Capítulo 23: A Arena das Sombras Eternas
O salão de treinamento do Refúgio da Lua Calada ainda vibrava com os ecos do treino anterior, as runas entalhadas nas paredes de pedra pulsando como veias de luz em um coração ancestral. Kazuto, Himari, Chen Hua, Ryu, Sora e Nariko, exaustos após a missão frustrada em Kyoto contra Haiko, o Vermelho, tentavam recuperar o fôlego, as auras de seus Feralis ainda tremeluzindo. Lau, o Faxineiro Divino, 12º Shisai, girava sua Vassoura Espiritual com uma expressão severa, as cerdas brilhando com uma aura etérea que selava impurezas e expulsava feras instintivas da alma. Ridicularizado por muitos por seu Feralis aparentemente trivial, Lau carregava nos olhos castanhos uma intensidade que fazia o grupo estremecer.
Ele sabia que eficiência valia mais que aparência, e sua presença era um lembrete constante de que o Torneio das Feras exigiria mais do que bravatas.
Nara, sempre pragmática, havia se retirado para o salão principal com os Shisai, provavelmente discutindo a mensagem enigmática de seu pai e a presença irritante de Vorax. Lau, sozinho com o grupo, bateu a vassoura no chão, o som ecoando como um trovão. — Vocês acham que aquele treino foi suficiente? — disse, a voz grave cortando o ar como um vento gelado. — Aquilo foi um aquecimento. Sigam-me. Não temos tempo para preguiça.
Ele apontou a vassoura para uma porta oculta no fundo do salão, quase invisível entre as runas. Com um gesto, a porta se abriu com um rangido grave, revelando escadas descendentes que mergulhavam nas profundezas do Refúgio. O grupo trocou olhares, uma mistura de cansaço, curiosidade e apreensão. Nariko, carismática, girou sua tampa Feralis. — O que é isso, Lau? Uma masmorra secreta? — perguntou, o sorriso iluminando o grupo, apesar da exaustão.
— Algo melhor — respondeu Lau, com um brilho travesso nos olhos. — Vamos.
As escadas, esculpidas em pedra negra, pareciam sugar a luz, cada degrau vibrando com runas vermelhas que pulsavam como corações bestiais. O ar ficava mais denso a cada passo, carregado com o cheiro metálico de energia primal e um leve zumbido mecânico. Após descerem por minutos que pareceram horas, chegaram a uma câmara subterrânea colossal, a Arena das Sombras Eternas — nome que Lau criou na hora, pronunciando-o com um tom que parecia ancestral, como se a câmara tivesse testemunhado séculos de batalhas. O teto abobadado era cravejado de runas vermelhas que brilhavam como estrelas ensanguentadas, iluminando fileiras de robôs inativos flutuando em formação. Seus corpos de liga escura reluziam, olhos vermelhos apagados, armados com lâminas etéreas e auras simuladas que ecoavam Feralis reais.
— Bem-vindos à Arena das Sombras Eternas — anunciou Lau, a vassoura brilhando como uma extensão de sua alma. — Aqui, vocês aprenderão o que é verdadeira resistência.
O grupo ficou boquiaberto. Himari, vibrando de excitação, deixou faíscas elétricas saltarem dos cabelos prateados. — Isso é incrível! Tipo um exército de robôs do mal! — exclamou, os olhos brilhando.
Sora, raivoso, cerrou os punhos, a aura de raiva pura tremeluzindo. — Robôs? Vou esmagar todos! — rosnou, o chão vibrando sob seus pés.
Ryu, arrogante, bufou, as garras Feralis brilhando. — Isso? Fácil demais pra mim. Vocês é que vão atrasar — zombou, penteando o cabelo com desdém.
Chen Hua, tímida, segurou uma flor que brotava de sua mão, os olhos gentis arregalados. — Tantos… será que são perigosos? — sussurrou, a flor tremendo.
Kazuto, sentindo o Feralis do soco pulsar, apertou os punhos. — Vamos fazer isso. Pelo torneio — disse, a voz firme, lembrando de Yuta e da família.
Nariko riu, carismática. — Isso aí, novato! Vamos virar lendas nessa arena! — Ela girou a tampa, que brilhou como um escudo vivo.
Lau ergueu a vassoura, e as runas no chão acenderam, um brilho vermelho que ativou os robôs. Seus olhos vermelhos se acenderam, e eles se moveram como feras mecânicas, auras falsas pulsando com uma intensidade assustadora. — Vocês só sairão daqui todo dia quando derrotarem 1.000 robôs. Cada um — declarou Lau, o tom implacável. — Podem sair para comer, tomar água, tomar banho e outras necessidades… mas só após derrotarem todos. Isso continua até o Torneio das Feras. Sem exceções.
