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    Um brilho pálido atravessava as frestas entre as folhas das árvores do bosque dos Torboun. Laranjeiras, macieiras e romãzeiras na maior parte, embora nenhuma estivesse em época de colheita. Os ancestrais da casa pareciam ter apreço por frutas, espalhando tanto dessas árvores ao redor de seu decrépito castelo.

    Odilon se mantinha parado como uma delas nos momentos de calmaria do vento. Sentiu uma folha cair em sua cabeça, juntando-se a outra dúzia que havia pousado lá anteriormente, confeccionando uma coroa de louros em meio a cobertura verde que se envolvia.

    Concentrar-se em mantê-la verde era um bom treino para sua mana, segundo Scalco.

    Observava os movimentos entre os ramos verdes no chão, ignorando o dos galhos alaranjados e marrons acima. Escolher o que ignorar e o que focar era importante tanto no combate quanto na cama, ou ao menos era isso o que sir Jacke sempre lhe dizia quando treinavam com espadas. E, embora preferisse ignorar metade do que o cavaleiro sorridente costumava falar, absorvia sua experiência de combate de bom grado. Ellday sabia quantos bons homens tentando proteger a honra maculada de suas mulheres, filhas e irmãs já haviam perecido ante a espada do Sorriso da Manhã.

    Experiência grande o bastante para que o pai de Odilon, duque Hérmi Archabaunt ignorasse tais gostos.

    Um som de galho quebrando chamou sua atenção para um arbusto a sua esquerda.

    Odilon cuidadosamente se reposicionou, girando seu tronco de forma que não fizesse muito barulho ao se mover. Mirou com sua besta e aguardou, até que uma galhada cor de vinho surgisse entre o verde.

    Esperou dois segundos – um segundo após ver o olho do cervo, um antes que fosse notado por ele.

    A criatura saltou em galope com o susto repentino e Odilon percebeu que não morreria com um único dardo. Porém não tinha certeza que o acertaria novamente em meio ao movimento quase espasmódico de seu corpo em fuga.

    Para sua sorte o servo correu em sua direção, que, mesmo já tendo sido percebido, devia estar quase invisível sobre a cobertura verde de seu manto. Odilon então sacou sua espada, saltando sobre o animal.

    Cortou o pescoço, de baixo para cima, com um movimento diagonal da amolada lâmina cimitarra.

    O corpo negro do cervo tingiu-se de vermelho enquanto a criatura dava seus últimos suspiros, caída no chão coberto de folhas.

    Os rubros chifres tremiam a cada espasmo.

    Estava sofrendo, sabia Odilon. Ainda assim, ele nada fez para apressar seu fim. Considerava tal coisa inútil. Afinal, o primeiro golpe já bastou para matá-lo, não havia necessidade de erguer o braço em um segundo.

    Interrompeu o fluxo de mana que corria entre ele e as gemas de seu manto, fazendo voltar a aparência comum de uma capa dourada revestida de cristalinas pedras preciosas de aparência suntuosa demais para uma caçada, ou qualquer outro momento que não fosse um baile real.

    Odilon tomou um apito que levava consigo e o soprou, sentando-se ao lado do cervo morto e esperando.

    Momentos depois ouviu latidos de cachorro e gritos apressados de homens em correria.

    Um grande pastor húdico surgiu à sua frente, acompanhado de dois kolaches de pelagem cinzenta. Os cães cercaram o corpo do cervo, farejando-o e latindo para chamar os tratadores. Odilon não deixou de perceber o quão bem treinados eram os animais do Barão Tourbon.

    Todos os homens devem ter pelo menos um talento, não?, refletiu, lembrando que aqueles cães foram criados e adestrados sob supervisão do próprio barão. Algo pelo que se gabara uma dúzia de vezes na semana anterior.

    Os tratadores, e demais homens de armas surgiram após, trotando em cavalos baios.

    Odilon os ordenou a carregar o cervo, drenarem o sangue, e então retirassem sua cabeça para pô-la à disposição de Torboun se esse a desejasse pô-la em suas paredes. E assim o fizeram, como se fosse ele o seu senhor.

