Capítulo 17- Cor escarlate
Após toda a batalha, o velho Maxwell se senta junto de Mia, a garota olha para o corpo falecido de Konan, a garota se comunica com Ermes dentro de sua mente dizendo:
“Você consegue consertar?”
“Ela tentou nos proteger… acho que vale a pena trazer de volta sua vida”, Ermes responde calmamente.
Mia se aproxima do corpo de Konan e passa o controle para Ermes, ao assumir o comando, a deusa enfia suas garras nas entranhas de Konan, Ermes conseguia sentir a alegria de Mia pelo o fato dela ter aceitado reviver Konan.
Serguei finalmente chega depois de seu diálogo com Akash, ele vê Ermes ressuscitando Konan, ele se aproxima da Deusa e diz:
“Obrigado…”
Ermes olha para Serguei, e com uma expressão de neutralidade ela diz:
“Estou fazendo isso porque a Mia me pediu… não precisa me agradecer…”
Serguei dá um leve sorriso, e bagunça um pouco o cabelo de Ermes, como uma forma de demonstrar carinho, a Deusa dos filhos de Ermes não entende muito desse gesto de Serguei, mas ela se sente feliz.
Ermes retira os braços das entranhas de Konan, a filha de Ermes começa a abrir os olhos lentamente, como se estivesse acabando de acordar.
“Pronto aqui está…” diz Ermes
Konan começa a se levantar sentindo uma grande dor de cabeça, mas antes que ela possa dizer alguma coisa, Serguei abraça tanto Konan quanto Ermes, A filha de Ermes não entende o que está acontecendo, e a pequena deusa fica levemente corada.
“Obrigado Ermes…”, diz Serguei, enquanto lágrimas descem de seus olhos.
Ermes tenta se soltar do abraço apertado de Serguei, mas no fim ela simplesmente aceita e troca para a Mia. Maxwell olha com alegria para seu velho amigo, enquanto se levanta ele diz:
“Realmente Serguei, vejo que você conseguiu, mas uma pergunta… da onde você tirou essa espada?”.
“A espada? Ela apareceu com uma porta vermelha, mas quando eu a peguei a porta sumiu!” responde Serguei olhando para a sua nova Katana.
Sua mais nova arma tinha um bilhete no cabo da espada, que estava escrito, “Venha me encontrar”, Serguei antes de falar qualquer coisa, maxwell diz:
“Porta? mas Serguei… não tinha nenhuma porta!”
Serguei ao escutar o que o Maxwell disse, ele decide manter em sigilo o que o cabo diz.
“Talvez a espada já devesse estar lá, mas só devo ter percebido após ter tomado um baita golpe na cabeça”. diz Serguei se levantando.
Maxwell se aproxima de Serguei e põe a mão em seu ombro, e diz com uma cara séria:
“Se estiver acontecendo alguma coisa… você pode contar comigo”
Konan ainda meio desorientada se levanta e diz:
“Eu digo o mesmo, mas o importante agora é sair daqui”
“Eu concordo… vai saber o quanto tempo estamos aqui…, aliás… Maxwell… o que aconteceu com você?” pergunta Serguei.
“Bem… como eu posso explicar… pelo o que eu entendi, aqui deve ter alguma distorção do espaço tempo, em que tudo aqui fica muito mais devagar que o lado de fora, bem se tudo estiver de acordo com o que o Ouroboros disse… já deve ter se passado um bom tempo…” responde Maxwell, olhando para o que era um relógio.
“então por que ainda estamos aqui? Vamos sair logo!” Konan berra indo em direção a saída.
Serguei concorda e põe a Mia em seus ombros Maxwell vai o acompanhando para caso alguma coisa aconteça, a garota fica observando a caverna meio temerosa pela a aparência dela.
Finalmente do lado de fora era nítido o que Maxwell tinha dito era verdadeiro, pois não estava com nenhum resquício de neve, o clima estava bem mais agradável, parecendo mais primavera, ou até mesmo verão, estava amanhecendo, Mia sentia um pouco de calor, por conta das suas vestes de inverno.
Serguei sem sentir nenhuma ameaça coloca a garota no chão, Mia automaticamente abraçou a perna de Serguei, ainda com um pouco de medo, o assassino apenas bagunça novamente o cabelo de mia.
“Vai ficar tudo bem agora pequena!” afirma Serguei.
Mas ao reparar a Mia continua grudada nele e sem reação ao carinho, Serguei olha em volta e vê que tanto Maxwell quanto Konan estão no mesmo estado, Serguei olha mais ainda ao redor e vê uma porta vermelha escarlate. Serguei sabia que aquilo era real, então ele solta a mia de sua perna e decide entrar na porta.
ao abrir a porta, ele se depara com uma sala do que parece ser uma cabana aconchegante, ele estava na sala de estar que era bem grande, que tinha duas passagens, uma levava para o corredor e outra levava para a cozinha, também tinha uma escada que levava para o segundo andar, e uma escada, os móveis são feitos de madeira em um estilo bem rústico quase beirando ao medieval, as lâmpadas tinham pequenas estrelas dentro delas, a lareira tinha chamas dançantes de cor vermelha escarlate.
