Capítulo 1172 - Demônios: Massacre

『 Tradutor: Crimson 』

Logo chegaram diante de um portal colossal incrustado nas profundezas da caverna. Toda a câmara pulsava com energia escura, o ar tremendo enquanto feixes de luz carmesim se enroscavam ao redor do núcleo giratório.

“Será ativado em breve”, disse Leimin, sua voz calma ecoando pelo vasto salão subterrâneo.

Alice ergueu o olhar para o enorme portal. O poder que emanava dele era avassalador — cada onda de energia carregava o peso de incontáveis ​​vidas e a ganância daqueles que o construíram. O Grande Imperador Demônio havia sacrificado vastos recursos para forjar essa passagem para a Terra dos Demônios.

Seu peito apertou.

‘Tanto esforço… só para me trazer de volta.’

Seus pensamentos vagaram para Souta — a lembrança de suas costas, o olhar feroz em seus olhos enquanto enfrentava os demônios sozinho. Ela ainda podia sentir a pulsação de seu poder antes de ser levada, aquela energia ardente e familiar tentando alcançá-la mesmo em meio ao caos.

“Espero que você ainda esteja vivo…” Ela sussurrou em seu coração.

Talvez essa tenha sido a última vez que ela o veria.

…

No campo de batalha…

O exército de monstros estava sendo esmagado sob o ataque implacável da aliança. Uma aliança formada por aqueles que buscavam o Monstro Relâmpago de Sangue.

Os dois lados se enfrentaram em uma tempestade de sangue e aço. A terra tremeu, o céu ardeu e os gritos dos moribundos abafaram o vento. A cada instante, os monstros eram empurrados para trás, seus números diminuindo sob a onda de poder que se opunha a eles.

Inúmeros especialistas haviam se juntado à luta — agora, seu número havia aumentado para milhões. Guerreiros de Rank Herói inundavam o campo de batalha, seu poder combinado superando em muito o dos monstros de quinto estágio. Entre eles, até mesmo uma presença do Reino da Nona Algema pairava como um executor divino, sua aura sufocando a terra.

O alvo deles — o Monstro Relâmpago de Sangue — havia desaparecido.

A fúria consumiu a aliança. Em sua ira, os especialistas de Rank Herói desencadearam uma tempestade de ataques que aniquilou dezenas de milhares de monstros em um instante. A própria terra tremeu sob a magnitude da destruição.

Nesse ritmo, a derrota do exército de monstros era inevitável.

“Monstro Relâmpago de Sangue…”

O especialista no Reino da Nona Algema murmurou friamente, estreitando os olhos.

Ele não guardava rancor pessoal contra aquela criatura. Era um guerreiro da Terra Santa, enviado apenas para cumprir suas ordens: capturar o Monstro do Relâmpago de Sangue vivo. Falhar não era uma opção. Se voltasse de mãos vazias, as consequências seriam terríveis.

Então, o ar mudou de direção.

Um tremor percorreu o campo de batalha, fraco, mas forte o suficiente para despertar seus instintos. Ele virou a cabeça bruscamente na direção da perturbação.

Num mesmo fôlego, sua energia explodiu para fora. Um martelo colossal materializou-se em sua mão, sua cabeça brilhando com luz divina. Com um rugido ensurdecedor, ele o brandiu contra o chão.

–Bang!!

O céu se abriu. Rachaduras se abriram no próprio ar enquanto ventos violentos varriam a terra. Tudo atingido pela explosão — monstros, soldados e pedras — foi reduzido a cinzas.

A força bruta de um especialista na Nona Algema era suficiente para impor silêncio. Todos os seres no campo de batalha, até mesmo os monstros de quinto estágio, voltaram seus olhares para ele.

E então-

Uma figura apareceu atrás dele.

Silencioso. Instantâneo. Impossível de rastrear.

Os olhos do especialista na Nona Algema se arregalaram em descrença.

Antes que pudesse reagir, a escuridão encobriu sua visão.

–Boom!!

Um golpe devastador rasgou o ar, abrindo caminho em direção à terra. Os especialistas atingidos pela trajetória não tiveram tempo de reagir.

Num piscar de olhos, seus corpos desapareceram — foram apagados por completo. O solo estremeceu com a força do golpe, e uma enorme ravina, com dezenas de quilômetros de profundidade, abriu-se no campo de batalha.

Seguiu-se um silêncio.

Todos os olhares se voltaram para a fonte daquele poder.

A princípio, eles recorreram ao especialista na Nona Algema—

Mas o que viram fez com que seu sangue se arrepiasse.

A metade superior do seu corpo havia desaparecido. Apenas a metade inferior permaneceu, desintegrando-se em pó.

E atrás do cadáver estava uma figura humanoide, envolta em trevas ondulantes. A aura que emanava dela era inconfundível — terrivelmente familiar.

“Monstro Relâmpago de Sangue…?!”

“Como…?”

Um choque percorreu as fileiras. Até mesmo os especialistas de Rank Herói, que momentos antes se mantinham tão confiantes, vacilaram em descrença.

Em todo o campo de batalha, o exército de monstros congelou. Então, um a um, seus olhos brilharam com uma esperança renovada ao reconhecerem a figura.

Souta havia retornado.

O ar tremeu.

A poeira do devastador corte começou lentamente a assentar, revelando a figura que estava de pé no centro dele.

A escuridão emanava de seu corpo como fumaça — densa, pesada e viva. As sombras se contorciam e se enrolavam ao seu redor, distorcendo o ar como se o próprio mundo rejeitasse sua presença. Faíscas carmesins cintilavam na névoa negra, e tênues arcos de relâmpagos cor de sangue dançavam sobre sua pele.

Seus olhos brilhavam fracamente sob o véu de sombras — frios, penetrantes e impiedosos.

