Índice de Capítulo

    Pandora tinha acordado um pouco mais tarde que o normal.

    Ela escovou os dentes, tomou banho e voltou para seu quarto para colocar uma roupa mais fofa. Aisha não estava no quarto e estranhou tal ato. Arrumada, procurou sua amiga, mas isso não foi uma tarefa fácil.

    Procurando todo mundo, não achava ninguém, e começou a ficar preocupada. Pandora não tinha aprendido direito sobre todos os cômodos daquele castelo, ficando completamente perdida.

    De repente achou um grande campo, onde a grama verde mostrava a qualidade do cuidado que tinham. Lá ela viu uma pessoa curiosa e bem estranha assim por dizer.

    — Bianca, me diz, você viu Aisha e os outros?

    — Hã? Você não soube?

    Chegando mais perto, Pandora notou lágrimas nos olhos dela, e a mesma limpou rapidamente. Um sorriso contagioso se formou ponta a ponta como um arco colorido em um quadro branco.

    — Ocorreu algo terrível.

    — Algo terrível? Kizimu está bem?

    — Eu não sei dizer, ele deve ter descoberto já.

    Pandora notou uma presença sentado ao lado deles. Seus cabelos castanhos escuros caíam em mechas retas até o queixo, e suas vestes escuras deixavam oculto normalmente, porém naquela vastidão verde ele estava como um ponto falho desconexo com a natureza.

    — O que realmente aconteceu? Alguém foi encontrado morto?

    — Exatamente — disse Vicenzo de forma monocromática — Eleanor foi encontrada morta.

    — Não…

    Pandora travou e deu um passo para trás. Ela realmente não tinha visto Eleanor na noite passada, indo dormir mais cedo do que o normal, mesmo assim, não tinha acreditado que poderia ter uma vítima tão perto.

    A mesma tampo a boca e caiu no chão perdendo toda suas forças, uma reação normal para uma pessoa tão normal quanto Pandora. Ficando sem forças, ela começou a chorar.

    — É algo tão horrível, né? Mas pensa, daqui a pouco um de nós seremos mortos. Isso deveria ser bom, então, por que eu não me sinto bem?

    Enquanto Pandora sofria, Bianca tinha uma pequena crise existencial. Um silêncio se cruzou, apenas com os choros insalubres da garota de longos cabelos negros que formavam um belo mar no chão gramado.

    Um tempo se passou e logo Bellatrix apareceu ali.

    — Bianca, eu tenho uma obrigação a você.

    — Obrigação? Será que finalmente vão me executar por ter suspeita? — Seus olhos brilharam como estrelas douradas.

    — Não, mas não é mentira que é suspeita, por isso, será presa em cárcere privado, se os assassinatos não ocorrerem mais, eu mesma executo você.

    Os olhos de Bianca ficaram mais brilhosos ainda.

    — Isso, finalmente, eu vou receber uma punição divina, eu estou tão maravilhada. Isso, sim, sim!

    Dançando de um lado para o outro, Bianca sorria teatralmente, e Vicenzo apenas observou afoito.

    — Bellatrix, onde Aisha está?

    — Ela está agora com Kizimu. Ele também foi preso em cárcere privado.

    Pandora sentiu algo dentro de si quebrar.

    — Como?

    — Ele foi acusado por Dalia, por isso, para protegê-lo, ele foi preso.

    — Isso é impossível — gritou — Kizimu nunca faria isso.

    Pandora ficou em pânico, o que ela estava fazendo que não estava ao lado de Kizimu? Ela deixou algo tão cruel acontecer com ele. Logo com aquele que ela jurou servir e ficar ao lado.

    — Eu não acredito que ele seja o culpado, não se preocupe, mas para acalmar Dalia, ele ficará preso.

    — Eu posso ficar com ele?

    — Desculpa, mas ele não pode receber tantas visitas. É melhor que Aisha acalme ele, ela sempre foi boa nisso.

    A empregada pessoal de Kizimu se achou um lixo, pois, ela não poderia ficar ao lado de quem jurou ficar ao lado. Assim, ela começou a chorar novamente. Percebendo que o assunto se encerrou, a Comissária da Ordem continuou com sua missão.

    — Bianca, pode vir comigo?

    — Clarooo. Vicenzo pode ser meu acompanhante? Assim serão dois suspeitos que são eliminados.

    — Tudo bem, eu vou deixar os dois lado a lado na cela, assim se qualquer coisa acontecer eu vou ver. Tudo bem para você, cabeludo?

    — Sim. — Sem esboçar reação, monocromaticamente falou.

    Pandora não conseguia conter sua própria tristeza, e caiu no chão, soluçando em dor.

    — Jovem, eu aconselho que fique perto de alguém, pois ficar sozinha é perigoso.

    — Tudo bem — limpou o rosto. — Eu vou… para meu quarto agora.

