Histórias 1
Capítulos 127
Palavras 259,5 K
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por Dellos — Tudo a sua volta havia desaparecido novamente. O mundo se tornou um clarão branco, forte demais para seus olhos. Ele estava em pé, imóvel, mas sentia o seu corpo se mover. Como se estivesse sendo puxado através daquela imensidão vazia. Sua mente ficou turva por algum tempo. E então sentiu um baque como se o seu corpo batesse contra uma parede, mas não sentiu qualquer dor. E então o mundo, antes branco, se tornou em escuridão. Tentou abrir os olhos, mas sentiu algo áspero sobre suas pálpebras.… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Abrindo caminho por entre a relva alta, eles chegaram ao centro, onde o combate com o primeiro urso ocorria, ou ao menos era o que Eduardo pensava. Depararam-se, no entanto, com o grande cadáver vermelho do urso, caído sobre a grama amassada. A grande cabeça rubra, que estava separada do corpo, era segurada pelo cavaleiro, o qual olhava para os lados com uma expressão sombria. Ainda era possível escutar sons de luta, vindos mais ao longe. Eduardo pensou em onde Caio poderia estar naquela confusão… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — O vento soprou sobre o rosto de Caio, trazendo o fedor de sangue ao seu nariz. Ele sentia gotas de suor frio escorrer do seu cabelo até o queixo. A grama alta farfalhava, remexendo e debruçando-se violentamente. Era possível ouvir homens gritando de todas as direções, mas não conseguia entender o que diziam. De certo, falavam do monstro à frente de Caio, a qual surgira sem que ele percebesse. Olhos negros, pelagem carmesim, cheiro podre de carne estragada. Dois metros de… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Suas mãos seguraram no cabo. Tão firmes que ele pôde sentir cada farpa adentrar a carne. Eduardo apoiou os pés nas costas da criatura, sentindo a robustez do corpo do monstro - parecia uma parede de tijolos - e empurrou seu peso contra eles, puxando a haste. Quase no mesmo instante, o urso se debateu, movendo-se para todos os lados, tentando alcançar o que quer que estivesse em suas costas. Fazendo com que Eduardo quase soltasse a arma. Não aguentaria muito tempo. Ele continuou a puxar, vendo a… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — — Sente isso? É cheiro de enxofre, tenho certeza — disse um velho que caminhava à frente. — Você nunca sentiu cheiro de enxofre — retrucou outro homem próximo, que seguia na coluna. — Você já? — inquiriu o velho. — Não. — Então como sabe que não é? O outro homem suspirou e deu-lhe alguma resposta, que levou a outra réplica, que foi respondida por uma tréplica. Assim continuou até que a discussão se esfriasse e eles falassem de outro assunto. Era sempre… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — A enorme criatura avançou com uma velocidade surpreendente para o tamanho, cobrindo os metros que separavam suas enormes garras e dentes do afiado aço nas lanças e espadas da primeira vintena. Um balançar da pata carmim fez com que parte desse aço voasse, refletindo ao sol. Gritos se espalharam pela clareira, trazendo a Caio a memória do moinho. O sangue, o desespero, as mortes, tudo acontecendo novamente. Até que um grito de comando o tirou daquele momento e o trouxe de volta para a… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — O vento batia forte contra a bandeira de sir Alóis, fazendo os machados coroados tremularem no alto da fortaleza. Dezenas de homens vestidos em armaduras de couro e ferro estavam enfileirados em frente ao portão, esperando pelas ordens do cavaleiro. Ele, montando um garanhão cor de vinho, trajando uma armadura de placas cor de bronze com dois machados negro e uma coroa invertida no peito, falou algumas palavras de incentivo e mandou a todos que marchassem pela vila até o portão principal.… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Uma vela queimava no canto do quarto, doando uma fraca luz à reunião pouco animada que se seguia. Júlia abriu a boca, com o seu corpo se enchendo de ar e então o soprando. Momentos depois, Carmen e Letícia repetiram o gesto, enquanto Theo falava, e ele parecia ser o único a querer falar. — Já estão com sono? — perguntou ele. — Querido, quem não ficaria depois de te ouvir até altas horas da madrugada — murmurou Leticia, esfregando os olhos. — Nem está tão tarde assim —… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Julia tocou a tatuagem, sentindo a pele lisa de Leticia. Franziu as sobrancelhas mesmo sem ter certeza do que aquilo significava. Nunca tocara em uma tatuagem antes, então não sabia se deveria senti-la ou não. — E aí, o que acha? — perguntou Leticia, que estava com a parte superior do vestido abaixada. — Parece ter mudado — Júlia falou, analisando a tatuagem nas costas da amiga. Na primeira vez que a vira, parecia dois gatos – um preto e um branco – perseguindo a cauda um do… 259,5 K Palavras • Ongoing

por Dellos — Uma noite nublada, fria e silenciosa se prolongava do lado de fora. Ali dentro, a sala estava quente e abafada. O cheiro das cinzas na lareira se misturava ao aroma do melgraz, já frio nas xícaras. Lamparinas e velas pendiam nas paredes, iluminando o cômodo. Carmen se remexeu em sua cadeira pela terceira vez desde que sentara, tentando ficar mais confortável. Theo, ao seu lado, não parecia menos tenso. Ele se esforçava em falar, mas sua voz saía de forma desengonçada. A razão era o homem… 259,5 K Palavras • Ongoing