Sora arregalou os olhos. — Mil por dia? Isso é insano! — Sua aura explodiu, fazendo as runas piscarem.
Himari, vibrando, bateu palmas. — Mil? Isso vai ser eletrizante! Vamos fritar eles! — exclamou, faíscas saltando.
Ryu bufou. — Mil? Moleza. Vocês é que vão ralar pra acompanhar — disse, arrogante, as garras brilhando.
Chen Hua, tímida, murmurou: — Espero não machucar ninguém… — Sua flor pulsava, nervosa.
Kazuto assentiu. — Vamos lá. Não temos escolha — disse, determinado.
Nariko riu. — Vamos fazer história, galera! — gritou, carismática.
Lau bateu a vassoura no chão, e os robôs atacaram, lâminas etéreas cortando o ar. O treinamento começou, e a Arena das Sombras Eternas se tornou o inferno pessoal do grupo pelos próximos dois meses.
Dias 1 a 10: O Início do Caos
Os primeiros dias foram um caos absoluto, uma mistura de gritaria, suor e risadas frustradas. Kazuto enfrentava robôs com socos explosivos, a aura vermelha do Feralis do soco rachando cabeças mecânicas, mas a exaustão o derrubava após 200. — Mais um! — gritava, o punho brilhando, mas suas pernas tremiam. Lau, girando a vassoura, corrigia: — Controle a força, Kazuto! Ou vai desmaiar antes dos 1.000! — Um robô acertou seu ombro, forçando regeneração, e Kazuto riu, meio delirante. — Isso é treino ou tortura?
Himari dançava entre robôs, lançando raios elétricos que fritavam circuitos em explosões de faíscas. — Isso é tão divertido! Mil? Facinho! — vibrava, mas tropeçava no cansaço, faíscas voando descontroladas e quase acertando Nariko. — Ops, desculpa! — ria, enquanto Lau gritava: — Precisão, garota elétrica! Ou vai torrar seus amigos no torneio!
Chen Hua, tímida, cultivava flores venenosas que corroíam os robôs, pólen tóxico dissolvendo placas metálicas. — Por favor… parem… — sussurrava, mas suas flores explodiam em nuvens mortais, destruindo 180 robôs no primeiro dia. Lau assentia: — Confie no veneno, Chen Hua. É sua força gentil. — Ela corava, mas um robô cortou seu braço, a regeneração florescendo pétalas.
Ryu cortava robôs com garras Feralis, movendo-se com arrogância. — Amadores! — zombava, destruindo 220, mas os robôs revidavam, cortando seu peito, forçando regeneração. Lau bufava: — Menos ego, mais velocidade, Ryu! — Ele resmungava, mas acelerava, rindo quando um robô explodia.
Sora liberava ondas de raiva pura, esmagando grupos de robôs, o chão rachando sob seus pés. — Morram! — rosnava, destruindo 200, mas a fúria descontrolada o deixava vulnerável. Lau alertava: — Foco a raiva, Sora, ou ela te consome antes do torneio! — Sora socava o ar, irritado, mas ria ao ver Nariko tropeçar.
Nariko defendia com a tampa Feralis expandida, bloqueando lâminas etéreas e cortando como uma lâmina viva. — Vamos dançar, robozinhos! — ria, carismática, destruindo 210, incentivando o grupo. Lau sorria: — Versatilidade é a chave, Nariko. Continue assim. — Ela piscava, girando a tampa com graça.
O primeiro dia terminou ao amanhecer, o grupo caindo de exaustão após mal alcançar 200 robôs cada. Saíram para o refeitório, devorando sopa de ervas em silêncio, os corpos regenerando cortes e hematomas. Banhos gelados foram rápidos, e o dormitório os recebeu com beliches que pareciam paraísos. — Mil? Talvez amanhã cheguemos a 300 — brincou Nariko, caindo na cama, rindo com Himari. — Meu Feralis tá com câimbra! — respondeu Himari, faíscas saltando.
Dias 11 a 30: A Adaptação
As semanas seguintes foram uma montanha-russa de dor, risadas e progresso.
O grupo começou a entender os robôs, que variavam em padrões: alguns atacavam em grupos, outros usavam auras falsas para confundir. Kazuto aprimorava seus socos, a aura vermelha se tornando mais focada, destruindo 500 robôs no dia 20. — Sinto o poder! — gritava, o soco explodindo múltiplos robôs, o impacto ecoando. Lau corrigia: — Boa, mas guarde energia pro final! — Kazuto ria, desviando de uma lâmina etérea que cortou seu braço, regenerando com um grunhido.
