Índice de Capítulo

    Kizimu e Amara estavam animados, eles agora iriam descobrir quem era o verdadeiro assassino.

    — Por onde começamos?

    — Olha, eu tenho algo em mente. Duas coisas, na verdade. Eu soube que existe algo chamado o pesadelo. Talvez isso tenha relação com o assassino.

    Kizimu informou sobre algo que apenas ouviu de Lins.

    — Eu vi algo assim na mesa de Bellatrix. Isso me deixa mais irritada. Será que ela realmente é a culpada?

    — Por que acha isso?

    — Ela é única nerd que conseguiria imitar as formas de luta de outra pessoa tão bem. A forma que os assassinatos foram feitos, parecem muito que foi ela. Não apenas isso, como ela não encontrou o culpado ainda?

    Kizimu entendeu um pouco o lado dela, mas era apenas um exagero pensar que era culpada por isso.

    — Mas o pior foi ter achado pistas boas, como esse tal de Pesadelo e não ter informado para mim e Ernesto. Acho que ela está escondendo coisas. Certo, vamos investigar o quarto dela.

    — Tudo bem!

    Animado e dolorido, Kizimu clamou.

    Eles seguiram até o quarto de Bellatrix.

    — Você disse que tinha duas coisas a incrementar, qual a outra.

    — Que engraçado você falando uma palavra tão difícil como incrementar.

    — É coisa dela. Eu sempre fui muito amiga de Belle, então… enfim, qual é da ralé?

    Kizimu riu e voltou a falar.

    — Olha, isso parece loucura, mas, talvez o nosso alvo, tenha capacidades… mágicas?

    — Do que está falando?

    — Estou dizendo que existe poderes e que talvez o assassino os use.

    Amara riu, e bateu com força enquanto acariciava os cabelos de Kizimu.

    — Isso é loucura, não é possível que esteja falando sério.

    — Então, veja…

    Kizimu parou e retirou sua lâmina do bolso, o qual dessa vez pegou.

    Com o Ômega em mãos, apenas precisava fluir o elemento, entendia isso, fluir os gases, e contaminar o núcleo necessário. Poderia não entender por completo, mas sabia a sensação.

    Então.

    — Liberar!

    Kizimu segurando a lâmina, fez sua arma pegar fogo púrpura.

    — O quê? Que truque é esse?

    — Meu poder não é exatamente esse, e sim uma consciência inteira. Foi com ajuda dessa consciência que pude lutar de igual para igual.

    — Realmente, aquela luta foi estranha, você não tinha nenhuma habilidade e depois você despertou isso de alguma forma. Foi aquela tal coisa de Kuzimu?

    Amara pensou um pouco, ainda desacreditada, claro que tudo poderiam ser truques, mas não entende como Kizimu poderia mentir nessa altura do campeonato. Estar preparada para lidar com todo o tipo de situação a fez pensar profundamente sobre o assunto, e como isso talvez fosse o caso.

    — E se essa pessoa estiver fingindo ser a Bellatrix?

    — Será? É uma possibilidade. Esses arbítrios são chamados de Maldições ou Bênçãos. Mas eu mesmo não sei dizer a diferença. Talvez nosso alvo tenha isso, e por isso a investigação está sendo tão difícil.

    — A depender do arbítrio, talvez isso explique como passou pelas câmeras, guardas, ou até mesmo pela Bellatrix… e se ela também ter descoberto isso e está escondendo informações por ser segredo do reino? E se esse segredo for tão intenso como o fato do rei souber… — Amara ficou cada vez mais tensa com as possibilidades até pensar algo. — E se o rei tiver um arbítrio e por isso ele escolhe optar pelo medo do reino?

    Kizimu viu aquela garota pensar tão profundamente e ficou realmente encantado, sua análise foi perfeita, tal como uma investigadora nata. Talvez isso não combinasse com ela, mas, Kizimu riu com a alegria dela, quando sua tensão passou.

    — Kizimu isso pode ser a resposta, eu só preciso provar isso.

    Amara pegou as mãos de Kizimu e pulou como uma criança. Os ossos de Kizimu doeram por completo com aquela ação tão infantil, até que a mesma percebeu e tossiu, disfarçando.

    — Então, você tem uma prova mais concreta dessa maldição e bênção?

    — Bem, Kim tem uma maldição. E foi exatamente isso que matou os jovens guardas,

    Como tocando em um tabu, Amara pareceu mais tensa.

    — Esse assunto é sempre lembrado com um pesar enorme. Foi uma mancha no reino, e por tempos, não tivemos pessoas confiando os jovens a guarnição do castelo. Nosso mestre Sefu foi morto… e a forma como eles foram mortos é um mistério…

    — Eu entendo, mas não é culpa dele.

