Histórias 1
Capítulos 127
Palavras 259,5 K
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por Dellos — As vozes os mandavam caminhar, enquanto eram levados aos tropeços por um caminho que não viam. Ítalo não entendia o porquê das vendas. Já estava tão escuro que ele não enxergava o chão onde pisava. E havia virado tantas vezes pelo caminho que duvidava poder decorá-lo, mesmo sem elas. Todos haviam sido vendados e levados pelos encapuzados para dentro de sua aldeia. Ítalo cobriu os olhos, incerto. Não conseguia confiar em Daisy. Po também resistiu a princípio, mas Daisy o acalmou para… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Era dito que nos dias anteriores ao céu azul, o mundo era coberto por uma grande nuvem de areia, criada por Eresh, quando este governava os céus e fazia chover sal, areia e enxofre sobre o mundo. Ele detestava a humanidade, suas misérias, vícios e fragilidades, então tentou soterrar o mundo dos homens para que nele nada crescesse. Mas Ash'hurr, seu irmão, teve compaixão. O deus criou poços e lugares verdes em meio ao deserto seco, onde os homens se abrigaram. E impediu que as criaturas… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Chuva. Pela janela, ele a assistia cair sobre a rua abaixo. Podia ver a água escorrer pelos telhados de madeira que cobriam as maltratadas casas de pedra, e cair no chão coberto de calçamento. Jonas ouvia as gotas baterem contra o teto como se caíssem sobre ele próprio. Beuha era o nome daquela cidade, ou assentamento, como os que moravam nela a chamavam. Segundo o que Eric descobrira já foram uma grande cidade, nos tempos em que grandes e antigos impérios dominavam toda aquela região, até vir… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — O bocejo pôde ser ouvido ecoando entre os corredores. Sons sempre pareciam se propagar mais em noites frias. Thierry olhou para a mesa em que se havia servido o jantar uma hora antes. Mesmo que já tivesse sido limpa, ainda se podia sentir o calor e o cheiro da comida no ambiente. Piscou. Não sabia se era pelo frio da noite, pelo estômago pesado pela comida, ou se pelo som do bocejo, mas sentiu seus olhos tomados pelo sono. Foi até a cozinha, onde uma jarra com melgrás aguardava para ser… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — — Não, desculpe, não quero — Julia recusou mais uma vez o vinho. — Mas é o vinho de Ellday. Todos devem bebê-lo na celebração das luzes — protestou Debret, oferecendo sua jarra para que Julia a bebesse. Ainda que constrangida pela insistência, ela tornou a recusar. Nunca havia provado vinho ou qualquer bebida com álcool, e preferia se afastar de quem o estivesse bebendo. Mas por algum motivo continuava sentada ali. Podia ser porque seus amigos também estavam. Porque não… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — O creme saltou da amurada, em direção ao chão. Andou por alguns centímetros, então parou para lamber as patas. O laranja o seguiu, esfregando seu peludo corpo na frente do primeiro gato, até a cauda enrolar-se na cabeça do companheiro. Então fez a volta, ao que recebeu uma sequência de lambidas na cabeça. Esfregaram-se por algum tempo, então o laranja pôs uma pata sobre a cabeça do creme, que a retirou com um tapa, se pondo em pé sobre as patas traseiras, e caindo sobre o outro gato. Um… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — — Aqui está, este é um mapa de Andrias — Thierry desenrolou um pergaminho na perfumada mesa de madeira. Rasgos apareciam nas extremidades do papel amarelado de aparência antiga. Julia, Letícia e Theo se aproximaram para olhá-lo com mais atenção. Viram os desenhos detalhados de rios, montanhas e florestas, espremidos de forma harmoniosa em espaços curtos. Não havia fronteiras no mapa. Ainda assim, parecia possível dizer onde elas existiam. — Esse é o corredor rochoso das montanhas… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Um grito se alastrou ao longe, sendo repetido próximo a Eduardo. Uma onda de suspiros de alívio o seguia. — Parada! — diziam. — Parada — repetiu, baixo o suficiente para apenas ele ouvir. De imediato os homens se espalharam, pisando nas folhas que cobriam o chão e formavam um tapete marrom sobre a grama úmida. Acomodaram-se em círculos junto a pedras, do tamanho de pessoas, ao pé da estrada. Eduardo saltou sobre uma, sentando de pernas cruzadas. Junto a ele se reuniram outros… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Os olhos se abriram ao sentir o calor se espalhar por seu rosto. Viu o feixe de luz a machucar-lhe a vista por um momento, então se mexeu preguiçosamente, erguendo o corpo aos poucos. A cama improvisada de palha rangia a cada movimento. Respirou fundo. Sua mente recém desperta montava o quebra cabeça de sua vida até aquele momento nos breves instantes que dura o primeiro piscar de olhos ao acordar, e então se lembrou de onde estava. Lembrou, aborrecida. Carmen se levantou. Os panos grossos que… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Um acorde ressoou e então veio o dedilhar das cordas. O murmúrio melódico da flauta flutuou pela noite, enquanto a marcha dos tambores ditava o ritmo da balada. Duas vozes se ergueram. Uma grave, porém suave. A outra, aguda e selvagem. Ambas se entrelaçaram como amantes apaixonados na noite de núpcias. Cantavam uma música sobre as estações, sobre as folhas que caem, sobre o sol que aquece, a flor que brota e a neve que derrete. Sobre a mudança, sobre a permanência. Sobre o amor e… 259,5 K Palavras • Ongoing