Índice de Capítulo


    『 Tradutor: Crimson 』


    “ARGH!!!”

    “Pelo Imperador!!!”

    “Matem!!”

    O campo de batalha mergulhou no caos. Feitiços se chocavam no ar como estrelas cadentes, e artes marciais rasgavam a terra. Explosões sacudiam o solo, lançando ondas de poeira e sangue para o céu. Os gritos dos moribundos se misturavam ao rugido da batalha, formando uma única e ensurdecedora sinfonia de guerra.

    “Lutem!!”

    “Matem todos!!”

    Eztein estava em meio à carnificina, seus olhos percorrendo o mar infinito de combatentes. Humanos, demis e monstros — criaturas de todos os tipos — estavam presos em uma luta que fazia os próprios céus tremerem. Seus poderes iluminavam o campo em uma tempestade de cores e destruição.

    “Então é isso…” Eztein murmurou baixinho.

    Um clarão repentino — ele pressentiu. Virou-se a tempo de ver inúmeros raios atravessando seu caminho, seu brilho ofuscante cortando a fumaça. Eztein lançou-se no ar, o chão explodindo sob seus pés quando o raio atingiu o local onde ele estivera.

    Ele aterrissou levemente, deslizando para trás enquanto começava a recuar em direção à Fortaleza Guardiã. Cada passo que dava era marcado por um golpe de sua arma, abatendo qualquer inimigo que ousasse se aproximar.

    Franklin, Amanda, Yuko e os outros imitaram seus movimentos, recuando com precisão e coordenação. Mais atrás deles, os membros do Conselho de Dragões fizeram o mesmo, já tendo recebido o sinal.

    Ninguém percebeu.

    O campo de batalha era um turbilhão de loucura. Dois exércitos se enfrentavam em fúria cega: a horda de monstros que surgira do nada e as forças unidas que buscavam destruir o Monstro Relâmpago de Sangue.

    Na linha de frente, Alice e Vashno ainda lutavam com ferocidade implacável.

    Eles estavam entre as figuras mais deslumbrantes sob o estandarte do Monstro Relâmpago de Sangue — seu poder era inigualável, sua presença inconfundível. Se recuassem repentinamente, todo o campo de batalha voltaria seus olhares para eles.

    Alice olhou para Vashno e perguntou: “Você ainda consegue lutar?”

    “Sim…” Respondeu Vashno, com o peito subindo e descendo pesadamente a cada respiração.

    “Vamos aguentar mais um pouco”, disse Alice com firmeza.

    Vashno assentiu com a cabeça sem hesitar.

    Só mais um pouco — era tudo o que precisavam. A vitória não era o objetivo. A sobrevivência, sim.

    Os olhos dourados de Alice se voltaram para a borda externa da [Matriz-Barreira dos Cinco Elementos], onde Souta e os outros ainda estavam em combate.

    A energia que emanava daquela direção era aterradora — ondas violentas de poder rasgando o próprio espaço. Mesmo àquela distância, ela podia sentir a pressão esmagadora. Deviam estar enfrentando vários oponentes de Rank Herói.

    –Boom!!

    O chão tremia como uma fera viva enquanto a horda de monstros avançava — uma onda de garras, presas e carne corrompida. Ogros imponentes brandiam clavas do tamanho de árvores ancestrais, seus rugidos abafando o choque do metal e os gritos dos feridos. Matilhas de bestas lupinas ziguezagueavam sob seus pés, dilacerando soldados com precisão frenética. Acima, horrores com asas gritavam enquanto circulavam, suas vastas sombras obscurecendo o sol.

    Em seguida, ouviu-se um único e estrondoso toque de trompa.

    O sinal.

    A horda avançou com ímpeto.

    A própria terra tremeu quando dezenas de milhares de monstros investiram, voaram e trovejaram pela planície — uma tempestade viva de fúria e fome. O céu escureceu quando os arqueiros humanos lançaram sua primeira saraivada.

    Flechas choviam em ondas negras, cortando as primeiras fileiras das feras. Gritos e rugidos ecoavam enquanto o chão se tingia de carmesim. Catapultas disparavam em seguida, lançando rochas flamejantes que explodiam em meio à horda, espalhando corpos e membros em violentas rajadas de fogo e fumaça.

    O campo de batalha transformou-se num mundo de caos e sangue — uma guerra onde os céus e a própria terra pareciam estar em fúria.