    — E também explicaria a morte por decomposição. Ninguém conseguiu entender.

    — Isso consegue comprovar para você?

    Amara pensou e refletiu um pouco.

    — Se o filho do rei tem uma maldição, nada impede o rei de ter também. Talvez seja até hereditária… mas, por que o rei precisaria que as pessoas sentissem medo?

    — Não sei, mas nosso foco atual é o assassino do castelo, não o problema fora dele.

    — Ah, sim, você tem razão. Certo, chegamos.

    Eles pararam em frente no quarto de Bellatrix.

    — Kizimu, eu vou olhar o quarto dela, peço que você fique de vigia. Se ela chegar perto, bata na porta três vezes.

    — Ah, tudo bem, faremos isso.

    — Certo, vou ficar com o que você disse sobre maldição e bênção em mente. Vou achar esse culpado, não importa como.

    — Isso! Vamos com tudo!

    Dessa forma, Amara entrou no quarto de Bellatrix. Kizimu ficou do lado de fora.

    Kuzimu, pode alterar o Lambda mais uma vez, faça-me sentir se Bellatrix chegar perto.

    “Tudo bem, vou adicionar essa alteração.”

    E assim, Kizimu estava preparado para sua missão.

    ✡︎—————✡︎—————✡︎

    Amara empurrou a porta devagar e foi recebida por uma mistura pesada de cheiros, papel velho, álcool, tinta reveladora e mofo entranhado nas paredes. O ar estava abafado, carregado de poeira, e cada passo levantava partículas que dançavam sob a lâmpada amarelada, única e trêmula, que chiava no teto como um inseto preso.

    O quarto parecia respirar em silêncio, mas cheio de vozes mudas. Mapas cobriam a parede, cravejados de alfinetes coloridos e riscados por linhas vermelhas que ligavam rostos diversos em fotografias que já virá antes. Um mural improvisado exibia recortes de jornal, anotações rabiscadas às pressas e fotos presas com clipes enferrujados, como se o próprio tempo tivesse desistido de manter ordem ali.

    Sobre a mesa, pastas abertas se acumulavam em camadas desiguais, algumas escorregando para o chão. Ao lado, um copo de café frio, abandonado, deixava um anel marrom sobre os relatórios. A cadeira, mal posicionada, rangia ao menor toque, como se reclamasse por estar sendo usada além da conta.

    O som seco do relógio de parede marcava os segundos em golpes, amplificados pelo silêncio. Cada estalo parecia cutucar a nuca, lembrando que o tempo ali tinha outro ritmo. Amara sentiu a pele arrepiar ao notar como tudo estava impregnado por uma desorganização organizada, um caos que só os donos daquele quarto poderiam decifrar. Era como se os olhos dos suspeitos presos nas paredes a seguissem, atentos, julgando sua presença.

    Ela respirou fundo e deu mais um passo, mergulhando no coração de um lugar onde segredos não dormiam.

    Os diversos arquivos que se empareavam sob a mesa, tinham diversos teores. Muitos arquivos com um vermelho vivo, pulsando tanto quanto os olhos carmesins de Amara. Nervosa, ela acariciou os brincos pingo vermelho. Enquanto via muitos arquivos com escrita de confidencial.

    Pegou os primeiros arquivos.

    “Ficha dos herdeiros de Insurgia.”

    A ficha dos herdeiros tinha diversos nomes, mas algo foi notado de imediato. Diversos faltavam. Ali, foi escolhido a dedo. Desde Átila Ragnar, até outros homens e mulheres, mas com exceções, também continha o rei e Kim.

    Era estranho, pois, não tinha os outros filhos do rei, ou os irmãos do Rei ou o próprio rei anterior.

    — É isso!

    Abaixo dos grandes nomes de Insurgia, tinha coisas específicas, como informações. Abaixo de Kim estava estampado “A peste” o rei, tinha estampado “Medo”, mas em outros tinham explicações estranhas, como se tentasse explicar um fator inexplicável.

    Amara estava diante uma ficha que afirmava todos os amaldiçoados de Insurgia, e ela riu pelo fato do primeiro rei também ter sido um deles. É visível que os nomes mais históricos que mais fizeram algo, tinham alguma habilidade que o compensava, seja em poder ou em inteligência.

    Amara não compreenderia aqueles papeis se ela não tivesse ouvido a explicação de Kizimu, apenas ficando confusa com os nomes jogados. Então, pegou o segundo papel.

    “Ligações entre reinos.”

    Ali, diversas ligações entre reinos, países, cidades tomadas, todos grandes nomes com explicações detalhadas em pessoas que tinham habilidades excepcionais e suas explicações mais diretas.

