『 Tradutor: Hiroto 』


    — Eu realmente preciso descansar agora.

    Liglian disse, recostando-se na cadeira. X havia acabado de receber a habilidade Negação da Morte e um filhote de dragão como recompensa. Ao ouvir isso, ele se apressou:

    — Desculpa por fazer tanto alarde, fiquei feliz demais! Descanse bem, Liglian! Eu já tô indo. Da próxima vez que eu passar por aqui, não venho de mãos vazias!

    A regra de ouro dos negócios: sempre retribua à altura do que recebeu.

    X curvou-se diante de Liglian, mas então parou de repente.

    “Talvez ele saiba…”

    Liglian era o braço direito do Rei Gourmet, então talvez ele conhecesse alguém que soubesse uma das receitas lendárias daquele rei.

    — Desculpe continuar incomodando, Liglian, mas… você conhece alguém que saiba alguma das receitas do Rei Gourmet? Eu adoraria aprender a sua receita agora, mas ainda não sou bom o bastante…

    — Bem… não posso garantir nada.

    Liglian se inclinou para frente, pensativo, antes de continuar:

    — Mas existe um Grande Sábio que dizem ter compreendido as leis do mundo. Ele frequentemente buscava o conhecimento desse homem…

    X nunca tinha ouvido falar desse tal sábio.

    — Posso saber o nome dele?

    — Sioras.

    — Entendi… Sioras. Obrigado, Liglian!

    “Sioras…”

    Era um nome totalmente novo para X. Onde vivia? Quem era exatamente? Estava curioso, porém não quis incomodar mais Liglian. Era evidente que ele já não tinha energia nem para se mover.

    Era hora de partir.


    [Após 24 horas, o efeito de “Negação da Morte” será removido!]


    Kyuung?

    Pedaços de carne e sangue começaram a se formar entre os ossos do esqueleto.

    Yongyong, assustado com a cena, alçou voo brevemente e começou a circular ao redor de X.

    — Vamos, Yongyong. Agora você tem que ficar quietinho.

    X olhou para Liglian, que parecia estar dormindo. Yongyong reconheceu a voz de seu mestre e esfregou o rosto em sua bochecha. X seguiu para a porta.

    — Até a próxima…

    Ele sussurrou, abrindo a porta.

    Rang!

    Mas havia uma dúvida persistente.

    “…Como é que eu saio daqui mesmo?”


    X, mastigando um espinho de peixe, chegou à Praia dos Mortos. Não tinha pensado no caminho de volta e isso o deixou meio sem graça. No entanto, não teve tempo de se preocupar.

    No instante em que abriu a porta, tudo ficou escuro.

    O corpo de X — e o de Yongyong — desapareceu em um piscar de olhos.

    Crack!

    Liglian, agora sozinho, sorriu e murmurou:

    — Como sucessor… parece que você escolheu alguém parecido, mas ao mesmo tempo completamente diferente, meu senhor.


    Flash!

    X abriu os olhos e viu uma mulher.

    “Quem é ela?”

    Ao cruzar olhares com X, as bochechas da mulher coraram instantaneamente.

    Aaaah!

    Slap!

    Ela deixou cair o lenço que segurava e saiu correndo.

    X não fazia ideia do que estava acontecendo. Abriu a porta, tudo escureceu e, quando deu por si, estava em um teto completamente desconhecido.

    PÁ!

    A porta se abriu e uma voz familiar ecoou:

    — Opa! Finalmente voltou à consciência?

    “Essa voz…”

    Era a voz de um senhor de meia-idade que costumava pescar perto de X no Mar dos Apaixonados.

    X se levantou e olhou para o rosto do homem.

    — O que aconteceu?

    — Isso que eu queria te perguntar! No que você estava pensando quando mastigou e engoliu aquele peixe espinhoso e sem nome? Já fazem quatro dias que você está desacordado!

    Quatro dias?!

    X gaguejou, incrédulo.

    Diziam que ele tinha sorte, mas… será que tudo não passou de um sonho?

    Ele manipulou a interface, duvidando. Então, deu um suspiro de alívio.

    “Não é um sonho.”

    Lá estavam as habilidades Negação da Morte e Invocação!

    Invocação era uma habilidade que invocava um pet. Era uma habilidade adquirida quando ele adotou Yongyong como seu pet, e parecia a prova de que seu encontro com Liglian não foi um sonho.

    “Que tipo de poder consegue criar um lugar daqueles…”

    A Praia dos Mortos, um local escondido.