    Mesmo assim, vieram.

    O confronto foi apocalíptico. As linhas de frente explodiram em caos quando monstros se chocaram contra escudos com uma força capaz de quebrar ossos. Lanças se estilhaçaram. Homens gritaram. O campo de batalha se dissolveu em uma tempestade de aço e carne. Esquadrões inteiros foram varridos por ogros em investida, seus porretes colossais arremessando homens pelo ar como bonecos despedaçados. Contudo, para cada soldado esmagado pela horda, outro avançava — cerrando os dentes, segurando os escudos e lutando contra a tempestade.

    Até o céu parecia estar em fúria. Bolas de fogo cortavam o céu, rugindo através de nuvens de fumaça antes de detonarem entre as criaturas voadoras. Feixes rasgavam os céus, derrubando bandos de bestas voadoras que caíam gritando nas fileiras ensanguentadas abaixo.

    Mas os monstros responderam na mesma moeda. Feitiçarias sombrias rasgaram o ar — fogo preto que devorava a luz, tempestades venenosas que derretiam a carne e maldições que definhavam os homens onde quer que estivessem.

    O mundo havia se tornado a própria encarnação do caos.

    Bem acima de tudo, Souta permanecia no ar, observando silenciosamente a carnificina abaixo. A escala desta batalha havia ultrapassado a escala da guerra no Salão das Planícies.

    “Deixe-me começar.”

    Sua voz ecoou pelo campo de batalha como um trovão. Souta apertou o cabo da espada com mais força, e sua energia irrompeu em uma violenta erupção. Relâmpagos carmesins crepitaram ao seu redor, pintando o céu de sangue e fúria.

    Inúmeros monstros lá embaixo voltaram seus olhos para cima.

    E naquele momento, eles o encararam não como um inimigo—

    Mas como algo a ser venerado.

    No instante seguinte, ele desapareceu.

    –Swoosh!!

    Em meio à tempestade de aço e rugidos monstruosos, uma única figura emergiu, abrindo um caminho carmesim através do caos. Sua armadura parecia forjada em carne e osso, pulsando fracamente com uma luz sinistra. Ao seu redor, quatro membros aracnídeos pairavam e giravam, suas lâminas afiadas reluzindo como predadores prontos para atacar. Moviam-se em perfeita sincronia com o leve tremor de seus dedos, guiados pela vontade inabalável que ardia em seus olhos.

    O primeiro membro avançou como um relâmpago, empalando um especialista pela garganta antes de curvar-se para rachar o crânio de outro. O segundo descreveu um amplo arco brilhante, decepando o braço de um guerreiro em investida antes de lhe cortar o peito. O terceiro e o quarto dançaram como lobos à caça — cruzando-se no ar para cortar tendões e derrubar um bruto imponente em uma nuvem de sangue e poeira.

    Cada movimento era preciso. Impiedoso. Absoluto.

    Souta avançou pelo campo de batalha, sua presença uma tempestade de carnificina carmesim. Em meros segundos, centenas tombaram sob seu ataque — suas mortes nada mais que faíscas no inferno que desencadeou.

    Ele teria continuado, impulsionado por aquela sede insaciável de batalha… mas então o ar tremeu.

    –Boom!! Boom!!

    Poderosas auras emanaram ao seu redor enquanto múltiplos especialistas na Sétima Algema desciam simultaneamente. Sua chegada rasgou o campo de batalha em uma cascata de destruição, o impacto por si só apagando tudo ao redor em uma onda de luz e força.

    A terra tremeu. O céu estremeceu.

    E em meio à devastação, Souta permaneceu impassível — sua lâmina pingando sangue, seus olhos ardendo com uma determinação violenta.

    “Monstro Relâmpago de Sangue!!”

    “Hoje você vai cair!!”

    Eles o reconheceram instantaneamente. Aquela forma — a armadura carmesim, o relâmpago que cortava o céu — era a mesma que Souta usara para derrotar um monstro muito além de seu nível. Era uma forma de poder avassalador, quase sobrenatural. Nenhum deles ousou enfrentá-la sozinho.

    Eles já haviam aceitado a verdade.

    Ele não era mais apenas um mero monstro de quarto estágio. Ele era equivalente a um monstro de quinto estágio.

    “Se esforcem mais”, disse Souta, com a voz crepitando e completando “Mostrem ao mundo quem são meus sacos de pancadas.”