Souta.

O Monstro Relâmpago de Sangue havia retornado.

Todas as criaturas no campo de batalha podiam senti-lo. A pressão que emanava era sufocante, mais aterradora do que nunca. Não era apenas sua intenção assassina — era como se o sangue acumulado de inúmeras batalhas sussurrasse pelo ar, clamando em uníssono com sua fúria.

Os ventos traziam um gosto metálico de sangue. O céu escureceu como se respondesse à sua presença, nuvens rodopiando no alto em tons carmesim.

“O Imperador!!”

Uma voz desesperada rompeu o silêncio.

–Howl!!

“O Imperador está aqui!!”

O grito ecoou pelo campo de batalha, espalhando-se como fogo em palha entre os monstros. A esperança — pura e selvagem — surgiu em suas fileiras.

O monstro de quinto estágio, que outrora conversara com o Monstro Relâmpago de Sangue, tremia em descrença. A figura flutuando acima deles… aquela presença opressiva… ele não conseguia reconciliá-la com o ser que conhecera antes.

A disparidade era insondável — como a distância entre o céu e a terra.

Bem acima do caos, Souta pairava no ar, sua figura envolta em sombras ondulantes. A enorme foice em sua mão brilhava com um tom carmesim escuro, sua lâmina vibrando com uma fúria contida.

Ele havia seguido o rastro do demônio no Reino da Liberdade até aqui. Mas agora que estava em meio aos seus inimigos, não havia motivo para hesitar.

Já que vieram atrás da cabeça dele, ele tomaria a deles em vez da sua.

Não era nada pessoal — apenas o equilíbrio da natureza.

O olhar de Souta percorreu os incontáveis ​​soldados abaixo.

“Isso deve ser suficiente”, murmurou ele e afirmou: “Posso ativar mais algumas habilidades.”

Mesmo após enfrentar dez demônios no Reino da Liberdade, ele ainda não havia liberado todo o potencial do Monstro Relâmpago de Sangue.

Ele levantou a mão.

Instantaneamente, o ar ficou mais denso.

O sangue começou a escorrer do próprio céu, formando inúmeras gotículas carmesim suspensas no ar. Então, as nuvens escureceram — fervilhando de energia — e o mundo tremeu.

–Crack!!

Relâmpagos cor de sangue choveram como a ira de um deus da vingança, rasgando o campo de batalha e envolvendo tudo em luz escarlate.

Ele os massacraria rapidamente.

Souta fechou a palma da mão. Atrás dele, um enorme círculo mágico surgiu em espiral, pulsando com uma luz sinistra.

[Estaca da Escuridão Infernal]!!

Outro feitiço proibido.

No instante em que as palavras saíram de seus lábios, uma sensação avassaladora de pavor varreu as tropas inimigas. Todos os instintos gritavam perigo. Mas antes que pudessem reagir—

–Cracks!!

Milhares de estacas pretas irromperam violentamente da terra destruída.

“Arghh!!”

“Socorro -!”

“N-Não!!”

Seus gritos ecoavam no ar enquanto as estacas rasgavam carne e armadura. A escuridão que os envolvia se contorcia e se espalhava, arrastando as vítimas cada vez mais para dentro de suas garras.

Num piscar de olhos, o campo de batalha transformou-se numa floresta da morte — uma densa extensão de estacas que se elevavam a centenas de metros no céu. Dezenas de milhares foram empalados onde estavam, seu sangue pintando as sombras em padrões grotescos.

E para aqueles que escaparam do chão—

–Boom!!

Relâmpagos cor de sangue desceram dos céus, trazendo consigo o julgamento. Cada descarga obliterava tudo o que tocava, deixando apenas cinzas e ecos.

A cena era apocalíptica.

Até mesmo os especialistas de Rank Herói paralisaram de horror, com os rostos pálidos ao testemunharem o massacre.

“I-Isso não pode ser…!!” Um deles gaguejou.

“Esse poder… é impossível!”

O desespero se espalhou pelo exército da aliança. Por mais que tentassem compreender, uma verdade se enraizou profundamente em seus corações: eles não podiam vencer.

Bem acima da devastação, a expressão de Souta permaneceu calma.

Ele abriu a interface do sistema, dando uma olhada rápida na enxurrada de notificações. Um cálculo aproximado lhe passou pela cabeça.

Aproximadamente cem mil vidas perdidas. Esse número incluía até mesmo os membros do exército demoníaco que tiveram o azar de ficar perto demais.

Sua barra de experiência subiu rapidamente, com os números aumentando em direção ao próximo nível.

Souta suspirou lentamente, baixando a mão antes de a repousar no cinto preso à sua cintura. Um brilho tênue emanou de uma das runas gravadas no couro, e uma onda de vitalidade percorreu suas veias.

[Recuperação de Energia de Gigante]!!

Uma habilidade inerente ao seu equipamento — uma que amplificava sua regeneração de energia a um grau extraordinário, embora apenas por um período limitado.

‘Ainda falta um tempo para que as bênçãos se dissipem…’ Os olhos de Souta se estreitaram, seus sentidos se aguçando.

Então, naquele exato momento—

–Swoosh!!

Um clarão dourado irrompeu atrás dele.

Uma mulher surgiu, sua presença cortando a escuridão como uma lâmina de luz. O ar estremeceu enquanto sua aura se expandia, uma força sufocante que fez até o céu tremer.

Uma especialista na Oitava Algema.

Ela empunhou uma enorme espada dourada, cuja lâmina irradiava um brilho divino. Sem hesitar, brandiu-a para baixo com toda a força de seu poder.

–Boom!!

O golpe rasgou o ar, fendendo a própria atmosfera enquanto caía em direção a Souta como o julgamento dos céus.