P.R.R Assunção

    Histórias 1
    Capítulos 81
    Palavras 173,7 K
    Comentários 548
    Tempo de Leitura 9 horas, 39 minutos9 hrs, 39 m
    • Capítulo 48: Sobre as costas dos gatos (2)

      Capítulo 48: Sobre as costas dos gatos (2) Capa
      por P.R.R Assunção “Os antigos Rieqs de Norq’Riq nunca tiveram algo como uma ‘coroa’. A espada era o símbolo de seu reinado divino.” Izandi, a Oniromante. Mirta engoliu em seco. — Continue… — pediu Faina, tocando seu ombro. — Depois, vários dos seus partiram contra os Caras-Queimada. Suas flechas eram enormes e atravessavam as couraças dos homens com facilidade, e os escudos quase se quebravam com o impacto das flechas. No entanto, Chefe Tihimil segurou alguma coisa, e no segundo…
    • Capítulo 48: Sobre as costas dos gatos (1)

      Capítulo 48: Sobre as costas dos gatos (1) Capa
      por P.R.R Assunção “Os antigos Rieqes de Norq’Riq nunca tiveram algo como uma ‘coroa’. A espada era o símbolo de seu reinado divino.” Izandi, a Oniromante. Seus pés estavam soterrados pela neve e afundavam-se mais a cada passo; memórias ressurgiam na cabeça. O caminho para o Templo do Leão tinha sido feito dezenas de vezes na sua vida: quando nasceu, quando atingiu seu primeiro ano, quando chegou aos cinco, quando sangrou, quando descobriu sua gravidez de um pai que não conseguia recordar uma letra…
    • Capítulo 47: Faça como um homem (2)

      Capítulo 47: Faça como um homem (2) Capa
      por P.R.R Assunção “Naquele final de tarde, condenou sua alma a se dividir.” Izandi, a Oniromante Um medista, talvez o chefe do castelo — Bert não lembrava e nem fazia questão de lembrar (nunca precisou de verdade de um medista) —, abriu a boca do rei e despejou uma mistura de pós de ervas e coisas com cheiro forte. Deveria tê-lo feito no mínimo tossir, mas quem tossiu e pigarrou foi o príncipe aos braços do pai. “Não entendo”, pensou Bert. Até então, já testemunhara a morte de pessoas…
    • Capítulo 47: Faça como um homem (1)

      Capítulo 47: Faça como um homem (1) Capa
      por P.R.R Assunção “Naquele final de tarde, condenou sua alma a se dividir.” Izandi, a Oniromante Observando; guardando a princesa sentada à mesa poucos passos de distância, Cei Bert percebia que ela não se decidia se dava mais atenção para os garranchos nas folhas de papel e nos livros ou para detrás do ombro. Seus ombros delicados e pescoço delgado estavam à mostra pelo longo e decotado vestido das cores da primavera, com as costas bem cobertas pelos cabelos tricolores bem penteados, e os olhos tinham…
    • Capítulo 46: Ode ao inferno (2)

      Capítulo 46: Ode ao inferno (2) Capa
      por P.R.R Assunção “Dê-nos o Rei, dê-nos o Rei!” Izandi, a Oniromante. Excerto de “Mistérios da Pedra de Gelo” Seus olhos se abriram para o negrume mal iluminado por uma fogueira, um breu quase absoluto e úmido. Seu rosto molhado se ergueu no meio das águas como se desprendendo de uma camada grudenta de mel apodrecido e leite podre, e quando jogou os olhos desesperados que quase fugiam das órbitas, tudo ao redor era exatamente o que a mulher descreveu. Seu corpo estava quase submerso em uma corrente…
    • Capítulo 46: Ode ao inferno (1)

      Capítulo 46: Ode ao inferno (1) Capa
      por P.R.R Assunção “Dê-nos o Rei, dê-nos o Rei!” Izandi, a Oniromante. Excerto de “Mistérios da Pedra de Gelo” — Entorpecida pelo beber. Após, pelo medo e desespero. Segues fazendo-se tudo possível para não ter a clareza das coisas. Abrides vossos olhos, Faina Eykarisna Arrundria? Está em dores, e prestes a ver a pior de todas. Um frio colossal percorreu sua espinha. Ela grasnou, engolindo água gélida — fria, fria, fria. Eram como espinhos atravessando sua carne, espinhos com dentes afiados,…
    • Prólogo

      Prólogo Capa
      por P.R.R Assunção As crianças do orfanato haviam acordado muito cedo, até para os padrões do orfanato-quimteísta. Para seguir as tradições e manter o templo dos Quinze Deuses limpo, sempre honrosos, acordavam antes do sol raiar. Lembravam-se com muito amor de quando o Versicolista era mais jovem — mesmo que bem pouco —, de como era divertido limpar as coisas, com ele reclamando de quando um ou outro derramavam a água ensaboada dos baldes no piso, então usavam suas camisas como pano e seus corpos como…
    •  Capítulo 45: Cansaço fatídico (2)

       Capítulo 45: Cansaço fatídico (2) Capa
      por P.R.R Assunção “Toma a espada Honra a Casa Espada e Asa” Izandi, a Oniromante Um suspiro trastoso fugiu dos lábios de Ereken. — Estava demorando — riu com uma lufada. Seus ombros cederam por um segundo antes de se recomporem e darem as costas lentamente para a garota. Abrindo e fechando a mão esquerda, cuja letargia parecia não a abandonar nunca, Ereken continuou a andar por meio das árvores. A noite se desenhava no céu pouco a pouco. Iluminado pelo brilho constante da Lua de Prata, o…
    • Capítulo 45: Cansaço fatídico (1)

      Capítulo 45: Cansaço fatídico (1) Capa
      por P.R.R Assunção “Toma a espada Honra a Casa. Espada e Asa." Izandi, a Oniromante Era como um curto badalo. Um tremor rápido, curto… Um que fazia as folhas das sumagreiras farfalharem. Por um momento havia som, havia luz. Recordava-se do barulho. Era comum — tão comum desde o início da sua vida. Vush! Quando começara? Ereken não se recordava com plenitude. Aos dez? Não, fora antes… Com o instrutor Hebbel, que seu pai contratara? Logo, fora um som forte e seco, acompanhado de uma queimação…
    • Capítulo 17: A insanidade da neve

      Capítulo 17: A insanidade da neve Capa
      por P.R.R Assunção “Afoite o couro e o tome pela foice.” Izandi, a Oniromante. Excerto de “Mistérios da Pedra de Gelo” — Aaahh! — agonizou. Filetes de lágrimas escorriam dos olhos negros da mestiça. A maravilhosa Dançarina das Ondas cura os marinheiros feridos com seu choro, era o que Mirta e sua mãe sempre lhe contaram quando criança; mas as suas lágrimas não curavam Auta de maneira alguma. Estava morta. Morta, de uma forma que até a mais inocente das crianças saberia que estava morta. —…
    Nota