Dellos

    Histórias 1
    Capítulos 112
    Palavras 227,3 K
    Comentários 528
    Tempo de Leitura 12 horas, 37 minutos12 hrs, 37 m
    • Capítulo 17 - Ideias.

      Capítulo 17 - Ideias. Capa
      por Dellos Os atordoantes sons dos martelos ecoavam nos ouvidos de Jonas. Metal batendo em metal, moldando e sendo moldados através de incontáveis marteladas poderosas. Poderosas e dolorosas. Dezenas de homens e mulheres, vestidos de couro, peles e aço, caminhavam de um lado para o outro. Observando o trabalho dos ferreiros e vistoriando os estoques repletos de espadas, lanças e machados polidos. Decidindo se comprariam-nos. Ao menos aqueles que tinham algum dinheiro. Jonas costumava observar as armas…
    • Capítulo 49 - Seguindo o fluxo.

      Capítulo 49 - Seguindo o fluxo. Capa
      por Dellos — Jonas, venha cá — Ele ouviu uma voz rouca o chamar, e se apressou seu passo na direção em que ela se originava.  Ele entrou na garagem, sentindo cheiro de cigarro permeando o ar. Muito da rouquidão na voz de seu avô era devido a eles.  — Oi vô.  — Você mexeu no meu rádio? — O velho perguntou. Sua carranca retorcendo as rugas da face. Ele estava debruçado sobre a mesa, mexendo no rádio.  — Não, nem toco nisso. A gente tem tv hoje em dia,…
    • Capítulo 59 - Espadas mágicas.

      Capítulo 59 - Espadas mágicas. Capa
      por Dellos Quando criança, Ítalo assistiu a desenhos e filmes sobre guerreiros lutando, com grandes espadas mágicas, contra monstros e terríveis feiticeiros, desejando um dia ter uma espada e ser ele próprio um cavaleiro que venceria o mal. Sonhara, em seus delírios de infância, em derrotar dragões e feiticeiros, tal como aqueles heróis a quem crescera assistindo. Com a idade, a compreensão de seu mundo, e as palavras de sua madrasta, sonhos se transformaram em ilusões. Ilusões essas que o seu eu havia…
    • Capítulo 16 - Aromas da madrugada.

      Capítulo 16 - Aromas da madrugada. Capa
      por Dellos Jonas bateu com o copo vazio na mesa de madeira, ouvindo a risada desagradável do conde rubro encher-lhe os ouvidos. Sentia o estômago se revirar enquanto o hidromel se espalhava por ele. — Bom, bom, você aguenta bem, garoto — crocitou o conde, bebendo da sua própria caneca. — Mas falta… muito par… me “sulperar” — disse entre arrotos e soluços. Espero nunca superá-lo. — O senhor é insuperável, conde. Tanto no copo, quanto em generosidade — elogiou Eric, erguendo sua…
    • Capítulo 15 - Memórias lúcidas.

      Capítulo 15 - Memórias lúcidas. Capa
      por Dellos Era um dia dourado e sem sol. As ruas jaziam barulhentas e vazias. Sons como o bater de asas de mil pássaros podiam ser ouvidos ecoando por todas as vielas, mas não se via uma pena flutuando no ar. Não havia ninguém. E havia Ele a encarando. — Olá, portadora — saudou-a com a voz e o rosto familiares de sua mãe. Julia não respondeu. Aguardou, sabendo que Ele continuaria. E Ele continuou. — Vejo que está mais paciente do que em nosso último encontro. Isso fará lhe fará bem — Um…
    • Capítulo 14 - Luzes que se apagam.

      Capítulo 14 - Luzes que se apagam. Capa
      por Dellos — Não, desculpe, não quero — Julia recusou mais uma vez o vinho. — Mas é o vinho de Ellday. Todos devem bebê-lo na celebração das luzes — protestou Debret, oferecendo sua jarra para que Julia a bebesse. Ainda que constrangida pela insistência, ela tornou a recusar. Nunca havia provado vinho ou qualquer bebida com álcool, e preferia se afastar de quem o estivesse bebendo. Mas por algum motivo continuava sentada ali. Podia ser porque seus amigos também estavam. Porque não…
    • Capítulo 13 - Pão e leite. Queijo e vinho.

      Capítulo 13 - Pão e leite. Queijo e vinho. Capa
      por Dellos Um acorde ressoou e então veio o dedilhar das cordas. O murmúrio melódico da flauta flutuou pela noite, enquanto a marcha dos tambores ditava o ritmo da balada. Duas vozes se ergueram. Uma grave, porém suave. A outra, aguda e selvagem. Ambas se entrelaçaram como amantes apaixonados na noite de núpcias. Cantavam uma música sobre as estações, sobre as folhas que caem, sobre o sol que aquece, a flor que brota e a neve que derrete. Sobre a mudança, sobre a permanência. Sobre o amor e…
    • Capítulo 2 - Hoje, o fim.Capítulo 2 - Hoje, o fim.

      Capítulo 2 - Hoje, o fim. Capa
      por Dellos Os dois times entraram na quadra, um ao lodo do outro, ficando em linha reta, de frente para a arquibancada principal, como se fosse um jogo de verdade. O hino nacional tocou, enquanto todos fingiam cantá-lo. Júlia achava tudo aquilo estupido. Não era como se fizesse qualquer diferença no jogo. Apenas Ítalo parecia cantar realmente. Após o hino terminar, as equipes se cumprimentaram. Ela olhou para Eduardo e notou algo. Nenhum de seus colegas de classe o cumprimentou enquanto passavam. As…
    • Capítulo 12 - Noite de luzes.

      Capítulo 12 - Noite de luzes. Capa
      por Dellos — Estão demorando — murmurou Piercy, olhando para a multidão em constante movimento ao redor, dançando e cantando. — São mulheres conversando, não é surpresa — brincou Théo com um tom sarcástico na voz. Debret riu. Um som que parecia saturado frente ao clima animado do festival que se desenrolava. — O garoto sabe das coisas — comentou ele. — De fato, se saíram para conversar, é de se esperar que não voltem tão cedo, uma vez que duas mulheres multiplicam cada assunto…
    • Capítulo 11 - A porção de cada um.

      Capítulo 11 - A porção de cada um. Capa
      por Dellos Amarelo, vermelho, azul. As coloridas cordas chacoalhavam ao vento, estendidas como fitas de festa junina nos postes que cercavam o lugar da festividade. Verde, laranja, violeta. Eram longas, entrançadas e finas. Preto, branco, dourado. Coloriam o nublado céu branco e pareciam vivas. Tão vivas quanto as pessoas sob elas. Palmas, vivas e risos se alastravam pela multidão como fogo em uma casa de madeira, enquanto tambores eram batidos, flautas sopradas e…
    Nota