    E era.

    Os Torboun eram vassalos dos Reyt de Vale do Elmo, que por sua vez eram vassalos dos Archabaunt.

    Fazia uma semana que estava hospedado junto a eles. Tempo demais para conhecer todas as manias dos membros Torboun, e enfadar-se por cada uma delas.

    No entanto, teria de permanecer ali até ouvir que o séquito da princesa já se aproximara de Repouso das Garças.

    Não poderia mandar diretamente no castelo, mas quase não havia vontade sua que o generoso e afável barão Torboun não realizasse. Seja pratos, acomodações ou mesmo a mão de sua filha, se Odilon assim o desejasse – muito embora não a desejava. 

    Deixou os servos com seus afazeres e sozinho ele caminhou até onde o acampamento estava montado, às margens de um pequeno lago, onde um grande pavilhão verde e azul fora montado para o barão, e ao seu lado havia um menor, com outros menores o orbitando.

    Ao ver o pavilhão, Odilon não deixou de elogiar a riqueza dos Torboun, ao mesmo tempo em que comentava sobre como o de seu pai e o seu próprio, eram o dobro do tamanho, quando caçavam nas redondezas das matas de Noux.

    Detalhes que pareciam importar ao barão.

    Ao entrar no acampamento, ele ignorou a maior parte dos servos, nobres menores e cavaleiros comuns que tentavam bajulá-lo de alguma forma e seguiu até sua tenda, montada a certa distância do pavilhão principal a pedido seu. Estando também cercado da guarda de cavaleiros e homens de armas que o seguia desde que deixara a fortaleza ancestral de sua casa.

    A última coisa que desejava era encontrar-se constantemente com a filha ou as nobres sobrinhas do barão. Manter uma conversa que fosse com elas era como explicar a queda do império Ivirta a uma galinha tetrasa. E explicar coisas nunca fora de seus maiores gostos.

    — Onde está sir Jacke? Não o vi na caçada — perguntou ao homem de arma postado à entrada da tenda.

    — Sir Arnault está em sua tenda, meu senhor. Aparentemente ele ainda não despertou — respondeu o homem, inquieto demais para estar falando a verdade.

    Odilon soltou um pequeno riso.

    — Duvido muito que tenha dormido. Mand… — Se deteve, repensando a ideia — Na verdade, deixe-o lá.

    Entrou no espaço que, embora fosse menor do que seus aposentos no castelo dos Archabaunt, tinha espaço o suficiente para uma cama com colchão de penas de pavão, um armário com uma dúzia de mudas de roupa, um espelho e uma banheira de alumínio sobre lenha com um bimbo para que o jovem herdeiro dos Archabaunt gozasse de alguma privacidade.

    E era lá o seu destino.

    Odilon ordenou aos três servos responsáveis por suas necessidades que preparassem o banho,

    Pôs a capa em um baú trancado a chave e se despiu do restante de suas roupas de caça.

    Momentos depois, ele saiu da banheira limpo e aquecido, se vestindo com um gibão dourado com machados cruzados, sob com uma coroa púrpura, costurados em seu peito. Passou em si mesmo um agradável perfume, embora não o melhor que tinha à disposição, e saiu para encontrar-se com o Barão Torboun.

    Já era quase noite, com os últimos raios de sol teimando em desaparecer entre as nuvens brancas do horizonte. Um par de guardas o seguiu pelo acampamento usando orgulhosas armaduras douradas com detalhes púrpuras. As cores ancestrais dos Archabaunt.

    Seguindo o som da música, sempre presente nessas ocasiões, Odilon chegou ao pavilhão deparando-se com as dezenas de pessoas reunidas lá dentro em volta de uma mesa abastada.

    Nobres menores, cavaleiros proeminentes a serviço de alguma casa e outros mais comuns, buscando cair nas graças de algum senhor.

