Gustav disse internamente.