    A ficha era única, diferente do papel anterior, e cada um contava com uma pessoa por papel, mesmo assim, a explicação mais detalhada não era apenas sua habilidade, classificada realmente como maldições. Mas todas as informações dessas pessoas.

    Amara pegou o próximo arquivo confidencial.

    “Alianças promissoras.”

    Esse papel parecia um pouco mais antigo, mas nem tanto, principalmente pelas datas deles, serem de pelo menos duas décadas. Alguns nomes promissores foram notados, principalmente nomes marcantes como Levi Kuokoa, e Anastácio… o seu sobrenome estava rasgado.

    Além disso, diversos nomes bons eram mencionados, tal como Hugo Oblivion, Masha Dara, Celeno Subaru, Samuel Sepulcro. Página por página revelava mais nomes. Ronan Ruinante, Benedito Ventura, Ártemis Eurídice, Liam Emir, Vi, Kerly, Calista Thales e por fim uma última pagina para Jason Ben Cohms.

    Famílias inteiras eram mencionadas também, como Família Subaru, família Emir, família Thales, e assim se encerrava aquele documento.

    Amara pegou o proximo conjunto, e o tipo de papel parecia diferenciar dos demais, não era os documentos do reino, e sim papel puro com anotações.

    “Maldições e bênção existem, classificado por criações de demônios e Anjos. O fato de anjos e demônios parecem existir também e a família de Umbral parece esconder esse fato com sua própria família.”

    “O fato de existir um fator tão raro, me faz pensar que o assassino talvez seja algum amaldiçoado ou abençoado. Estou estudando esse fato com muito vigor, pois isso parece ser importante.”

    “É bom deixar claro que essa é um testamento caso eu morra, estou investigando coisas proibidas, sem que o rei saiba, talvez o rei também tenha alguma ligação direta com o assassino, por estar envolvido em um esquema tão grande.”

    Mais arquivos foram pegos.

    “Projeto pesadelo.”

    Diversos arquivos do projeto pesadelo, como cartas entre pessoas, mas, sem lógica aplicada, apenas uma afirmação constante que o “mau” irá acabar, coisas sobre uma tal de Anhanguera e o fator principal:

    “A morte traz medo, o medo pesadelo”

    Amara estava estufada de tantas informações assustadoras. Sendo sincero, ela não tinha achado uma resposta concreta, pois, nenhuma dessas informações comprovavam nenhum crime.

    Era como se um crime totalmente a parte estivesse sendo escrita naquele castelo, algo completamente obscuro, ocultado por uma informação profunda.

    “Projeto Erythrofina”

    Alguns diversos papais sem sentido formava vários papéis, eram cálculos e uma criação bem estranha. Para alguns papéis mais recentes, com cálculos mais precisos, uma espécie de droga parecia estar firme.

    Uma espécie de pó estranho, usando uma tal droga chamado Submissina, que Amara não conhecia. Muitos cálculos que saiam do seu eixo fugia dos elementos, era uma assinatura do que pode ser mais do que um verdadeiro pesadelo.

    Aquele crime era algo muito maior do que um mero assassinato, porém, era incompreensível. Não era possível ser entendido por Amara. Pensando um pouco, entre diversos guardas e pessoas, uma droga começou a cair em peso no reino.

    Ela mesma já teve que enfrentar diversas situações sobre quem usa a droga. Era algo que já estava espalhado no reino. Algo estava para assolar o reino, era algo pior do que tudo.

    — O assassinato é uma distração? Droga. Mas, o que eles querem fazer? O que esse projeto Erythrofina é? Por que Bellatrix tem tanta coisa sobre isso? Ela fez um testamento, talvez ela não esteja…

    Toc, toc, toc.

    O toque solicitado por Amara. Ela guardou os papeis apressadamente, sua investigação acabava ali.

    Ela saiu do quarto, deixando para trás tanta informação que parecia que estava abandonado uma parte de si. Algo assustador estava preste a acontecer, e por isso, ela apenas se despediu daquele ambiente.

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    Hora do chá

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    Yahalloi

    CaiqueDLF aqui!

    Que capítulo Curioso! Diversos nomes foram revelados. Nomes de peso, que marcam a história de Lost Memory. Alguns deles já foram citados por Ronan, mas é interessante lembrar deles. Acho super intenso sobre nomes e ligações tão profundas. Tipo, o que Masha está fazendo naquela lista? Ou outra coisa, onde vocês já ouviram o sobrenome Thales antes? Quem for atento vai pegar diversas coisas curiosas. Coisas que só vão ser reveladas arcos futuros, coisas que apenas terá explicação beeem no futuro. Enfim, acho que minha hora acabou.

    Ah, antes que eu me esqueça, teve capítulo hoje de manhã, vá conferir o anterior.

    Bye bye.

    Ass: CaiqueDLF

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