    Uma caçada era uma boa chance para isso, com tantos nobres em busca do maior prêmio possível a ser conseguido. Seja por suas próprias mãos ou pela de outros, que o fizessem em seu nome. Como era o caso do velho duque Archambaunt.

    Odilon dispensara uma dúzia de prepotentes cavaleiros e caçadores, que desejavam o favor do herdeiro de Archambaunt, e realizou a caça por sua própria conta.

    E o prêmio estava naquele momento nas cozinhas do acampamento.

    De frente para a mesa estava um estrado elevado, onde se sentavam o anfitrião e os convidados de honra. Dos quais Odilon era um. Acima viu o brasão do Torboun, um carvalho verde sobre um campo azul. Maçante, na mais agradável das opiniões que poderia dispor.

    Ignorou os bajuladores com toda cortesia que lhe restava e seguiu ao seu lugar no estrado, à direita do barão.

    — Barão Torboun — prestou a reverência devida a posição de ambos. Tão respeitosa como se devia a o anfitrião, não profunda o suficiente para que o filho de um conde se rebaixe.

    — Infanto senhor Odilon — cumprimentou o barão Cey Torboun. Um homem de feições dóceis no rosto marcado por manchas de pele e barbicha peluda que fazia seu queixo parecer o rabo de um poodle. — Me alegra lhe ver tão cedo — Apontou para o assento ao seu lado. — Sente-se, por favor.

    Odilon tomou seu lugar, soltando o ar preso em seu peito. Sentiu-se aliviado ao constatar, sentado ao seu outro lado, sir Faun Dolecher, um cavaleiro bem afamado naquela região. Olhou e, para aumentar o seu alívio, percebeu que a filha corpulenta do barão não se fazia presente, como também uma das sobrinhas, restando apenas a mais nova ao lado da baronesa.

    Sentindo-se mais leve, tomou o prato após o barão servir-se, e partiu para si uma parte do assado de ganso marinado a rom.

    — Tomei conhecimento de sua bem sucedida caçada essa tarde — comentou o barão.

    Odilon virou levemente o pescoço, como quem não se importasse.

    Seu pai detestava o hábito de Odilon em caçar sozinho, dizendo que a disputa entre homens menores por seu favor eleva a honra da casa Archabaunt.

    Odilon lembrava o quão honrado o seu velho pai parecia recostado no cadeirão como uma flácida bolsa de ossos secos.

    — Foi uma tarde proveitosa, creio — respondeu.

    — Não muito para alguns. O senhor de Parlas caiu de seu cavalo, quebrando a bacia, segundo o meu farmo pessoal. Os irmãos Erdorn perderam o javali que perseguiam. Ouvi que a fera lançou um homem contra uma árvore antes de escapar mata adentro. Mas nada está além do que houve ao pobre visconde de Brecher — Fez uma pausa e deu um gole na taça prateada que descansava à sua esquerda.

    — E o que aprouve? — perguntou Odilon, fingindo interesse, enquanto cortava o pato com os talheres.

    Barão Torboun limpou a boca com um lenço e prosseguiu.

    — Ele encontrou a esposa junto a um cavaleiro comum deitada em uma tenda suja a leste do lago.

    Odilon franziu as sobrancelhas, lembrando de uma certa pessoa.

    — Que ultrajante — disse com um toque de revolta em sua voz, enquanto engolia o ganso.

    — Sim, sim. Não imagino o que faria se estivesse na situação do pobre Yalei, se fosse uma de minha família maculada nos lençóis de um homem, ainda por cima de tão baixo nascimento — bravejou o barão.

    Tomado pela curiosidade, Odilon fingiu pegar uma jarra de vinho irnaceno e olhou para a baronesa Torboun, que pareceu admiravelmente impassível ante essa declaração. A sobrinha, no entanto, empalideceu, parando o movimento de seus talheres.

    Rindo internamente, ele retornou a sua nobre postura habitual. No fim, estava certo em não desejar nenhuma delas. Podia odiar ouvir a voz do pai, mas sabia reconhecer quando ela lhe dizia algo que valesse a pena ouvir. Em especial, algo que guardara para sempre dentro de sí:

    “Não derrame nossa semente no ventre de uma meretriz suja.”

