Histórias 1
Capítulos 82
Palavras 111,3 K
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por Israel Ribeiro — O sol se punha devagar, tingindo de laranja as nuvens que repousavam sobre a vila. O cheiro de fumaça das fogueiras misturava-se ao das comidas sendo preparadas, e o cansaço estava gravado no rosto de cada soldado e aldeão. Afinal o dia foi exaustivo mentalmente e fisicamente mas as muralhas estavam prontas graças a ajuda de Naira, no centro do vilarejo um conjunto de tendas podia ser visto .Mas naquela tenda central, erguida às pressas para servir de sala de conselho, as coisas estavam… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — Narrado por Aisha O mundo ao redor sumiu no instante em que Ian deu o sinal.Não existe floresta, não existe rio. Só eu e Lys. Eu faço um avanço rápido. O espaço entre nós desaparece.Cada passo medido, cada respiração contada, não posso permitir nenhuma distração. Não dessa vez. O primeiro recuo dela me arranca um lampejo de satisfação. Achei a abertura. Mas não me permito saborear. Não repito o erro da arena, sem pensamentos inúteis, só o próximo golpe. A lâmina corta o… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — Narrado por Lysvallis A carruagem seguia num silêncio tenso, quebrado apenas pelas nossas trocas rápidas. Eu ainda tentava processar o que tinha acabado de sentir, aquela vibração da mana que insistia em denunciar algo em Ian, quando um som seco na lateral da carruagem me fez sobressaltar. Três batidas firmes. Ian suspirou fundo, como se já soubesse quem era. Levantou-se, abriu a portinhola e, sem cerimônia, deixou Thamir subir. O espaço, que já parecia pequeno demais, ficou ainda mais… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — Ian caminhava sozinho pelo campo aberto, as botas pesadas marcando o barro. Cada passo afundava ligeiramente no solo macio, a terra ainda retendo o peso da batalha recente. O silêncio era profundo, não pela falta de som que era quebrado apenas pelo som do vento que cortava o campo e o canto de alguns pássaros, mas sim por como os pensamentos de Ian estavam. O céu estava nublado, o sol escondido atrás de uma camada fina nuvens, dando ao ambiente uma beleza contrastante com a de Altheria. O sobretudo… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — O rangido da carruagem parando ecoou na rua chamando a atenção dos moradores e de alguns sobreviventes do ataque a pompa da carruagem com seus arcos prateados e soldados bem vestidos não condizia com o ambiente ao seu redor. Lysvallis desceu, o vestido pesado roçando na lama fria, e o vento trouxe até ela o cheiro metálico de sangue misturado ao gelo que derretia dos pilares ornamentais. As soldadas a acompanharam de perto, mas bastou um gesto para que a rodeassem, prontas para ordens. —… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — O frio parecia vir de dentro. Não era só o ar. Não era só a pele arrepiada. Era como se o coração de Daren tivesse congelado dentro do peito. As bestas cercavam a rua, olhos vermelhos queimando no meio da névoa. Cinco delas, maiores que bois, avançavam em passo firme. — É o fim… — Daren sussurrou, a enxada tremendo em suas mãos. Luan rangeu os dentes, o sangue escorrendo de um corte na testa. — Fica firme, Daren. Se for morrer, que seja lutando! Mas até as palavras de coragem… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — O sol mal havia subido quando Daren acordou. O teto baixo de madeira rangia sob o vento da manhã, e a luz pálida atravessava as frestas, tingindo o interior da cabana de cinza. O ar estava úmido, carregado daquele frio teimoso que ainda não cedia à primavera. Ele se ergueu devagar do colchão de palha, espreguiçando-se até ouvir as juntas estalarem. A esposa ainda dormia, enrolada nos panos mais grossos que possuíam, os cabelos espalhados pelo travesseiro improvisado. Os dois filhos pequenos… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — O sol descia devagar, tingindo o céu de laranja e púrpura, quando Daren fincou a enxada no solo uma última vez. O campo estava limpo de ervas daninhas, mas a sensação era de que nada disso importaria se as noites continuassem trazendo pegadas estranhas ao redor das casas. Ele se agachou para arrancar mais um punhado de raízes secas e, quando ouviu um estralo vindo das arvores. Curiosamente nem mesmo os cantos dos pássaros que retornavam para os seus ninhos puderam ser ouvidos por Daren, talvez… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — O acampamento já se aquietava. A fogueira principal ainda queimava forte, mas a maioria dos soldados havia se recolhido às tendas. Restava apenas o crepitar do fogo e o farfalhar distante das árvores, embalando a noite fria. Kael permanecia sentado sobre um tronco próximo, afiando a lâmina curta que carregava sempre consigo. A luz laranja refletia em seu rosto, destacando o olhar distraído e o ar relaxado que ele parecia cultivar mesmo quando os ombros ainda guardavam a rigidez de quem nunca baixa… 111,3 K Palavras • Ongoing

por Israel Ribeiro — A fogueira estalava, espalhando o calor contra o frio da noite. As chamas projetavam sombras dançantes nos rostos ao redor, cada uma distorcendo sorrisos e olhares como se fosse parte do jogo. O silêncio que seguiu a pergunta de Aisha ainda pairava no ar, pesado e intrigante, até que Thamir respirou fundo, abriu um sorriso enviesado e quebrou a tensão como só ele sabia. — Tudo bem. Já que a senhorita quer saber quem é o mais forte, vamos fazer diferente. Vou falar de cada um aqui. E aviso… 111,3 K Palavras • Ongoing