Serguei decide se aventurar nessa sala, ele ficou olhando para alguns móveis, mas o que o mais chamou sua atenção foi uma escrivania que estava do lado da escadaria, em cima da escrivania tinha uma casinha, ao abrir parecia ser uma miniatura da cabana com uma versão em miniatura feita de madeira de Serguei, e uma outra que estava no segundo andar.
a figura do segundo andar, parecia com uma mulher de longos cabelos vermelhos escarlates que utilizava faixas de cor vermelho acinzentado como roupa, ao piscar além do gênero a miniatura muda de posição, agora ela está nas escadaria descendo indo de encontro com o Serguei, se aproximando mais de Serguei, serguei olha para as escadas e não vê ninguém lá.
ao olhar de volta para a casinha de bonecas, ele se assusta com uma mulher idêntica a miniatura, só que dessa vez ao seu lado fisicamente, e se apresentando.
“Oi”
Serguei se espanta e tenta sacar a sua nova Katana, mas antes mesmo que ele pudesse fazer algo a mulher segura a sua mão, ao olhar melhor sua altura era nítida que ela era bem mais alta que ele, tendo três metros de altura.
“Sem violência aqui… por favor..”, diz a mulher.
Serguei ao piscar o gênero dela muda para o masculino, Serguei fica sem entender absolutamente nada, mas sabia que ele ou ela era dono da quela espada.
“Me perdoe…”, diz Serguei, enquanto olhava para a figura misteriosa. “Mas poderia me dizer quem é você?”
“Oh Serguei… eu possuo vários nomes… mas pode me chamar de Entidade Escarlate, ou apenas Escarlate!”, a Entidade responde, olhando com olhos curiosos para Serguei.
“É… aparentemente você me conhece… Escarlate, mas por que você me ajudou com o Akash” questionava Serguei.
“Simples… eu quero que você me devolva o favor!” respondia a entidade com um sorriso malicioso.
Serguei não se intimida e volta com um olhar sério.
“Então me diga o que é para eu fazer?” Serguei diz enquanto olhava para a entidade.
De repente, Serguei estava sentado em uma das cadeiras da sala, junto com uma mesa tão rústica quanto qualquer outro móvel, a Entidade estava na sua frente, sentada no outro lado da mesa.
“Quer um chá? café?”, diz a Entidade olhando para Serguei.
Serguei ainda não entendia o que estava acontecendo, mas ele não se sentia desconfortável, mas sim apenas intrigado com a situação.
“Eu aceito um pouco de chá…” responde Serguei.
A Entidade estava tanto conversando com ele quanto fazendo um chá de ervas para ele, Serguei olhava para as duas entidades, mas voltava a falar:
“Então… o que você quer de mim?”
“Quero um favor… quero que você leve a Mia para um local chamado de “Cidade dourada” lá estará um homem chamado Arthurik”
“Você quis dizer Arthur?” questionava Serguei ao ouvir esse nome estranho.
“Não… é Arthurik mesmo…” respondia Escarlate.
“Só isso? imaginava que você queria que eu matasse alguém!” Serguei afirma olhando para a entidade.
O chá aparece na frente dos dois, Serguei tenta tomar o chá mas o gosto era horrível, mas por educação ele dá apenas uma golada, a entidade fica ansiosa para ver a reação dele ao seu chá, querendo ver sé realmente estava bom.
Serguei apenas olha pra ela e diz:
“Está agradável”
“Serguei… eu sei que está ruim… afinal o narrador já disse o que você achou!”, a Entidade diz pegando uma folha que aparentava ter tudo o que estava escrito naquela conversa, até mesmo cada detalhe da casa.
“Então… por que eu deveria levá-la a essa “Cidade dourada”?” questionava Serguei
“Bem… além de eles estarem lutando contra aqueles soldados que atiraram em calisto, Arthurik é confiável, então acredito que seja um motivo válido!” a Entidade responde Serguei, com um leve sorriso.
Serguei ainda não sabia se poderia confiar na entidade, mas como não tinha muitas opções ele aceita o trabalho, a Entidade fica feliz e diz:
“Ótimo mas bem antes de você sair é preciso que você olhe para cima”.
Serguei olha para o teto da casa, ao olhar instantaneamente uma espécie de meteorito cai em seu olho tampado, Serguei sente uma baita dor, mas a entidade se aproxima e retira a sua dor com um toque gentil. Serguei olha para a entidade agora podendo ver com os seus dois olhos.
“Você tem agora a capacidade de olhar as almas dos outros assim podendo enxergar um pouco o futuro, além do mais agora você tem um mapa que mostra seu objetivo!” afirma a Entidade olhando e levantando serguei.
“Por que você me deu isso?”, questiona Serguei coçando o seu olho.
“imagina isso como um incentivo a você fazer logo o que eu estou pedindo… no final eu te darei quase o que você quiser!” respondia a entidade aproximando sua cabeça um pouco mais da dele.
Serguei fica um pouco sem graça, a Entidade o põe no chão, e se senta de volta em sua cadeira, antes que serguei pudesse falar alguma coisa, a entidade cria uma alavanca e a puxa fazendo Serguei cair em uma espécie de alçapão.
Serguei acorda de volta no mesmo lugar onde estão Mia, Maxwell e Konan só que agora todos eles se movimentando.
“Agora… para onde vamos?”, questionava Mia.
“Eu tenho uma ideia…” respondia Serguei
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