    — E o que o pobre visconde fez? — perguntou Odilon ao barão.

    — Mandou chamar o píer Mourrice e exigiu que fosse concedido a penitência à esposa — respondeu o barão, servindo-se de um apetitoso prato de fígado de touro albarã.

    — Mas os homens da família da viscondessa não são os Troimont? As terras deles estão um pouco distantes.

    — De fato, de fato, mas foi permitido que os homens presentes da família do Visconde representassem tal papel.

    Odilon imaginou a cena. Meia dúzia de homens tirando as luvas e batendo no antes belo rosto da mulher Brechet.

    — E o cavaleiro? — perguntou mais.

    — Ele não era casado, então a única penitência a pagar foi a expiação. Ainda assim, duvido que o visconde permita que viva além de amanhã — observou o barão, limpando novamente a boca com um lenço.

    — Creio que não — Odilon notou a costura de flores em seu tecido.

    Um enfeite novo aparentemente, e que rapidamente ganhara popularidade entre as damas e cavalheiros em certas casas. Algo banal para Odilon, que ele normalmente não prestaria atenção.

    Normalmente.

    — Noto que a vossa filha não se encontra presente — comentou casualmente.

    — Minha Sophie se encontra indisposta hoje devido a um resfriado repentino. A mesma coisa ocorreu a minha sobrinha. Estão descansando em seus aposentos.

    O jantar prosseguiu da mesma forma que começou. O barão contou-lhe sobre os triunfos de sua casa nas guerras contra o império de Behamuth, e na reconquista Ibena, junto aos cavaleiros santos de Pérgamo.

    Odilon o ouviu educadamente, limitando suas palavras ao tangenciar cada assunto.

    Alguns nobres menores e prepotentes cavaleiros se apresentaram com palavras gentis e olhos repletos de esperança e ambição, mas, novamente, Odilon educadamente os dispensou.

    Quando julgou ser tarde o suficiente e estar farto o suficiente, ele se despediu do barão Torboun e saiu noite afora pelo frio e pouco iluminado acampamento, em direção aos seus aposentos.

    Perguntou-se o que seu pai diria de seu modo de se portar naquela noite, imaginando a boca murcha a dirigir-lhe erros e insultos, e dotado de toda razão que acreditava lhe caber.

    Duque Hérmi Archabaunt podia ser um velho inválido naquele momento, mas fora um grande e notável senhor na juventude, causando temor e respeito no coração de muitos nobres apenas com sua presença. E desse modo, cobrava de Odilon que se portasse de forma equivalente. Algo a qual ele pouco se importava.

    Porém outra coisa o incomodava naquele momento.

    Não viu sir Jacke a noite inteira.

    Cansado da ausência do cavaleiro, e com um assunto importante a discutir, Odilon tomou uma lâmpada a óleo e rumou até a tenda em que Jacke passara o dia e a noite enfurnado, abrindo-a de rompante.

    Seus olhos passearam pelo interior do lugar, que cheirava a corpos suados e fluídos corporais, reconhecendo o formato de corpos entrelaçados no chão da tenda, enrolados em mantas e lençóis. Reconheceu também os rostos deles.

    O primeiro a se levantar foi Jacke, zonzo pela forte luz da lâmpada. Então, despertada pelo movimento brusco do cavaleiro, levantou a segunda, de cabelos cacheados emaranhados cobrindo parte do rosto redondo e de bochechas gordas. Odilon teve a visão completa de seus gordos seios caídos e do quadril avantajado e pernas carnudas.

    Não tinha a mínima intenção de possuí-la, mas decidiu que não lhe fazia mal nenhum olhar.

    — Boa noite, senhorita Torboun — cumprimentou, fazendo a filha do barão notá-lo e encolher de vergonha, puxando os lençóis do chão para cobrir-se e acordando a prima, que, paralisada, fixou seus assustados olhos em Odilon, assim que os abriu.

