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    『 Tradutor: Crimson 』


    O exército de máquinas mágicas lutando sob a bandeira das Bruxas do Destino foi o quarto grupo a entrar pela porta planar.

    Como muitos goblins no grupo estavam apenas no nível de aprendizes ou abaixo, os adeptos do Clã Carmesim não tiveram escolha senão aplicar defesas mágicas neles com antecedência. Os goblins também foram obrigados a beber poções defensivas para maximizar suas chances de sobrevivência.

    Ainda assim, doze goblins foram esmagados em pedaços pelas distorções planares durante o processo de travessia da porta.

    A sensação de atravessar uma porta planar era estranha. O próprio Greem sentiu como se tivesse sido apenas um instante, mas o Chip registrou dezessete segundos inteiros de memória em branco. Greem tinha claramente entrado em um estado peculiar de transição espacial durante esse tempo. Sua mente não conseguira romper os limites do tempo para permitir-lhe vivenciar todo o processo.

    Greem tinha a sensação de que poderia até influenciar o processo de teletransporte se conseguisse manter sua atividade espiritual durante esse estado de transição espacial.

    Infelizmente, o talento espacial de Alice havia sido completamente convertido em um talento para destino. Caso contrário, ele talvez pudesse aprender algo com ela.

    Ainda sonhando acordado e imaginando as possibilidades, Greem abriu os olhos e ficou imediatamente atônito diante do campo de batalha sangrento e selvagem diante de si.

    O portal estava localizado em uma planície desolada. Havia apenas terra seca e rachada ao redor, junto de seixos e rochas de vários tamanhos. No momento, centenas de milhares de seres vivos e monstros se amontoavam em torno do portal, banhando cada centímetro da terra com seu sangue ou o de seus inimigos.

    Os primeiros dez mil mortos-vivos a atravessar o portal agora se aglomeravam ao redor dele, usando seus corpos inchados e feios para conter os inimigos. Lutando até a morte contra essas criaturas profanas estava um grupo de orcs de outro mundo, de estatura colossal e músculos protuberantes.

    Eles tinham corpos grandes, bocas imensas, presas que saíam dos lábios, olhos grandes e músculos explosivos. Sua pele era verde-clara, cheia de poros largos. Suas veias eram grossas como serpentes, e eles vestiam couros rústicos de animais e peitorais. Praticamente toda a pele exposta era coberta por tatuagens índigo.

    Suas armas eram extremamente primitivas.

    Eram porretes de pedra grossos, clavas cravejadas de espinhos ou imensas machadinhas e martelos de guerra de metal. Pelo aspecto, esses orcs não eram hábeis em fundição de metais. As armas eram simples e muito malfeitas, sem o brilho cortante das armas humanas ou os padrões delicados do processo de forja.

    Mesmo assim, essas armas primitivas ainda demonstravam poder intimidador nas mãos dos orcs e de sua força bárbara!

    Eles não possuíam magia ou poderes sobrenaturais. Confiavam puramente em seus corpos fortes e na força brutal para enfrentar o exército de mortos-vivos, criaturas das sombras e espíritos. No entanto, a cada grito de guerra ensurdecedor, um poder de linhagem surgia das elaboradas tatuagens em seus corpos, aumentando significativamente sua força, velocidade, físico, regeneração e resistência mágica.

    Greem permaneceu diante do portal e estreitou os olhos, avaliando silenciosamente aquele campo de batalha caótico, sangrento e em plena ebulição.

    Com a poderosa visão do Chip, Greem podia incluir perfeitamente tudo em um raio de três quilômetros e meio em seus sentidos. Quando sua atenção se voltava a uma área específica, o Chip conseguia ampliar rapidamente a imagem panorâmica e projetá-la diante de seus olhos.

    Greem percebeu que o exército de orcs não era a tribo nativa primitiva que havia imaginado. Eram uma raça poderosa, com métodos adequados de guerra e divisão coerente de tarefas de combate.

    No momento, os que estavam na linha de frente enfrentando o exército das bruxas eram os orcs de pele verde que ele havia visto antes. Eram guerreiros selvagens e bárbaros, confiando apenas em sua força e adrenalina para lutar contra inimigos igualmente aterrorizantes.

    Atrás dos orcs de pele verde, Greem viu harpias com rostos humanos e corpos de águia, gnolls arremessadores de lanças, guerreiros centauros, xamãs orcs cobertos de tatuagens tribais no rosto, mamutes de guerra do tamanho de colinas e ciclopes aterrorizantes capazes de arremessar pedregulhos de dois metros de diâmetro a centenas de metros de distância.

    Não era um grupo de nativos primitivos sem inteligência. Não, era um verdadeiro exército!

    Felizmente, não parecia haver muitos deles.

    Pelo menos, ainda não em quantidade suficiente para causar problemas ao exército das bruxas.

    As bruxas da vanguarda haviam arriscado a vida para enterrar uma pedra de localização no início da batalha. Essa pedra forneceu às bruxas do Mundo Adepto as coordenadas para o teletransporte. As tribos de orcs próximas rapidamente se reuniram por decreto divino dos deuses bestiais e avançaram contra as bruxas sob a liderança de seus chefes.

    Felizmente, os reforços vindos da porta planar chegaram rapidamente. O exército de mortos-vivos que saiu do portal imediatamente colidiu com os guerreiros orcs que avançavam. As tropas orcs continuaram a se reunir no campo de batalha, enquanto o portal cuspia incontáveis criaturas estranhas que devastavam a terra.

    Inicialmente, os orcs ainda conseguiram conter as forças das bruxas perto do portal. Porém, à medida que mais criaturas surgiam da entrada, cada vez mais poderosas, os orcs foram lentamente empurrados para trás.