    X havia passado um tempo na Praia dos Mortos durante sua inconsciência. Fazia sentido que sua noção de tempo tivesse ficado um pouco turva na Floresta dos Mortos.

    “Agora eu entendo por que o Kalon ficou tão maluco, né?”

    Mesmo que Kalon fosse diferente, provavelmente passou por algo parecido.

    Eventos imprevisíveis, condizentes com o apelido de excêntrico.

    X colocou a mão no peito e curvou-se para o homem.

    — Obrigado por cuidar de mim… mesmo que tenha sido algo pequeno…

    — Hehe, não diga isso. Eu também ganhei algo em troca. Ah! Por acaso chegou a conversar com minha filha? Ela é meio tímida, mas é uma ótima garota!

    Provavelmente estava falando da mulher com quem trocou olhares ao acordar.

    “Se eu continuar ouvindo, essa conversa não vai ter fim.”

    X aproveitou o momento certo para se levantar da cama, agradecer mais uma vez e sair da casa do homem, que parecia um tanto triste.

    — Está com pressa?

    — Sim, preciso verificar algo.

    — Nesse caso, vá em paz! Volte quando quiser!

    — Cuidado aí…

    Ouviu uma voz feminina tímida vinda de dentro da casa. X se curvou educadamente e se afastou da vila. Havia algo que ele queria confirmar.

    — Yongyong!

    O dragão filhote recém-nascido.

    Ele estava preocupado com o bem-estar do mascote ao qual havia dado um nome.

    Verificando se não havia ninguém por perto, X falou:

    — Invocar.

    Kyuuu!

    — Como você está?

    Kyuuu. Kyuuu.

    Yongyong esfregou o rosto na bochecha de X.

    Será que ele gostava da sensação de pele macia, diferente dos ossos?

    Logo se ajeitou no ombro de X, distribuindo carinhos.

    — Graças a você, Yongyong, o calor já não me incomoda.

    A pele geladinha de dragão.

    X o retirou dos ombros por um momento e abriu o inventário. Na última vez que checou, Yongyong estava com apenas 10% de saciedade. Desde que nasceu, não havia comido nada.

    — Vamos ver o que pode ser bom…

    O inventário de X estava bem abastecido.

    Todo tipo de carne e tempero.

    O problema era saber o que alimentar o pequeno dragão.

    Agora que estava criando uma criatura tão rara, precisava tratá-la com excelência!

    X organizou vários tipos de carne diante de Yongyong.

    — Escolha, Yongyong. Qual você quer comer primeiro?

    Kyuu?

    Sniff sniff…

    Yongyong farejou o ar e se aproximou da carne. Logo, abriu bem a boca e começou a devorar um pedaço de carne bovina.

    — Sabia comer carne, hein?

    X observava com satisfação.

    Se comesse bem, cresceria rápido.

    Pensar em enfrentar os arrogantes da War Machine ao lado de Yongyong o fazia sorrir.

    Nom nom nom!

    Assim que terminou a carne bovina, Yongyong já abocanhava a carne de cervo.

    Kyuuu!

    — Você tá mesmo com muita fome.

    Mas… comer demais também não é bom.

    X abriu a janela de status para verificar a saciedade de Yongyong — e ficou chocado.

    Mesmo após devorar um pedaço enorme de carne, a saciedade subiu apenas 1%!

    — Mesmo pequenininho, ainda é um dragão, né?

    Kyuu?

    Se ele comer três vezes ao dia assim… quanto isso vai custar?

    Se não fosse pelas suas mãos celestiais de ouro, alimentar Yongyong seria um desastre financeiro.

    Mas o que fazer? Yongyong era um dragão.

    Pensando no valor que ele teria no futuro, esse gasto era insignificante.

    — Tá comendo que é uma beleza, pelo menos.

    Kyuuu!

    — Cara… minha coluna vai sofrer pra te alimentar.

    Ele sentiu que precisava ser mais diligente em estocar ingredientes de agora em diante.

    X, observando Yongyong comer, soltou um suspiro profundo.


    X cancelou a invocação de Yongyong.

    — Bom… ninguém acreditaria que ele é um dragão mesmo.

    Quem, no mundo, conseguiria ter um dragão de estimação?

    Mesmo que X andasse por aí se gabando de que Yongyong era um dragão de verdade, as pessoas não acreditariam nele.

    Mas X não queria chamar atenção desnecessária.