    Apenas por um momento ele teve um vislumbre de seu corpo esguio e refinado, antes que a garota o cobrisse com as mãos e braços.

    Permaneceram assim por longos segundos até que Odilon olhou para Jacke, que esfregava os olhos numa bacia d’água, aparentemente alheio à situação.

    — Perdão pela visão inoportuna jovem senhor. Deseja algo de mim? — perguntou, como se tivesse sido pego contando uma piada vulgar.

    Odilon suspirou, revirando os olhos.

    — Veste-te. Espero-o na minha tenda — ordenou, virando-se para as garotas ainda assustadas. — Minha senhoritas, acho bom que voltem aos seus aposentos. Não é bom para garotas doentes permanecer com a pele tão exposta à brisa noturna — aconselhou em tom de claro deboche e saiu.

    Aguardou sentado em um confortável banco de seda até que o cavaleiro adentrou a tenda.

    Sir Jacke Arnault parecia tão impassível e desavergonhado como sempre. Vestia calças de montaria e uma camisa de algodão com uma espada curta preso ao cinto.

    — Vejo agora o motivo pelo qual passou o dia inteiro indisposto — comentou secamente.

    — Sua graça se equivoca em parte. Elas vieram a mim apenas após o sol se pôr. O dia de fato foi ocupado por outra companhia.

    Odilon suspirou, relevando o cavaleiro.

    Ainda que se incomodasse com sua frequente irreverência, preferia as piadas imorais do imoral “sorriso da manhã”, à expressão fechada e repreensões duras de sir Mellys. A qual apenas ecoava aquilo que saia da boca de duque Hérmi.

    — Quando voltarmos ao castelo, vá até Scalco e avise que os campos estavam belos — explicou.

    A expressão despreocupada de Jacke enrijeceu.

    — Sua Graça tem certeza?

    — Sim, pois o bom barão gosta muito de flores — disse com fingindo limpar a boca com um lenço. — Avise também que estou com insônia recentemente e que preciso de uma poção para dormir.

    Sir Jacke assentiu rigidamente.

    — É apenas isso, pode se retirar.

    O cavaleiro prestou-lhe uma reverência e atravessou a fresta da cortina. Odilon permaneceu parado, observando o lugar por onde ele saiu. Pensava em várias coisas, mas em nada ao mesmo tempo.

    Brecher, Parlas, os Rosbeper…

    O futuro de nossa casa depende disso, lembrou o decrépito pai dizer.

    Matar um homem por conta de um bordado de flores. Uma ação que antes ele trataria por estúpida, até ter conhecimento das profundezas que eram tramas entre os nobres.

    Os bordados floridos, espalhados pelas cortes nobres de todo o reino nos últimos meses, tinham uma origem incômoda e eram usados pela maioria das damas, mas geralmente não pelos homens. Com certas exceções, que tinham relação com essa incômoda origem.

    Os bordados vinham de uma vila na extrema margem da floresta de Gauss, nos territórios do Freive. E eram inocentemente usados pelas damas. Mas ganhavam um significado diferente quando usado por senhores nobres, em especial os patriarcas das casas que sabiam o seu significado.

    Simbolizavam fidelidade à causa do primeiro príncipe, segundo o que os espiões da princesa descobriram. E alí Odilon os viu nas vestes, tecidos e lenços dos nobres presentes. Os quais prestavam juramento à sua casa.

    Uma reunião de traidores, pensou lembrando do velho costume Archambaunt de se lidar com traidores.

    O barão irá primeiro, assim como a baronesa, decidiu, já pensando em como cooptar o irmão para sua influência. Desconsiderou a filha como problema. Confiando que rapidamente sumiria também.

    O Visconde Brecher ganharia em breve inimizade dos Troimont devido ao ocorrido com sua esposa. Poderia enfraquecer um, e ao mesmo tempo aproximar-se de outro.

    Ao senhor de Parlas bastaria uma mudança nos ventos, e era o que em breve ocorreria.

    Mostrar força e poder…

    — Talvez isso baste por enquanto, pai.

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