    Então ele se moveu.

    O céu parecia estar agonizando.

    Relâmpagos cor de sangue rasgaram os céus e atingiram a terra em uma tempestade de fúria. Escuridão e sangue se entrelaçaram, girando em um furacão que devorou ​​a terra. O próprio ar se tornou uma arma, vibrando com energia destrutiva.

    Quando os dois lados colidiram, o mundo convulsionou. A enorme pressão entre eles gerou explosões de energia que destruíram tudo ao redor.

    –Boom!! Boom!!

    “Não-!!”

    “Corram!!”

    Os especialistas próximos sentiam o peso esmagador da batalha pressionando suas almas. O ar estava denso de morte. Um a um, sucumbiram e fugiram, aterrorizados com a possibilidade de que até mesmo os tremores secundários pudessem apagá-los da existência.

    Bem acima do campo de batalha, Souta sobrevoava os céus, perseguido implacavelmente por cinco especialistas na Sétima Algema. Seus olhos se estreitaram à medida que sua sede de sangue aumentava.

    Ele levantou uma das mãos—

    —e os quatro membros de aranha dispararam para a frente, cortando o ar como relâmpagos vermelhos.

    –Swoosh!!

    Um dos cinco especialistas avançou para enfrentá-los, com duas adagas reluzentes. Suas mãos se moveram rapidamente, criando uma parede de aço que desviou a primeira saraivada de golpes — mas faíscas voaram quando o impacto provocou rachaduras em suas armas.

    Os outros quatro atacaram Souta de todas as direções, seus movimentos sincronizados, suas auras flamejantes.

    Souta deu um sorriso irônico.

    Ele chutou o ar, girando bruscamente ao mergulhar por baixo deles. Energia se concentrou em sua palma, pulsando em tom carmesim.

    [Bestrou]!!

    Uma saraivada de explosões escarlates irrompeu para cima, pintando o céu com linhas de destruição.

    “Cuidado!” gritou um dos especialistas.

    Os quatro se dispersaram instantaneamente, desviando-se das explosões enquanto os ataques irrompiam em ondas de luz e sangue.

    E então-

    Num piscar de olhos, encurtaram a distância, armas nas mãos, olhares faiscantes.

    Seu ataque iria bater de frente com o Monstro Relâmpago de Sangue.

    “Não lhe deem uma chance!” gritou um deles desesperadamente.

    Os lábios de Souta se curvaram em um sorriso sombrio.

    “Lerdos.”

    Ele ergueu sua espada e o mundo entrou em erupção.

    Inúmeros arcos de relâmpagos cor de sangue irromperam da lâmina, cada um uivando como um ser vivo. O ar crepitou e gritou enquanto o chão abaixo se partia devido à pura intensidade de seu poder.

    [Arquétipo: Grande Sangue do Fim]!

    [Primeira Forma: Tribulação Sem Vida do Relâmpago de Sangue]!

    Os olhos dos quatro especialistas se arregalaram em horror. Cada instinto em seus corpos gritava perigo — mas já era tarde demais. Eles estavam perto demais. Não havia tempo para correr, nem espaço para respirar.

    “Aguentem!” gritou um deles.

    Eles usaram todos os recursos em suas defesas — escudos de energia, camadas de mana reforçada, qualquer coisa que pudesse mantê-los vivos.

    E então a lâmina de Souta caiu.

    O mundo foi engolido por uma luz carmesim.

    O golpe rasgou o ar, uma tempestade de relâmpagos de sangue devorando tudo em seu caminho. Todo o poder do Arquétipo de Souta foi liberado — bruto, implacável, absoluto.

    –BOOM!!

    A onda de choque rasgou o campo de batalha. O céu se abriu, a terra tremeu e as nuvens acima foram tomadas por relâmpagos vermelhos. Os quatro especialistas gritaram quando a força os atingiu em cheio, suas defesas se estilhaçando como vidro. Carne se partiu, armadura derreteu e sangue espirrou ao vento.

    No instante seguinte, foram arremessados ​​para longe—

    Seus corpos foram arremessados ​​por quilômetros em quatro direções diferentes, deixando rastros de fumaça pelo chão.

    O campo de batalha ficou em silêncio por um instante.

    Em seguida, veio o trovão.

    O mundo estremeceu sob o poder do Monstro Relâmpago de Sangue.

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