Histórias 1
Capítulos 22
Palavras 35,6 K
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por C.TENENTE — Quem era aquele homem? Ele era mesmo “só um homem”? Não, com certeza não, Yaci fez essa pergunta algumas vezes, mas algo estava muito claro naquela situação. “Ele” não era qualquer um! Afinal, ele carregava com ele um livro proibido para o público, além daquele livro estranho! Pode se supor que era um militar, já que o livro era proibido para civis. Entretanto, não era raro pessoas ricas contrabandeando coisas proibidas, nada era impossível para quem tem dinheiro o… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Pulando de telhado em telhado, sem fazer nenhum barulho, sem dar sinais de que passaram por ali, como fantasmas, quatro figuras usando sobretudos escuros com bordados vermelhos e máscaras lisas de cerâmica seguiam um rastro de destruição. Eles estavam sujos, seus casacos fediam a sangue e morte, suas máscaras brancas, maculadas por uma estranha substância preta azulada. — É o terceiro de hoje! A situação tá indo de zero a cem muito rápido, desse jeito a gente vai morrer de cansaço… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Os últimos três dias passaram rápido para Yaci. Desde o momento em que acordava, até quando encostava a cabeça no travesseiro, não tinha muito o que fazer. No primeiro primeiro dia ainda chovia sem parar, ela tinha comida e água então não sentiu necessidade de sair de casa. Decidiu então começar a ler aquele livro estranho que havia chamado sua atenção. Entretanto, por maior que fosse o malabarismo mental que fizesse, não conseguia entender a mais curta e simples frase daquele livro!… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Yaci foi até a portinha na esquerda e passou pelo balcão. Daquele lado não tinha nada, a vitrine de vidro embaixo, onde ficavam vários doces e salgados, agora estava vazia. Era diferente ver as coisas por trás do balcão, até hoje, Yaci nunca havia cruzado para o outro lado. Procurou um pouco, por via das dúvidas, mas estava certa, não havia nada, nesse caso, só restava ir além da porta de madeira. A menina hesitou um pouco, mas a imagem daquela mulher lhe dando uma bronca por ser tão… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Em cima de uma colina no meio de lugar nenhum, uma grande cabana de madeira de mogno, envelhecida, antiga, mofada, com as janelas com seus vidros rachados e telhas quebradas, mas cheia de traços que mostravam que ali residiam pessoas. A grama em volta pisada, na forma de uma pequena trilha até as escadas que levavam a varanda, um pequeno jardim, que mesmo depois de anos de cuidados extensivos nunca brotou, ferramentas sujas e gastas pelos anos de uso, espadas, bonecos e brinquedos talhados em… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Não importa por quanto tempo andasse, a destruição seguia sua vista. Em seu caminho pelas favelas, em direção a padaria de dona Heloísa, Yaci se encontrou com várias pessoas, entretanto, a maioria não estava mais viva, seu estômago embrulhava cada vez mais a cada corpo que encontrava, às vezes, parava, desejava que agora estivessem em paz e quando possível, fechava os olhos deles com gentileza. Entretanto, para Yaci, a visão do sofrimento dos vivos foi muito mais perturbadora. Jogados ao… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Desde o ano passado, essa tinha sido a sua vida, nada mais, e nada menos. Bem, às vezes menos. Entretanto, o dia dava sinais de estranheza. Havia uma comoção acontecendo nas redondezas das áreas das pessoas de classe baixa. Ou como seus irmãos os chamavam: os pobres não tão pobres. Já que todos das favelas estavam classificados simplesmente como miseráveis. — Por que esses riquinhos estão fazendo tanto barulho? Andando por aí, de beco em beco, de viela em viela, ela aos… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Nos becos mais profundos das favelas do grande Império da verdade, em meio a sujeira, podridão e dos horrores que espreitam a cada esquina, uma pequena garota de dez anos, se escondia entre caixas de lixo, dormindo de olhos abertos, cansada e distraída. Aos seus pés, uma poça de água suja. Nela refletia sua pele, de um tom caramelo bem escuro, e seus olhos verdes sem luz, exaustos, com as pálpebras pesadas… Seu estômago se contorceu, urrou e gritou. O vazio em sua barriga, a fome, a… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Dois homens caminhavam em direção às tendas, barracas e diversos cortiços que ficavam por perto. Um dos homens, grande e franzino, tinha uma dificuldade persistente em andar. Seu semblante gritava doença, enfermidade, e fragilidade, sua face, castigada por uma palidez mórbida, sem esperança — Temos que achar um médico pra você Zé! Cê tá com um pé na cova. A semanas sua pele vem perdendo a cor. E de ontem pra hoje seu cabelo caiu todo! Seu irmão não respondeu. Ficou olhando para… 35,6 K Palavras • Ongoing

por C.TENENTE — Se apoiando na estaca que pegou do chão, cerrando os dentes por causa da dor. Yaci caminhava pelas ruas escuras. Um passo de cada vez, aguentando a dor e fome, ela refez seu caminho, ainda faltava muito para aquele dia desgraçado acabar. Minutos pareciam horas, e horas pareciam dias. A única coisa que a ajudava a manter a passagem do tempo, era a lua, que brilhava singela no céu. Cada passo por si só era uma batalha diferente. A fome minava suas forças, enquanto a dor lhe causava tremedeiras… 35,6 K Palavras • Ongoing