    — Uma empregada vai chamar você na hora do almoço, agora, boa manhã.

    Bellatrix se despediu e levou Bianca e Vicenzo para a cela. Pandora, triste, logo foi para seu quarto, para pensar sobre o que deveria fazer.

    ✡︎—————✡︎—————✡︎

    Andando eloquentemente diante sua própria posição, seu deslocar era perfeito, passos calculados, andar sem medo, passos sem injúria. Entrou por portas de madeiras e viu um oceano cultural. Uma imensa área abarrotada de livros, do chão até o longo teto que se estendia por um caminho longo.

    Eram tantos livros que era impossível que um ser humano vivo tenha a capacidade de ler todos aqueles grafos de conhecimentos. Mas, ali, a mulher não queria ver nenhum dos livros que compunha aquela gigantesca biblioteca. Ela andou já sabendo exatamente para onde iria.

    Sem medo, ou confusão, sem a mera possibilidade de se perder naquele oceano, ela andou por corredores acentuados e lugares que pareciam perdidos e sem sentido. Os livros ordenados tinham um padrão, mas era incrível que aquele padrão já tinha sido aprendido por aquela primorosa mulher.

    Por cada fragmento andado por aqueles pés tão belos e firmes, ela se pós diante a duas prateleiras um tanto quanto comuns a sua aparência, idênticas a tantas outras, e sem nenhuma peculiaridade que a faria ser especial. Sua única singularidade era que ali era um beco sem saída, mas, talvez fosse por isso que aquela exímia mulher parou.

    Bateu seu cetro no chão, não para firmar sua posição, e sim para que aquele eco profundo se aperfeiçoasse e pudesse ter uma noção de tudo que estava a sua volta.

    — Estranho, tem alguém lá. Será que o rei está investigando?

    A mulher pulcra pegou um livro qualquer na estante, o qual nem mesmo sua cor era digna de ser escolhida, porém, sua escolha firme não era mera ocasião e sim uma determinação profunda do que veio fazer naquele local.

    O barulho se formou impertinente, mas calculado, como quem esconde segredos adormecidos por eras e eras. Aquele barulho era a grande prateleira se adentrando a parede e andando ao seu lado.

    Logo, a mulher desceu as escadas que foram reveladas e sem mesmo dizer uma palavra a passagem se fechou.

    Andou, desceu, logo chegou ao corredor frio e apertado. Pegou uma lamparina que ficava em guarda para essa exata ocasião. Percorreu os corredores, e passou por diversos caminhos, logo, esse mesmo caminho tinha bifurcações para os tolos se perderem.

    Chegou até uma porta velha de madeira, ela normalmente fazia um barulho irritante, porém a dona de mãos tão firmes dentro de um par de luvas tão dedicadas conseguiu abrir a porta sem fazer um mero ruído.

    Lá, revelou um armazém pequeno, mas com diversas prateleiras que se formavam uma escalação oculta. E lá estava um porte médio.

    — O que faz aqui, Talia?

    O médio porte se assustou quando assuntado, ficando completamente perplexa. Ela tentou correr, mas, foi segurada com uma velocidade acima da média comum. A garota foi presa com o pulso firme atrás do corpo.

    — Me solta, me deixa em paz, Tia Vivi,

    — O que uma garota tão… oh… — Viviane olhando Talia de perto notou algo que não poderia passar despercebido, tornou isso mais estranho.

    — Por que você?

    — É difícil me manter no personagem, não faça perguntas tão rudes.

    Viviane pressionou mais o braço, deixando Talia sem ar.

    — Não minta para mim, você matou Hermione?

    Com seu braço segurado sentindo uma dor agonizante, ela apenas grunhiu, mas em meio a pouco ar que circulou no corpo ela gritou.

    — Não! Eu não matei!

    Assim, Viviane soltou Talia. Ninguém conseguiria mentir para ela sem que ela soubesse.

    — Garota levada, então quer dizer que vocês duas já tinham descoberto até essa passagem secreta?

    — Desculpa, mas foi tudo obra dela. Mas, ela tinha me contado daqui já. Achei que poderia investigar um pouco para poder ajudar nesse caso.

    As duas estavam na biblioteca secreta do reino de Insurgia. Aquele que guardava os segredos mais obscuros das pesquisas mais tenebrosas do reino. Viviane, como mais antiga empregada, e a que o rei mais confiava, sabia daquele local.

    Mas pelo visto, Talia e Eleanor também tinham conhecimento daquele lugar secreto.

    — Eu vim aqui investigar também. Achei que poderia achar alguma pista do culpado nesses corredores que se perderam no tempo.

    — Viviane, eu estava olhando tudo, e descobri algo perturbador, então me confirma se eu estiver errada.

    — Hm?

    Talia olhou firmemente para a empregada com os conhecimentos mais apurados de Insurgia e perguntou: — Maldições e Bênção são realmente reais?