Himari controlava seus raios, atingindo alvos distantes com precisão. — Eletrizante! — vibrava, destruindo 600 no dia 25, redes elétricas fritando grupos. — Isso é melhor que um videogame! — ria, mas Lau alertava: — Controle o ritmo, ou vai queimar sua aura! — Ela tropeçava, rindo, quase acertando Chen Hua.
Chen Hua, mais confiante, criava campos de flores venenosas que corroíam em massa, destruindo 550 robôs. — Está funcionando… — sussurrava, tímida, enquanto o pólen dissolvia robôs. Lau assentia: — Seu veneno é uma arma letal. Use sem medo. — Ela sorria, mesmo quando um robô cortava sua perna, pétalas regenerando a carne.
Ryu aumentava a velocidade, garras cortando como um furacão. — Sou imbatível! — gritava, arrogante, destruindo 700 no dia 28. Lau ria: — Imbatível até um robô te acertar! — Um robô cortou seu ombro, e Ryu, regenerando, bufava: — Só um arranhão!
Sora canalizava a raiva pura em ondas focadas, esmagando 650 robôs. — Controle! — rosnava, o chão tremendo. Lau corrigia: — Direcione, não desperdice! — Sora ria, destruindo um grupo e gritando: — Isso é pelo Haiko!
Nariko usava a tampa como arma versátil, defendendo e atacando, destruindo 720 robôs. — Vamos, galera! Somos mais fortes que esses lata-velhas! — gritava, carismática, incentivando. Lau sorria: — Lidere com essa energia no torneio! — Ela piscava, girando a tampa como uma dançarina.
Os dias eram exaustivos, mas a camaradagem crescia. No refeitório, compartilhavam sopa e histórias, rindo do cansaço. — Meu Feralis tá pedindo folga! — brincava Himari, faíscas saltando na sopa. Kazuto ria: — O meu tá gritando por mais robôs! — Chen Hua, tímida, oferecia flores medicinais, curando hematomas, enquanto Sora resmungava: — Só quero dormir. — Nariko liderava coros improvisados, mantendo o ânimo.
Dias 31 a 60: A Mestreza
Após dois meses, o grupo era irreconhecível, transformado pela Arena. No dia 50, cada um derrotava 1.000 robôs, exaustos, mas triunfantes. Kazuto socava com maestria, a aura vermelha como um canhão, destruindo grupos com um golpe. — Pro torneio! — gritava, rindo ao ver robôs explodirem. Lau assentia: — Você está pronto, mas não se ache demais.
Himari criava redes elétricas que fritavam robôs em massa. — Incrível! — vibrava, destruindo 1.000 com graça. Lau corrigia: — Mantenha a calma no torneio, ou vai se distrair. — Ela ria, faíscas dançando.
Chen Hua formava campos venenosos, corroendo robôs como uma onda silenciosa. — Desculpe… — sussurrava, gentil, destruindo 1.000. Lau sorria: — Sua gentileza é letal. Use isso.
Ryu cortava como uma sombra, garras letais destruindo 1.000. — Melhor que nunca! — arrogante, gritava. Lau bufava: — Menos pose, mais humildade!
Sora explodia com raiva pura controlada, ondas como lasers destruindo 1.000. — Perfeito! — rosnava. Lau alertava: — Controle sempre, ou será sua ruína.
Nariko manipulava a tampa como extensão de si, defendendo e atacando, destruindo 1.000. — Somos imbatíveis! — gritava, carismática. Lau assentia: — Lidere no torneio.
Os dias finais eram uma dança de poder e exaustão. No refeitório, riam de cortes regenerados e auras esgotadas. — Meu soco tá mais forte que nunca! — dizia Kazuto, enquanto Himari respondia: — Meus raios vão iluminar o torneio! — Chen Hua, tímida, compartilhava flores curativas, e Nariko liderava brindes com água: — Pelas Sombras Eternas!
Três Dias Antes do Torneio
No dia 57, o grupo derrotou os 1.000 robôs mais rápido, saindo para uma refeição merecida no refeitório, onde sopa quente e pão fresco pareciam banquetes. Exaustos, mas mais fortes que nunca, riam e planejavam. — ninguém vai escapar no torneio — disse Kazuto, o Feralis pulsando. Sora rosnava: — Vou esmagá-los. — Nariko ria: — Vamos todos brilhar!
Lau apareceu, girando a vassoura. — Vocês cresceram. Descansem agora. O Torneio das Feras será o verdadeiro teste. — Ele sorriu, a aura espiritual selando o ar. O Refúgio pulsava, pronto para a batalha iminente, enquanto o grupo sentia o peso e a glória do que estava por vir.
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