    Mesmo com todos arriscando a vida para atacar as forças inimigas, não havia como deter o fluxo constante de tropas vindas do portal.

    No chão, orcs batalhavam contra mortos-vivos e criaturas das sombras.

    Nos céus, espíritos translúcidos e espectros lutavam contra harpias.

    Lanças de madeira afiadas desciam sobre a maré de mortos-vivos como uma chuva forte, enquanto pedregulhos imensos esmagavam suas fileiras, deixando manchas de sangue por onde rolavam.

    No geral, as armas e defesas do exército orc ainda eram simples demais. Não podiam se comparar às poderosas bestas vodu que as bruxas haviam criado com tanto esforço. Se não fosse pela densidade da linha de defesa, esse exército de trinta mil orcs não teria conseguido conter as bestas vodu.

    Já que haviam chegado a esse campo de batalha, não podiam simplesmente permanecer como espectadores inertes à margem.

    Greem assentiu para Gru, e o cérebro separado pilotou seu corpo mecânico de três metros em direção ao campo de batalha. Atrás de Gru, fileiras de máquinas metálicas temíveis ergueram suas armas de energia mágica e marcharam em conjunto, disparando enquanto avançavam.

    Era preciso admitir: as bestas vodu criadas pelas bruxas eram extremamente poderosas individualmente. Todas possuíam força aterrorizante em combate. Porém, em um campo de batalha, ou se aglomeravam demais e limitavam sua própria mobilidade, ou investiam cegamente, derrubando até mesmo seus próprios aliados. As fileiras das bestas vodu eram caóticas e desordenadas, sem qualquer ato digno de cooperação.

    Enquanto isso, o exército de máquinas mágicas liderado por Gru era completamente diferente dos soldados das bruxas. As poucas centenas de máquinas mágicas moviam-se como uma só. Sua formação era rigorosa e compacta. As armas de energia mágica em suas mãos podiam não ter imenso poder individual, mas sempre concentravam seu poder de fogo em uma única área quando disparavam.

    Até mesmo os Quebra-Crânios, conhecidos por seus corpos resistentes, eram incinerados quando atingidos por tantos feixes de energia. Seus corpos musculosos ficavam crivados de buracos em um instante. 1

    Uma única rajada era capaz de exterminar todos os orcs em uma área de cem metros quadrados.

    Foi através desse avanço constante que a formação de Quebra-Crânios dentro do alcance das máquinas mágicas começou a desmoronar.

    Isso também criou indiretamente um caminho para as bestas vodu avançarem.

    A onda sem fim de mortos-vivos avançava diante das máquinas mágicas, preenchendo as brechas abertas no exército de orcs. Assim, todo o esforço dos orcs em conter as bruxas foi por água abaixo.

    A atuação chamativa do exército de máquinas mágicas imediatamente chamou a atenção de muitas bruxas poderosas.

    Algumas flutuavam nos céus, outras estavam sentadas nas costas de seus animais mágicos, mas todas avaliavam aquelas máquinas aparentemente inconspícuas com expressões de choque e surpresa.

    As bruxas ali talvez não fossem proficientes nas técnicas de criação de golens metálicos, mas possuíam algum entendimento sobre o processo. Em comparação às bestas vodu, que eram mais convenientes e simples, a criação e a montagem de golens de metal eram muito mais trabalhosas e difíceis, além de exigirem uma surpreendente quantidade de minérios metálicos.

    Consequentemente, a maioria das bruxas havia desistido de forjar golens de metal, simplesmente porque acreditavam que não eram tão rentáveis quanto seus próprios mortos-vivos e criaturas das sombras. Golens metálicos até serviam bem como guardas estacionários em uma torre. Porém, em combate real, perder apenas um deles já era suficiente para causar dor no coração. Repará-los também era uma tarefa complicada.

    Afinal, não poderiam levar consigo, em cada batalha, os técnicos e grupos de logística responsáveis pelas peças de reposição dos golens, não é?

    Por essas razões, as bruxas haviam desistido de usar golens de metal como força expedicionária. Contudo, isso não significava que não fossem poderosos!

    Golens de metal eram leais, poderosos, robustos e surpreendentemente resistentes. Mais valiosa ainda era sua capacidade de nunca sentir fadiga. Contanto que houvesse um suprimento suficiente de cristais mágicos, se tornavam máquinas de movimento perpétuo, lutando continuamente até o momento em que se desfaziam.

    Esse exército de máquinas mágicas sob a bandeira das Bruxas do Destino era composto quase inteiramente de golens metálicos de Primeiro Grau.

    Ainda assim, a proeza de combate que exibiam era superior à do exército caótico de bestas vodu. Eles pareciam ser muito mais fáceis de comandar.

    As bruxas poderosas também notaram claramente o estranho gigante de metal marchando à frente das máquinas mágicas. Essa máquina era uma existência ainda mais peculiar. À medida que avançava, feixes de energia azul disparavam de seu grande corpo metálico.

    Máquinas mágicas atingidas por esse feixe imediatamente eram carregadas de energia. A frequência de seus disparos e a intensidade de seus ataques aumentavam em certa medida.

    Hmm? Parecia ser algum tipo de fonte de energia capaz de fornecer energia remotamente para todo o exército de máquinas mágicas.

    As bruxas curiosas não puderam evitar estender secretamente seus Espíritos em direção àquela máquina.

    Infelizmente, um campo de força cristalino irradiava ao redor das máquinas e bloqueava os Espíritos das bruxas.

    Eh? Isso era ainda mais estranho. Não parecia ser apenas uma máquina-fonte de energia, mas sim um ser metálico vivo.

    As bruxas não puderam evitar ficar ainda mais intrigadas!

    1. Os Quebra-Crânios são uma tribo de trolls verdes em World of Warcraft.[]
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