    Viviane olhou fixamente em seus olhos determinados, e olhou para cima.

    — Então, realmente, o problema que assola esse reino vai ter esse teor… estamos em verdadeiro perigo.

    Seu olhar voltou a criança que tanto cuidou quando jovem. Para Viviane todos eram crianças adoráveis. E ela disse, tudo que poderia dizer, para ajudar na investigação.

    ✡︎—————✡︎—————✡︎

    — Ele deve estar sofrendo tanto.

    Pandora estava no seu quarto imaginando como Kizimu estava se sentindo, ele não poderia estar se sentindo bem. Pandora chorava pela sua própria impotência.

    Kizimu no dia anterior estava ficando pálido a todo momento, claro que estava mal, ele era apenas uma criança no corpo adolescente. Ele provavelmente estava sofrendo, a dor de perder pessoas próximas.

    Ela gostaria de poder ajudar ele, mas, não foi escolhida. Pensando um pouco melhor, Kizimu agiu um pouco estranho e escolheu ficar afastado de Pandora também no dia anterior.

    Ela apertava a almofada bonita que tinha recebido de Eleanor. Pandora deitada refletiu sobre tudo que aconteceu. Ela investigou com Amara, Bianca, Kizimu e Hermione sobre o ladrão de calcinha e de repente agora uma série de assassinato começou.

    Tudo pareceu muito estranho.

    — Por que teve um roubo de calcinha se… eles queriam apenas matar pessoas?

    Se existiria um assassinato, não precisava colocar as pessoas para ficar em alerta diante um roubo. E se fosse necessário um roubo, por que calcinhas?

    A escolha de ser calcinhas provava que o culpado queria apenas brincar com todo mundo. E assim como Talia e Bianca disseram, eles apenas estavam brincando com eles.

    Pandora parou de chorar e começou a refletir mais profundamente.

    O assassino começou por Hermione, a qual tinha visto o ladrão. Talvez o motivo do segundo assassinato também tenha sido isso. Se Eleanor tivesse descoberto quem é o assassino, ela poderia ser silenciada.

    — Se eu for ao local do crime, talvez eu possa descobrir algo.

    Assim, ela ficou animada.

    — Certo, se for para limpar a barra de Kizimu, eu vou investigar sobre o assassinato.

    Animada, ela estava e então, com um bater na porta, ela se assustou completamente.

    Uma das empregadas tinha batido na porta chamando ela para o almoço, assim, ela foi.

    Pandora foi almoçar e finalmente viu Kizimu, mas… ele não estava triste como esperava. Ele ria feliz com Aisha ao seu lado. Ela com certeza tinha conseguido acalmar o garoto que sorria tão feliz quanto nunca.

    A garota de longos cabelos pretos e pontas azuis firmou a determinação, ela não iria falar com Kizimu, antes disso, descobriria quem é o culpado. Assim ela foi a uma cadeira mais afastada e comeu seu almoço.

    —————————————

    Hora do chá

    —————————————

    Yahalloi

    CaiqueDLF aqui!

    Caramba, diversas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Quero que levem em consideração, que desde a manhã que todos descobriam sobre os assassinatos, ainda é manhã.

    8h da manhã todos estavam reunidos em volta do corpo, depois Kizimu foi para cela, e Kim foi afastar os pensamentos. A luta contra Leonardo ocorreu ainda pela manhã.

    9h Bellatrix achou os papéis do projeto Pesadelo. Pouco depois, Amara estava na sua sala de análise criminal e viu os papeis que ela tinha encontrado.

    Amara não sabia que Bellatrix tinha acabado que conseguir aqueles papeis, mas, ela não ter informado algo tão importante foi curioso.

    Pandora só foi acordar lá para 10h da manhã, por isso, ela não soube que teve uma morte.

    Eu achei importante mencionar esse fato, para vocês não ficarem confusos. A morte ocorreu no capítulo 75, e já estamos no capítulo 82, só agora que passou a manhã daquele ocorrido.

    Sim, muita coisa aconteceu em tantos capítulos, mas não tinha passado nem a manhã ainda, apenas agora chegamos no almoço.

    Outra coisa que quero situar. Vocês já perceberam que sempre que Viviane é citada, a escrita dá um UP? Eu faço propositalmente. Sempre que o rei, Viviane ou F. Duf estão presentes, eu propositalmente escrevo mais intensamente. Quero passar o sentimento de qualidade por eles.

    Assim finalizamos mais um Capítulo.

    Próximo capítulo; Capítulo 4: O despertar da destruição (83 – 87)

    Eu estou muito ansioso. Os próximos capítulos são muito divertidos. Eu provavelmente vou irritar vocês com mais alguns comentários nos próximos Cap’s.

    Bye bye.

    Ass: CaiqueDLF

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