    “Seria só incômodo.”

    E, de qualquer forma, ele não era do tipo que ficava parado em vilarejo.

    Tinha muito tempo pra passar com Yongyong depois. Então, voltou para Lablinna.

    “Preciso encher meu próprio estômago também.”

    Pegou um espetinho de rua, cobriu de tempero e devorou.

    Então, organizou seus pensamentos.

    Tsk, tsk… encontrar o Grande Sábio vai ser impossível.


    [Paladar Celestial descobriu o sabor oculto do “Macarrão Picante Frito”!]



    [A textura elástica do macarrão se funde ao seu corpo!]



    [HP máximo aumentado em 30 pontos!]



    [Destreza aumentada em 1 ponto!]


    Grande Sábio Sioras…

    Sem saber onde ou quem ele era, era praticamente impossível encontrá-lo.

    Então, o que restava fazer era claro:

    — Preciso ficar mais forte.

    Uma subida de nível rápida!

    Apesar dos ganhos com Liglian, ele ainda não os havia usado totalmente.

    E agora que tinha Yongyong, queria treinar combinações em batalha com ele.

    Tsk, tsk… meu nível já está acima dos 100.

    O nível atual de X era 101.

    Sem uma guilda e sem grupo para caçar em dungeons, ele estava lentamente ficando para trás.

    Mesmo em áreas de caça decentes, a competição era acirrada. Porém, isso não se aplicava a X.

    — Já sei o lugar perfeito!

    Ele já tinha isso em mente: o Deserto do Esquecimento!

    Era uma região onde os jogadores estavam praticamente extintos devido aos monstros de areia avassaladores e à luz solar intensa. No entanto, X tinha a Culinária Celestial!

    “Yongyong pode descansar entre uma luta e outra.”

    Era só treinar bastante até pegar o jeito.

    Mesmo no Deserto do Esquecimento, X tinha poder de um top ranker. Os monstros de nível 100 do início não seriam páreo para ele.

    “Sem falar que lá dá pra encontrar relíquias.”

    Relíquias!

    Itens antigos, melhores do que raros, mas um pouco abaixo dos únicos.

    Relíquias só liberam seus efeitos completos quando usadas como um conjunto. Além disso, elas oferecem efeitos especiais de conjunto, e usar um conjunto completo de relíquias pode oferecer benefícios superiores aos de conjuntos únicos de nível semelhante.

    No entanto, relíquias eram incrivelmente difíceis de obter.

    Como convém a um reino antigo, suas taxas de obtenção eram incrivelmente baixas.

    Mesmo entre as dezenas de milhões de jogadores de Fate, apenas alguns possuíam um conjunto completo de relíquias.

    X, por outro lado, tinha mãos de ouro.

    — Vamos tentar até conseguir.

    Destino: Deserto do Esquecimento!

    Objetivo: Conjunto completo de relíquias!

    Com determinação renovada, X se preparou para partir rumo à Arba, a capital do Reino de Arba.


    Ele estava deitado na cápsula há dois dias e meio, mas não estava cansado.

    E isso é compreensível, porque dessa vez, ele teve uma colheita tremenda.

    Tap!

    Lee Ji-won deu um tapa em si mesmo.

    Ardeu.

    Isso significava que não era um sonho.

    — Yongyong, meu irmãozinho é precioso demais!

    Uma recompensa gigantesca e inesperada!

    Só de pensar em Yongyong, ele sorria de orelha a orelha. Nem valia a pena comentar sobre a Negação da Morte — era absurdo demais.

    Lee Ji-won sorriu e começou a pesquisar. Ao buscar informações sobre mascotes, vários artigos apareceram.

    — Aumentar a afinidade normalmente não é difícil…

    Quanto mais nobre a linhagem, mais difícil era fortalecer os laços. E nada em Fate World era mais nobre do que um dragão.

    Apesar que Yongyong tinha o charme de um vira-lata.

    — Se ele só comesse menos… seria perfeito.

    Lee Ji-won revisou mais uma vez as informações sobre o Deserto do Esquecimento, e então acessou o site da Meiji.

    Como sempre, antes de dormir, verificava o ranking dos jogadores para renovar seu espírito competitivo.

    Mas, então, uma notificação chegou.

    “É da Meiji?”

    Lee Ji-won franziu a testa — sua mensalidade não estava atrasada.

    Ao abrir a mensagem e ler, murmurou:

    Parabéns… por ter sido selecionado como Mage Streamer…?


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